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CURSO DE DIREITO
CAMPUS ITABAIANA
PROCESSO DO TRABALHO - N05
ITABAIANA
2022
O referido artigo escrito pelo Dr. Gustavo Filipe Barbosa Garcia traz a temática da
ação rescisória na justiça do trabalho. Segundo o autor a lei 11.495/2007 passou a exigir o
deposito prévio em ações rescisórias no âmbito do trabalho. Assim, ele apresenta também,
reflexos da referida modificação, o alcance e a eficácia da nova previsão legal.
O artigo 836 da CLT foi alterado pela lei 11.495/2007 sujeitando a ação rescisória no
âmbito da justiça do trabalho ao deposito prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa,
salvo comprovado a miserabilidade do autor.
Assim, a súmula 144 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que previa o cabimento
da ação rescisória na justiça do trabalho foi cancelada, ficando a Súmula 194 com a
disposição sobre o tema, mas apresentada de forma mais completa.
A questão então passou a ser analisada não mais quanto à possibilidade de aplicação
da ação rescisória na justiça do trabalho, mas quanto a necessidade de deposito para seu
ingresso. Deste modo, observou-se que não seria isonômico impor a necessidade de deposito
apenas quando ajuizada a rescisória pelo empregador. Segundo o entendimento anterior do
TST seria desnecessário o depósito previa previsto no CPC para a ação rescisória trabalhista,
entendimento este sumulado sob o número 194.
Apesar desses entendimentos a força da lei 11.495/2007 mudou esse panorama, assim,
passou-se a ser exigido o depósito prévio de 20% do valor da causa na ação ajuizada na justiça
do trabalho. Cabe destacar que no Processo Civil o deposito exigido pelo artigo 488, II, do
CPC é de 5% sobre o valor da causa, ou seja, no âmbito trabalhista a ação rescisória é quatro
vezes maior.