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IMPLEMENTAÇÃO DE CENTROS DE NÚCLEO

DE MEDIAÇÃO DE CONFLITOS NOS


BATALHÕES DE CURITIBA

Karine Beatriz Ribeiro¹


Camila de Carvalho Ouro Guimarães²

Resumo

Este estudo objetivou citar os objetivos da criação de um núcleo de mediação de


conflitos na polícia militar, retratando as etapas da criação assim como os benefícios
desta nova visão de trabalho dentro da policia militar. Trazendo a tona as experiências
que auxiliarão o policial militar capacitado na mediação de conflitos na rotina diária do
trabalho ostensivo e no tratamento da população como um agente socializador e
auxiliador na resolução de conflitos simples que podem engrandecer e tornarem crimes.
Enfim, por meio desta pesquisa poder-se-á visualizar as vantagens da criação de um
núcleo de mediação de conflitos na PMPR, tanto para comunidade quanto para o poder
judiciário assim como para a experiência profissional dos policiais envolvidos.

Palavras- chave: Polícia Militar. Núcleo de mediação. Conflitos.

IMPLEMENTATION OF CONFLICT MEDIATION


CORE CENTERS IN THE BATTALIONS OF
CURITIBA
Abstract

This study aimed to cite the objectives of creating a conflict mediation center in the
military police, portraying the stages of creation as well as the benefits of this new
vision of work within the military police. Bringing to light the experiences that will help
the trained military police in the mediation of conflicts in the daily routine of the
ostensible work and in the treatment of the population as a socializing agent and helper
in the resolution of simple conflicts that can magnify and become crimes. Finally,
through this research, it will be possible to visualize the advantages of creating a
conflict mediation center in the PMPR, both for the community and for the judiciary, as
well as for the professional experience of the police involved.

Keywords: Military Police. Mediation Center. Conflicts.

1
Pós graduando. Uniasselvi. Beatrizk596@gmail.com
²
Mestre. Uniasselvi. camila.guimaraes@uniasselvi.com.br
1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo a criação de um núcleo de mediação de


conflitos na Polícia Militar do Paraná, descrevendo com clareza, as etapas necessárias
para atingir os objetivos propostos, assim como recursos humanos para efetivação da
proposta, possibilitando entendimento e execução do projeto.

A mediação é uma forma de resolução de conflitos mais rápida, flexível e


informal, pois atua fora do formalismo do ambiente judiciário.

O objetivo da mediação é resolver confrontos de cunho social e pessoal,


principalmente quando nessas relações as partes posteriormente manterão contato
depois de finalizado o processo. Por isso, as partes acabam criando assim algumas
qualidades no decorrer das etapas da mediação, tais como: colaboração, desejo de
auxílio mútuo, respeito, engajamento, compromisso, participação e a comunicação de
forma branda e afável. Esses comportamentos fazem com que os envolvidos partam
para uma redução do atrito emocional, com consequente fortalecimento dos laços de
confiança, os quais haviam sido anteriormente rompidos.

A criação de um núcleo de mediação de conflitos da Polícia Militar pode ser


uma ótima alternativa para auxílio na resolução de problemas de uma forma célere,
desafogando o Poder Judiciário e auxiliando a aproximação da comunidade com a
Polícia Militar. Assim, casos como brigas entre vizinhos e tumultos pacíficos podem ser
resolvidos rapidamente, sem a necessidade de se respeitar os trâmites previstos em no
processo civil ou criminal. A Polícia Militar também se beneficia do trabalho de garantir
uma resposta imediata à comunidade, haja vista a resolução do conflito ocorrer de forma
a envolver as partes que estavam presentes no atendimento da ocorrência: a PM e os
envolvidos. Dessa forma, a tendência é que se evite que novos eventos semelhantes
ocorram, pois, o conflito gerado foi conciliado em composição pelas partes mediante a
presença da autoridade policial.

Ao inserir a Polícia Militar como mediadora de conflitos, esta passa a ser


visualizada como um agente que auxilia a comunidade e não mais como inimigo o que
corrobora com uma policia comunitária. A comunidade e a PM devem trabalhar juntas
para identificar, priorizar e resolver os problemas, com vistas a melhorar a qualidade de
vida da sociedade. Há de salientar que o policial militar inserido em uma comunidade o
torna mais sensível aos problemas daquela localidade, e conforme os preceitos da
Polícia Comunitária essa parceria entre a comunidade local e a PM faz segurança
pública seja especializada e detalhada ao local, com participação dos moradores e de
outros órgãos que compõem o sistema de Segurança Pública.

O núcleo de mediação propõe o desenvolvimento de um trabalho integrado com


o Poder Judiciário. A capacitação dos policiais militares deve ocorrer tal como ocorre a
de outros mediadores formados conforme as recomendações do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ). Essa qualificação cria mais oportunidades e melhor prepara o policial
militar. Além de policiais militares a serem destinados a comporem os núcleos de
mediação é interessante que a doutrina de mediação de conflitos seja disseminada na
instituição, tendo em vista que os profissionais poderão utilizar os ensinos no seu dia-a-
dia de trabalho, até mesmo no atendimento de ocorrências.

A qualificação de um policial instrutor é de suma importância para a


disseminação das práticas auto compositivas no ramo de processo penal. A Polícia
Militar, por excelência, é a primeira a ter contato com o conflito, e com este projeto
poderá ajudar com o processo de mediação, dando autonomia aos indivíduos para que
solucionem seus problemas de forma independente, impedindo que pequenos conflitos
evoluam para crimes mais graves e simultaneamente fornecendo mais tempo e recursos,
antes consumidos para o atendimento de ocorrências ocasionadas desses conflitos, às
atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública.

2 CRIAÇÃO DO NÚCLEO DE MEDIAÇÃO DE CONFLITOS

A mediação é uma técnica de administração de conflitos que enfatiza o diálogo e


a construção de decisões de uma forma sincrônica, onde os participantes não atuam
como adversários.

Sobre esta definição Vasconcelos diz:

Mediação é um meio geralmente não hierarquizado de solução de disputas


em que duas ou mais pessoas, com a colaboração de um terceiro, o mediador
que deve ser apto, imparcial, independente e livremente escolhido, ou aceito,
expõe o problema, são escutadas e questionadas, dialogam construtivamente
e procuram identificar os interesses comuns, opções e, eventualmente, firmar
um acordo. (VACONCELOS, 2008, p.36)

Haveria primeiramente um contato com o Poder Judiciário para que


disponibilizassem instrutores e materiais para o curso de formação de mediadores de
conflitos. Posteriormente seria seguido o seguinte cronograma:

a) Estruturação do curso de mediadores policiais militares. Duração: 6


meses.
b) Depois, seria realizado concurso classificatório e de títulos. Duração: 3
meses.
c) Seriam montados centros de mediação com aparelhamento eletrônico e
integração com o Poder Judiciário. Duração: 45 dias.
d) Realização do curso de mediadores de conflitos. Duração: 2 meses.
e) Implantação dos centros de mediação junto aos cartórios de termo
circunstanciado. Duração: 20 dias
f) Reuniões com mediadores do Poder Judiciário para averiguação da
qualidade e solução de problemas a cada bimestre. Duração: 2 meses, por pelo menos
24 meses.

O núcleo seria composto por policiais militares que cursassem o curso cedido
pelo Tribunal de Justiça do Paraná, estes núcleos estariam dispostos em Companhias da
PM, junto aos cartórios de Termo Circunstanciado de Infração Penal. Essa
regionalização facilita o acordo conforme as áreas de atuação de cada batalhão ou
unidade. Essa capacitação podia ser feita de forma que a maioria senão todos os
policiais pudessem participar, para que utilizassem a instrução não só no núcleo mais
também no ambiente operacional.

A repartição física podia ser cedida pelos próprios batalhões utilizando dos
Cartórios de TCIP como estrutura, tendo em vista que uma sala apenas será necessária
para a aplicação do projeto em cada batalhão ou companhia.
1.1 RESPONSÁVEIS PELO NÚCLEO DE MEDIAÇÃO

Tendo em vista ser um projeto que existe uma colaboração entre duas
instituições diferentes cabe a necessidade de se criar um convênio para que a mediação
de conflitos possa ocorrer entre a Polícia Militar e o Poder Judiciário. A seguir pode se
elencar alguns responsáveis nesse projeto.
 Comandante Geral e Estado Maior - criar as diretrizes para a criação do
projeto
 • Comandante do 1º CRPM - adequar as diretrizes as necessidades da área
 Comandantes dos Batalhões - operacionalizar a criação das unidades de
mediação nas Companhias
 Comandantes de Companhias - criação e fiscalizarão a manutenção do
serviço, sendo os responsáveis que estarão mais próximos aos mediadores
 Diretoria de Ensino e Pesquisa - organização do concurso e posterior curso,
envolvendo o Chefe da Diretoria de Ensino e Pesquisa, o Chefe da Seção de
Concursos e o Chefe da Seção Técnica de Ensino
 Policiais Militares – participantes do curso e posterior mediadores
 Poder Judiciário: Presidente do Tribunal de Justiça - alinhar os contatos das
instituições • Coordenador dos núcleos de Mediação do Poder Judiciário -
organizar o curso e adaptá-lo para ser ministrado aos policiais militares

3. UMA NOVA ATUAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR

A Polícia Militar age de inúmeras formas seja preservando a ordem, em


atendimento de ocorrências, ou por outra, como um mediador de conflitos de forma
informal que muitas vezes não necessitam do Poder Judiciário para ser solucionado. O
policial capacitado e atuante como um facilitador do entendimento entre as partes em
conflito gera benefícios em prol da população e auxiliando o Poder Judiciário,
principalmente no que diz respeito a supressão de demandas que podem ser resolvidas
de forma imediata no local da ocorrência ou do desentendimento.

“Na mediação, de maneira diversa, o mediador, neutro e imparcial, apenas


auxilia as partes a solucionar o conflito sem sugerir ou impor a solução ou,
mesmo, interferir nos termos do acordo. O resultado útil da conciliação e da
mediação é a transação, ou seja, o acordo entre as partes que, igualmente,
podem transacionar sem o auxílio de um conciliador ou mediador”.
(JUNIOR, 2014, p. 20)

Como a existência de conflitos é normal em nossa sociedade, com intuito de


tornar o trabalho efetivo, tanto para a Polícia Militar quanto para o Poder Judiciário, se
faz imprescindível a criação de um núcleo de mediação na Policia militar.

A ocorrência de disputas de interesses na sociedade civil, entre indivíduos,


grupos, ou com o Estado, é inevitável. Por conta da configuração social
contemporânea, esses conflitos tornam-se mais frequentes e mais complexos.
Os dados sobre o volume e a movimentação processual da Justiça brasileira,
em progressivo aumento nos últimos anos, são um indicativo claro da
tendência de aumento da mobilização por direitos. Relatórios similares de
outros países sinalizam no mesmo sentido. (NETO et al, 2020, p. 36)

Resta evidente a necessidade de uma implantação de um núcleo de mediação de


conflitos com objetivo de auxiliar o Poder Judiciário e a população. O convívio em
sociedade gera naturalmente conflitos, os quais quando não resolvidos podem evoluir
para o cometimento de condutas criminosas. Essas condutas por sua vez, não podem ser
afastadas da apreciação do Poder Judiciária, por isso que a atuação quando do
surgimento do conflito é interessante para reprimir e não permitir que haja a evolução
da demanda a ponto de ser obrigatória a ação do Judiciário.

Segundo Vasconcelos (2008, p. 47) “A mediação também vem sendo


crescentemente utilizada como instrumento de apoio à vitima e a comunidade na busca
de uma reparação que tenha potencial de restaurar a relação com o ofensor”.

Nos núcleos de mediação de conflito, policiais militares capacitados para o


serviço realizariam mediações e o Poder Judiciário homologa eventuais acordos. Tudo
será feito de forma rápida, pacífica e definitiva, evitando a morosidade e impedindo que
pequenos conflitos diários evoluam para crimes de gravidade e, ao mesmo tempo,
destinando mais tempo e recursos, antes utilizados para o atendimento de ocorrências
derivadas desses conflitos, às atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem
pública.

O policial militar é o primeiro interventor e atende desde grandes crises a


pequenos desentendimentos. O benefício que a mediação de conflitos gera a
comunidade pode ser aplicada nesse amplo leque de ações policiais militares. Ainda, a
atuação policial, nesses casos, fora do ambiente jurisdicional, traz consigo a ausência da
burocracia estatal, a qual assoberba os processos e procedimentos formais do Judiciário.

A Polícia Militar é por essência solucionadora de problemas e conflitos. Apesar


de o ser humano possuir essa qualidade naturalmente, o PM deve possuir uma visão
ímpar na resolução de problemas e como devem ser solucionados tanto em um aspecto
legal como em um aspecto social.

Ainda se falando em benefícios esse projeto criaria um vínculo mais harmonioso


entre a Polícia Militar e a comunidade, por meio de uma aliança. Essa aproximação
entre Polícia e comunidade faz com que esta perceba que a atuação daquela seja
direcionada aos problemas que interferem na segurança pública. Dentre várias ações de
aproximação da Polícia com a comunidade, a mediação de conflitos visa retirar a visão
truculenta que a sociedade ainda tem da PM

Durante as instruções na escola de polícia, em sua maioria os instrutores


apontam a polícia em um modelo comunitário no qual exista mais confiança da
população em relação à Corporação, descentralizando a atividade policial, para que o
agente de segurança pública contribua para o bem-estar da comunidade, enfatizando a
ação integrada entre diferentes órgãos, por isso este vínculo polícia e comunidade
podem ser iniciados com a mediação dos principais conflitos diários dos moradores.

A visão que acaba constituída com as audiências de mediação terá enfoque numa
Polícia parceira e aliada das pessoas, não mais com a violência que é vista em muitos
locais, desenraizando a deturpação da visão dos agentes como inimigos do povo.

Uma maneira encontrada é unir esforços com programas de policiamento


comunitário. São programas que procuram aumentar o número de atores
envolvidos e as oportunidades para discutirem e identificarem as origens dos
problemas, propor metas e estratégias mais eficazes e menos custosas para
solucioná-los, pressionar o poder público para a mobilização dos recursos
necessários e supervisionar os resultados das ações realizadas.(NEV, USP,
2009)
Diante dessa idéia de policiamento comunitário, há a possibilidade da criação de
um núcleo enfatizando os valores da policia comunitária integrando a corporação
uniformemente com a população.

4 PRINCIPAIS BARREIRAS A SEREM ENFRENTADAS

 Preconceitos dos membros da PM e do Poder Judiciário;


 Incompreensão da função e decorrente importância na realização da
mediação pelos policiais militares: muitas pessoas podem desacreditar da
importância de uma aliança entre a comunidade e o policial militar através
da mediação, juntamente com a eficácia que essas audiências trariam para o
poder judiciário e para o povo que necessita de uma espera incansável até
conseguir um agendamento.
 Decisões podem ter dificuldade de serem executadas: devido a ação
integrada do poder judiciário com a PM pode ocorrer falta de comunicação
entre os órgãos gerando transtornos administrativos.
 Falta de verba e efetivo: não é novidade que as forças policiais estão em
defasagem de efetivo assim como não existem verbas suficientes nem para a
recomposição salarial, porém um investimento desta qualidade traria
incontáveis benefícios.
 Conflitos entre as decisões construídas pela Polícia Militar e pelo Poder
Judiciário: A falta de contato entre a PM e o poder judiciário forma uma
grande lacuna que pela eficiência das atividades não poderia existir, com a
implementação do projeto poderá ocorrer uma diminuição desta brecha entre
ambos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da criação do núcleo de mediação de conflitos é possível reduzir a


espera para audiências, auxiliando as demandas do Judiciário. A mediação é uma
técnica usada em conflitos que sejam mais profundos, de cunho emocional, onde as
partes tenham um relacionamento antes do conflito, auxiliando a reestrutura da
confiança mútua, atuando também como uma forma mais branda e agradável de lidar
com os problemas.

A utilização dos policiais militares como mediadores além de atuar como


auxiliar nas demandas do Pudiciário constrói uma dinâmica de socialização entre a
polícia e a sociedade, um vínculo mais próximo que possa atuar numa relação de auxílio
mútuo entre as partes envolvidas no processo, e tornando o policial um ajudante na
conciliação dos conflitos tantas vezes testemunhado nas ocorrências diárias.

Segundo NEV/ USP (2009, p. 9):

Acreditar e confiar na polícia são considerados elementos essenciais para que


a polícia possa ter legitimidade para aplicar as leis. Isto é, para a polícia ser
percebida pela população como tendo um direito legitimo de restringir
comportamentos, retirar a liberdade de cidadãos e, em casos extremos até
mesmo a vida.
Com isso, se pode observar que uma aproximação entre a polícia e a população,
através da mediação de conflitos, não só auxiliará os mediandos, mas sim a Corporação
que a partir disso poderá se tornar mais confiável aos olhos dos cidadãos.

Almeida (2016, p. 137) cita que:


A Mediação guarda coerência com os novos paradigmas e tende a se instalar
definitivamente na cultura ocidental quando a oscilação entre antigas e novas
crenças relativas à gestão de conflitos ganhar maior estabilidade e,
concomitantemente, quando um significativo grupo social – em termos de
quantidade e credibilidade – lhe der validação.

Dessa forma, existe um movimento de modificação da consciência do conflito


para a independência dos cidadãos, tornando-os capazes de solucionarem seus
problemas sem que haja uma intervenção judiciária, introduzindo a técnica de diálogo
através da comunicação entre os mediandos, tendo em vista a colaboração mútua e
promovendo um acordo elaborado por eles, trazendo uma satisfação e contribuindo para
o conserto de vínculos rompidos.

Com isso, um vínculo maior entre a população e a polícia se faz necessário para
o bom andamento do serviço policial e para acima de tudo uma melhora no
relacionamento entre a sociedade e a policia militar.

Para Vasconcelos, todos os ambientes voltados às práticas jurídicas devem dar


espaço a mediação.

A OAB e outros conselhos profissionais tem papel importante a desempenhar


no desenvolvimento de uma nova cultura entre os operadores do direito.
Devem ser estimuladas a formação de profissionais e a organização de
instituições que aliem o conhecimento jurídico a capacidade de identificação
das reais necessidades das pessoas em conflitos. Nas defensorias públicas,
assistenciais, judiciárias, núcleos comunitários, escritórios privados
instâncias judiciais, instituições especializadas e unidades educacionais
devem ser implantados os espaços para a prática multidisciplinar da
mediação. (VASCONCELOS, 2008, p.16)

Sendo a mediação uma técnica utilizada com objetivo de um acordo entre as


partes, promovendo um melhor relacionamento Vasconcelos cita:

Conflitos familiares, comunitários, escolares e corporativos, entre pessoas


que habitam, convivem estuda ou trabalham nas mesmas residências, ruas,
praças, clubes, associações, igrejas, bares, escolas, empresas, etc. Mediação
familiar, para os conflitos domésticos ou no âmbito da família; mediação
comunitária, para conflitos de vizinhança; mediação escolar, no ambiente das
instituições de educação, inclusive, quando praticada pelos próprios alunos
em relação aos seus conflitos recíprocos; mediação corporativa, para os
conflitos no ambiente empresarial. (VASCONCELOS, 2008, p.37)

Perante o exposto, a viabilização de um núcleo de mediação nos batalhões é de


suma importância para o bom andamento do trabalho dando apoio para o judiciário e
juntamente com a participação da PM podendo melhorar a relação policial X sociedade,
ainda assim auxiliando a população para resolução dos seus conflitos de forma pacífica
organizada e independente.
REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Tania. Caixa de ferramentas em mediação. Aportes práticos e teóricos.


E-book: Dash: São Paulo, 2014. Disponível em:
https://books.google.com.br/books?id=XRHkCQAAQBAJ&pg=PT172&lpg=PT172&d
q=. Acesso em: 27 jun.2022

JUNIOR, Luiz Antonio Scavone. Manual de arbitragem: mediação e conciliação:


curso de métodos adequados de solução de controvérsias. 5ª Ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2014.

NETO, Adolfo Braga et al. Negociação, mediação, conciliação e arbitragem. 3ª Ed.


Rio de Janeiro: Forense, 2020.

Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo. Manual de


policiamento Comunitário: Polícia e Comunidade na Construção da Segurança
(recurso eletrônico)/ Núcleo de estudos da violência da Universidade de São Paulo,
2009. (NEV/USP). Disponível em:
http://www.dhnet.org.br/dados/manuais/dh/manual_policiamento_comunitario.pdf.
Acesso em 03, maio, 2022.

VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas


restaurativas. São Paulo: Método, 2008.

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