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A queda é um evento bastante comum e devastador em idosos.

Embora
não seja uma consequência inevitável do envelhecimento, pode sinalizar o
início de fragilidade ou indicar doença aguda. Além dos problemas médicos, as
quedas apresentam custo social, econômico e psicológico enormes,
aumentando a dependência e a institucionalização. 

Os fatores de risco que mais se associam às quedas são: idade


avançada (80 anos ou mais); sexo feminino; história prévia de quedas;
imobilidade; baixa aptidão física; fraqueza muscular de membros inferiores;
fraqueza do aperto de mão; equilíbrio diminuído; marcha lenta com passos
curtos; dano cognitivo; doença de Parkinson; sedativos, hipnóticos, ansiolíticos
e polifarmácia. Atividades e comportamentos de risco e ambientes inseguros
aumentam a probabilidade de cair, pois levam as pessoas a escorregar,
tropeçar, errar o passo, pisar em falso, trombar, criando, assim, desafios ao
equilíbrio. Os riscos dependem da frequência de exposição ao ambiente
inseguro e do estado funcional do idoso. Idosos que usam escada
regularmente têm menor risco de cair que idosos que a usam
esporadicamente. Por outro lado, quanto mais vulnerável e mais frágil o idoso,
mais suscetível aos riscos ambientais, mesmo mínimos. O grau de risco, aqui,
depende muito da capacidade funcional. Como exemplo, pequenas dobras de
tapete ou fios no chão de um ambiente são um problema importante para
idosos com andar arrastado. Manobras posturais e ambientais, facilmente
realizadas e superadas por idosos saudáveis, associam-se fortemente a
quedas naqueles portadores de alterações do equilíbrio e da marcha. Idosos
fragilizados caem durante atividades rotineiras, aparentemente sem risco
(deambulação, transferência), geralmente dentro de casa, num ambiente
familiar e bem conhecido.

Foram identificadas as seguintes consequências: fraturas, imobilização,


lesões de tecidos moles, contusões, entorses, feridas e abrasões, lesões
musculares e neurológicas, surgimento de outras doenças, dor, declínio
funcional e da atividade física, atendimento médico, hospitalização,
reabilitação, medo de cair etc
Os exames periódicos de visão são importantes para minimizar o risco
de queda na terceira idade. Outro ponto é realizar atividade de fortalecimento
muscular, como a musculação ou pilates, e atividade aeróbica de baixo
impacto. Os exercícios na água são interessantes também, assim como
trabalhos de equilíbrio executados por fisioterapeutas. Fazendo exercícios
orientados por um profissional capacitado, o idoso sempre terá benefício na
qualidade muscular e mobilidade. O ideal é que a casa do idoso seja adaptada.
Retirar potenciais obstáculos (tapetes, por exemplo) é uma saída mais simples,
mas também é possível instalar barras de apoio em banheiros, instalar pisos
aderentes e usar sapatos fechados e bem amarrados.

Para evitar quedas em casa, a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, do


Ministério da Saúde, lista 11 medidas de prevenção:

1. Evitar tapetes soltos


2. Escadas e corredores devem ter corrimão nos dois lados
3. Usar sapatos fechados com solado de borracha
4. Colocar tapete antiderrapante no banheiro
5. Evitar andar em áreas com piso úmido
6. Evitar encerar a casa
7. Evitar móveis e objetos espalhados pela casa
8. Deixar uma luz acesa à noite, para o caso de precisar se levantar
9. Esperar que o ônibus pare completamente para você subir ou descer
10. Utilizar sempre a faixa de pedestre
11. Se necessário, usar bengalas, muletas ou outros instrumentos de apoio

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