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JANEIRO DE 2022
1. INTRODUÇÃO
Figura 1: Fotografias de trocadores de calor casco e tubos. Fonte: Trocador de Calor Casco e
Tubos. Disponível em: <http://professor.unisinos.br/jcopetti/sisterm/casco%20e%20tubos.pdf>.
2. COMPONENTES/ ESTRUTURAS E APLICAÇÕES
Figura 2: Trocador de calor tipo AEP, cujos componentes são: 1. Cabeçote estacionário
3. Flange do cabeçote estacionário 4. Tampo do cabeçote 5. Bocal do cabeçote
estacionário 6. Espelho estacionário 7. Tubos 8. Casco 10. Flange estacionário do casco
12. Bocal do casco 15. Espelho flutuante. 19. Anel bipartido 20. Flange do encosto de
encaixe 21. Tampa do cabeço flutuante – externa 22. Costado do cabeçote flutuante 23.
Flange da caixa de gaxeta. 24. Gaxeta 25. Batente da caixa de gaxeta 27. Tirantes e
espaçadores 28. Chicanas transversais 29. Quebra-jato 31. Divisor de passes 32. Conexão
para respiro 33. Conexão para dreno 34. Conexão para instrumentos 35. Suportes 36.
Olhal de suspensão. Disponível em: < https://essel.com.br/cursos/material/03/Ap4.pdf>
A norma TEMA (Tubular Exchanger Manufacturers Association) é responsável pela
padronização dos trocadores de calor casco e tubos, já que estes podem apresentar
diferentes subtipos e configurações. Segundo essa norma, os trocadores de calor casco e
tubos são classificados por: tipo de cabeçote estacionário, na qual cada tipo é
representado pelas letras A, B, C, N e D; tipo de casco (E, F, H, J, K, X) e tipo de cabeçote
de retorno (L, M, N, P, S, T, U, W). A classificação é mostrada na Figura 3
Figura 3: Classificação dos trocadores de calor do tipo casco e tubo segundo a norma TEMA.
(Fonte: KAKAÇ, 2012)
Um padrão bastante importante dentro da norma TEMA é o AEP. Seus componentes
foram detalhados na Figura 2, e o cabeçote estacionário, o casco, e o cabeçote de retorno
que caracterizam este modelo estão exemplificados na Figura 4.
Figura 4: : Partes do trocador de calor casco e tubo do tipo AEP. Fonte: (Adaptado de
SABINO, 2008)
A letra E, por sua vez, representa o casco de passo único, conhecido também como
casco simples, na qual o fluido que escoa pelo casco entra por uma extremidade e sai pela
outra, passando uma única vez por ele. Os tubos empregados podem ter diversas
passagens e são suportados por chicanas transversais. Esse tipo de casco é o mais usual
entres os trocadores casco e tubos, por ser relativamente barato e simples.
Por último, a letra P representa o cabeçote flutuante com caixa de gaxetas externas.
Essa caixa sela o fluido do lado do casco ao mesmo tempo que permite que o cabeçote
flutuante se mova para frente e para traz. Não há vazamento e mistura com o fluido do
lado dos tubos uma vez que a caixa de gaxetas está em contato somente com o fluido do
casco.
Outros componentes mais gerais que também fazem parte do AEP, apesar de não
serem exclusivos desse tipo de trocador, devem ser estudados.
Os espelhos servem para dar suporte ao conjunto de tubos (feixe). Ele é uma placa
de metal com furos, onde são inseridos os tubos. Estes podem ser fixados por solda ou
mandrilagem. A fixação dos tubos ao espelho pode ser vista na Figura 5
Os tubos podem ser arranjados de dois modos nos espelhos: passo triangular ou
passo quadrado. A partir dessa arrumação é possível prever o número máximo de tubos
empregado na seção transversal. Os tipos de arrumações são mostrados na Figura 6.
Figura 6: Arranjo dos tubos. Disponível em:
<http://professor.unisinos.br/jcopetti/sisterm/casco%20e%20tubos.pdf>
O arranjo triangular tem maior densidade de tubos, maior área de troca por
unidade de volume, maior queda de pressão e maior dificuldade de limpeza. Já o arranjo
quadrado, tem 85% menos tubo, se comparado ao arranjo triangular, menor queda de
pressão e maior facilidade de limpeza.
Os bocais (injetores ou ejetores) são alocados de acordo com o serviço para o qual
o casco e tubos será empregado. Suas dimensões, quando possível, devem ser as mesmas
adotadas para as tubulações conectadas ao trocador. No lado dos tubos, onde o fluido
geralmente é o mais corrosivo, os bocais podem ser protegidos por ligas especiais. Em
alguns casos, podem conter uma placa de impacto que serve para protege o feixe tubular
do impacto.
As chicanas mais comuns são do tipo segmentadas, mas também existe chicanas
de formatos não convencionais. Na Figura 7 são mostrados alguns tipos de chicanas
Figura 7: Alguns tipos de Chicanas Fonte: Fonte: Trocador de Calor Casco e Tubos. Disponível em:
<http://professor.unisinos.br/jcopetti/sisterm/casco%20e%20tubos.pdf>.
Um outro elemento do casco e tubos é o quebra- jato. Este protege o feixe tubular
contra o impacto proveniente do fluido escoando pelo casco. Portanto, ele é posicionado
abaixo do bocal de entrada do fluido que escoa pelo casco. A Figura 8 exemplifica seu
posicionamento.
Figura 8: Quebra-jato e seu posicionamento. Fonte: Fonte: Trocar de Calor Casco e Tubos.
Disponível em: <http://professor.unisinos.br/jcopetti/sisterm/casco%20e%20tubos.pdf>
Por último, e de grande importância, os tubos são os componentes básicos dos
trocadores, pois determinam a área de troca térmica. Geralmente, são os componentes
mais caros e também mais sujeitos a corrosão. Normalmente, seus comprimentos variam,
de acordo com a norma TEMA entre os valores de 2,5; 3,0; 3,6; 4,8 e 6m. Recomenda-
se a utilização de tubos com diâmetro externo de ¾’’para fluidos com baixo fator de
incrustação e de 1’’ para fatores mais elevados.
KAKAÇ, Sadik; LIU, Hongtan. Heat Exchangers Selection, Rating, and Thermal Design.
3ª Ed. CRC Press, 2012.