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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
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AULA 08
Olá pessoal,
Declaração de Lima
Declaração do México
DECLARAÇÃO DE LIMA 1
O que é?
A Declaração de Lima é um documento publicado e distribuído pela
Intosai, reconhecido como a Carta Magna do controle da gestão pública
ou, nos termos da norma, da auditoria governamental.
O documento foi aprovado em outubro de 1977, durante um
congresso da Intosai realizado em Lima (Peru).
A Declaração de Lima fornece as bases filosóficas e conceituais
para os trabalhos desenvolvidos pelos membros da Intosai e apresenta
uma lista abrangente de todas as metas e questões relacionadas à
auditoria governamental.
Pré-auditoria e pós-auditoria
Considera que uma pré-auditoria - ou controle prévio - eficaz é
indispensável para garantir a adequada gestão dos recursos públicos, uma
vez que pode impedir prejuízos antes de sua ocorrência. Por outro lado,
gera um volume excessivo de trabalho e inviabiliza a definição de
responsabilidades. Por sua vez, a pós-auditoria - ou controle posterior -
enfatiza a responsabilização, sendo uma tarefa indispensável a todas as
EFS, a despeito de realizarem pré-auditorias ou não.
Gabarito: Certo
(TCU – ACE 2008 – Cespe) Com relação aos conceitos e à legislação aplicáveis ao
controle externo e às instituições fiscalizadoras, julgue os itens a seguir.
8. Nos termos da Declaração de Lima, a pré-auditoria, tarefa indispensável de todas
as entidades fiscalizadoras superiores, tem a vantagem de reduzir o volume de
trabalho e tornar indistintas as responsabilidades previstas no Direito Público.
Comentário: O quesito está errado. A Declaração de Lima, na Seção 2,
item 4, afirma que a pós-auditoria é uma tarefa indispensável de toda EFS, e
não a pré-auditoria, como está na questão. A realização ou não da pré-
auditoria pela EFS depende da particularidade de cada país.
Além disso, na Seção 2, item 3, a Declaração de Lima dispõe que a pré-
auditoria tem a desvantagem de gerar um volume excessivo de trabalho, e
não a vantagem de reduzir o volume de trabalho, como afirma a questão.
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Gabarito: Errado
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Vamos lá!
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E em espanhol, no link:
http://www.intosai.org/fileadmin/downloads/downloads/4_documents/publications/span_publications
/S_Lima_Mexico_2013.pdf
PREÂMBULO
O XIX Congresso da Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras
Superiores (INTOSAI), realizado no México, considerando:
Que o uso regular e eficiente dos fundos e recursos públicos constitui um dos
pré-requisitos essenciais para o tratamento adequado das finanças públicas e para a
eficácia das decisões das autoridades responsáveis;
Que a Declaração de Lima de Diretrizes para Preceitos de Auditoria (Declaração
de Lima) preceitua que as Entidades de Fiscalização Superior (EFS) somente podem
exercer suas atribuições se forem independentes da entidade auditada e protegidas
contra influências externas;
Que, para atingir esse objetivo, é indispensável para uma democracia saudável
que cada país tenha uma EFS cuja independência seja garantida por lei;
Que a Declaração de Lima, ainda que reconheça que as instituições estatais não
podem ser absolutamente independentes, também reconhece que as EFS devem ter
a independência funcional e organizacional necessária para exercer seu mandato;
Que mediante a aplicação dos princípios sobre independência, as EFS podem
alcançar sua independência por diferentes meios, utilizando
diferentes salvaguardas;
Que as disposições para aplicação dos princípios que aqui se incluem servem
para ilustrá-los e são consideradas o ideal para uma EFS independente. Reconhece-se
que atualmente nenhuma EFS cumpre com todas essas disposições e, por isso,
outras boas práticas para alcançar a independência são apresentadas nas orientações
que o acompanham.
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Resolve:
A D M
I
não pretende ser exaustivo, servindo mais como uma orientação ou guia.
Por fim, no preâmbulo se reconhece que, atualmente, nenhuma EFS
cumpre plenamente todos os princípios expostos do documento.
Por isso, além dos princípios, a Declaração do México apresenta exemplos
de boas práticas para que as EFS alcancem a independência desejada.
GERAL
As Entidades Fiscalizadoras Superiores geralmente reconhecem oito princípios
básicos, derivados da Declaração de Lima e das decisões adotadas no XVII Congresso
da Intosai (em Seoul, Korea), como requisitos essenciais para uma adequada
fiscalização do setor público.
PRINCÍPIO 1
PRINCÍPIO 2
PRINCÍPIO 3
Embora devam respeitar as leis aprovadas pelo Poder Legislativo que lhes sejam
aplicáveis, as EFS são livres da direção ou interferência dos Poderes Legislativo e
Executivo no que concerne a:
As EFS devem assegurar que seu pessoal não desenvolva relações muito próximas
com as organizações que fiscalizam, a fim de que sejam, e aparentem ser, objetivos.
As EFS devem ter total liberdade no exercício de suas funções; elas devem cooperar
com os governos ou entidades públicas que procuram melhorar a utilização e a
gestão dos recursos públicos.
PRINCÍPIO 4
As EFS devem possuir poderes adequados para ter acesso tempestivo, ilimitado,
direto e livre a toda documentação e informação necessária para o apropriado
cumprimento de suas responsabilidades regulamentares.
PRINCÍPIO 5
PRINCÍPIO 6
As EFS são livres para decidir o conteúdo dos seus relatórios de auditoria.
As EFS são livres para decidir sobre o momento de divulgação de seus relatórios de
auditoria, exceto quando a lei estabelece requisitos específicos a respeito.
As EFS são livres para publicar e divulgar seus relatórios, uma vez formalmente
apresentados ou remetidos à autoridade respectiva, como exigido por lei.
PRINCÍPIO 7
As EFS têm seu próprio sistema interno de monitoramento para assegurar que as
entidades auditadas sigam adequadamente suas observações e recomendações, bem
como aquelas feitas pelo Poder Legislativo, uma de suas comissões, ou direção da
entidade auditada, conforme o caso.
PRINCÍPIO 8
apropriada.
O Poder Legislativo ou uma de suas comissões é responsável por assegurar que as EFS
tenham os recursos adequados para o desempenho de suas funções.
As EFS têm o direito de apelar diretamente ao Poder Legislativo caso os recursos que
lhes tenham sido destinados forem insuficientes para o desempenho de suas
funções.
*****
Enfim pessoal, é só isso. Viram que o assunto não é nada complicado,
né? Com feito, a Declaração do México é bem simples e intuitiva, até
mais que a Declaração de Lima.
Antes de terminar, bolei algumas questões pra vocês treinarem.
Embora o assunto tenha sido exigido pela primeira vez no concurso para
AUFC de 2013, não foi cobrado em nenhuma questão da prova. Portanto,
todas as questões abaixo são de elaboração própria. Vamos lá:
Comentário: O Princípio 5 não restringe, mas diz “pelo menos” uma vez
por ano.
Gabarito: Errado
*****
Pronto, terminamos a aula aqui.
Com isso, cobrimos todo o conteúdo exigido nos últimos concursos
para AUFC TCU.
Espero que você tenha gostado e realmente aprendido a matéria. A
partir da posse na Corte de Contas, controle externo passará a fazer parte
do seu dia-a-dia como Auditor.
Para o estudo ficar completo, recomendo pelo menos uma leitura
completa da Lei Orgânica, do Regimento Interno e dos artigos 70 a 75 da
Constituição Federal. Acredite, isso pode fazer diferença.
Um forte abraço!
ERICK ALVES
erickalves@estrategiaconcursos.com.br
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RESUMÃO DA AULA
Declaração de Lima:
Carta Magna do controle da gestão pública.
Fornece bases filosóficas e conceituais.
Seu principal objetivo é exigir uma auditoria governamental independente, com previsão
constitucional.
Suas premissas são o estado de direito e a democracia.
Declaração do México:
Enuncia oito princípios para assegurar a independência das EFS.
Ressalta que as EFS somente podem exercer suas atribuições se forem independentes da
entidade auditada e protegidas contra influências externas.
A independência das EFS, para ser efetiva, deve ser garantida por lei.
A independência das EFS pode ser alcançada por diferentes meios e utilizando
diferentes salvaguardas.
QUESTÕES COMENTADAS
1. (TCU – AUFC 2013 – Cespe) Consoante a Declaração de Lima de Diretrizes para
Preceitos de Auditoria, é permitido às Entidades Fiscalizadoras Superiores usar, à sua
discrição, os recursos alocados a elas em uma rubrica orçamentária separada.
2. (TCU – AUFC 2011 – Cespe) O fato de órgãos e entidades governamentais serem objeto
do controle exercido por uma EFS não implica subordinação de tal maneira que eles
possam isentar-se de responsabilidades em relação às suas operações e decisões. Se,
entretanto, em vez de recomendações, a EFS emitir resoluções ou atos similares, o seu
cumprimento se tornará obrigatório.
3. (TCU – AUFC 2011 – Cespe) As obras públicas, em geral, por envolverem recursos
consideráveis, requerem atenção especial, cabendo à EFS exclusivamente o controle da
regularidade das despesas efetuadas. A avaliação dos resultados e a qualidade da
execução das obras constituem responsabilidade exclusiva dos próprios contratantes.
(TCU – AUFC 2010 – Cespe) De acordo com a Declaração de Lima, julgue os próximos
itens, acerca das diretrizes para preceitos de auditoria. Nas situações em que for utilizada,
considere que a sigla EFS se refere a entidade fiscalizadora superior.
4. Segundo a declaração em apreço, uma EFS deve gozar de independência funcional e
organizacional necessária para desempenhar suas tarefas. Apesar disso, entender que tal
instituição, como parte do Estado, não pode ser completamente independente.
5. A Declaração de Lima admite que a execução da pré-auditoria seja realizada por EFS
ou por outras instituições de auditoria.
(TCU – ACE 2008 – Cespe) Com relação aos conceitos e à legislação aplicáveis ao controle
externo e às instituições fiscalizadoras, julgue os itens a seguir.
8. Nos termos da Declaração de Lima, a pré-auditoria, tarefa indispensável de todas as
entidades fiscalizadoras superiores, tem a vantagem de reduzir o volume de trabalho e
tornar indistintas as responsabilidades previstas no Direito Público.
10. (TCU – ACE 2007 – Cespe) A INTOSAI é um organismo internacional cujo objetivo é
fomentar o intercâmbio de ideias e experiências entre entidades fiscalizadoras superiores
14. (Inédita/2013) O TCU, ao realizar auditorias e inspeções por iniciativa própria ou por
solicitação do Congresso Nacional, suas casas e respectivas comissões, está
completamente aderente às orientações da Declaração do México.
15. (Inédita/2013) A Declaração do México preceitua que as EFS possuem liberdade para
decidir o momento de publicar seus relatórios de auditoria, mas limita essa divulgação a
uma vez por ano.
16. (Inédita/2013) A Declaração do México orienta que as EFS devem possuir sistema para
monitorar o cumprimento das observações e recomendações emanadas não só por elas,
mas também pelo Poder Legislativo, suas comissões ou pela direção da entidade auditada.
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17. (Inédita/2013) Segundo a Declaração do México, as EFS devem ser plenamente livres
para formular observações em seus relatórios de auditoria, mas sempre devem levar em
consideração a opinião da entidade auditada.
GABARITO
2) C 3) E 4) C
1) C
6) C 7) E 8) E
5) C
10) C 11) E 12) C
9) E
14) E 15) E 16) C
13) E
18) C 19) C
17) E
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