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FACULDADE BATISTA BRASILEIRA

CURSO DE DIREITO

CAUÃ GIL GAMA LEAL DA FONSECA


DANIEL SILVA DE JESUS
ELISETE VASCONCELOS
ROBERTA BOTELHO PEDREIRA DE FREITAS
RODRIGO COUTO LOMANTO
ROSANA OLIVEIRA FERREIRA CÂMARA

TRABALHO INTERDISCIPLINAR 1
Justiça Federal, Eleitoral, Militar, do Trabalho, Estadual.

SALVADOR
2023
CAUÃ GIL GAMA LEAL DA FONSECA
DANIEL SILVA DE JESUS
ELISETE VASCONCELOS
ROBERTA BOTELHO PEDREIRA DE FREITAS
RODRIGO COUTO LOMANTO
ROSANA OLIVEIRA FERREIRA CÂMARA

AVALIAÇÃO 2

Projeto Interdisciplinar 1

Atividade avaliativa interdisciplinar das disciplinas do


primeiro semestre do curso de direito, ministrada pelo
Coordenador Fagner Fraga Vasconcelos, turma do 1º Período
do Curso de Direito, turno noturno, da Faculdade Batista
Brasileira, 2023.1.

SALVADOR

2023
Sumário

INTRODUÇÃO:..........................................................................................................4

1.JUSTIÇA FEDERAL...............................................................................................5
1.1HISTÓRIA.............................................................................................................5
1.2ESTRUTURA........................................................................................................6
1.3COMPETÊNCIAS................................................................................................7
1.4 DADOS.................................................................................................................8

2.JUSTIÇA ESTADUAL.............................................................................................8
2.1 DADOS ................................................................................................................9
2. 2 ESTRUTURA E FUNÇÕES..............................................................................10

3JUSTIÇA ELEITORAL...........................................................................................12
3.1ESTRUTURA DA JUSTIÇA ELEITORAL............................................................13
3.2CURIOSIDADES SOBRE A JUSTIÇA ELEITORAL...........................................15

4.JUSTIÇA DO TRABALHO...................................................................................16
4.1HISTÓRIA...........................................................................................................16
4.2ESTRUTURA......................................................................................................17
4.3DADOS................................................................................................................25
4.4JUSTIÇA DO TRABALHO NA PRÁTICA............................................................27

5.JUSTIÇA MILITAR................................................................................................29
5.1HISTÓRIA...........................................................................................................29
5.2ESTRUTURA......................................................................................................30
5.3CURIOSIDADES.................................................................................................31

6.CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................31

7.REFERÊNCIAS....................................................................................................33

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Introdução:

A função do Poder Judiciário é garantir os direitos individuais, coletivos e


sociais, e resolver conflitos entre cidadãos, entidades e Estado. Para isso, tem
autonomia administrativa e financeira garantidas pela Constituição Federal.

De acordo com o Art. 92 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988,


são órgãos do Poder Judiciário:

 O Supremo Tribunal Federal;

 O Conselho Nacional de Justiça;

 O Superior Tribunal de Justiça;

 O Tribunal Superior do Trabalho;

 Os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

 Os Tribunais e Juízes do Trabalho;

 Os Tribunais e Juízes Eleitorais;

 Os Tribunais e Juízes Militares;

 Os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

Justiça é a particularidade do que é justo e correto, como o respeito à


igualdade de todos os cidadãos, por exemplo. Etimologicamente, este é um termo
que vem do latim justitia. É o principio básico que mantém a ordem social através da
preservação dos direitos em sua forma legal.

A importância da justiça, em todo o mundo, reflete a necessidade dos povos


em dar fim aos conflitos de interesses. Por este motivo, se faz de extrema
necessidade a criação de normas, regras e meios que possibilitem a concretização
dessa Justiça.

O tema do presente trabalho é o estudo das Justiça Federal, Eleitoral, Militar,


do Trabalho e Estadual.

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Justiça Federal
História

A Justiça Federal surgiu junto à proclamação da república em 1889, sob


direção do ministro da justiça à época, Manoel Ferraz de Campos Salles, ela foi
decretada em 11 de outubro de 1890, e constitucionalizada em 24 de fevereiro de
1891. Nessa época, a justiça federal coexistia entre juízes “seccionistas”, eleitos sem
concurso público pelo presidente da república, junto aos ministros do Supremo
Tribunal Federal; apenas em 1934 que o supremo passou a trabalhar como um órgão
independente, bem semelhante ao de hoje. Esse modelo durou até 11 de novembro
de 1937, quando Getúlio Dornelles Vargas dá o golpe de estado no país e
implementa o “Estado Novo”, o qual de forma ditatorial extinguiu a Justiça Federal, e
deixou o supremo tribunal federal como órgão revisional das decisões presidenciais.

Após isso, em 1946 foi criado o Tribunal Federal de Recursos (TFR), um


centralizador de recursos de terceira instância federal, sendo composto por 3 juízes
federais. Ademais, em 27 de outubro de 1965, no regime militar, através do ato
Institucional nº 2 foi reinstaurada a 1ª Instância na Justiça Federal, ao modificar a
Constituição e implementar a lei nº 5.010, sendo ela composta por 40 varas federais
em todo o país, 44 cargos de juiz federal e 44 cargos de juiz federal substituto, os
quais foram eleitos através de concurso público implementado pelo TFR. Essa
mesma lei criou o Conselho da Justiça Federal, composto pelo Presidente, Vice-
Presidente e mais três Ministros do Tribunal Federal de Recursos à época, que
tinham o papel de fiscalizar o trabalho de todas as instâncias dos tribunais federais.

Finalmente, a atual Carta Magna, promulgada em 1988, manteve a Justiça


Federal de primeira instância, extinguiu os Tribunais Federais de Recursos, e criou
os Tribunais Regionais Federais instalados em 30 de março de 1989. Por fim, em
2001, com o intuito de desafogar os Tribunais Federais, foram criados os Juizados
Especiais Federais que têm o poder de julgar de forma autônoma ações de pequeno
porte, as quais podem envolver até 60 salários mínimos. Tais Tribunais Especiais
Federais, posteriormente foram sendo multiplicados, e distribuídos por todo o
território brasileiro entre capital e interior de cada estado.

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Estrutura

A Justiça Federal hoje no Brasil é composta por duas instâncias, a Justiça


Federal Comum composta pelos Juizados Federais Comuns (2 juízes em cada, e
servidores) que ocupam as seções distribuídas pelos 26 estados do país e distrito
federal, e os juizados especiais federais que são responsáveis pelas subseções as
quais cuidam de processos que não envolvam a União, suas autarquias, fundações
e empresas públicas, ou ações acima de 60 salários mínimos, e em matéria criminal,
são julgadas ações que tratam de crimes de pequeno potencial ofensivo, com pena
máxima de até 2 anos; cada seção possuí subseções e através delas são
distribuídas as varas pelo interior e capital dos estados. Em um paralelo com a
justiça estadual, as subseções equivaleriam às comarcas, pois embora
estabelecidas em municípios-sede, elas também abrangem os municípios vizinhos
de forma a facilitar o deslocamento dos jurisdicionados. Ademais, como segunda
instância, se tem o Tribunal Regional Federal. Esse é composto por 5 regiões, sendo
a primeira região responsável pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia,
Goiás, Maranhão, Pará, Piauí, Roraima, Rondônia, Tocantins e Distrito Federal
(município que sedia), com 43 desembargadores; SEGUNDA REGIÃO Rio de
Janeiro (estado-sede) e Espirito Santo, com 35 desembargadores; TERCEIRA
REGIÃO São Paulo (estado-sede) e Mato Grosso do Sul com 55
desembargadores; QUARTA REGIÃO Paraná, Rio Grande do Sul (estado-sede) e
Santa Catarina com 39 desembargadores; QUINTA REGIÃO Alagoas, Ceará,
Pernambuco (estado-sede), Paraíba, Rio Grande do Norte, e Sergipe, com 24
desembargadores; SEXTA REGIÃO Minas Gerais com 18 desembargadores, a qual
foi sancionada em outubro de 2021. Abaixo segue o mapa que demonstra a
localização das regiões dos Tribunais Regionais Federais.

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Competências:

A justiça federal tem como competência julgar processos que envolvam o interesse
da União, causas populares nacionais, Empresas Públicas Federais (caixa
econômica), Autarquias (ANATEL, INSS, BACEN, IBGE), Fundações (Funai,
Funasa, Biblioteca Nacional). Porém, se tem exceções de ações que a justiça
federal não julga o processo mesmo quando esteja envolvida uma Autarquia, União,
Fundações e Empresas públicas federais: Quando se tem como parte, ação de
competência da justiça eleitoral, do trabalho, ações acidentárias típicas, ações de
falência, recuperação judiciária, e ações de insolvência civil (tramitam na esfera
estadual).

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Dados:

Com a chegada da pandemia, todas as justiças tiveram que se renovar no


âmbito operacional. Isso trouxe muita informatização da tramitação dos processos
judiciais. Como resultado, no caso da Justiça Federal, no ano de 2020 foi transitado
e julgado 881,7 mil processos (aumento de 9,1% em relação ao ano anterior), o que
é um sinal de que há mais eficiência no trabalho que resulta no encurtamento dos
prazos para processos serem finalizados tornando a vida de muitos cidadãos mais
dinâmica..

A Justiça Federal, em razão da natureza de sua atividade jurisdicional, é a


responsável pela maior parte das arrecadações do ano de 2022. Responde por 50%
do total recebido pelo Poder Judiciário, sendo o único ramo que retornou aos cofres
públicos valor três vezes superior às suas despesas. Dos R$ 44,6 bilhões
arrecadados em execuções fiscais, R$ 36,4 bilhões (81,6%) são provenientes da
Justiça Federal e, a título de comparação, é faturado R$ 8 bilhões (18%) pela Justiça
Estadual. Ou seja, a Justiça Federal além de desenrolar a resolução de grandes
problemas de interesse público, também gera verba expressiva para o país.

Justiça Estadual

História

No dia 15 de novembro de 1889, quando foi proclamado o novo regime


político, nada foi disposto sobre o Poder Judiciário. Portanto, continuou em pleno
vigor o sistema do Império, com os seus juízes ordinários, os Tribunais da Relação,
o Supremo Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Militar.

Em 24 de fevereiro de 1891 foi aprovada a primeira Constituição Federal, na


qual o Poder Judiciário estava regulado nos artigos 55 a 62. No texto havia poucas
referências à Justiça dos Estados, porque se entendia que isto deveria ser feito nas
Constituições Estaduais.

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Nesta fase, acontecimentos políticos influenciaram diretamente os tribunais
Estaduais, pois um militar, Marechal Deodoro da Fonseca, havia assumido o
comando do país na qualidade de chefe do Governo Provisório da República. É na
presidência dele, marcado por um governo centralizador, o qual procurava interferir
na ação dos presidentes dos Estados (assim eram chamados), que foram instalados
os órgãos do novo Judiciário. Todavia, Deodoro sofreu resistência dos Estados de
São Paulo e Minas Gerais e acabou sendo forçado a renunciar. Foi substituído por
Floriano Peixoto, que era o vice-presidente. Com isto, os tribunais foram extintos,
para serem reinstalados pouco tempo depois, com novos desembargadores.

O início da Justiça Estadual e descentralizada no Brasil Republicano, foi


conquistada, passo a passo, com luta e determinação, a fim de garantir a sua
autonomia e independência, sendo de competência de cada um dos Estados
brasileiros e do Distrito Federal, sede da capital do país.

Hoje, ela está presente em todas as unidades da Federação, reunindo a


maior parte dos casos que chega ao Judiciário, já que se encarrega desde questões
como as da Sociedade de economia mista até as mais comuns e variadas, tanto na
área de família, execuções fiscais dos estados e municípios, ações cíveis e
criminais.
“Segundo levantamento do Justiça em Números 2014, do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), a Justiça Estadual era responsável por 78% dos 95,14 milhões de processos que tramitavam

no Judiciário em 2013”. (JUSTIÇA, Conselho Nacional de, 2013).


A Justiça Estadual, integrante da Justiça comum, é responsável por julgar
matérias que não sejam da competência dos demais segmentos do Judiciário –
Federal, do Trabalho, Eleitoral e Militar. Ou seja, sua competência é residual.

Dados
De acordo com dados obtidos no Justiça em Número de 2021, quando-se
analisa o percentual da população de cada unidade da Federação (UF) residente em
município que sedia unidade judiciária (municípios-sede) da Justiça Estadual,
indicando o quanto as estruturas físicas do Poder Judiciário estão próximas da
população. A grande maioria dos estados estão com média acima de 89%,
indicando que as comarcas estão localizadas de forma que quase a totalidade da

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população reside em Municípios providos por varas. Entre os Tribunais de grande e
médio porte, todos possuem percentual de população residente em municípios que
sediam unidades judiciárias acima de 80%, o que representa uma grande
abrangência populacional, impactando de forma positiva o acesso à Justiça
Em situação inversa estão os estados de Tocantins, Amazonas e Rondônia
com menos de 72% da população residente em sede de comarca.

Estrutura e Funções

A Justiça Estadual, integrante da Justiça comum, é responsável por julgar


matérias que não sejam da competência dos demais segmentos do Judiciário –
Federal, do Trabalho, Eleitoral e Militar.

De acordo com a Constituição Federal (1988), artigo 125, cada Estado tem a
atribuição de organizar a sua Justiça Estadual, conforme citação abaixo:

“Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios


estabelecidos nesta Constituição .
§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado,
sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.”
CONSTITUIÇÃO (1998, Pag.72)

A Justiça Estadual é a principal porta de entrada do Judiciário e deve ser


gratuita. O primeiro grau do Poder Judiciário está estruturado em 14.853 unidades
judiciárias, desse total 9.606 (64,7%) são pertencentes à Justiça Estadual e se
subdivide em Varas (8.389, representando 87,3% da Justiça Estadual e 56% do total
nacional) e Juizados (1.217, representando 12,7% da Justiça Estadual e 8% do total
nacional, conforme dados do Justiça em Números 2021.
Do ponto de vista administrativo, a Justiça Estadual é estruturada em duas
instâncias ou graus de jurisdição: primeiro grau e segundo grau.
Integram o primeiro grau os juízes de Direito, os quais desempenham suas
funções nas comarcas. Esse é um juiz chamado de singular, que profere a
sentença através de decisão monocrática.
No segundo grau, os juízes, também chamados de desembargadores,
trabalham nos tribunais de Justiça (TJs) ,têm entre as principais atribuições o
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julgamento de demandas de competência originária e de recursos interpostos contra
decisões proferidas no primeiro grau.
Para facilitar o entendimento, Teixeira traz os conceitos de comarca, vara
judiciária e entrâncias, os quais serão tratados abaixo:

O termo comarca se refere à área em que um juiz desempenha sua


jurisdição. Uma comarca é definida levando em consideração o número total de
habitantes na cidade ou região, quantidade de eleitores da área, expansão territorial
e volume de movimentação do Poder Judiciário naquele local. Sendo comum existir
a Vara Única, em que apenas um juiz é responsável por atender todas as
demandas, independentemente da especialidade do processo.

Apesar de ser comum que uma comarca seja atrelada a um município,


também pode ser formada por mais de um, dependendo desses quesitos apontados
acima. A depender de seu tamanho e, principalmente, do volume de movimentação,
a comarca pode ter um ou mais juízes.

A vara judiciária é uma repartição pública, o departamento em que o juiz


efetua suas atividades, considerando uma especialidade. Para quesito de
organização, atendimento e, também, responsabilidade de cada juiz, podem existir
diferentes varas dentro de uma mesma comarca. Nestes casos, as varas são
divididas de acordo com suas funções: infância e juventude; trabalho; fazenda
pública; cível; família e criminal.

As comarcas podem ser classificadas como de primeira e segunda


entrância, além da comarca de entrância especial (3ª entrância). A comarca de
primeira entrância é aquela de menor porte, que tem apenas uma vara instalada.
Já a comarca de segunda entrância seria de tamanho intermediário, enquanto a
comarca de entrância especial seria aquela que possui cinco ou mais varas,
incluindo os juizados especiais, atendendo a uma população igual ou superior a
130 mil habitantes. Entretanto, não há hierarquia entre as entrâncias, ou seja, uma
entrância não está subordinada a outra

A primeira instância são as varas, os fóruns, o Júri (encarregado de julgar


crimes dolosos contra a vida), os juizados especiais cíveis e criminais e suas turmas
recursais.

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Os juizados especiais, criados pela Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995,
são competentes para procedimentos como conciliação, processamento e
julgamento das causas cíveis de menor complexidade (aquisição de um produto
defeituoso, por exemplo) e das infrações penais de menor potencial ofensivo, como
ameaça e lesão corporal culposa. Por sua vez, as turmas recursais, integradas por
juízes, são encarregadas de julgar recursos apresentados contra decisões dos
juizados especiais, visam a resolução de casos menos complexos e de valor
limitante

No segundo grau o Tribunal de Justiça é o órgão máximo da justiça estadual, a


competência dos tribunais é definida na Constituição Estadual, observada as regras
da CF/ 88 e na lei de organização judiciária (cada estado tem a sua). . São 26
Estados mais o Distrito Federal, assim, há 27 TJs, um em cada unidade da
Federação, cuja competência é julgar recursos das decisões dos juízes de primeiro
grau.

Então, se o processo foi para a segunda instância, quer dizer que houve
recurso contra a decisão do juiz de direito e, assim, o caso passa a ser examinado
pelos desembargadores. A decisão agora será colegiada, ou seja, feita por uma
turma de magistrados, um grupo de juízes.

Justiça Eleitoral

É um órgão que consiste numa subdivisão do Poder Judiciário, formulada no


ano de 1932. A Justiça Eleitoral, tinha o como responsável por administrá-la o
governo que estivesse em mandato, porém, esse método foi preterido pelo Código
Eleitoral, no intuito de evitar fraudes sobre esse processo. Com esse avanço no
Código Eleitoral foi possível a introdução do direito ao voto secreto, voto para as
mulheres e o sistema de representação proporcional, além dessas inovações houve
no ano de 1996 o avanço por meio de máquinas e a criação dos Tribunais Regionais
Eleitorais, porém durante o estabelecimento do Estado Novo em 1937, a Justiça
Eleitoral foi vetada, dando lugar ao modelo de votações indiretas, no ano de 1945 e
nos anos seguintes foi sendo mudada até ser transformada em um novo modelo,

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que no caso foi o “Código de 1965”, que vigora até os dias atuais. Além de mediar o
cumprimento de normas do Sistema Eleitoral, a Justiça Eleitoral carrega consigo três
funções de grande importância, que são as funções Regulamentar, Administrativa e
Jurisdicional.

Regulamentar
Atribuição que tem como objetivo a construção de leis inclusas no processo
eleitoral.

Administrativo

Responsável pela organização e execução do processo eleitoral regendo os


procedimentos ligados as eleições.

Jurisdicional

Trata as demandas de acordo com as normas estabelecidas.

Estrutura

A sua composição é dada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 27 tribunais


Regionais Eleitorais (TRE). Além desses órgãos há também as Juntas Eleitorais e
Juízes Eleitorais, nas quais as atribuições estão inclusas na Constituição e Código
Eleitoral e não possui magistrados próprios e definidos, portanto os juízes provêm de
outros órgãos do judiciário.

 Tribunal Regional Eleitoral (TRE)

Encarregado da gestão do processo eleitoral em unidades da federação e


municípios e suas localizações estão situadas em diferentes capitais e no Distrito
Federal.

Composição

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 Dois juízes selecionados dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça
(TJ) do estado ao qual pertence.
 Dois juízes entre os juízes de direito do TJ, baseado na escolha do próprio
tribunal.
 Um único juiz vindo do Tribunal Regional Federal (TRF).
 Dois juízes selecionados pelo próprio Presidente da República entre 6
advogados de evidente saber jurídico e idoneidade moral sob a indicação do
TJ.

Função

 Processo e julgamento de candidatos concorrentes as vagas de Governador


e Vice-Governador e membros do Congresso Nacional.
 Julgamento dos recursos apresentados contra decisões dos juízes e juntas
eleitorais.
 Constituir juntas eleitorais e designar suas jurisdições.

 Juntas Eleitorais

São instauradas 60 dias antes das eleições nas suas devidas zonas
pertencentes e desmontadas logo após a apuração dos votos.

Composição

 Um juiz de direito e dois a quatro cidadãos de notória idoneidade.

Função

 Apuração das eleições nas suas devidas zonas pertencentes.


 Resolução das contestações presentes nas apurações.
 Expedição de certificados que atestam a eleição de um candidato a um
determinado cargo municipal.

 Juízes Eleitorais

Sua composição consiste em juízes de direito vindos da Justiça Estadual e do


Distrito Federal.

Função
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 Determinar a inscrição e exclusão de eleitores.
 Expedição de títulos e conceder transferência de eleitores.
 Ordenar Cassações e Registrar candidatos.
 Divisão de zonas em seções eleitorais.
 Julgamento de Crimes Eleitorais fora do TRE e TSE.

 Crimes Eleitorais

São ações danosas ao processo eleitoral tanto nos dias de voto quanto no
período que os antecedem, dois dos crimes eleitorais bastante conhecidos há a
“Boca de Urna” e a “Compra de Votos”.

1. Boca de Urna: Tentativa de exercer influência sobre um eleitor a fim de votar


em um determinado candidato, sendo previsto no artigo 39, na lei das
eleições nº 9.504/1997, mais especificamente no parágrafo 5. A lei inclusive
sanciona a proibição de alto-falantes, além da convocação de carreatas e
comícios, isso ocorre precisamente às 22 horas do dia anterior ao das
eleições. A sua pena consiste numa prisão de seis meses a um ano de prisão
ou serviço comunitário estimado mesmo tempo das prisões.
2. Corrupção Eleitoral: Sendo previsto no artigo 299 do Código Eleitoral na lei
nº 4.737/1965, esse ato consiste na compra e venda de votos, o comprador
no caso é taxado por corrupção ativa e o vendedor por passiva. A punição vai
de um a quatro anos de prisão junto ao pagamento de 5 a 15 dias-multa.
3. Concentração de Eleitores: Taxado no artigo 302, lei nº 4737/1965, consiste
no ato de promover aglomerações com o objetivo de inibir outros eleitores e
inclusive em financiar esses atos. A pena prevê de quatro a seis anos e
pagamento de 200 a 300 dias-multa.

 3 Curiosidades sobre a Justiça Eleitoral

1. Concurso de Urnas: No ano de 1954, Getúlio Vargas promoveu esse


concurso para substituir a urna de madeira. Foram inscritos mais de 10 mil

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modelos. A vencedora era feita de lona branca fechada por um zíper nas
laterais. A estreia aconteceu nas eleições de 1955.
2. 32 dias de apuração: No ano de 1945, foram precisos 32 dias para realizar a
apuração dos votos, isso tudo por conta dos recessos de Natal e Ano novo.
3. Reviravolta: Apesar de no ano de 1954 a urna de lona branca ser eleita, logo
em seguida ela foi preterida, foi então que Alíbio Cesarino mesmo perdendo o
prazo para apresentar o seu modelo de urna, procurou o TRE-SP no qual
teve aprovação ao apresentar uma versão mais reforçada e resistente, sendo
a prova de rasgos e com acesso restrito a quem possuía a chave e esse
protótipo perdurou por mais 45 anos.

Justiça do Trabalho

História

A Justiça do Trabalho tem suas origens com a criação do Conselho Nacional


do Trabalho em 1923. Na década de 1930, foram criadas as Comissões Mistas de
Conciliação para solução de conflitos coletivos do trabalho e as Juntas de
Conciliação e Julgamento para dirimir os litígios individuais.

A criação da Justiça do Trabalho foi prevista na Constituição Federal de 1934,


definida pela Constituição de 1937 e oficialmente instalada em 1º de maio de 1941
não integrada ao Poder Judiciário.

Vinculada ao Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, a Justiça do


Trabalho era composta pelo Conselho Nacional do Trabalho, com sede no Rio de
Janeiro, pelos Conselhos Regionais do Trabalho (CRTs), em segundo grau, com
sede em algumas capitais, e pelas Juntas de Conciliação e Julgamento (JCJs), em
primeiro grau, compostas por juízes togados e classistas representantes de
empregadores e empregados.

A Constituição de 1946 incorporou-a ao Poder Judiciário, conferindo-lhe


autonomia, competência e estrutura.

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As Juntas de Conciliação e Julgamento mantiveram a denominação, mas os
Conselhos Regionais do Trabalho e o Conselho Nacional do Trabalho passaram a
ser denominados Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho,
respectivamente. A Constituição de 1967 destinou um quinto das vagas de Juízes do
Tribunal para membros do Ministério Público e da Advocacia.

Em dezembro de 1999, a Emenda Constitucional n. 24 extinguiu a


Representação Classista, alterando a nomenclatura das Juntas de Conciliação e
Julgamento para Varas do Trabalho.

A Constituição de 1988, contudo, determinou a criação de um Tribunal


Regional do Trabalho em cada estado e no Distrito Federal e ampliou a sua
competência para julgar dissídios com a administração pública direta e indireta. A
Emenda Constitucional n. 45/2004, por sua vez, ampliou a competência dessa
Justiça especializada para processar e julgar as
lides decorrentes da relação de trabalho, incluindo aquelas de acidentes de trabalho.

Estrutura

Como funciona a Justiça do Trabalho e quais são os seus órgãos:

Ao lado do Legislativo e Executivo, o Judiciário corresponde a um dos


poderes da União (art. 2º da Constituição da República Federativa do Brasil de
1988), cujo principal objetivo é a solução definitiva dos conflitos de interesse em
substituição à justiça privada.

Tal poder é exercido através da jurisdição. Trata-se de função estatal


atribuída a agentes públicos (juízes e tribunais) que aplicam o direito ao caso
concreto, reconhecendo ou não a pretensão deduzida em juízo pela parte.

No tocante às regras de competência, a jurisdição pode ser comum ou


especial. Ela é especial quando trata de matérias que extrapolam às atribuições da
Justiça Estadual e Federal ordinárias. É o caso, por exemplo, da Justiça do Trabalho
(arts. 111 a 117 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988) e da
Justiça Eleitoral.
17
Com a edição da Emenda Constitucional nº 45/2004 (foi a emenda
responsável pela Reforma do Poder Judiciário, publicada em 31/12/2004 no Diário
Oficial da União), a competência da Justiça do Trabalho sofreu expressiva
ampliação. Além dos conflitos oriundos da relação de emprego (arts. 2º e 3º da
CLT), ela passou a ser responsável pelo julgamento das ações envolvendo relação
de trabalho (conforme Mauro Schiavi 2018, p. 240, por relação de trabalho devem
ser compreendidas “as lides decorrentes de qualquer espécie de prestação de
trabalho humano, preponderantemente pessoal, seja qualquer a modalidade do
vínculo jurídico, prestado por pessoa natural em favor de pessoa natural ou jurídica.
Abrange tanto as ações propostas pelos trabalhadores, como as ações propostas
pelos tomadores de seus serviços”.) em sentido amplo, sem prejuízo de outras que
guardam estreita ligação com o tema.

Art. 2º da CLT: Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva,


que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviço.
§1º: Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação
de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as
associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que
admitirem trabalhadores como empregados.
Art. 3º da CLT: Considera-se empregado toda pessoa física que prestar
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e
mediante salário.
Parágrafo único: Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à
condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
Nesse sentido, são também da competência da Justiça do Trabalho, por
força do art. 114 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, as
ações que: envolvem o direito de greve; tratam de matérias ligadas à representação
sindical; discutem penalidades administrativas aplicadas pela fiscalização do
trabalho; executam as contribuições sociais reconhecidas em suas sentenças;
abrangem acidentes do trabalho.

Do ponto de vista organizacional, a Justiça do Trabalho integra o Poder


Judiciário da União tendo, portanto, a sua estrutura federalizada. Nos termos do art.
111 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, os seus órgãos são:

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o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e os Juízes do
Trabalho que atuam nas suas respectivas Varas do Trabalho.

Como é possível perceber no esquema abaixo, o Supremo Tribunal Federal


não integra a Justiça do Trabalho, porém, em sede de Recurso Extraordinário, ele
possui competência para julgar as causas decididas em única ou última instância (no
TST), quando a decisão violar o texto constitucional ou declarar a
inconstitucionalidade de lei federal.

O Ministério Público do Trabalho, por sua vez, não compõe o Poder


Judiciário. É instituição autônoma, permanente e essencial à função jurisdicional do
Estado na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais
e individuais indisponíveis (art. 127 da Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988).

Varas do Trabalho
19
O 1º grau da jurisdição trabalhista é composto pelas Varas do Trabalho.
Geralmente, elas abrangem um ou mais municípios, cabendo à lei fixar a sua
competência territorial.

Até a Emenda Constitucional nº 24/99, as Varas do Trabalho eram


chamadas de Juntas de Conciliação e Julgamento (art. 644, “c” da CLT), compostas
por um juiz do trabalho e dois juízes leigos (sem formação jurídica) denominados
vogais, que representavam os empregadores e empregados.

Atualmente, na Vara do Trabalho, atua um juiz titular que é auxiliado por um


juiz substituto, ambos nomeados e empossados pelo presidente do Tribunal
Regional do Trabalho respectivo. Não sendo as ações de competência originária do
TRT, todas as demais, conforme previsão do art. 114 da Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988, são processadas e julgadas nas Varas.

Nas comarcas (a comarca é o território no qual o juiz de 1º grau exerce a


sua jurisdição, podendo abranger um ou mais municípios, a depender: do número
habitantes e eleitores, movimento forense e da extensão territorial dos municípios do
Estado. Cada comarca pode ter um ou mais juízes. Se existir apenas um
magistrado, ele irá concentrar todas as competências destinadas ao órgão de 1º
grau), em que inexiste Varas do Trabalho, a lei pode atribuir a jurisdição trabalhista
ao juiz de direito (jurisdição comum), que deverá observar todas as regras contidas
na CLT para processar e julgar as reclamatórias apresentadas (art. 112 da
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 c/c art. 668 da CLT). E de
suas sentenças caberá Recurso Ordinário ao Tribunal Regional do Trabalho
competente.

Art. 112 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: A lei


criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas
por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o
respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

Art. 668 da CLT: Nas localidades não compreendidas na jurisdição das


Juntas de Conciliação e Julgamento, os Juízos de Direito são os órgãos de

20
administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for
determinada pela lei de organização judiciária local.

Se na localidade houver mais de um juízo de direito, a competência para o


julgamento das ações trabalhistas será determinada entre os juízes cíveis,
seja por distribuição ou pela divisão judiciária local nos termos da lei (art. 669,
§1º da CLT).

Tribunais Regionais do Trabalho

Os TRT`s correspondem ao 2º grau da jurisdição trabalhista e são


compostos por juízes do trabalho de carreira (chamados de Desembargadores do
Trabalho), promovidos alternadamente por antiguidade e merecimento, bem como
por membros do Ministério Público e advogados, segundo as regras estabelecidas
no art. 94 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988:

Art. 94 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: Um quinto


dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e
do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério
Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber
jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das
respectivas classes.
Parágrafo único: Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice,
enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá
um de seus integrantes para nomeação.

Atualmente, o território brasileiro é divido em 24 Regiões, contendo um


Tribunal Regional do Trabalho em cada uma delas, a saber:

REGIÃO JURISDIÇÃO

1ª Estado do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro)


2ª Estado de São Paulo (São Paulo)
3ª Estado de Minas Gerais (Belo Horizonte)
4ª Estado do Rio Grande do Sul (Porto Alegre)
5ª Estado da Bahia (Salvador)
6ª Estado de Pernambuco (Recife)
21
7ª Estado do Ceará (Fortaleza)
8ª Estados do Pará e Amapá (Belém do Pará)
9ª Estado do Paraná (Curitiba)
10ª Estado do Tocantins, Brasília e DF (Brasília)
11ª Estados do Amazonas e Roraima (Manaus)
12ª Estado de Santa Catarina (Florianópolis)
13ª Estado da Paraíba (João Pessoa)
14ª Estados de Rondônia e Acre (Porto Velho)
15ª Cidades do interior de SP (Campinas)
16ª Estado do Maranhão (São Luiz)
17ª Estado do Espírito Santo (Vitória)
18ª Estado de Goiás (Goiânia)
19ª Estado de Alagoas (Maceió)
20ª Estado de Sergipe (Aracaju)
21ª Estado do Rio Grande do Norte (Natal)
22ª Estado do Piauí (Teresina)
23ª Estado do Mato Grosso (Cuiabá)
24ª Estado do Mato Grosso do Sul (Campo Grande)

Em regra, cada Estado possui um Tribunal Regional do Trabalho, a exceção


é São Paulo. O TRT2 abrange a capital de São Paulo, região metropolitana e
baixada santista. E o TRT15 abarca as cidades do interior de São Paulo que não
estão sob a jurisdição do TRT2.
De acordo com o art. 115 da Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988, cada TRT é composto de no mínimo 07 juízes com idade entre 30 e 65
anos, nomeados pelo Presidente da República. O número de desembargadores
varia em função do volume de processos submetidos ao Tribunal, podendo ser
distribuídos ou não em Turmas.

Aos Tribunais Regionais do Trabalho cabe elaborar os seus Regimentos


Internos para dispor sobre a competência e funcionamento de seus órgãos
jurisdicionais e administrativos (art. 96, I, “a” da Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988). É, pois, muito importante que os advogados
conheçam as normas internas dos Tribunais em que atuam para a adequada
prestação de serviços.

Em sede recursal, compete aos Tribunais julgar os recursos das decisões


das Varas do Trabalho e, originariamente, as ações rescisórias, dissídios coletivos,

22
mandados de segurança e demais ações previstas em lei e no seu Regimento
Interno.

Tribunal Superior do Trabalho

Ocupando a cúpula da jurisdição trabalhista, o TST é composto por 27


ministros, dentre brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade,
com notável saber jurídico e reputação ilibada. São nomeados pelo Presidente da
República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal (art. 111-A da
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988).
Tal como ocorre nos Tribunais Regionais do Trabalho, um quinto das vagas
do TST é ocupada por membros do Ministério Público do Trabalho e advogados (art.
94 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988). E as vagas restantes
destinam-se aos desembargadores do trabalho que são juízes de carreira.
Conforme o Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho, a sua sede
fica em Brasília, apresentando o órgão jurisdição sobre todo o território nacional.
Além da sua composição plena, ele é divido em: Órgão Especial, Seções,
Subseções Especializadas e Turmas. No total, existem 08 Turmas com 03 ministros
cada uma.

23
A Presidência, Vice-Presidência e a Corregedoria-Geral são os cargos de
direção do TST, preenchidos através da eleição dos ministros mais antigos, com
mandato de 02 anos e vedada a reeleição. Durante o exercício, os ministros eleitos
deixam de compor as Turmas e passam a gozar de novas atribuições previstas no
Regimento Interno do Tribunal.

Resumidamente, compete ao TST uniformizar a interpretação da legislação


trabalhista e decidir, em última instância, questões de ordem administrativa da
Justiça do Trabalho. As demais competências do Tribunal e de seus órgãos estão
discriminadas no Regimento Interno, com destaque para o art. 74 da Resolução
Administrativa nº 1.937/2017:

Art. 74 da RA nº 1.937/2017: Compete ao Tribunal Superior do Trabalho


processar, conciliar e julgar, na forma da lei, em grau originário ou recursal
ordinário ou extraordinário, as demandas individuais e os dissídios coletivos
que excedam a jurisdição dos Tribunais Regionais, os conflitos de direito
sindical, assim como outras controvérsias decorrentes de relação de trabalho,
e os litígios relativos ao cumprimento de suas próprias decisões, de laudos
arbitrais e de convenções e acordos coletivos.

24
Dados:

O Tribunal Superior do Trabalho apresenta o Relatório Geral da Justiça do


Trabalho com dados estatísticos alusivos aos processos que tramitaram nos três
graus de jurisdição no ano de 2021 provenientes de informações existentes no
Sistema de Gerenciamento de Informações Administrativas e Judiciárias (e-Gestão)
e no Sistema de Apoio à Decisão do TST.

Sintetizam-se, abaixo, os principais destaques do Relatório Geral.

Em 2021, a Força de Trabalho era de 44.154 magistrados e servidores,


quantitativo 0,5% superior ao do ano anterior. A produtividade da Justiça do
Trabalho, neste mesmo período, ficou 12,1% superior à alcançada em 2020.

O quantitativo de magistrados e de servidores a cada 100.000 habitantes do


País apresentou decréscimos consecutivos desde 2012 e finalizou o ano com os
valores de 1,85 magistrado e de 19,0 servidores, respectivamente.

A despesa da Justiça do Trabalho para cada habitante foi de R$ 99,83, 9,2%


inferior à de 2020. Em contrapartida, a Justiça do Trabalho arrecadou para a União o
montante de R$ 4.462.290.695,64 em IR, INSS, custas, emolumentos e multas
aplicadas pelo Órgão de Fiscalização, valor correspondente a 21,0% da sua
despesa orçamentária e 9,3% 10,6% inferior ao arrecadado em 2020.

Foram pagos aos reclamantes R$ 32.029.441.314,80, valor 11,3% inferior ao


de 2020. Os valores pagos decorrentes de acordos judiciais representaram 46,7%
do total e aumentaram 11,3%; os decorrentes da execução da sentença
representaram 38,9% e reduziram 10,5%.

A demanda processual, em comparação com o ano anterior, aumentou 0,1%;


somando, ao final de 2021, 2.550.397 casos novos. A cada 100.000 habitantes do
País, 1.196 pessoas ingressaram com, pelo menos, uma ação ou recurso na Justiça
do Trabalho.

Nos três graus de jurisdição, a Indústria, os Serviços Diversos e o Comércio


lideraram, entre as diversas atividades econômicas, com maior quantitativo de casos
novos. Além dela também estiveram na liderança, no TST, a Administração Pública e
o Sistema Financeiro.

25
Os assuntos mais recorrentes na Justiça do Trabalho foram: aviso-prévio,
multa de 40% do FGTS, multa prevista no artigo 477 da CLT, adicional de horas
extras e multa prevista no artigo 467 da CLT.

O total de processos julgados por magistrado apresentou aumentos


consecutivos no período de 2010 a 2017. No período de 2018 a 2020, foram
verificados decréscimos: 1.064 processos em 2018, 1.002 em 2019 e 708, em 2020.
Em 2021, entretanto, esse quantitativo voltou a aumentar, totalizando 790 processos,
11,6% a mais que o ano anterior.

Foram julgados 2.830.478 processos, 98,1% do total recebido pela Justiça do


Trabalho. No TST, esse percentual alcançou 85%; nos TRTs, 102% e nas VTs,
100%.

O tempo médio entre o ajuizamento de uma ação e o seu encerramento


demonstra que, no TST, esse prazo foi de 1 ano, 4 meses e 13 dias; nos Tribunais
Regionais do Trabalho, de 9 meses e 11 dias e, nas Varas do Trabalho, de 8 meses
e 12 dias na fase de conhecimento e de 2 anos, 10 meses na fase de execução.
O percentual de conciliações atingiu o índice de 46,8%. Os Tribunais Regionais que
alcançaram os maiores percentuais foram os da: 2ª Região, com 53,4%; 9ª, com
51,7%;, 18ª Região, com 51,6%, 6ª Região, com 50,6% e a 12ª Região, com 50,0%.
As execuções iniciadas somadas às execuções pendentes de anos anteriores -
pendentes de execução e em arquivo provisório - totalizaram 3.578.800 processos.
Desse total, foram encerradas 705.785 (19,7%). Os Tribunais Regionais que
alcançaram os maiores percentuais de execuções encerradas em relação ao total a
executar foram os da: 22ª Região, com 55,2%; 14ª Região, com 38,8%; 13ª Região,
com 34,1%; 3ª Região, com 33,5% e 24ª Regiões, com 31,8%.

No TST, 28,6% das decisões monocráticas foram agravadas. Houve


interposição de Embargos de Declaração em 6,1% das decisões proferidas e de
Embargos à Subseção I da Seção Especializada em Dissídios Individuais em 1,8%
dos acórdãos publicados. Nos TRTs, a recorribilidade interna foi da ordem de 25,8%;
nas Varas do Trabalho, houve interposição de Embargos de Declaração em 42,2%
das sentenças proferidas.

No TST, a recorribilidade para o STF foi da ordem de 10,2% dos processos


julgados; nos TRTs, a recorribilidade para o TST foi de 41,2% dos acórdãos
26
publicados e das decisões monocráticas; nas VTs, a recorribilidade para os TRTs,
na fase de conhecimento, foi da ordem de 77,5% das sentenças proferidas.

Justiça do Trabalho na prática:

 Lei 13.467: o que é a Reforma Trabalhista?

A Lei 13.467 de 11 de novembro de 2017 é um conjunto de normas que


define os parâmetros de como proceder diante dos vários aspectos que envolvem os

direitos trabalhistas, dando cobertura tanto aos trabalhadores quanto aos


empregadores.
A Reforma Trabalhista diz respeito à reformulação da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT). Ela ocorreu a partir da alteração de uma série de direitos do
trabalhador brasileiro, assim como os deveres das empresas, com o objetivo de
tornar as diretrizes mais flexíveis.

Essa mudança das relações trabalhistas passou pela votação e aprovação da


Câmara de Deputados e, depois, pelo Senado Federal, sendo sancionada em 13 de
julho de 2017, pelo então Presidente da República, Michel Temer. A Lei Nº 13.467
passou a vigorar em 11 de novembro de 2017.

De maneira resumida, podemos dizer que a Reforma Trabalhista foi uma


atualização da CLT, que alterou trechos importantes dos artigos que tratam sobre
jornada de trabalho, férias, compensação de horas, pagamento de horas extras e
salários.

Outra mudança significativa foi na inclusão de duas novas modalidades de


trabalho: trabalho remoto (home office) e trabalho intermitente — que possibilita que
a empresa contrate um colaborador para realizar trabalhos esporádicos, de acordo
com a sua demanda.

Reflexões sobre a Reforma Trabalhista:

27
As pessoas favoráveis à mudança argumentavam que a Reforma seria a
esperança de gerar mais empregos, porém isso não foi observado com tanta
relevância.

Mas afinal a Reforma Trabalhista beneficiou trabalhadores?

A interpretação é bastante polêmica. Há quem diga que não beneficiou os


trabalhadores. Para diversos especialistas da área, a Reforma trouxe mais
benefícios para empresários.

Pontos positivos em relação a reforma trabalhista:

Um dos pontos positivos foi em relação ao ônus de sucumbência.

Hoje em dia, o advogado deve ter mais responsabilidade quando propõe uma
ação.

O artigo 790-B da CLT introduzido pela reforma trabalhista prevê que a


responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na
pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.

Antes, eles pediam a perícia sem nenhum embasamento e isto onerava a


justiça, atrasava o processo e agora eles pedem com maior fundamento, pensam
muito antes de pedir porque sabem que, se perder, eles arcarão com este prejuízo.
Então, além de pagar os honorários do perito, eles pagarão o advogado da parte
contrária, já que o artigo 791-A da CLT introduzido pela reforma trabalhista (lei
13.467 de 2017) prevê que a parte que perder a ação deve pagar os chamados
honorários de sucumbência de 5% a 15% sobre o valor em discussão.

Antes da reforma, os advogados ajuizavam uma ação em que o valor real da


causa, por exemplo, era R$ 5.000,00 e eles pediam R$ 100.000,00. Muitas vezes a
reclamada não comparecia à audiência por diversos motivos, ou porque era revel ou
porque não era encontrada e, então, ela era condenada em valores absurdos.

Anteriormente a reforma, eles ajuizavam a ação e, se o reclamante faltasse


por algum motivo e não tivesse justificativa, não era cobrado nada deles. Hoje, se o

28
reclamante entra com a ação e não comparece à audiência, ele tem 15 dias para
justificar e, se não justificar, ele é condenado ao pagamento das custas processuais.

Antes também, qualquer reclamante era beneficiário da justiça gratuita,


bastava uma declaração da hipossuficiência e, atualmente, deve-se comprovar a
falta de recursos.

Fruto de discussões há anos, o imposto sindical também deixa de ser


obrigatório com a Reforma Trabalhista.

Pontos negativos em relação a reforma trabalhista:

Entre os exemplos de trechos polêmicos da Reforma estão as alterações em


relação ao trabalho em lugares insalubres como a exposição de mulheres grávidas a
essas condições. Outro ponto é a ampliação da jornada de trabalho que passa de 25
horas para 30 sem hora extra. A modalidade de jornada 12 x 36 horas, comumente
utilizada na área da saúde, poderá ser aplicada em outras categorias, segundo a
nova lei.

Outro ponto negativo é a possibilidade de parcelar as férias. Isso não chega a


ser prejudicial ao empregado, na minha opinião, mas prevaleceram mais os
interesses do empregador. Em relação ao horário de almoço, antes não podia ser
menos que 1 hora, agora pode ser 30 minutos.

Justiça Militar

História

A justiça Militar é o ramo especializado do poder Judiciário Brasileiro com


competência para processar e julgar os crimes militares.

O Superior Tribunal Militar e, por extensão, a Justiça Militar Brasileira, foi


criando com a vinda da Família Real Portuguesa ao Brasil, em 1º de abril de 1808,
por Alvará, assinado pelo Príncipe-Regente D. João VI e com denominações de
Conselho Supremo Militar e de Justiça.
29
Sua formação se deu principalmente devido ao fato de ocorrer demora no
julgamento desses réus, que estava até então sob a competência do Conselho de
Guerra de Lisboa.

Estas tinham a função de realizar julgamentos de réus militares.

Estrutura

A Justiça Militar guarda certa peculiaridade em seu funcionamento se a


comprarmos coma justiça comum.

Como principal diferença podemos destacar que na justiça comum, em


primeiro grau de jurisdição, a atuação jurisdicional é exercida por uma pessoa, juiz
(a) togado (a), que irá julgar o caso trazido.

Já na Justiça Militar ocorre o que é chamado de escabinato, que nada mais é


do que o julgamento feito por um conjunto de julgadores, composto por um (a) Juiz
(a) Federal (justiça Militar da União), ou um (a) Juiz (a) de Direito (Justiça Militar dos
Estados e Distrito Federal) e quatro militares (Juízes Militares) de carreira, que
juntos compõe o que é chamado de Conselho de Justiça, podendo ser este
permanente ou especial.

A Justiça Militar da União (julga os crimes cometidos por militares das Forças
Armadas) em tempo de paz, é divida no território nacional em doze Circunscrições
Judiciárias Militares (CJM):

1ª CJM – Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo;


2ª CJM – Estado de São Paulo;
3ª CJM – Estado do Rio Grande do Sul;
4ª CJM – Estado de Minas Gerais;
5ª CJM – Estado do Paraná e Santa Catarina;
6ª CJM – Estados da Bahia e Sergipe;
7ª CJM – Estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas;

30
8ª CJM – Estados do Pará, Amapá e Maranhão;
9ª CJM – Estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso;
10ª CJM – Estados do Ceará e Piauí;
11ª CJM – Distrito Federal e Estados de Goiás e Tocantins;
12ª CJM – Estados do Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia.
A cada CJM corresponde uma auditoria militar com exceção da 1ª (4 auditorias), a 2ª
(2 auditorias), a 3ª (3 auditorias) e a 11ª (2 auditorias).

Curiosidades

A Justiça Militar da União é a mais antiga do país. Foi criada em 1º de abril


de 1808, pelo Príncipe-Regente de Portugal, Dom João.

A Justiça Militar não Julga Policias Militares. O Superior Tribunal Militar, na


última instância, julgam os crimes militares cometidos por integrantes das Forças
Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) ou por civis que atentem contra a
Administração Militar federal. Os policiais militares e os bombeiros são julgados pela
Justiça Militar estadual (nos estados em que ela é instituída) ou pela Justiça comum.

31
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da realização deste trabalho foi possível compreender a organização,


história e estrutura de parte da justiça brasileira em suas diferentes categorizações e
órgãos competentes. Partindo da ideia inicial trazida pela Constituição Federal de
1988, que prevê, no artigo 2º, a existência dos poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, independentes e harmônicos entre si, delineou-se a configuração dos
principais órgãos da justiça.
Foi visto que o Poder Judiciário é regulado pela Constituição Federal nos
seus artigos 92 a 126. Ele é constituído de diversos órgãos, com o Supremo Tribunal
Federal (STF) no topo. O STF tem como função principal zelar pelo cumprimento da
Constituição. Abaixo dele está o Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável por
fazer uma interpretação uniforme da legislação federal.
No sistema Judiciário brasileiro, há órgãos que funcionam no âmbito da União
e dos estados, incluindo o Distrito Federal e Territórios. No campo da União, o Poder
Judiciário conta com as seguintes unidades: a Justiça Federal (comum) incluindo os
juizados especiais federais, e a Justiça Especializada composta pela Justiça do
Trabalho, a Justiça Eleitoral e a Justiça Militar. A organização da Justiça Estadual,
que inclui os juizados especiais cíveis e criminais, é de competência de cada um dos
27 estados brasileiros e do Distrito Federal, onde se localiza a capital do país.
O funcionamento do Poder Judiciário se dá por meio de instâncias judicantes,
as quais visam a concretização dos princípios do devido processo legal, do
contraditório e da ampla defesa. Em regra, a primeira instância corresponde ao
órgão que analisará e julgará inicialmente a ação apresentada ao Poder Judiciário.
As decisões por ela proferidas poderão ser submetidas à apreciação da
instância superior, composta por órgãos colegiados, dando oportunidade às partes
conflitantes de obterem o reexame da matéria. É a garantia do duplo grau de
jurisdição. Além dos recursos, cabe às instâncias superiores, em decorrência de sua
competência originária, apreciar determinadas ações que, em razão da matéria ou
dos cargos ocupados pelos envolvidos, lhes são apresentadas diretamente.
Portanto, conclui-se que a função do Poder Judiciário é garantir os direitos
individuais, coletivos e sociais e resolver conflitos entre cidadãos, entidades e

32
Estado. Para isso, tem autonomia administrativa e financeira garantidas pela
Constituição Federal. O Brasil adota o sistema de unicidade jurisdicional, no qual
apenas o Poder Judiciário pode, em caráter definitivo, interpretar e aplicar a lei em
cada caso concreto, com o objetivo de garantir o direito das pessoas e promover a
justiça. A atuação do Judiciário se dá, exclusivamente, em casos concretos de
conflitos de interesses trazidos à sua apreciação, sendo que o Judiciário não pode
tentar resolver conflitos sem que seja previamente provocado pelos interessados.

33
REFERÊNCIAS:

JUSTIÇA FEDERAL:

“QUE TIPO DE PROCESSOS PENAIS A JUSTIÇA FEDERAL JULGA?”, Jutiça


Federal Seção Judiciária do Rio de Janeiro, 2023. Disponível em:
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Disponível em:
https://portal.trf1.jus.br/sjmg/institucional/centro-de-memoria/historia/brasil/historia-
da-jf-no-brasil.htm#:~:text=Cria%C3%A7%C3%A3o%20da%20Justi%C3%A7a
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%20quantos%20o%20Congresso%20criasse. Acesso em: 25/02/2023.

REIS, Tiago, 2023. “Autarquia: entenda o que é e como funciona esse tipo de
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“BREVE HISTÓRICO SOBRE A ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA FEDERAL”, Justiça


Federal TRF2, 2023. Disponível em: https://www10.trf2.jus.br/memoria/breve-
historico/. Acesso em: 25/02/2023.

“Estruruta da Justiça Federal”, Justiça Federal TRF4, 2023.


https://www.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=pagina_visualizar&id_pagina=3096
Acesso em, 25/02/2023.

“Justiça Federal”, Superior Tribunal de Justiça, 2023. Disponível em:


https://international.stj.jus.br/pt/Poder-Judiciario-Brasileiro/Organizacao-funcional/
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“Conheça o Tribunal Regional Federal da 1ª Região” Canal TRF1, 2023. Disponível


em: https://www.youtube.com/watch?v=RHpVSwmmlkw. Acesso em: 25/02/2023.
34
“Saiba o que é uma empresa pública e confira exemplos práticos”, 2019, disponível
em: https://capitalresearch.com.br/blog/empresa-publica/. Acesso em: 25/02/2023.

“JUSTIÇA FEDERAL: AS PARTES / JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA – AULA 9”,


2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3UltsdF3mYc&t=204s .
Aceso em: 26/02/2023.

“TRIBUNAL FEDERAL DA 6ª REGIAL É INSTALADO OFICIALMENTE EM MINAS


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“Justiça em números 2022: Judiciário julgou 26, 9 milhões de processos em 2021”,


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