Você está na página 1de 74

Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
COMPREENSÃO E INTEPRETAÇÃO DE TEXTOS
Considera-se como sendo o elemento-chave para um bom resultado na prova de
Português dos concursos públicos. Isso porque, na maioria das vezes, a interpretação,
compreende mais da metade das questões cobradas pela Banca. Por isso, listamos algumas
dicas essenciais para você praticar durante a resolução de questões.

1. Leia todo o texto pausadamente;

2. Releia e marque todas as palavras que não sabe o significado, em seguida,


pesquise sobre ela, bem como seus sinônimos e antônimos;

3. Separe os parágrafos do texto e releia um a um fazendo um breve resumo, de


forma mais objetiva possível, pois na prova você não terá muito tempo.

4. Questione a forma usada pelo escritor no texto.


Ex.: Aqui é a linguagem

DICA 02
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Compreensão: No caso de compreensão de texto, o leitor deve visualizar dentro do


texto e se limitar a responder as questões conforme aquilo que está explicitamente escrito.

Exemplos de comandos de compreensão de texto:


De acordo com o texto...
Segundo o texto...
Na linha...

Interpretação: No caso de interpretação de texto, o leitor deve olhar para fora do texto,
uma vez que a interpretação vai além do texto.

Exemplos de comandos de interpretação de texto:


Interpreta-se...
Infere-se...

DICA 03
TIPOLOGIA TEXTUAL - TIPOS TEXTUAIS X GÊNEROS TEXTUAIS

A tipologia textual é a classificação de um texto de acordo com as informações que


aparecem nele, considerando suas características internas.

Já, os gêneros textuais são a classificação de acordo com a relação entre a função do
texto na sociedade e as características internas desse texto.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

4
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

GÊNEROS TIPOS TEXTUAIS

Notícia Narrativo, Descritivo

Receita culinária Injuntivo

Bula de remédio Injuntivo, Descritivo

Reportagem Narrativo, Dissertativo

DICA 04
TIPO NARRATIVO

Na narração, o objetivo do autor é contar um fato, relatar acontecimentos (reais ou


imaginários).

Há a predominância de verbos no pretérito perfeito, mas poderá haver verbos no


presente, referindo-se ao passado (presente histórico).

Há evolução cronológica (antes e depois).

Existem duas características que ajudarão você a identificar um tipo narrativo:

Evolução cronológica: independentemente se o verbo está no passado ou no


presente.
Intenção do autor: contar uma história!

QUESTÃO, 2019.
As tipologias textuais (ou tipos textuais, tipos de texto) são as diferentes formas que um
texto pode ser apresentado e seus aspectos constitutivos podem contar, descrever,
argumentar ou informar algo ou alguma situação. Os diversos tipos textuais apresentam
distintas características em suas estruturas, construções frásicas, linguagem, vocabulário,
tempos verbais, relações lógicas, modo de interação com o leitor. Os tipos mais
conhecidos são os: narrativo, descritivo, dissertativo (expositivo e argumentativo) e o
explicativo. Isto posto, assinale a alternativa correta.
a) A principal fnalidade de um texto narrativo é contar uma história através de uma
sequência de ações reais ou imaginárias.
b) Os textos dissertativos podem ser expositivos ou argumentativos, e visam apenas
expor um ponto de vista, não havendo a necessidade de convencer o leitor de algo.
c) A principal finalidade de um texto explicativo é instruir o leitor acerca de um
procedimento a ser realizado e fornecer uma informação que condiciona a conduta do
leitor, incitando-o a agir.
d) A principal finalidade de um texto descritivo é informar e esclarecer o leitor através da
exposição rigorosa e clara de um determinado assunto ou tema.
Gabarito: Letra a.

DICA 05
TIPO DESCRITIVO

Na descrição há características de uma pessoa, de um objeto, de uma paisagem, de


uma situação.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

5
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Há detalhamentos e simultaneidade.

Ex.: O amor estava de chambre azul, recostado no sofá cheio de almofadas coloridas.

Existem duas características que ajudarão você a identificar um tipo descritivo:

Simultaneidade: não há antes e depois.

Intenção do autor: caracterizar pessoas, objetos, situações...

DICA 06

TIPO INJUNTIVO

O tipo injuntivo possui a finalidade de instruir e orientar o leitor. Desse modo é utilizado
verbo no imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, com indeterminação do sujeito.

Onde podemos encontrar textos injuntivos?

Em manuais de instruções, receitas, bulas, regulamentos, editais, códigos e leis.

RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

→ Verbo no imperativo;

→ Utilização de pronomes de tratamento e verbos modalizadores, como “dever”, “ter


que”, “precisar”.

→ Predominância da coordenação.

→ Sequências de instruções ou comandos.

Veja como já foi cobrado em prova:

INSTITUTO AOCP, 2020.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

6
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Disponível em:<https://assets.almanaquesos.com/wpcontent/uploads/ 2018/06/sos-


menos_plastico.jpg.>. Acesso em: 19 jan. 2020.

Sobre tipos textuais e/ou gêneros textuais, assinale a alternativa correta.


a) O tipo textual predominante no texto 2 é o descritivo, caracterizado pela presença de
informação sobre algo a ser feito ou como algo deve ser feito, por meio de dicas que
estabelecem um processo de interação entre emissor, texto e receptor.
b) O tipo textual argumentativo, predominante no Texto 2, também está presente em
gêneros como os manuais e as instruções de uso e montagem, os textos de orientação
(leis de trânsito, recomendações de trânsito e direção), os regulamentos, as regras de
jogo, os regimentos, as leis, os decretos.
c) O tipo textual injuntivo, predominante no Texto 2, implica o objetivo de querer “fazer
agir” o interlocutor numa direção específica, apontada pelo texto.
d) O tipo textual predominante no Texto 2 é o narrativo, visto que o mecanismo linguístico
mais empregado para indicar a concretização dos enunciados são os verbos de ação.
e) O tipo textual expositivo, predominante no Texto 2, almeja incitar a realização de uma
situação (ação, fato, fenômeno, estado, evento etc.), requerendo-a ou desejando-a,
ensinando ou não como realizá-la.
Gabarito: Letra c.

DICA 07
TIPO EXPOSITIVO
O tipo expositivo tem por finalidade informar o leitor por meio da exposição de ideias e
razões de um tema específico.
Não há a intenção de convencer o leitor e é utilizada uma linguagem clara.
O intuito é simplesmente expor pontos de vista e conhecimento sobre o assunto.

Ex.: prova discursiva de Direito; artigo científico; reportagem.


DICA 08
TIPO EXPOSITIVO

O texto expositivo se estrutura assim:


Introdução: há a apresentação e contextualização do tema, com o relato do objetivo do
texto.

Desenvolvimento: há uma explicação clara e objetiva do assunto.

Conclusão: o assunto é reafirmado, com um resumo dos conteúdos apontados durante


o texto.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

7
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

QUESTÃO, 2019.

Quanto aos tipos textuais, assinale cada item como (V) verdadeiro ou (F) falso e marque
a alternativa correta:

( ) Texto explicativo prescritivo: instrui o receptor com relação a determinado


procedimento, sem permitir sua liberdade de ação.

( ) Texto explicativo injuntivo: também conhecido como instrucional, busca orientar o


receptor com o uso de verbos no imperativo, no sentido de persuadi-lo.

( ) Texto dissertativo argumentativo: exposição de tema ou assunto com o uso de


argumentos defendendo um determinado ponto de vista.

( ) Texto dissertativo expositivo: exposição de uma ideia, usando conceitos, comparações,


definições, descrições e informações.

( ) Texto descritivo: apresentações, ações em determinado tempo e espaço. Sua estrutura


é composta por apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.

( ) Texto narrativo: relato e exposição de acontecimento, lugar ou pessoa, sendo assim


rico em adjetivos que possam transmitir imagens.

a) V - V - V - V - V - V.

b) F - V - V - F - V - F.

c) V - V - V - V - F - F.

d) F - V - F - V - F - F.

Gabarito: Letra c.

DICA 09
TIPO PREDITIVO
Como o próprio nome já diz, o tipo preditivo “prediz”, “diz antes”. Indica uma previsão
ou informação sobre o futuro, antecipando os eventos que, de acordo com o enunciador,
acontecerão.
Ex.: horóscopo e profecias.
Por isso, é predominante o uso de verbos no futuro. Os interlocutores discordam,
concordam, concluem, justificam e exemplificam suas conversas.
DICA 10
TIPO DIALOGAL

Como o próprio nome já diz, no tipo dialogal há um diálogo entre interlocutores.

Ex.: entrevista, conversa telefônica, chat do Instagram ou Facebook, conversa no


WhatsApp.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

8
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

QUESTÃO ADAPTADA.

A sequência textual predominante no texto 02 é:

a) Narrativa
b) Descritiva
c) Argumentativa
d) Dialogal
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
Gabarito: Letra d.

DICA 11
TIPO ARGUMENTATIVO
Possui o objetivo de persuadir e convencer o leitor a concordar com a tese defendida.
Ex.: manifestos, abaixo-assinados, artigos de opiniões.

A apresentação e defesa da tese são estruturadas por meio de uma introdução,


desenvolvimento e conclusão.

QUESTÃO, 2019
ARGUMENTAÇÃO
A vida em sociedade trouxe aos seres humanos um aprendizado extremamente
importante: não se poderiam resolver todas as questões pela força, era preciso usar a
palavra para persuadir os outros a fazerem alguma coisa. Por isso, o aparecimento da
argumentação está ligado à vida em sociedade e, principalmente, ao surgimento das
primeiras democracias. No contexto em que os cidadãos eram chamados a resolver as
questões da cidade é que surgem também os primeiros tratados de argumentação. Eles
ensinavam a arte da persuasão.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

9
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Todo discurso tem uma dimensão argumentativa. Alguns se apresentam como


explicitamente argumentativos (por exemplo, o discurso político, o discurso publicitário),
enquanto outros não se apresentam como tal (por exemplo, o discurso didático, o
discurso romanesco, o discurso lírico). No entanto, todos são argumentativos: de um
lado, porque o modo de funcionamento real do discurso é o dialogismo; de outro, porque
sempre o enunciador pretende que suas posições sejam acolhidas, que ele mesmo seja
aceito, que o enunciatário faça dele uma boa imagem. Se, como ensinava Bakhtin, o
dialogismo preside a construção de todo discurso, então um discurso será uma voz nesse
diálogo discursivo incessante que é a história. Um discurso pode concordar com outro ou
discordar de outro. Se a sociedade é dividida em grupos sociais, com interesses
divergentes, então os discursos são sempre o espaço privilegiado de luta entre vozes
sociais, o que significa que são precipuamente o lugar da contradição, ou seja, da
argumentação, pois a base de toda a dialética é a exposição de uma tese e sua refutação.
F I O R I N , J o s é L u i z . D i s p o n í v e l e m : <www.editoracontexto.com.br/blog/argumentacao-
jose-luiz- fiorin/>. Acesso em: 13 dez. 2018 (adaptado).
Segundo o autor, “todo discurso tem uma dimensão argumentativa", até mesmo o
discurso didático. Em que aspecto se encontra a dimensão argumentativa do discurso
encontrado em livros e em materiais didáticos?
a) Procuram persuadir o estudante da importância do ensino para a construção de uma
vida melhor.
b) Procuram mostrar que tudo o que se aprende nas escolas pode ser útil em sua vida
diária.
c) Procuram fazer com que suas posições sejam acolhidas e que suas teorias sejam
aceitas.
d) Procuram capacitar os estudantes, de um modo geral, a resolver os problemas da
cidade em que moram.
e) Procuram fazer com que o estudante se convença de que o melhor caminho para sua
formação profissional é a dedicação aos estudos.
Gabarito: Letra c.

DICA 12

TIPO ARGUMENTATIVO

Na introdução: Há a apresentação da tese que será defendida sobre o tema escolhido.


A tese é apresentada de forma clara e objetiva, estando bem definida. Aqui, não é feita
argumentação da tese.

No desenvolvimento: O autor explora todos os argumentos relacionados a sua tese,


apresentando os pontos positivos e os pontos negativos do tema. Poderá focar em um
argumento que queira sustentar. A linguagem precisa ser clara e coerente. Deve haver uma
sequência lógica. Há o uso de dados estatísticos, fatos comprovados, alusões históricas...

Na conclusão: Há a retomada da tese inicial, a qual foi defendida pelos argumentos


apresentados no desenvolvimento. Pode apresentar soluções viáveis ou de propostas de
intervenção.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

10
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 13
ORTOGRAFIA

Uso das consoantes Y, K E W:


Quando falamos em ortografia oficial, um dos tópicos interessantes, é o uso das
consoantes Y, K e W. Quando utilizá-las no Português?
Vemos muitos candidatos errado questões com pegadinhas desse tipo. Por isso, resumimos
nessa dica, aspectos importantes para você nunca mais esquecer!

Veja as duas possibilidades para a utilização dessas letras:

Na transcrição de nomes próprios estrangeiros e de seus derivados portugueses.


Ex.: Katy Perry, Nova York, Disney World, etc.

Nas abreviaturas e símbolos de uso internacional.


Ex.: Kg (quilograma), W (Watt), Km (quilômetro), etc.

Se na sua prova cair algum sobre qualquer substantivo comum (ex: iogurte, ilha, vale,
cabelo, cansaço) questionando-o se pode ser escrito com Y, K ou W, não caia na pegadinha
de responder que sim! Isso porque, essas letras são apenas para abreviaturas e nomes
próprios.
DICA 14
PALAVRAS TERMINADAS EM “ESA” E “EZA”
É muito fácil confundir o final das palavras com “esa” ou “eza”. Ficamos na dúvida se
a palavra é escrita de uma forma ou outra. Por isso, as terminações em “esa/ês” são
usadas com ADJETIVOS e as terminações em “eza/ez” são usadas com
SUBSTANTIVOS.

ADJETIVOS SUBSTANTIVOS

Eu odeio lasanha de calabresa. Como eu amo a natureza!

Minha esposa é Portuguesa. A palidez do seu irmão me assustou!

Júlia ama filme Francês. A Terra possui muita beleza.

Casou-se com um Camponês.

DICA 15
PALAVRAS COM TERMINAÇÃO EM “ISAR” E “IZAR”
Se a palavra primitiva possuir “s”, as palavras que dela derivarem também serão escritas
da mesma forma.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

11
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Ex.: Análise – Analisar


Pesquisa – Pesquisar
Revisão – Revisar
Improviso – Improvisar
CUIDADO → catequese - catequizar
Por outro lado, quando a palavra primitiva não possuir “s”, as palavras que dela derivarem
serão escritas com “z”.

Ex.: Eterno – Eternizar


Símbolo – Simbolizar
Útil – Utilizar
Final – Finalizar
DICA BÔNUS
USO DOS PORQUÊS

POR QUE: Indica MOTIVO ou RAZÃO.


É utilizado no início de perguntas (por que motivo/ por qual razão).

Ex.: Por que não faz a prova?


Poderá aparecer no meio de uma frase e terá a função de pronome relativo. Será
equivalente a "por qual”, "pelo qual" e suas variações.

Ex.: Esta é a razão por que rezo. → Esta é a razão pela qual rezo.

POR QUÊ:
Também indica MOTIVO ou RAZÃO.
É utilizado no final de perguntas (por que motivo/ por que razão).

Ex.: Chorou por quê? → Chorou por qual motivo?


Demorou por quê? → Demorou por qual razão?

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

12
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
LÍNGUA INGLESA
DICA 16
PRONOMES (SUBJECT PRONOUNS)
Os pronomes sujeitos (ou subjetivos) tem a função de sujeitos de uma frase. Estes
pronomes nos indicam quem/que faz/é descrito em relação ao verbo.

Quanto à posição que ocupam na oração, eles devem sempre vir antes do verbo principal.
Que tal vermos estes pronomes e exemplos de sua aplicação?

I (EU)

Ex.: I love cake/ Eu amo bolo.

YOU (VOCÊ)

Ex.: You Are My Sunshine/ Você É Meu Raio de Sol

HE (ELE)

Ex.: He is Mexican/ Ele é mexicano

SHE (ELA)

Ex.: She is my friend / Ela é minha amiga

IT (ELE/ELA)

Ex.: It‘s interesting the way you do that/ É interessante o modo como você faz isso.

WE (NÓS)

Ex.: We are vietnamese/ Nós somos vietnamitas.

THEY (ELES/ELAS)

Ex.: They have a house bigger than mine/ Eles têm uma casa maior que a minha

IMPORTANTE!
Sobre o IT, existem algumas considerações. Este pronome nos dá a possibilidade de
interpretá-lo como “ele” ou “ela”, porém não “ele” ou “ela” de pessoas, ele é um pronome
neutro que serve para animais, coisas ou objetos.
DICA 17
INTERPRETANDO TEXTOS
No decorrer das rodadas, vamos apresentar textos, para você treinar sua interpretação.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

13
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Ukraine war: Kyiv Mayor Klitschko warns of evacuations if power lost


“Kyiv residents should be prepared to leave the city if there is a total loss of power, its
mayor has said.
In recent weeks millions of Ukrainians have intermittently been left without electricity and
water, as Russian air strikes target vital infrastructure.
Rolling power cuts are also in place to avoid overloads and to allow for repairs.
Some 40% of Ukraine's energy system has been damaged or destroyed by Russian
attacks on power plants and lines.”

Você conseguiu identificar o tema central deste texto?


O texto, antes de tudo, tem como contexto a Guerra da Ucrânia, portanto, estar de olho em
situações atuais é de suma importância, já que sua prova poderá trazer um texto
jornalístico. Agora que já sabemos o contexto social, iremos passar para outro ponto.
Logo, qual é a informação central deste texto?
O prefeito da cidade ucraniana alerta as pessoas sobre uma possível evacuação em caso
de falta de energia, em meio ao contexto histórico da atual Guerra da Ucrânia, em que
sua adversária é a Rússia. O texto também fala que tais problemas se deram por causa dos
ataques aéreos russos, que atingiram infraestruturas vitais.
DICA 18
ARTIGO DEFINIDO - THE

Assim como na língua portuguesa, no inglês existe o chamado artigo definido THE é
usado nos casos abaixo:
antes de substantivos que podem ser precedidos ou não por adjetivos.

antes de nomes de instrumentos musicais ou nomes de famílias.

antes de nomes de oceanos, mares, ilhas, rios, montanhas, países, hotéis, cinemas,
teatros, trens e navios.

antes de um representante de uma classe ou espécie.

antes de um substantivo único na espécie.


DICA 19
ARTIGOS INDEFINIDOS – A, AN

Os artigos indefinidos “A, AN” possui algumas particularidades que são bem distintas
do português: Eles não existem no plural, isso quer dizer, somente poderão ser usados
com palavras no singular. A diferença entre eles é que o “A” é utilizado antes de palavras
que começam com consoantes* e “an” é usado para palavras que começam com
vogais (sons de consoantes e sons de vogais).
IMPORTANTE!
Nunca use o “a, an” para falar de substantivos que sejam de caráter incontável, ou seja,
aqueles que não conseguimos contar a quantidade.

Exemplo: Water, Money entre outros.


Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

14
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 20
ESTRATÉGIAS DE LEITURA PARA A COMPREENSÃO DO TEXTO

Formato das orações: Geralmente, no inglês, as orações são formadas na seguinte


ordem: sujeito + verbo + complemento. Ter esse entendimento facilitará a identificação
no texto de cada componente da oração.

Skimming: É uma leitura rápida do texto com o intuito de ter uma noção geral do
assunto tratado. o leitor percebe o tema dominante e a visão completa dele.

Scanning: Ação de fazer um “scanner” do texto, já procurando por algo específico, como
uma data, um nome, etc. grife a frase quando encontrar o que está procurando.

Palavras-chave: Essas palavras podem trazer a ideia de adição, contradição,


explicação, etc. São palavras como: why (por que, para pergunta, geralmente); because
(porque, usado para resposta); but (mas); and (e); have (ter); with (com); about
(sobre/aproximadamente); the best (o melhor); the worst (o pior); if (se); the most (o
mais); nomes de lugares, pessoas, datas, etc.

ATENÇÃO!

Não leia o texto primeiro, leia as questões! Ao ler as questões e voltar no texto
para procurar as palavras que foram citadas no enunciado, você ganha tempo!

DICA BÔNUS
PROPER NOUNS (SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS)
Estes substantivos trazem especificidade à esta categoria. Os substantivos em inglês
próprios são palavras que diferenciam nomes de pessoas, dias da semana, meses, nomes
de marcas, títulos profissionais, lugares geográficos, etc.

Exemplos:
→ Maria – Nome próprio
→ Japan (Japão) – Lugar geográfico (país)
→ July (Julho) – Meses do ano
→ Doctor (doutor) – Título profissional

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

15
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO

DICA 21
ESTRUTURAS LÓGICAS LÓGICA

Proposição Lógica: Uma sentença declarativa que pode ser classificada em verdadeiro
ou falso.

Teremos 3 itens que identificam uma proposição.

Oração = ter verbo

Declarativa = relatar uma informação

Valor lógico = pode ser verdadeiro ou falso.

Ex.: Allan gosta de basquete.

Não são proposições:

Ordem = imperar

Interrogativas

Exclamativas

Ex.: Vá logo ligar o carro


Que dia é amanhã?
Que noite linda!
DICA 22
REPRESENTAÇÃO DE PROPOSIÇÃO
Letras são usualmente utilizadas para DENOTAR proposições. Tais como: p, r, t e etc.

Podemos negar uma proposição pelo SÍMBOLO (∼).

Ex.: p: Paula não é bela.


∼p: Paula é bela.

Tipos de proposição:

Proposição simples = formada por APENAS uma oração.


Proposição composta = formada por DUAS ou mais orações.

Na proposição composta as orações são interligadas por: E, OU, SE...ENTÃO,


SE...SOMENTE SE, OU...OU.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

16
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 23
CONECTIVOS NA PROPOSIÇÃO
Os conectivos representam simbologia para identificar a junção das orações.

SIMBOLOGIA CONECTIVO SIGNIFICADO

E ˄ conjunção

Ou ˅ disjunção

Se..., então... → condicional

Se..., somente se... ↔ bicondicional

Ou..., ou... v Disjunção exclusiva

Cada conectivo possui sua regra para resultar em um valor lógico V ou F.

DICA 24

VALOR LÓGICO DA PROPOSIÇÃO


O valor lógico (V ou F) é aplicada em proposição composta.

Segue uma regra para cada conectivo:

e, (˄), conjunção = namora com o falso F

ou, (v), disjunção inclusiva = namora com o verdadeiro V

se...então, (→), condicional = apenas V → F = F

...se somente se..., (↔), bicondicional = IGUAIS = V / DIFERENTES = F

ou.., ou..., (v), disjunção exclusiva = regra CONTRÁRIA a bicondicional.

DICA 25
ESTRUTURAS LÓGICAS
As Estruturas Lógicas são divididas em Proposições Lógicas e Tabela Verdade.
Chama-se proposição lógica toda oração declarativa que pode ser expressa de forma
afirmativa ou negativa.

A oração declarativa deve conter um sujeito, um verbo e um predicado, podendo ser


uma declaração verdadeira ou uma declaração falsa.
Outro ponto a ser analisado na definição é que a oração declarativa deve ser classificada
em V ou F, mas não as duas;

Ex.: Em 2021 vivemos uma pandemia. (V)


Pelé foi eleito em 2019 como melhor jogador de futebol do mundo;(F)

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

17
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
ATUALIDADES
DICA 26
CARACTERIZAÇÃO TERRITORIAL- CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E AMBIENTAIS-
GEOMORFOLOGIA
A evolução das formas de relevo do Distrito Federal possui características típicas e inerentes
da região do Planalto Central - áreas elevadas do Centro-Oeste à qual está inserido.
IMPORTANTE!
Predominam as chapadas associadas a unidades geológicas mais antigas. A topografia
possui altitudes que variam entre 950m a 1400m aproximadamente, predominando
formas de relevo evoluídas por processo de erosão, caracterizadas pelas chapadas e
chapadões.
Estão presentes outras formas de relevo como vales, colinas, na área da bacia dos rios
são bartolomeu, preto e descoberto e serras presentes na área da bacia do rio
Maranhão.
DICA 27
GEOLOGIA
Os terrenos são compostos de rochas metassedimentares dos grupos Canastra Paranoá,
Araxá e Bambuí (segundo Freitas - Silva; Campos, 1999). Esses grupos estão unidos à idade
geológica mais antiga - Pré-cambriano que se subdivide em mesoproterozoico e
neoproterozoico. Estes apresentam rochas como xistos, quartzito, biotita, ardósias,
filitos, metacalcários, metassiltitos e outras.
Há áreas que passaram por processos de evolução estrutural, onde estão as falhas como
ocorrem a noroeste do Distrito Federal.
DICA 28
CLIMA NO DISTRITO FEDERAL

O clima do DF, segundo a classificação de Koppen, é TROPICAL, em que são


perceptíveis duas estações:

A primavera-verão - período chuvoso;

o outono inverno- período seco.


Dentro desta classificação subdivide-se em Tropical e Tropical de Altitude , no qual a
diferenciação está ligada à altitude, acontecendo pequenas variações de temperatura.
DICA 29
VEGETAÇÃO E USO DA TERRA

Predomina neste local a FORMAÇÃO SAVÂNICA, caracterizada pelo Cerrado stricto


sensu, vegetação típica do Brasil Central, com árvores de troncos e galhos retorcidos, casca
grossa e folhas grandes. Mostra basicamente 2 estratos:

O superior, no qual estão presentes árvores e arbustos e

o estrato inferior, que é formado por uma vegetação rasteira como gramíneas.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

18
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
Esta vegetação está relacionada às condições climáticas e pedológicas desta região. A
pedologia é o estudo dos solos no seu ambiente natural.
DICA 30
EVOLUÇÃO URBANA DO DISTRITO FEDERAL
Brasília foi um local criado para abrigar de 500 a 700 mil habitantes, e o seu projeto tinha
a previsão que, só se ultrapassasse este contingente de habitantes, seriam criadas cidades
satélites. Mas a população prevista inicialmente é ultrapassada, e já em 2010, segundo o
IBGE, chega a 2.690.959 habitantes.
Todavia, as cidades satélites previstas para depois do adensamento nascem já na
construção de Brasília, já que desde o começo aconteceu um aumento muito grande de
população, devido à busca de trabalho nas obras da construção, cujos operários moravam
em assentamentos provisórios e aqui permaneceram. Os assentamentos populacionais
foram dando origem às cidades satélites que mais tarde foram denominadas regiões
administrativas.
DICA 31
PERIFERIA METROPOLITANA DE BRASÍLIA – PMB
A Periferia Metropolitana de Brasília - PMB, é formada por 12 municípios goianos periféricos
ao Distrito Federal, inseridos na RIDE (REGIÃO INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO
DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO).

São contíguos ao Distrito Federal e com o qual têm alto nível de integração. São eles:

Águas Lindas de Goiás

Alexânia

Cidade Ocidental

Cocalzinho de Goiás

Cristalina

Formosa

Luziânia

Novo Gama

Padre Bernardo

Planaltina

Santo Antônio do Descoberto e

Valparaíso de Goiás.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

19
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

DICA 32
SISTEMA EDUCACIONAL DO DISTRITO FEDERAL
O Sistema Educacional público do Distrito Federal é de responsabilidade da Secretaria de
Estado de Educação - SEE, do Governo do Distrito Federal, que atendeu, em 2014, 69,10%
da matricula geral. A rede particular atendeu a 30,06%, e 0,84% foi atendido pela Rede
Pública Federal.
IMPORTANTE!
Em 2010 ocorreu uma minoração do número de matrículas na rede pública e majoração na
rede particular.
DICA 33
SISTEMA EDUCACIONAL DO DISTRITO FEDERAL
A Infraestrutura Física do Sistema Educacional do DF, em 2014, de acordo com os dados da
Secretaria de Educação, contabilizava 1.161 escolas, sendo 662 escolas da rede pública,
localizadas nas zonas urbana e rural. Isto quer dizer que 56,07% das escolas são da rede
pública.
Na rede privada, as escolas estão classificadas em conveniadas e não conveniadas com
a SEE e mostram 42,81%. As outras são da rede Pública Federal, vinculada a outra
Secretaria e as não vinculadas à SEE que juntas representam o percentual de 1,12%.
DICA 34
SISTEMA EDUCACIONAL DO DISTRITO FEDERAL - INSTITUIÇÕES
COMPLEMENTARES
→ O Distrito Federal ainda possui instituições de ensino e espaços educacionais que contam
com a formação dos alunos.
→ São onze Centros Olímpicos cuja proposta é ofertar, de maneira prioritária, às crianças
e adolescentes atividades sociais, recreativas, esportivas e de lazer.
→ As unidades também ofertam atividades a adultos, a idosos e a pessoas com deficiência.
Os Centro Interescolares de Línguas, 15 no total, são escolas especializadas no ensino de
Língua Estrangeira Moderna (LEM) com oferta de línguas como Alemão, Espanhol, Francês
e Inglês.

A rede pública de ensino conta também com 10 Escolas Parque que, além do currículo
básico, propõem o acesso a aprendizagens sobre trabalho e à cultura ampla da humanidade,
desenvolvendo o senso de responsabilidade, de ação prática e de criatividade. Na educação
profissional, a rede pública conta com Centros de Ensino Profissionalizante (CEPs): Escola
de Música de Brasília (EMB), Escola Técnica de Saúde de Planaltina, Escola Técnica de
Ceilândia e Escola Técnica de Brasília e ainda 10 Institutos Federais, localizados nas
seguintes RAs:
Plano Piloto
Gama
Planaltina
Riacho Fundo
Samambaia

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

20
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

São Sebastião

Taguatinga,

Ceilândia e

SCIA/Estrutural.
DICA 35
SAÚDE- EQUIPAMENTOS E ATENDIMENTO PÚBLICO DE SAÚDE
A assistência à Saúde no Distrito Federal é ofertada pelo Sistema Público de Saúde do
Governo do Distrito Federal, por intermédio de Hospitais e Unidades de Saúde e também
pelo Sistema Federal e Iniciativa Privada.
A Secretaria de Estado de Saúde - SES/DF é responsável pela Rede Pública de Saúde, tendo
esta secretaria o dever de gerir todas as questões ligadas à Saúde.
DICA 36
SAÚDE- EQUIPAMENTOS E ATENDIMENTO PÚBLICO DE SAÚDE
A rede hospitalar do DF possui, de acordo com os dados de 2015, 22 hospitais públicos dos
quais 16 são de responsabilidade da Secretaria de Saúde, quatro são militares e dois são
da Administração Federal.
A RA I - Plano Piloto possui cinco dos dezesseis hospitais gerenciados pela Secretaria de
Saúde/DF:
Hospital Regional Asa Sul (Materno Infantil)
Hospital Regional da Asa Norte
Hospital de Base do Distrito Federal
Hospital de Apoio de Brasília
Hospital da Criança de Brasília
Outros hospitais públicos, os Regionais, estão distribuídos nas RAs de Brazlândia, Ceilândia,
Gama, Guará, Paranoá, Planaltina, Samambaia, Santa Maria, Sobradinho e Taguatinga.
DICA 37
SEGURANÇA PÚBLICA- EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE SEGURANÇA
A gestão da Segurança Pública do Distrito Federal é feita pela Secretaria de Estado da
Segurança Pública e da Paz Social - SSP/DF e possui a infraestrutura de equipamentos de
segurança pública, sendo distribuída por todo o território, alcançando TODAS as Regiões
Administrativas.

QUESTÃO SIMULADA
Quem faz a gestão da Segurança Pública do Distrito Federal?
a) Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social - SSP/DF
b) Ministério da Justiça e Segurança Pública
c) Ministério da Infraestrutura
d) Ministro de Estado da Defesa
Gabarito: Letra a.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

21
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 38
SERVIÇOS ESSENCIAIS - ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ENERGIA, ESGOTAMENTO
SANITÁRIO, COLETA DE LIXO, SISTEMA VIÁRIO E SISTEMA DE TRANSPORTE
PÚBLICO COLETIVO

De acordo com os dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - PDAD/2015 -


CODEPLAN para o Distrito Federal, notou- se que estes serviços atingem uma parcela maior
da população se comparados com o restante do país:

Água Potável - o abastecimento pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito


Federal - CAESB atinge 98,14% das residências do Distrito Federal.

Esgotamento Sanitário - por se tratar de preservação de saúde pública, no combate às


doenças endêmicas, tem grande importância. Seu atendimento atinge 85,46% dos
domicílios da zona urbana. Do restante que não é coletado pela rede, prevalece o uso de
fossa séptica - 10,53%. Apesar de não se ter igualado aos índices de abastecimento de
água, se destaca consideravelmente, se comparado a outras unidades da Federação.

Coleta de Lixo - 95% dos domicílios são atendidos regularmente pelo Serviço de Limpeza
Urbana do Distrito Federal - SLU, e destes, 79,52% têm coleta seletiva. Entretanto, a
destinação do lixo no Distrito Federal não tem sido satisfatória, causando prejuízo para o
meio ambiente e consequentemente para a saúde da população.

Energia Elétrica - são 99,38% dos domicílios atendidos pelo sistema elétrico da
Companhia Energética de Brasília - CEB, sendo estimados em torno de 5.200 os
domicílios com ligações clandestinas (gambiarras) o que perfaz aproximadamente 17 mil
habitantes se beneficiando desse sistema irregular de ligação elétrica.

Infraestrutura Física Urbana - relacionada aos chamados espaços físicos de uso


comum, tem boa qualidade, pois segundo dados da PDAD/DF - 2015, a Iluminação Pública
atende a 97,62% dos domicílios; Asfaltamento, meios fios e calçadas, itens que se
complementam nas vias públicas, estão presentes em 92,78%; 92,02% e 90,30%,
respectivamente das residências. Complementando as variáveis necessárias, para
composição de qualidade de vida do cidadão, tem-se a rede de água pluvial, que atende
a 84,14% dos domicílios no Distrito Federal.

Sistema viário rodoviário do Distrito Federal é formado por rodovias federais e distritais e
pela malha viária urbana.
Esse sistema distingue-se daquele das demais cidades brasileiras pela importância da
malha rodoviária na articulação dos núcleos urbanos e pelas características de uma
concepção urbanística cujo sistema viário urbano foi projetado, principalmente, para o
uso do automóvel. A malha rodoviária do Distrito Federal é formada de:
→ Rodovias federais - que interligam o Distrito Federal com as demais regiões do país;
→ Rodovias distritais - que interligam os núcleos urbanos internos do Distrito Federal;
→ Estradas vicinais - que permitem acesso às áreas de menor densidade populacional e
de uso predominantemente rural.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

22
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 39
POPULAÇÃO - CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
O Distrito Federal, de acordo projeção de 2016 do IBGE, tendo uma população de
3.039.444.
No contexto brasileiro, o Distrito Federal, com pouco mais de 50 anos, está no 3º lugar em
população, somente atrás dos munícipios de São Paulo e Rio de Janeiro.
→ Quanto ao envelhecimento: O envelhecimento da população do Distrito Federal é
significativo, quando se olha para a distribuição por faixa etária.
No período de 2010 e 2015, nas faixas etária dos 65 anos a 90 e mais, aconteceu um
crescimento significativo, ao contrário da faixa de 0 a 34 anos, que teve seu número
reduzido. O mesmo processo também aconteceu no Brasil.
DICA 40
ECONOMIA- DESEMPENHO DA ECONOMIA DO DISTRITO FEDERAL
Um dos mecanismos para se observar a Economia, seja do País, do Estado ou do Município,
é o cálculo do Produto Interno Bruto - PIB.
Assim sendo, os resultados para o Distrito Federal, em relação ao exercício de 2014, de
acordo com os dados do IBGE e da Codeplan, foram de R$ 197,432 bilhões, foi registrado
um aumento de 12,2% no valor nominal do PIB - DF, em relação a 2013.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

23
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
LEGISLAÇÃO
DICA 41
LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL (CONSTITUI A LEI FUNDAMENTAL DO
DISTRITO FEDERAL) - DOS FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES E DO
DISTRITO FEDERAL

Um dos assuntos mais importantes para sua prova diz respeito a Legislação aplicável
a Polícia Militar do Distrito Federal (legislação essa que contêm disposições que você,
futuro aprovado (a) terá que obedecer!). Portanto, vejamos o que dispõe o art. 1º da Lei
Orgânica do Distrito Federal:

Art. 1° O Distrito Federal, no pleno exercício de sua autonomia política, administrativa e


financeira, observados os princípios constitucionais, reger-se-á por esta Lei Orgânica.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição Federal e desta Lei Orgânica.

Art. 2° O Distrito Federal integra a união indissolúvel da República Federativa do Brasil


e tem como valores fundamentais:
I - a preservação de sua autonomia como unidade federativa;
II - a plena cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.

Note que o mencionado artigo é bem similar ao art. 1º da Constituição Federal. Aqui, não
há mistério, é “decoreba” da lei seca, portanto, leia e releia esses incisos!
DICA 42
LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL (CONSTITUI A LEI FUNDAMENTAL DO
DISTRITO FEDERAL)

O §único do art. 1º da mencionada Lei estabelece que, ninguém será discriminado ou


prejudicado em razão de:

Nascimento;

Idade;

Etnia;

Raça;

Cor;

Sexo;

Características genéticas;
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

24
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Estado civil;

Trabalho rural ou urbano;

Religião;

Convicções políticas ou filosóficas;

Orientação sexual;

Deficiência física, imunológica, sensorial ou mental;

Por ter cumprido pena, nem por qualquer particularidade ou condição, observada a
Constituição Federal.
DICA 43
OBJETIVOS PRIORITÁRIOS DO DISTRITO FEDERAL

Um dos assuntos que pode vir a ser cobrado na sua prova da PM DF é sobre os objetivos
prioritários do Distrito Federal. E, você sabe quais são eles? Vejamos alguns deles:

Art. 3° São objetivos prioritários do Distrito Federal:


I- garantir e promover os direitos humanos assegurados na Constituição Federal e na
Declaração Universal dos Direitos Humanos;
II- assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem, relativos
ao controle da legalidade e legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos
serviços públicos;
III- preservar os interesses gerais e coletivos;
IV- promover o bem de todos;
V-proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade
humana, a justiça social e o bem comum;
VI- dar prioridade ao atendimento das demandas da sociedade nas áreas de educação,
saúde, trabalho, transporte, segurança pública, moradia, saneamento básico, lazer e
assistência social;

IMPORTANTE!
Esses são alguns dos objetivos prioritários do Distrito Federal, portanto, recomendamos a
leitura de todos os demais incisos do art. 3º da mencionada Lei Orgânica.

QUESTÃO.
Assinale a alternativa que apresenta objetivo prioritário do Distrito Federal.
a) Garantir e promover os direitos humanos assegurados na Constituição Federal e na
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
b) Promover o bem de todos, em especial o dos eleitores.
c) Valorizar e desenvolver a cultura local, independentemente de contribuir para a cultura
brasileira.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

25
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

d) Assegurar, por parte do poder público, a proteção individualizada à vida e à integridade


física e psicológica dos autores e das testemunhas de infrações penais e de seus
respectivos familiares.
e) Assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem, relativos
ao controle da legalidade e da legitimidade dos atos do poder público, cabendo
exclusivamente ao Ministério Público o controle da eficácia dos serviços essenciais à
população.
Gabarito: Letra a.

DICA 44
DIREITO DE PETIÇÃO

Segundo dispõe o art. 4º, é assegurado, independentemente do pagamento de taxas


e emolumentos ou de garantia de instância:
direito de petição ou representação

Note aqui uma similaridade com o que dispõe o art. 5º, inciso XXXIV, da Constituição
Federal.

Vejamos como esse assunto foi cobrado em prova:

QUESTÃO.
Um administrado recorreu a um órgão público do Distrito Federal a fim de ver respeitados
os seus direitos. Acerca desse tema, assinale a alternativa correta.
a) O administrado exerceu seu direito por meio de iniciativa popular.
b) Para o exercício do direito de petição no Distrito Federal, é indispensável o pagamento
de emolumentos.
c) Para o exercício do direito de petição no Distrito Federal, é indispensável a garantia de
instância.
d) Não há lei no Distrito Federal que assegure o direito de representação.
e) A Lei Orgânica do Distrito Federal assegura o direito de petição independentemente do
pagamento de emolumentos.
Gabarito: Letra e.

DICA 45
DA COMPETÊNCIA DO DISTRITO FEDERAL

Competência Privativa:
Um tema que provavelmente estará em sua prova é sobre a competência privativa do
Distrito Federal. Isso porque, há assuntos em que somente compete ao próprio Distrito
Federal, e, você sabe quais são?

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

26
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Veja só alguns deles:

Art. 15. Compete privativamente ao Distrito Federal:


I- organizar seu Governo e Administração;
II- criar, organizar ou extinguir Regiões Administrativas de acordo com a legislação
vigente;
III- instituir e arrecadar tributos, observada a competência cumulativa do Distrito
Federal;
IV- fixar, fiscalizar e cobrar tarifas e preços públicos de sua competência;
V- dispor sobre a administração, utilização, aquisição e alienação dos bens públicos;
VI- organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os
serviços de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VII- manter, com a cooperação técnica e financeira da União, programas de educação,
prioritariamente de ensino fundamental e pré-escolar;
VIII- celebrar e firmar ajustes, consórcios, convênios, acordos e decisões
administrativas com a União, Estados e Municípios, para execução de suas leis e serviços;
XXI- dispor sobre a utilização de vias e logradouros públicos; (...)

Vejamos como esse assunto foi cobrado em prova:

QUESTÃO, 2018.
Segundo a Lei Orgânica do Distrito Federal, é competência privativa do Distrito Federal
Alternativas
a) fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar.
b) preservar a fauna, a flora e o cerrado.
c) zelar pela guarda da Constituição Federal.
d) combater as causas da pobreza, a subnutrição e os fatores de marginalização.
e) dispor quanto à utilização de vias e logradouros públicos.
Gabarito: Letra e.

DICA 46
COMPETÊNCIA COMUM
Além de possui competência privativa, o Distrito Federal também possui competência em
comum com a União. Note que mencionaremos aqui algumas delas, mas, é importante que
você faça a leitura integral do art. 16 da Lei Orgânica do Distrito Federal.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

27
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Aqui, não há segredo: é bunda na cadeira e tentar lembrar ao máximo desses incisos.
Veja só:

Art. 16. É competência do Distrito Federal, em comum com a União:


I-zelar pela guarda dê Constituição Federal, desta Lei Orgânica, das leis e das instituições
democráticas;
II- conservar o patrimônio público;
III- proteger documentes e outros bens de valor histórico e cultural, monumentos,
paisagens naturais notáveis e sítios arqueológicos, bem como impedir sua evasão,
destruição e descaracterização;
IV- proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
V- preservar a fauna, a flora e o cerrado;
VI- proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VII- prestar serviços de assistência à saúde da população e de proteção e garantia
a pessoas portadoras de deficiência com a cooperação técnica e financeira da União; (...)

DICA 47
DA COMPETÊNCIA CONCORRENTE

Em se tratando de competência, a Lei Orgânica do Distrito Federal, em seu artigo 17


estabelece que, compete ao Distrito Federal, concorrentemente com a União, dentre outros,
legislar sobre:

direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

orçamento;

junta comercial;

custas de serviços forenses;

produção e consumo;

cerrado, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico e turístico;

responsabilidade por danos ao meio ambiente, ao consumidor e a bens e direitos de valor


artístico, estético, histórico, espeleológico, turístico e paisagístico;

educação, cultura, ensino e desporto;

previdência social, proteção e defesa da saúde;


IMPORTANTE!
Esses são alguns dos incisos previsto no art. 17, recomendamos a leitura de todos os demais
incisos da mencionada Lei Orgânica.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

28
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

QUESTÃO.
A competência legislativa concorrente ocorre quando a competência para legislar sobre
determinada matéria é atribuída a mais de um ente da Federação.
De acordo com a Lei Orgânica do Distrito Federal, julgue os itens que se seguem quanto
à competência do Distrito Federal, concorrentemente com a União.
I Legislar sobre o orçamento.
II Legislar sobre o exercício do poder de polícia administrativa.
III Legislar sobre a proteção à infância e à juventude.
IV Legislar sobre a preservação da fauna, da flora e do cerrado.
V Legislar sobre as custas de serviços forenses.
A quantidade de itens certos é igual a
Alternativas
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
Gabarito: Letra c.

DICA 48
DAS VEDAÇÕES

Em se tratando do tema de vedações, o art. 18 da Lei Orgânica do Distrito Federal


estabelece que:

Art. 18 É vedado ao Distrito Federal:


I- estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II- recusar fé aos documentos públicos;
III- subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos públicos, quer pela
imprensa, rádio, televisão, serviço de alto-falante ou qualquer outro meio de
comunicação, propaganda político-partidária ou com fins estranhos à administração
pública;
IV- doar bens imóveis de seu patrimônio ou constituir sobre eles ónus real, bem
como conceder isenções fiscais ou remissões de dívidas, sem expressa autorização da
Câmara Legislativa, sob pena de nulidade do ato.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

29
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 49
DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Um tema bastante interessante para sua prova da PM DF é em relação aos serviços
públicos, portanto, fique atento aos pontos que destacaremos aqui!

Os serviços públicos constituem:

dever do Distrito Federal e;

serão prestados, sem distinção de qualquer natureza, em conformidade com o


estabelecido na Constituição Federal, nesta Lei Orgânica e nas leis e regulamentos que
organizem sua prestação.

Observada a legislação federal, as obras, compras, alienações e serviços da administração


serão contratados mediante processo de licitação pública, nos termos da lei.

Os atos de improbidade administrativa importarão:

suspensão dos direitos políticos;

perda da função pública;

indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em


lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

ATENÇÃO!!

É vedada a contratação de obras e serviços públicos sem prévia aprovação do respectivo


projeto, sob pena de nulidade do ato de contratação.
Por fim, lembre-se que a Lei disporá sobre participação popular na fiscalização da
prestação dos serviços públicos do Distrito Federal.

DICA 50
DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Conforme o art. 33 da Lei Orgânica do Distrito Federal, o Distrito Federal instituirá regime
jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta,
autarquias e fundações públicas, nos termos do art. 39 da Constituição Federal.

→ Destaca-se que no exercício da competência estabelecida no caput do art. 33, serão


ouvidas as entidades representativas dos servidores públicos por ela abrangidos.

A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema


remuneratório deve observar:

a natureza, o grau de responsabilidade, as peculiaridades e a complexidade dos cargos


componentes de cada carreira;

os requisitos para a investidura.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

30
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA BÔNUS
SUBSÍDIO
Para sua prova da PM DF, é importante que você saiba que o membro de Poder, o detentor
de mandato eletivo, os Secretários de Estado, os administradores regionais e os demais
casos previstos na Constituição Federal são remunerados exclusivamente por subsídio,
fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono,
prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer
caso, o disposto no art. 19, IX e X.

ATENÇÃO

ATENTE-SE PARA A EXCEÇÃO!


Art. 19, X – para fins do disposto no art. 37, XI, da Constituição da República Federativa
do Brasil, fica estabelecido que a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos, dos membros de qualquer dos Poderes e dos demais
agentes políticos do Distrito Federal, bem como os proventos de aposentadorias e
pensões, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, na forma da lei, não se aplicando
o disposto neste inciso aos subsídios dos Deputados Distritais.

QUESTÃO.
A Lei Orgânica do Distrito Federal dispõe que a remuneração e o subsídio dos ocupantes
de cargos, funções e empregos públicos, dos membros de qualquer dos Poderes e dos
demais agentes políticos do Distrito Federal, bem como os proventos de aposentadorias
e pensões, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos desembargadores
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, na forma da lei. Acerca desse
assunto, assinale a alternativa correta.
a) Não existem exceções à sua aplicação.
b) Há dispositivo excepcionando sua aplicação aos subsídios do governador e dos
deputados distritais.
c) Há dispositivo excepcionando sua aplicação aos subsídios dos deputados distritais.
d) Há dispositivo excepcionando sua aplicação aos subsídios do governador, dos
deputados distritais e dos conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito Federal.
e) É previsto que, se atingido o limite referido, é vedada a redução de salários que
implique a supressão das vantagens de caráter individual, adquiridas em razão de tempo
de serviço.
Gabarito: Letra c.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

31
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA BÔNUS
DIREITOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS

São direitos dos servidores públicos, sujeitos ao regime jurídico único, além dos
assegurados no § 2° do art. 39 da Constituição Federal, os seguintes:

gratificação do titular quando em substituição ou designado para responder peto


expediente;

duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta horas
semanais, facultado ao Poder Público conceder a compensação de horários e a redução
da jornada, nos termos da lei;

proteção especial à servidora gestante ou lactante, inclusive mediante a adequação ou


mudança temporária de suas funções, quando for recomendável a sua saúde ou á do
nascituro, sem prejuízo de seus vencimentos e demais vantagens;

atendimento em creche e pré-escola a seus dependentes, nos termos da lei, bem como
amamentação durante o horário do expediente, nos 12 primeiros meses de vida da
criança;

vedação do desvio de função, ressalvada, sem prejuízo de seus vencimentos, salários e


demais vantagens do cargo, emprego ou função:
a) a mudança de função concedida a servidora gestante, sob recomendação medica;
b) a transferência concedida a servidor que tiver sua capacidade de trabalho reduzida em
decorrência de acidente ou doença de trabalho, para locais ou atividades compatíveis
com sua situação.

recebimento de vale-transporte, nos casos previstos em lei;

participação na elaboração e alteração dos planos de carreira;

promoções por merecimento ou antiguidade, no serviço público, nos termos da lei;

quitação da folha de pagamento do servidor ativo e inativo da administração direta,


indireta e fundacional do Distrito Federal até o quinto dia útil do mês subsequente, sob
pena de incidência de atualização monetária, obedecido o disposto em lei.

remoção da servidora pública vítima de violência doméstica e familiar, pela administração


direta e indireta e pelas autarquias, independentemente do interesse da
administração. (Acrescido(a) pelo(a) Emenda à Lei Orgânica 122 de 24/08/2021)

IMPORTANTE!!
É computado como exercício efetivo, para efeito de progressão funcional ou concessão
de licença-prêmio e aposentadoria nas carreiras específicas do serviço público, o tempo de
serviço prestado por servidor requisitado a qualquer dos Poderes do Distrito Federal.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

32
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Vejamos como esse assunto foi cobrado em prova:

QUESTÃO ADAPTADA.
Fulana de Tal, servidora pública do Poder Executivo do Distrito Federal, foi requisitada
para exercer suas funções na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Nessa hipótese,
pode-se afirmar que o tempo de serviço prestado na Câmara Legislativa:
a) Será computado como exercício efetivo, para efeito de progressão funcional ou
concessão de licença-prêmio e aposentadoria na carreira específica.
b) Será computado exclusivamente para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade.
c) Será computado como exercício efetivo, para efeito de promoção ou concessão de
adicional por tempo de serviço.
d) Não será computado para efeito de licença-prêmio ou promoção, mas somente para
concessão aposentadoria
e) Nenhuma das alternativas anteriores
Gabarito: Letra a.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

33
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DIREITO CONSTITUCIONAL E DIREITOS HUMANOS
DICA 51
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e


Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

Soberania;

Cidadania;

Dignidade da pessoa humana;

Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Pluralismo político.
DICA 52
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA
FIQUE ATENTO!
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição Federal.

QUESTÃO.
Sobre os poderes do Estado, é CORRETO afirmar que
(a) emanam das Forças Armadas.
(b) emanam do povo.
(c) pertencem às autoridades que o exercem.
(d) somente podem ser exercidos pelo povo indiretamente, através de representantes
eleitos.
Gabarito: Alternativa B
Comentário: No caso dessa questão, o candidato deveria saber que, segundo o artigo
1º, parágrafo único, da Constituição de 1988, todo o poder emana do povo, que o exerce
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Desse modo, por eliminação seria possível encontrar a resposta da questão.

Independência e Harmonia dos Poderes: São Poderes da União, independentes e


harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

34
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 53
PRINCÍPIOS DE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL

A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos


seguintes princípios:

Independência nacional;

Prevalência dos direitos humanos;

Autodeterminação dos povos;

Não-intervenção;

Igualdade entre os Estados;

Defesa da paz;

Solução pacífica dos conflitos;

Repúdio ao terrorismo e ao racismo;

Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

Concessão de asilo político.


FIQUE ATENTO (A)!
A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural
dos povos da América Latina, visando à formação de uma COMUNIDADE LATINO-
AMERICANA DE NAÇÕES.
DICA 54
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES: CONTEÚDO

Quanto ao conteúdo as constituições são classificadas como:

Material: materialmente, identifica-se como as normas que regulam a estrutura do


Estado, a sua organização e os direitos fundamentais. Só os temas atinentes a esse escopo
são constitucionais. Desta forma, as regras que fossem materialmente constitucionais,
codificadas ou não em um mesmo documento, seriam essencialmente constitucionais. Tudo
o mais que constar da Constituição e que a isso não se refira não será matéria
constitucional.

Formal: É o modo de ser do Estado, estabelecido em documento escrito. Não se há


de pesquisar qual o conteúdo da matéria. Tudo o que estiver na constituição é matéria
constitucional.

Mista: Uma classificação ainda polêmica, e não sendo adotada por alguns doutrinadores.
Essa teoria traz que, nos termos do art. 5º, § 3º, da Constituição Federal, os Tratados e as
Convenções de direitos humanos, aprovados em cada casa do Congresso, em dois turnos,
com voto de 3/5 de seus membros equivalerão a uma Emenda Constitucional, ou seja, um
documento de natureza constitucional que está fora da Constituição, sendo adotado tanto
o critério material como o formal. É a Teoria do Bloco da Constitucionalidade, através da

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

35
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
qual não é constitucional apenas o que está na CF, mas toda e qualquer regra de natureza
constitucional. Portanto, para alguns, o sistema que usamos é o misto.
Portanto, ao analisar a Constituição Federal de 1988 em relação com seu conteúdo,
pode-se dizer que ela é formal ou formalmente. O que seria dizer que a constituição é o
modo de ser do Estado, estabelecido em documento escrito. Não se há de pesquisar qual o
conteúdo da matéria. Tudo o que há na constituição é matéria constitucional. Essa
distinção hoje perde o sentido, carreando toda a doutrina no sentido de considerar
materialmente constitucional tudo o que formalmente nela se contiver.

CF/88 → Conteúdo → Formal

DICA 55
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES - ESTABILIDADE

Quanto à estabilidade as constituições podem ser:

Rígidas: constituições que exigem, para sua alteração, um processo legis mais árduo do
que o processo de alteração das normas não constitucionais.

Flexíveis: o processo de alteração é idêntico às normas não constitucionais. Não há


hierarquia entre as leis.

Semirrígidas/Semiflexíveis: algumas matérias tem alteração mais difícil, outras nem


tanto.

Fixas: podem ser alteradas por poder igual ao que a criou, poder constituinte originário.

Transitoriamente flexíveis: por um tempo serão suscetíveis de reforma e depois


passam a ser rígidas.

Imutáveis: inalteráveis, verdadeira relíquia.


A constituição brasileira atual pode ser classificada como rígida em relação a sua
mutabilidade, uma vez que o processo de alteração é mais rigoroso do que o processo de
elaboração das leis ordinárias, em consonância com princípio da supremacia da
Constituição.

CF/88 → Estabilidade → Rígida

DICA 56
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES – FORMA E ORIGEM

Quanto à forma as constituições são classificadas como:

Escrita: É constituição consistente num código, num documento único sistematizado. É


o sistema usual no continente europeu e, consequentemente, em toda a América Latina.

Costumeira\não escrita\consuetudinária: É a constituição consistente em normas


esparsas, não aglutinadas em um texto solene, centrada nos usos e costumes, na prática
política e judicial. Seu grande exemplo é a constituição inglesa que não tem um documento
escrito, um código. Ao contrário o seu direito constitucional decorre da identificação dos

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

36
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
chamados direitos imemoriais do povo inglês. O sistema parlamentarista, que é o grande
modelo para todo o mundo civilizado, não está estruturado em qualquer norma escrita.
Quanto à Forma a Constituição Federal de 1988 é escrita. Constituição escrita é
aquela sistematizada em um único documento constitucional escrito.

CF/88 → Forma → Escrita

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES - ORIGEM

A classificação de uma constituição quanto à origem:

Constituição promulgada, democrática, popular ou votada: Elaborada pela


Assembleia Nacional Constituinte, composta por representantes legitimamente eleitos pelo
povo, com a finalidade de sua elaboração. Como ocorreu com as Constituições brasileiras
de 1891, 1934, 1946, 1988.

Constituição outorgada: Elaborada sem a participação popular, estas são impostas


pelo poder da época. Como ocorreu com a Constituição de 1824 (outorgada pelo Imperador
Dom Pedro I), Constituição de 1937 (imposta por Getúlio Vargas), Carta Política de 1967
(instituída pelo regime militar) e Emenda Constitucional 1/1969, que alterou
substancialmente a Constituição de 1967 (outorgada por uma junta militar).

Cesarista: São outorgadas, mas dependem de ratificação popular através do referendo.


Um exemplo é a constituição napoleônica que, embora aparente ser promulgada, tem núcleo
de outorgada. São feitas pelo governador sem observância da capacidade popular.

Pactuada: Decorre de um acordo entre dois grupos sociais, havendo mais de um titular
do poder constituinte. Um exemplo é a Carta Magna de 1215, que decorreu de um acordo
entre o rei e a nobreza.
A Constituição Federal de 1988 é promulgada, pois foi elaborada com a participação
popular. Originou-se de um órgão constituinte composto de representantes do povo, eleitos
com a finalidade de elaborar o texto constitucional.

CF/88 → Origem → Promulgada

DICA 57
CONSTITUIÇÃO - EXTENSÃO

A classificação de uma constituição quanto à extensão:

Sintéticas: Preveem somente princípios e normas gerais, organizando e limitando o


poder do Estado apenas com diretrizes gerais, mínimas, firmando princípios, não detalhes.
É concisa, breve, sucinta, também chamada de Constituição Federal negativa.

Analíticas: Abrangem todos os assuntos que entende relevantes. São amplas, extensas,
prolixas, detalhas, como a nossa Constituição de 1988, por exemplo.
Quanto à Extensão a Origem a Constituição Federal é analítica, pois examina e
regulamenta todos os assuntos que entende relevantes. Contém normas materialmente
constitucionais e normas formalmente constitucionais. Por essa razão, é extensa e prolixa.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

37
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

CF/88 → Extensão →Analítica

DICA 58
CONSTITUIÇÃO - FINALIDADE

Constituição Garantia: Limita-se a fixar os direitos e garantias. É uma carta


declaratória.

Constituição Dirigente: Além de fixar direitos e garantias, fixa metas estatais, fixa uma
direção para o Estado.
Quanto à Finalidade a Constituição Federal de 1988 é dirigente, pois além de criar
limites para a atuação do Estado com a previsão de direitos e garantias fundamentais, cria
direitos, garantias e metas para o Governo. Dirige programas institucionais para o Estado,
preocupa-se não só com o presente, mas também com o futuro, buscando condicionar os
órgãos estatais à satisfação de objetivos predefinidos. O termo “dirigente” significa que a
Constituição “dirige” a atuação futura do Estado, por meio da previsão de metas. E
caracteriza-se pela presença de normas constitucionais de eficácia limitada definidoras de
princípios programáticos.

CF/88 → Finalidade → Dirigente

DICA 59
CONSTITUIÇÃO - MODO DE ELABORAÇÃO

A classificação de uma constituição quanto ao modo de elaboração:

Dogmáticas: São as constituições escritas, elaboradas por um órgão especialmente


designado para esse fim, normalmente designado Assembleia Nacional Constituinte. Adota
expressamente a ideia de direito prevalente num momento dado.

Históricas: São as constituições consuetudinárias, fruto de uma lenta e contínua síntese


da história e da tradição de um povo.
A Constituição Federal é Dogmática, pois originou-se de um trabalho legislativo
específico e de um determinado órgão constituinte, sistematizando os dogmas fundamentais
da política e do direito dominantes naquele momento histórico. Tem esse nome por refletir
os dogmas presentes, e, por isso, será sempre escrita.

CF/88 → Modo de elaboração → Dogmática

DICA 60
CONSTITUIÇÃO: CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES

A Constituição Federal brasileira pode ser classificada da seguinte maneira:

Quanto ao conteúdo: Materiais e formais.

Quanto à forma: Escritas e não escritas.

Quanto ao modo de elaboração: Dogmática e histórica.


Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

38
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Quanto a origem: Promulgadas e outorgadas

Quanto a estabilidade: Rígidas, super-rígidas, semirrígidas e flexíveis.

Quanto a extensão: Analítica e sintética.


Vamos utilizar um mnemônico para melhor fixação!

A CF/88 é classificada como uma PEDRAF:

P Promulgada

E Escrita

D Dogmática

R Rígida

A Analítica

F Formal

DICA 61
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO

Características:

Inicial;

Autônomo;

Permanente;

Incondicionado;

Ilimitado.
Para a doutrina mais adequada, o Poder Constituinte Originário não pode ser
compreendido como absoluto, sendo limitado por aspectos espaciais, culturais e pelos
direitos humanos (direitos suprapositivos).
DICA 62
PODER CONSTITUINTE DERIVADOR REFORMADOR

Natureza Jurídica: Poder Jurídico.


Por definição é limitado e condicionado pelo Poder Constituinte Originário.
Reforma é gênero e possui duas espécies: revisão e emenda.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

39
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Revisão Constitucional Emenda Constitucional

Reforma global do texto (art. 3º, ADCT) Alteração do texto da CF/88 (art. 60, CF)
Realizada após 5 anos da promulgação da Legitimidade: Presidente da República;
CF/88, em sessão unicameral (Congresso um terço da Câmara dos Deputados ou do
Nacional), com quórum de maioria Senado federal; mais da metade das
absoluta para aprovação das emendas de Assembleias Legislativas da federação, com
revisão. votação de maioria simples em cada uma
Ocorreu em 1994, aprovando 6 emendas. delas.

Forma: Discutida em cada uma das


casas do Congresso Nacional, em dois
turnos com três quintos dos votos dos
membros.

Limites Materiais: não pode ser objeto


de EC a forma federativa de Estado; o voto
direito, secreto, universal e periódico; a
separação dos Poderes e os direitos e
garantias individuais.

DICA 63
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE
É entendido como consequência da autonomia político-administrativa garantida
constitucionalmente, é a possibilidade dos Estados-membros de se auto organizarem por
meio de suas constituições estaduais.

Características: derivado, subordinado e condicionado.

Limites: princípios constitucionais sensíveis; princípios federais extensíveis; e princípios


constitucionais estabelecidos (normas de competência e normas de preordenação).
A reforma da Constituição estadual deve respeitar os parâmetros estabelecidos pelo Poder
Constituinte Originário para a reforma (pontual via emendas) da Constituição federal.
Não há que se falar em revisão na Constituição Estadual.
DICA 64
PODER CONSTITUINTE DIFUSO – MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL

Poder constituinte difuso é o poder de fato que atua na etapa da mutação


constitucional, meio informal de alteração da Constituição.

Na mutação constitucional ocorre a alteração do conteúdo, do alcance e do sentido


das normas constitucionais, mas de modo informal, sem qualquer modificação na
literalidade do texto da Constituição.
É chamado de difuso porque não vem formalizado (positivado) no texto das
Constituições. É um poder de fato porque nascido do fato social, político e econômico. É
meio informal porque se manifesta por intermédio das mutações constitucionais,
modificando o sentido das Constituições, mas sem nenhuma alteração do seu texto
expresso.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

40
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 65
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS

Primeira Geração: Envolvem os direitos de Liberdade.

Marco: Revoluções Liberais do Século XVIII na Europa e Estados Unidos.

O papel do Estado na defesa dos direitos humanos de primeira geração é passivo


(prestações negativas).

Ex.: Direito à liberdade, intimidade, segurança, propriedade, igualdade perante a lei.

Segunda Geração: Envolvem os direitos de Igualdade.

Marco: Frutos das chamadas lutas sociais na Europa e Américas, sendo seus marcos a
Constituição Mexicana, a Alemã de Weimar.

O papel do Estado na defesa dos direitos humanos de segunda geração é ativo


(prestações positivas).

Ex.: Direito à saúde, educação, previdência social, habitação, entre outros.

Terceira Geração: Envolvem os direitos de Fraternidade.

Marco: Pós Segunda Guerra Mundial.

De titularidade da comunidade.

Ex.: Direito ao desenvolvimento, a autodeterminação, direito ao meio ambiente


equilibrado.
OBS: Os concursos têm cobrado a classificação das gerações com base no entendimento
de Paulo Bonavides, que considera mais duas gerações, a saber:

Direitos de Quarta Geração: resultante da globalização dos direitos humanos,


corresponde ao direito ao pluralismo, bioética e limites à manipulação genética.

Direitos de Quinta Geração: contemplam o direito à paz em toda a humanidade.


DICA 66
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS

Historicidade: Frutos de momentos históricos.

Universalidade: Para todas as pessoas, sem distinção.

Relatividade: Podem sofrer limitação quando confrontados com outros direitos.

Exceção: Vedação à tortura e à escravidão.

Essencialidade: Essencial á dignidade da pessoa humana.

Irrenunciabilidade: São irrenunciáveis.

Imprescritibilidade: Não se extinguem pelo decurso do tempo.

Inviolabilidade: Insuscetíveis de violação.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

41
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Inexauribilidade: Possibilidade de surgirem novos direitos humanos.

Vedação ao retrocesso: Não admitem o regresso, a diminuição dos meios de proteção.


DICA 67
DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Relacionado a garantia ao mínimo existencial da pessoa humana, para garantir a
solidariedade, igualdade, fraternidade, liberdade e a dignidade.

Ligado ao Direito Internacional Público.

A Constituição Federal de 1988 foi a primeira constituição que estabeleceu, de forma


objetiva, a prevalência dos Direitos Humanos como preceito fundamental.
DICA 68
INCORPORAÇÃO DE TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
Antes da Emenda Constitucional (EC) de 45/2004, só havia uma forma de se incorporar os
tratados internacionais, por meio de Lei Ordinária Federal, como norma infraconstitucional.

Após a EC 45/2004, que incluiu o § 3º do art. 5º da Constituição Federal (CF),


estabelecendo que os tratados que tivesse matéria específica em direitos humanos, teria
incorporação diferente, passando a ter status de emenda constitucional, se:

Aprovado nas 2 (duas) casas do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e


Senado Federal);

Em 2 (dois) turnos;

Com quórum de 3/5 dos votos dos membros.

Caso os tratados que têm matéria de direitos humanos, que não cumprir os requisitos
do § 3º do art. 5º da CF, terá caráter de norma supralegal.
IMPORTANTE: Tratados e convenções internacionais de outra natureza podem ser
objeto de controle de constitucionalidade e têm força de lei ordinária.
DICA 69
INTERNALIZAÇÃO DOS TRATADOS

Ocorre em quatro fases, são elas:

1ª Fase Todos os atos são realizados privativamente pelo Presidente da


República (art. 84, VIII, da CF).

Negociação;

Celebração;

Assinatura.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

42
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

2ª Fase Seguem para o Congresso Nacional para:

Referendo;

Aprovação (será emitido um decreto legislativo).


- OBS: Deputados e Senadores, não podem alterar o texto.

3ª Fase O texto retorna para o Presidente.

Fase de ratificação (confirmação);

O Brasil já pode ser responsabilizado se violar os Direitos


Humanos.

4ª Fase Promulgação (por meio de um decreto presidencial).

Feita pelo Presidente da República;

Começa a produzir efeitos internos.

DICA 70
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DIREITOS HUMANOS: NATUREZA JURÍDICA

→ Foi o primeiro documento NORMATIVO de alcance global a respeito do tema.


→ Não é um tratado, é apenas uma resolução, declaração.
→ Trata-se de ATO UNILATERAL.
→ Inaugura o Sistema Global de Proteção aos Direitos Humanos, ou Sistema
Onusiano, ambos sinônimos.

O sistema abrange a ONU, suas agências e organizações que são a ela vinculadas. As
três principais categorias são:

Fundos e Programas, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) por
exemplo.

Instituições Especializadas: como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a


Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) etc.

Organizações ligadas à ONU: trabalham em cooperação e parceria com a ONU, tendo


como exemplo a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA).

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

43
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA BÔNUS
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DIREITOS HUMANOS: ESTRUTURA DO
DOCUMENTO

Preâmbulo:

Princípios dos Direitos Humanos baseados na Revolução Francesa.

Direitos civis.

Direitos políticos.

Direitos sociais, econômicos e culturais.

Deveres humanos.

Regra de interpretação da DUDH.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

44
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 71
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração Pública é o conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura
administrativa do Estado, com o objetivo de efetivar a vontade política para cumprimento
do interesse público.
O Governo decide qual política adotar e a máquina pública (Administração Pública) executa
o rumo adotado.

Sentido material/objetivo: é a atividade estatal exercida sob um regime jurídico,


por meio de serviço público, polícia administrativa, fomento à iniciativa privada ou
intervenção.

Sentido formal/subjetivo: são os sujeitos que atuam em nome da Administração


Pública, se dividindo em Administração Pública Direta (entes da federação) e Administração
Pública Indireta (órgãos e entidades).
DICA 72
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PRINCÍPIOS QUE REGEM O REGIME JURÍDICO:

SUPREMACIA DO INTERESSE O interesse público prevalece em detrimento dos


interesses particular, por exemplo, a
PÚBLICO desapropriação.

INDISPONIBILIDADE DO Voltado à atuação do administrador, posto que este


deve exercer suas funções sempre buscando garantir
INTERESSE PÚBLICO o interesse público, não devendo desistir dos
feitos ou dispor de suas prerrogativas.

DICA 73
ATO ADMINISTRATIVO
São as manifestações de vontade da Administração Pública por meio de decretos,
resoluções, portarias, circulares, etc.
É uma declaração unilateral da vontade do Estado, de nível inferior à lei, para atender ao
interesse público.

Cria, restringe, declara ou extingue direitos.

São sujeitos ao controle judicial.


DICA 74
CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

São 2 as formas de controle dos atos administrativos:

Quando realizado pela própria Administração trata-se de controle interno ou


autotutela.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

45
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
O princípio da autotutela é a obrigação da Administração Pública em controlar os atos
editados, para retirar do ordenamento jurídico os ilegítimos ou inoportunos.

ILEGÍTIMOS são os atos ilegais ou nulos, tendo a Administração a obrigação de


retirá-los do sistema.

INOPORTUNOS são os atos que, em que pese não serem ilegais, se tornaram
inoportunos ou inconvenientes, tendo a Administração a prerrogativa de revogar os
que entender se enquadrarem em tais características.

Os fundamentos acima estão consolidados pelo STF, nas Súmulas 346 e 473:

SÚMULA 346 STF

A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

SÚMULA 473 STF

A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.

Quando realizado pelo poder judiciário se apresenta o controle externo.


Em respeito ao Princípio da Separação dos Poderes, o Judiciário e Legislativo, quando
apreciarem Atos Administrativos, deverão limitar-se aos aspectos da legalidade, não lhes
competindo analisar o mérito, conveniência ou oportunidade.
IMPORTANTE! Sobre a súmula 346 do STF, foi fixada a seguinte tese:

TESE DE REPERCUSSÃO GERAL

Ao Estado é facultada a revogação de atos que repute ilegalmente praticados; porém,


se de tais atos já tiverem decorrido efeitos concretos, seu desfazimento deve ser
precedido de regular processo administrativo.

DICA 75
ANULAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Anulação tem como fundamento a ilegalidade do ato, sendo realizada pela própria
Administração ou pelo Poder Judiciário.
A anulação acarreta efeito ex tunc (retroage à situação original), eliminando, por
consequência, todos os atos gerados pelo ato durante sua vigência.
Não possibilita, em regra, a invocação de direitos adquiridos, em razão da ilegalidade
apresentada, com exceção dos que constituíram direitos de boa-fé.
O prazo (decadencial) que a Administração possuí para anulação dos seus atos é de 5
anos, conforme prescrito no artigo 54 da Lei nº 9.784/99.

Se praticado o ato com má-fé, o prazo de 5 anos não se aplica.


Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

46
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 76
REVOGAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Revogação tem como fundamento a conveniência e oportunidade, não se tratando de
retirada do ato em razão de ilegalidade.
A revogação acarreta efeito ex nunc, ou seja, a partir da revogação, sendo mantidos os
direitos adquiridos em respeito ao Princípio da Segurança Jurídica.
Não há prazo para revogação, podendo ocorrer a qualquer momento, conforme o
interesse público assim se apresente.
Alguns atos não podem ser revogados, quais sejam, aqueles que já se consumaram.

Ex.: Licitação já consumada com a celebração do contrato com o vencedor.

A anulação e revogação dos atos administrativos se encontram prescritos no artigo 53


da Lei nº 9.784/99:

Artigo 53 – A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos.

DICA 77
ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO
QUADRO RESUMO:

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

Conveniência e
MOTIVO Ilegalidade
Oportunidade

TITULAR Administração e Judiciário Administração

EFEITOS Ex Tunc Ex Nunc

PRAZO 5 anos, salvo má-fé Sem prazo

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

47
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 78
REQUISITOS DE VALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Mnemônico:

(CO) COmpetência

(FI) FInalidade

(FO) FOrma

(MO) MOtivo

(OB) OBjetivo

Competência ou Sujeito: É o poder atribuído ao agente público, ou seja, atribuição


para praticar o ato. A competência resulta e é delimitada pela lei.

Ex.: competência para aplicar multas tributárias é do auditor fiscal, não do técnico da
Receita Federal.
DICA 79
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

São 4 os atributos dos atos administrativos:

Presunção de Legitimidade / Legalidade;

Imperatividade;

Autoexecutoriedade;

Tipicidade.

PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE:
Os atos administrativos nascem com presunção de que são legítimos, ou seja, que estão de
acordo com a lei.
Essa presunção decorre do princípio da legalidade, haja vista que o agente somente pode
fazer aquilo que a lei permite. Assim, se praticou o ato, presume-se que o este está de
acordo com a lei.
A presunção de legitimidade é relativa, podendo ser provado o contrário.

IMPERATIVIDADE:
A imperatividade é o Poder que tem a Administração de impor o ato ao administrado,
concorde ou não.
É um atributo que não está presente em todos os atos, pois alguns deles não
necessitam.

Ex: atestados e licença não necessitam, pois são atos apenas enunciativos.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

48
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
Vale destacar que esse atributo é fundamental para a efetividade do ato, pois necessária
a força imperativa do ato para que o mesmo se concretize.

AUTOEXECUTORIEDADE:
O ato administrativo, para sua execução, independe de ordem judicial.
Por possuir presunção de legitimidade, não há necessidade de exame prévio pelo Poder
Judiciário.
Vale destacar que não é necessário o prévio exame pelo Poder Judiciário, mas pode
ocorrer seu controle.

TIPICIDADE:
É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras previamente
definidas pela lei como aptas a produzir determinados efeitos. O presente atributo é uma
verdadeira garantia ao particular que impede a Administração de agir ABSOLUTAMENTE
DE FORMA DISCRICIONÁRIA.
Em outras palavras: A tipicidade é a necessidade de que o ato administrativo corresponda
a figuras previamente definidas pela lei.
Trata-se de decorrência do PRINCÍPIO DA LEGALIDADE que afasta a possibilidade de a
Administração praticar atos inominados, diferentemente do particular.
DICA 80
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - CONCEITO
O administrador público possui alguns poderes, denominados de Poderes
Administrativos, os quais são instrumentos colocados à disposição do administrador
para atingir o interesse público.
ATENÇÃO: Os Poderes Administrativos não devem ser confundidos com Poderes do Estado
(Executivo, Legislativo e Judiciário).
É importante destacar que: Poder não é uma faculdade, mas sim um dever do agente
público.
DICA 81
PODER HIERÁRQUICO
É o poder para ESTABELECER A HIERARQUIA ENTRE ÓRGÃOS E AGENTE PÚBLICO.
Órgãos de nível superior fiscalizam e revisam atos de órgãos de hierarquia inferior, com a
correção dos atos mediante revogação ou anulação.
DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO
Na delegação, a autoridade TRANSFERE PARTE DE SUAS ATRIBUIÇÕES para outro
agente praticar o ato.

Na avocação, uma autoridade CHAMA PARA SI a prática de ato de subordinado.


A delegação não exige que exista hierarquização.

A avocação EXIGE HIERARQUIA, podendo avocar quem possui a HIERARQUIA


SUPERIOR.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

49
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 82
PODER REGULAMENTAR
O que é o denominado Poder Regulamentar? É o poder da administração de editar
atos normativos para complementação das leis (Poder Normativo).

Ex.: Edição de Decreto pelo Presidente da República para regulamentar funcionamento


da administração pública.
Se o ato regulamentar extrapolar a sua função, a CF/88 autoriza o Congresso Nacional a
sustar o ato.
DICA 83
PODER DISCIPLINAR
É o poder de punir internamente as infrações dos servidores ou outras pessoas sujeitas
à relação com a Administração Pública.
É um poder que incide tanto em relação a servidores como também a particulares,
que mantenham algum tipo de vínculo especial com o poder público.

Ex.: Concessionários de Serviços Públicos.


Para punição é necessária a existência de superioridade hierárquica.
O poder disciplinar tem como característica a discricionariedade, ou seja, margem de
liberdade para decidir sobre o ato mais adequado a ser aplicado.
DICA 84
PODER DISCRICIONÁRIO E PODER VINCULADO
O poder discricionário é uma prerrogativa que o agente escolha, entre várias condutas
possíveis, qual melhor se adequa a oportunidade e ao interesse público.
É uma certa liberdade de agir, dentro da margem prevista em lei.
O poder vinculado, ao contrário do poder discricionário, não é uma prerrogativa, mas
sim um poder-dever.
No poder vinculado, o agente público pratica o ato determinado pela lei, sem margem de
flexibilidade.
DICA 85
PODER DE POLÍCIA
É o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de direitos e da
propriedade em benefício do interesse público.
O poder de polícia condiciona o exercício do direito, visando o bem-estar coletivo.
A base do poder de polícia é o interesse público. É a supremacia do interesse público
sobre o interesse do particular.
O poder de polícia não pode ser delegado aos particulares, pois para o exercício do
poder de polícia é necessário o poder de império através de sua supremacia.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

50
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

CICLOS DO PODER DE POLÍCIA

O poder de polícia possui ciclos, os quais são importantes para sua prova. Por isso,
vejamos:

Ordem de Polícia: Limitação e acondicionamento ao exercício de atividades privadas


e uso de bens, imposta pela lei.

Consentimento de polícia: Anuência prévia da administração para prática de certas


atividades.

Fiscalização de polícia: Atividade que a administração pública analisa se está


ocorrência o adequado cumprimento das ordens de polícia pelo particular ou se este
está agindo conforme as condições impostas.

Sanção de polícia: É a atuação administrativa de modo coercitivo.

LIMITAÇÕES DO PODER DE POLÍCIA


Embora o Poder de Polícia seja discricionário, fato é que a Administração Pública possui
limites ao aplicá-lo, não sendo possível, assim, extrapolar o permitido. Um desses limites é
o princípio da legalidade (incluso no famoso LIMPE), devendo assim a Administração,
ao exercer esse poder, não exceder nem fazer algo que não esteja permitido em Lei.
Outro limite também estabelecido a esse poder é a moralidade e a proporcionalidade, a
primeira, representando um limite natural das ações da Administração Pública, ao passo
que, a segunda, é uma forma de respeitar os liames da necessidade e da adequação.
Outro grande limite imposto ao poder de polícia é o seu fim. Ou seja, a sua finalidade
de atuação em si, se restringindo assim ao fim do interesse público em si, pois, caso
contrário, estaria a Administração Pública afrontando seus limites, ensejando em
consequências civis, penais e administrativas (aqui, você já está “cansado” de saber que as
esferas são independentes, né?).

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

51
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DIREITO PENAL
DICA 86
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO DIREITO PENAL

Princípio da Legalidade:

Nullum crimen sine praevia lege: Não há:

Crime sem lei anterior que o defina;

Pena sem prévia cominação legal.


A elaboração de normas incriminadoras é função exclusiva da lei;

DIVISÃO:

RESERVA LEGAL + ANTERIORIDADE DA LEI PENAL

DICA 87
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL

Reserva legal:
Somente lei em sentido estrito (formal) pode:

Definir condutas criminosas; e

Estabelecer sanções penais (penas e medidas de segurança).

Não podem estabelecer condutas criminosas nem sanções:

Medidas Provisórias (MP);

Decretos;

Demais diplomas legislativos.


CUIDADO!

MP em matéria penal: pode, se favorável ao réu (STF).


Ex.: descriminalização de condutas.

Anterioridade da lei penal


A lei deve ser anterior a prática do crime;

Culmina no princípio da irretroatividade da lei penal gravosa.


CUIDADO!

Lei penal não retroage para prejudicar;

Lei penal retroage para beneficiar.

Abolitio criminis:
Conduta deixa de ser crime;
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

52
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Retroage para beneficiar.

Leis temporárias:

Se não houve abolitio criminis;

Continuará a produzir seus efeitos após o término de sua vigência.

Ex.: lei seca para o dia das eleições.


DICA 88
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE DA LEI PENAL

Proibição da edição de lei:


Vagas;

Imprecisas.

Normas penais em branco (NPB)

São legais, pois respeitam o princípio da reserva legal;


Sua aplicação depende de outra norma.

Podem ser:
Homogêneas (sentido amplo): complementação por fonte homóloga (pelo mesmo órgão
que produziu a NPB);

Heterogêneas (sentido estrito): complementação por fonte heteróloga (por órgão


diverso daquele que produziu a NPB).

Proibido:

Analogia in malam partem (desfavor do réu);

É possível a interpretação extensiva, mesmo que prejudicial ao réu (STF).


DICA 89
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA
O Direito Penal só deve ser aplicado quando estritamente necessário, de modo que a sua
intervenção fica condicionada ao fracasso das demais esferas de controle (caráter
subsidiário), observando somente os casos de relevante lesão ou perigo de lesão ao bem
jurídico tutelado (caráter fragmentário).

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

53
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
MEMORIZE!

Intervenção do DP fica
condicionada ao fracasso
Subsidiariedade
das demais esferas de
controle
Princípio da
intervenção mínima
Apenas tutela os bens
Fragmentariedade jurídicos mais relevantes

DICA 90
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE
Nilo Batista explica que o princípio da lesividade/ofensividade apresenta quatro funções:

1) "proibir a incriminação de uma atitude interna”

2) "proibir a incriminação de uma conduta que não


exceda o âmbito do próprio autor"
Princípio da lesividade
3) "proibir a incriminação de simples estados
existenciais"

4) afastar a "incriminação de condutas desviadas


que não afetem qualquer bem jurídico"

"proibir a incriminação de uma atitude interna”: As ideias e convicções, os desejos,


aspirações e sentimentos dos homens não podem constituir o fundamento de um tipo penal.
Dessa forma, evidencia-se, mais uma vez, a radical separação entre direito e moral que
deve nortear o direito penal, ao impedir que o sujeito seja punido por pensamentos e ideias,
daí a exigência da exterioridade da ação para que haja uma reprovação penal.

"proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio


autor", impedindo a punição e a criminalização de atos preparatórios.

"proibir a incriminação de simples estados existenciais", norteando o direito penal


do fato e eliminando-se a possibilidade da criação de um direito penal do autor.

por fim, o princípio da lesividade tem por objetivo afastar a "incriminação de condutas
desviadas que não afetem qualquer bem jurídico".

DICA 91

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA

O Direito Penal não deve se ocupar de condutas insignificantes, incapazes de lesar ou pelo
menos colocar em perigo bem jurídico protegido pela lei penal.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

54
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Requisitos do princípio da insignificância:

mínima ofensividade da conduta do agente;


nenhuma periculosidade social da ação;

reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento;


inexpressividade da lesão jurídica provocada.
DICA 92
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA
MEMORIZE!

INFRAÇÃO BAGATELAR PRÓPRIA INFRAÇÃO BAGATELAR IMPRÓPRIA


P. DA INSIGNIFICÂNCIA P. DA IRRELEVÂNCIA PENAL DO FATO

A situação nasce penalmente relevante. O


fato é típico do ponto de vista formal e
A situação já nasce atípica. O fato é atípico material. Em virtude de circunstâncias
por atipicidade material envolvendo o fato e o seu autor, constata-
se que a pena se tornou desnecessária.

O agente não deveria nem mesmo ser O agente tem que ser processado (a ação
processado já que o fato é atípico penal deve ser iniciada) e somente após a
análise das peculiaridades do caso
concreto, o juiz poderia reconhecer a
desnecessidade da pena.

Não tem previsão legal no direito brasileiro Está previsto no artigo 59 do CP.

DICA 93
LEI PENAL: CLASSIFICAÇÃO; CARACTERÍSTICAS; INTERPRETAÇÃO; ANALOGIA;
VIGÊNCIA E APLICAÇÃO.
Princípios Aplicados:
A aplicação da Lei Penal é regida por dois princípios, da legalidade e da anterioridade,
que estão expressos na Constituição Federal, no art. 5º, inciso XXXIX, que diz “não haverá
crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”.
Isso significa que só será crime se a previsão em lei estiver sido criada antes do fato
praticado.
Outro princípio que rege a aplicação da lei penal é o princípio da irretroatividade da
lei penal, previsto no art. 5º, XL, da CF/88, segundo o qual “a lei penal não retroagirá,
salvo para beneficiar o réu”.
Quando a lei retroage, ela se aplica aos fatos praticados antes de sua criação.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

55
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 94
SUCESSÃO DE LEIS PENAIS NO TEMPO
Segundo o disposto no CP:

Art. 2º, Parágrafo único: A lei posterior que, de qualquer modo, favorecer o
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado.

Uma lei nova que modifica o regime anterior, melhorando ou beneficiando a situação do
sujeito, aplica-se aos fatos anteriores, mesmo que já tenha o trânsito em julgado da
sentença condenatória.
Assim, se a lei piorar de qualquer forma, só vai se aplicar aos fatos posteriores.

Abolitio criminis: ocorre quando uma conduta deixa de ser crime (RETROAGE);

Novatio legis incriminadora: ocorre quando uma conduta que era lícita passa a ser
crime (NÃO RETROAGE, pois é prejudicial);

Novatio legis in pejus: lei que torna a lei mais gravosa de alguma forma (NÃO
RETROAGE)

Novatio legis in mellius: beneficia, de alguma forma, a situação do acusado


(RETROAGE)

DICA 95
EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
Vejamos algumas exceções ao princípio da irretroatividade:

Aplica-se o princípio da ultratividade;

A lei se aplica ao período determinado seja melhor ou pior que a anterior ou posterior;

Hipóteses: lei temporária ou excepcional

A lei temporária tem data de início e final determinadas, por exemplo, de 1º de Junho
de 2021 a 30 de Junho de 2021;

A lei excepcional não tem data certa, pois vige uma determinada SITUAÇÃO, ou seja,
a lei vigorará ENQUANTO durar a pandemia;

Dicas para memorizar se a LEI é melhor ou pior

NOVATIO LEGIS IN MELLIUS: M de MELHOR

NOVATIO LEGIS IN PEJUS: P de PIOR

LEX MITIOR: M de MELHOR

LEX GRAVIOR: lei mais GRAVE


Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

56
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA BÔNUS
LEI PENAL NO TEMPO

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Abolitio criminis: descriminalização da conduta – não necessariamente legaliza a


conduta. Ex.: adultério.

Efeito penal da sentença condenatória.

Execução da
Principal
pena
Efeito da
sentença penal
condenatória Reincidência,
Secundário antecedentes
criminais, etc

FIQUE ATENTO (A)!


→ A abolitio criminis não cessa os efeitos extrapenais: art. 91, 91-A e 92 do CP - reparação
de dano, perda do mandato, perda do poder familiar etc.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

57
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DIREITO PROCESSUAL PENAL
DICA 96
DO INQUÉRITO POLICIAL - CONCEITO E FINALIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL
O Inquérito Policial é um assunto de grande incidência nas provas, razão pela qual merece
muita atenção!

Conceito: O Inquérito consiste num conjunto de diligências visando elucidar os fatos,


as fontes de prova. Além disso, possui caráter preparatório, pois através dele a polícia
investigativa possibilita que o titular da ação penal (ex.: Ministério Público) possa ingressar
com a Ação Penal.
DICA 97
NATUREZA DO INQUÉRITO POLICIAL

Natureza do inquérito: O inquérito policial possui a natureza de um procedimento


administrativo, preparatório, presidido pela autoridade policial (delegado de polícia). NÃO
é um processo ou procedimento judicial!

Condução do inquérito: Vejam o art. 2º §1º da Lei 12.830/2013, que prevê que cabe
ao DELEGADO DE POLÍCIA a condução do inquérito policial, o que reforça a sua natureza
administrativa, e não jurisdicional.
Dessa forma, caro aluno, você, através do inquérito policial, vai documentar as suas
atividades investigativas, que serão conduzidas para colher os elementos de informação
da efetiva ocorrência do crime (materialidade delitiva), para descobrir quem foi o autor
do crime (autoria), tudo isso para possibilitar que o Ministério Público, titular da ação
penal pública, possa ingressar com a Ação Penal.
DICA 98
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

Procedimento ESCRITO As peças do inquérito devem ser reduzidas a escrito.


(art. 9º, CPP)

Procedimento O inquérito é dispensável à propositura da Ação Penal. O


DISPENSÁVEL MP dispensará o inquérito se com a representação forem
oferecidos elementos que o habilitem a promover a
(art. 39, §5, CPP) ação penal.

Uma vez instaurado, a autoridade policial NÃO pode


mandar arquivar os autos do inquérito policial.
Procedimento
INDISPONÍVEL O delegado pode até concluir que o fato apurado não é
crime, mas não pode arquivar o inquérito.
(art. 17, CPP)
Quem o faz é o Ministério Público, titular da ação penal,
observando o procedimento do art. 28 do CPP.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

58
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

A autoridade deve assegurar o SIGILO no inquérito,


necessário à elucidação do fato.
Procedimento SIGILOSO * Imaginem se cair no conhecimento popular que um
determinado chefe do tráfico está sendo objeto de uma
(art. 20)
interceptação telefônica. A medida ficaria sem efeito,
correto? É por isso que o inquérito é um procedimento
SIGILOSO.

DICA 99
CONTRADITÓRIO DURANTE O INQUÉRITO POLICIAL

O contraditório é um dos princípios bases do processo penal, expressamente


consagrado na Constituição Federal. Contudo, o inquérito policial é um procedimento
sigiloso. Então, como fazer para conciliar essas duas previsões?
Regra geral, não há contraditório pleno no âmbito do inquérito policial. Trata-se de
um procedimento de característica inquisitorial, em que o contraditório e a estrutura
dialética, típica da ampla defesa e dos processos judiciais, não é observada.

O Estatuto da OAB prevê que é direito do advogado examinar, mesmo sem procuração,
os autos do inquérito policial (art. 7º, inciso XIV, Estatuto da OAB).

A forma que a jurisprudência encontrou de compatibilizar isso é permitindo ao advogado o


amplo acesso aos elementos de prova que JÁ TIVEREM SIDO DOCUMENTADAS no
inquérito policial. As diligências ainda em curso não serão permitidas o acesso ao
advogado.

É isso o que quer dizer a:

SÚMULA VINCULANTE 14:

“é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos


de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.

DICA 100
INQUÉRITO POLICIAL CONTRA POLICIAIS PELO USO DAS FORÇAS LETAIS
ESSA VAI CAIR! Inovação importante trazida pelo Pacote Anticrime!
Em regra, não se observa o contraditório pleno e efetivo no inquérito policial, dada a sua
estrutura inquisitorial e sigilosa. Mas que os advogados possuem acesso às diligências que
já tiverem sido documentadas, conforme Súmula Vinculante n° 4.
Uma novidade trazida pelo Pacote Anticrime e que de certa forma excepciona essa
restrição ao contraditório no âmbito do inquérito policial está prevista no art. 14-A do
CPP.
No caso em que os policiais forem investigados por algum fato relacionado ao uso da
força letal (ex.: arma de fogo), praticados no exercício profissional. O policial investigado

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

59
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
deverá ser citado sobre a instauração do inquérito, podendo constituir defensor no
prazo de 48 horas, contados do recebimento da citação.
Se o prazo de 48 horas acabar sem que o policial tenha constituído advogado, deverá ser
intimado a instituição a que estava vinculado na época dos fatos para que, no prazo
de 48 horas, indique algum defensor para a representação do investigado.
A previsão de citação do investigado acerca da instauração do inquérito é uma novidade, e
que só existe nos crimes em que os policiais forem investigados pelo uso das forças letais.
É uma novidade que de certa forma “fortalece” o contraditório, mesmo em sede de
investigação criminal!

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

60
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DIREITO PENAL MILITAR
DICA 101
DO TEMPO DO CRIME

Quanto ao tempo do crime, o CPM prevê em seu art. 5º que:

“considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro


seja o do resultado”.

O Código Penal Militar adotou, portanto, a teoria da atividade, segundo a qual o delito é
perpetrado no momento da conduta, desconsiderando-se o momento do resultado.
No caso de crimes permanentes e continuados, ocorre a prolongação da
consumação no tempo e, portanto, é considerado como tempo do crime todo o período
em que se desenvolver a empreitada delituosa. Aplicando-se a lei do momento em que
cessou a atividade criminosa.
DICA 102
DO LUGAR DO CRIME
O Código Penal Militar, em seu art. 6º, prevê que “Considera-se praticado o fato, no lugar
em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma
de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos
crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação
omitida”.
Adotou-se, portanto, a chamada teoria mista ou da ubiquidade, sendo lugar do crime
tanto onde ocorrer a conduta delituosa, quanto o local em que se consumou o resultado.

Quanto ao destaque dado aos crimes omissivos no citado artigo (o que não ocorre no
Código Penal Brasileiro comum), Nucci, explica que:

“Na seara militar, há delitos omissivos peculiares, que exigem, por exemplo, a
apresentação de militar em determinado posto; desse modo, se ele estiver fora do Brasil,
a conduta omissiva (deixar de comparecer) realizou-se no exterior, mas o que realmente
importa, levando-se em conta o bem jurídico (hierarquia, disciplina e interesse das Forças
Armadas), é a repercussão no território brasileiro. Por isso, considera-se cometido o delito
omissivo no lugar onde a conduta comissiva (apresentar-se) deveria ter ocorrido. O
destaque da parte final do art. 6.º do CPM impede que se argua a incompetência da
Justiça Militar brasileira, afirmando que a conduta omissiva e, ato contínuo, o resultado,
deram-se no exterior.”

DICA 103
DA TERRITORIALIDADE/EXTRATERRITORIALIDADE

Conforme o art. 7º do CPM aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções,
tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no
território nacional, ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado
ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

61
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional
as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar
ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda
que de propriedade privada.
É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios
estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra
as instituições militares. Para efeito da aplicação deste Código, considera-se navio toda
embarcação sob comando militar.
DICA 104
DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ

Conforme o art. 9º do CPM, consideram-se crimes militares, em tempo de paz:


os crimes de que trata o Código Penal Militar, quando definidos de modo diverso na lei
penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;

Os crimes previstos no CPM e os previstos na legislação penal, quando


praticados:

por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação


ou assemelhado;

Trata-se de crime impropriamente militar praticado por militar da ativa contra outro
militar da ativa.

por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração


militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;

Trata-se de crime impropriamente militar. Somente pode ser praticado por militar da
ativa contra militar da reserva, reformado ou civil (ou seja, não é militar da ativa, pois se
fosse se aplicaria a hipótese anterior), em lugar sujeito à administração militar.

por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar,


ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar
da reserva, ou reformado, ou civil;

Trata-se de crime impropriamente militar, praticado por militar da ativa em situação de


serviço, contra militar da reserva, reformado ou civil (ou seja, não é militar da ativa) em
qualquer lugar.
Ex.: Em um desfile militar, um militar atuando em razão da função lesiona um civil
com uma arma “branca”. Logo, será um crime militar.

por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou


reformado, ou assemelhado, ou civil;

Trata-se de crime impropriamente militar, praticado por militar da ativa contra militar da
reserva, reformado ou civil (ou seja, não é militar da ativa), em período de manobras ou
exercício.
Urge destacar que exercício e manobra possuem relação estrita com a função militar.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

62
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Ex.: Será crime militar a prática de crime de estupro por militar em face de civil durante
exercício/manobra.

por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a


administração militar, ou a ordem administrativa militar.

Será crime militar quando o militar da ativa provoque lesão à ordem militar ou ao
patrimônio.

Os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil (infere-se que o
sujeito ativo é qualquer indivíduo que não seja militar na ativa), nos seguintes casos:
contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar;

Necessário trazer decisão do STF quanto ao cometimento de delito militar por


agente civil:

“o cometimento do delito militar por agente civil em tempo de paz se dá em


caráter excepcional. Tal cometimento se traduz em ofensa aqueles bens jurídicos
tipicamente associados à função de natureza militar: defesa da Pátria, garantia dos
poderes constitucionais, da Lei e da ordem (art. 142 da CF/88). (HC 88216/MG. Rel. Min.
Carlos Britto. Primeira Turma. Publicação 24/10/2008).

DICA 105
DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ

Para sua prova, é importante que você saiba os crimes militares. Além dos já conhecido
por você, vejamos mais alguns, com base no que dispõe o art. 9º do CPM:
em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou
assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício
de função inerente ao seu cargo;
contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação,
exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras;
ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de
natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da
ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim,
ou em obediência a determinação legal superior.

Os crimes de que trata o artigo 9º do CPM, de acordo com o §1º, QUANDO DOLOSOS
CONTRA A VIDA E COMETIDOS POR MILITARES CONTRA CIVIL, serão da
competência do Tribunal do Júri.

Serão, porém, da competência da Justiça Militar da União os crimes dolosos


contra a vida cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, se praticados
no contexto:
do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República
ou pelo Ministro de Estado da Defesa

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

63
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que
não beligerante; ou
de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou
de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da
Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas legais: Lei nº 7.565/86 - Código
Brasileiro de Aeronáutica; Lei Complementar nº 97/99; Decreto-Lei no 1.002/69 - Código
de Processo Penal Militar; e Lei no 4.737/65 - Código Eleitoral.
DICA 106
DOS CRIMES MILITARES EM TEMPOS DE GUERRA

Prevê o art. 10 do CPM que se consideram crimes militares, em tempo de guerra:


os especialmente previstos no CPM para o tempo de guerra;
os crimes militares previstos para o tempo de paz;
os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei
penal comum ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente:

em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado;

em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a eficiência


ou as operações militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa
do País ou podem expô-la a perigo;

os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste Código,
quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território estrangeiro,
militarmente ocupado.

Sobre os crimes militares em tempos de guerra, conforme lição de Nucci:

“Há quem sustente serem tais delitos os componentes de autênticas leis penais
excepcionais, conforme previsão do art. 4.º, do CPM, porque seriam crimes ocorridos em
época excepcional, cujos processos e/ou punições continuariam vigorando, mesmo
quando cessado o conflito armado. Assim não pensamos. As leis excepcionais são
intermitentes, vale dizer, feitas para ter curta duração e acompanhar um momento
extraordinário da vida em sociedade. Os delitos militares em tempo de guerra, previstos
lato sensu, neste artigo, são permanentes, estampados que estão no Livro II da Parte
Especial. Portanto, desde o início de uma guerra até o seu final eles são aplicáveis. E, por
óbvio, aos fatos ocorridos durante o conflito, também, pois os tipos penais continuam em
vigor, ou seja, não são dotados de autorrevogação, como as verdadeiras normas
intermitentes (temporárias ou excepcionais). Se, porventura, houver uma guerra, podem
ser editadas outras normas, estas sim de caráter excepcional, logo, transitórias, para
durar apenas enquanto se desenvolver o conflito.”

DICA 107
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
Segundo o art. 29 do CPM, o resultado de que depende a existência do crime somente é
imputável a quem lhe deu causa.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

64
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Relação de Causalidade: é o vínculo existente entre conduta e o resultado, formador


do fato típico.

Causa: é a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.


A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si
só, produziu o resultado. Os fatos anteriores, imputam-se, entretanto, a quem os praticou.

A omissão é relevante como causa quando o omitente devia e podia agir para evitar
o resultado. O dever de agir incumbe:
a quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
a quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
a quem, com seu comportamento anterior, criou o risco de sua superveniência.
DICA 108
DO CRIME CONSUMADO E DO CRIME TENTADO

Segundo o art. 30 do CPM, diz-se o crime:

consumado: quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;

tentado: quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias


à vontade do agente.
Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída de 1/3 a 2/3,
podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime
consumado (não há essa previsão no CP).

Neste sentido leciona Nucci:

“Por vezes, o autor realiza tudo o que pode para chegar à consumação, prejudicando
sobremaneira o bem jurídico, mas logra obter uma redução na pena. Parece-nos injusta
essa diminuição, motivo pelo qual o disposto pelo CPM é adequado. A excepcional
gravidade do delito permite a aplicação da pena do crime consumado, não significando a
padronização desse procedimento.”

DICA 109
DO CRIME IMPOSSÍVEL

O art. 32 do CPM exterioriza o conceito de crime impossível: quando, por ineficácia


absoluta do meio empregado ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível
consumar-se o crime, nenhuma pena é aplicável.
O crime impossível também é chamado de tentativa inidônea, tentativa inadequada,
tentativa inútil, quase crime.
Trata-se de causa excludente da tipicidade.
A ineficácia absoluta do meio é a utilização de meio totalmente ineficaz, sendo
necessária a verificação no caso concreto acerca da (in)eficácia.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

65
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
TOME NOTA:
A absoluta impropriedade do objeto de igual forma deve-se analisar se a impropriedade
do objeto utilizado é absoluta, total, não bastando a mera impropriedade relativa.
DICA 110
CRIMES PROPRIAMENTE MILITARES

Sinônimos de crimes propriamente militares: puramente militares, essencialmente


militares ou crimes militares próprios;
Trata-se da infração penal prevista no Código Penal Militar sendo específica e funcional
do ocupante do cargo militar que lesiona bens ou interesses das instituições militares no
aspecto particular da disciplina, da hierarquia, da autoridade, do serviço e do dever militar;
O sujeito ativo deve ser militar, em regra (ver dica 09 – polêmica sobre o crime de
insubmissão);
A Lei 13.491/2017 trouxe a figura dos crimes militares extravagantes.
DICA 111
CRIMES IMPROPRIAMENTE MILITARES

Sinônimos de crimes impropriamente militares: crime militar impróprio;


Trata-se da infração penal prevista no CPM que, não sendo específica e funcional do
militar, torna-se crime militar diante da presença de uma das hipóteses do art. 9 do CPM,
praticado por militares ou civis;
O sujeito ativo pode ser militar ou civil;

Ex.: Crime de corrupção passiva, ativa, roubo, furto, homicídio, entre outros.
DICA 112
PECULIARIDADES SOBRE O CRIME DE MILITAR DE INSUBMISSÃO

O crime de insubmissão está previsto no art. 183 do CPM.

Ocorre quando no dia da incorporação o sujeito não comparece ou se comparece, não


permanece para a realização do ato oficial. Só pode ser praticado por civil, mas como a
tutela de interesse jurídico é exclusivamente militar, tal tipo penal só está previsto no Código
Penal Militar;

Para o STM trata-se de um crime propriamente militar, embora só possa ser cometido
por civil;

No entanto, para que haja julgamento do presente crime, o civil deve ser incorporado
na força;

Caso o civil não seja incluído na força, com base em algum impedimento, o processo
será arquivado.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

66
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

DICA 113
CRIMES MILITARES DE TIPIFICAÇÃO DIRETA
Estão previstos apenas no Código Penal Militar;
Podem ser sujeitos ativos o civil e o militar;

Ex.: art. 302 – Ingresso Clandestino.

ATENÇÃO!!

Atenção para o artigo 9º do CPM, no inc. II - consideram-se crimes militares, em tempo


de paz, os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando
praticados:
Legislação Penal: toda a legislação penal comum, qual seja: o Código Penal e as
demais leis extravagantes.

DICA 114
CRIMES MILITARES DE TIPIFICAÇÃO INDIRETA

Crimes Militares de Tipificação Indireta:

Somente podem ser praticados por militares da ativa;

Estão previstos no CPM e na legislação penal (ver art. 9, II, alíneas “a” e “e”);
Também conhecidos como “Crimes Militares por Extensão” – tratam-se dos tipos
penais estranhos terem a natureza de crime militar quando presentes algumas
circunstâncias do inciso II do art. 9º do CPM;

Ex.: Crimes Ambientais, Abuso de Autoridade, ECA, CTB.


DICA 115
CRIMES CONTRA A PESSOA - HOMICÍDIO – ART. 205 - CPM

Simples: Reclusão, de 6 a 20 anos.


Minoração facultativa: motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena
de 1/6 a 1/3;

Homicídio qualificado: Reclusão, de 12 a 30 anos. Ver art. 205, §2º, CPM;

Trata-se de crime impropriamente militar: Qualquer um pode cometer;


Se a vítima for civil e o autor militar estadual, se o ato for doloso, o crime será julgado pelo
tribunal do júri. será um crime comum e não militar, ou seja, será capitulado pelo art. 121
do código penal.

Crime cometido contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge: será tratado


como agravante, conforme o art. 70 do CPM e não como qualificadora (causas de aumento
de pena), como no Direito Penal Comum.

Homicídio Culposo: detenção, de 1 a 4 anos. O §1º prevê a possibilidade de agravação


da pena, mas não especifica como ela pode ser piorada.

Multiplicidade de Vítimas: a pena pode ser aumentada de 1/6 a 1/2.


Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

67
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
DICA 116
INQUÉRITO POLICIAL MILITAR

Conceito: O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos
da lei, configure crime militar, e de sua autoria.

Finalidade: possui caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de


ministrar elementos necessários à propositura da ação penal.
FIQUE ATENTO (A)!
Os exames, perícias e avaliações realizados regularmente no curso do inquérito, por peritos
idôneos e com obediência às formalidades previstas no Código Processual Militar, são
efetivamente instrutórios da ação penal.
DICA 117
INQUÉRITO PENAL MILITAR E A (IN) IMPUTABILIDADE PENAL

Inquérito Penal Militar (IPM): é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais,
configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja
finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal.
(art. 9 - CPPM);

A autoridade penal não pode arquivar o IPM, embora conclusivo da inexistência de


crime ou de inimputabilidade do indiciado. O Ministério Público é quem poderá requerer o
arquivamento dos autos, caso entenda ser inadequada a instauração do Inquérito.
DICA 118
FORMAS QUE O INQUÉRITO POLICIAL MILITAR PODE SER INICIADO

O inquérito é iniciado mediante portaria:

De ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição ou comando haja ocorrido
a infração penal, atendida a hierarquia do infrator;

Por determinação ou delegação da autoridade militar superior, que, em caso de urgência,


poderá ser feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por
ofício;

Em virtude de requisição do Ministério Público;

Por decisão do Superior Tribunal Militar;

A requerimento da parte ofendida ou de quem legalmente a represente, ou em virtude


de representação devidamente autorizada de quem tenha conhecimento de infração
penal, cuja repressão caiba à Justiça Militar;

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

68
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição militar, resulte indício da existência


de infração penal militar.

DICA 119
MEDIDAS PRELIMINARES AO INQUÉRITO

Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal militar, a autoridade


responsável pelo inquérito deverá, se possível:

Dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado e a situação das
coisas, enquanto necessário;

Apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o fato;

Efetuar a prisão do infrator, observado a situação de flagrância;

Colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias.
DICA 120
DEVOLUÇÃO DE AUTOS DE INQUÉRITO
Como regra, os autos de inquérito não poderão ser devolvidos a autoridade policial
militar.

Exceções: hipóteses em que os autos de inquérito poderão ser devolvidos a autoridade


policial militar:

Mediante requisição do Ministério Público, para diligências por ele consideradas


imprescindíveis ao oferecimento da denúncia;

Por determinação do juiz, antes da denúncia, para o preenchimento de formalidades


previstas no Código de Processo Penal Militar, ou para complemento de prova que julgue
necessária.
FIQUE ATENTO (A)!

Em qualquer dos casos, o juiz marcará prazo, não excedente de 20 dias, para a restituição
dos autos.
DICA 121
DISPENSA DO INQUÉRITO MILITAR

O inquérito poderá ser dispensado, sem prejuízo de diligência requisitada pelo


Ministério Público:

Quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por documentos ou outras provas
materiais;

Nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito ou publicação, cujo autor esteja
identificado;

Nos crimes de danificação da coisa e requisição de militar ou funcionário.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

69
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 122
DA JUSTIÇA MILITAR EM TEMPO DE GUERRA

Do processo – da Remessa do Inquérito à Justiça: Dispõe o art. 675 do CPPM que


os autos do inquérito, do flagrante, ou documentos relativos ao crime serão remetidos à
Auditoria, pela autoridade militar competente.
O prazo para a conclusão do inquérito é de 5 dias, podendo, por motivo excepcional, ser
prorrogado por mais 3 dias.
LEMBRE-SE:
Nos casos de violência praticada contra inferior para compeli-lo ao cumprimento do dever
legal ou em repulsa a agressão, os autos do inquérito serão remetidos diretamente ao
Conselho Superior, que determinará o arquivamento, se o fato estiver justificado; ou,
em caso contrário, a instauração de processo.
DICA 123
DEVOLUÇÃO DE AUTOS DE INQUÉRITO

Os autos de inquérito não poderão ser devolvidos a autoridade policial militar, a não
ser:
mediante requisição do Ministério Público, para diligências por ele consideradas
imprescindíveis ao oferecimento da denúncia;
por determinação do juiz, antes da denúncia, para o preenchimento de formalidades
previstas neste Código, ou para complemento de prova que julgue necessária.
Em qualquer dos casos, o juiz marcará prazo, não excedente de 20 dias, para a restituição
dos autos.
DICA 124
DISPENSA DE INQUÉRITO

O inquérito poderá ser dispensado, sem prejuízo de diligência requisitada pelo Ministério
Público:
quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por documentos ou outras provas
materiais;
nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito ou publicação, cujo autor esteja
identificado;
nos crimes previstos nos arts. 341 e 349 do Código Penal Militar.
DICA 125
DA BUSCA NO CURSO DO PROCESSO OU DO INQUÉRITO

A busca domiciliar ou pessoal por mandado será:


no curso do processo, executada por oficial de justiça;
no curso do inquérito, por oficial, designado pelo encarregado do inquérito, atendida a
hierarquia do posto ou graduação de quem a sofrer, se militar.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

70
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
OBS.: A autoridade militar poderá requisitar da autoridade policial civil a realização da
busca.
DICA 126
DA PROPOSITURA DA AÇÃO PENAL
A ação penal, nos termos do art. 121, somente pode ser promovida por denúncia do
Ministério Público da Justiça Militar.
LEMBRE-SE:
Quando presentes provas suficientes acerca do crime e não havendo nenhum óbice para
atuação do órgão acusatório, deve este oferecer denúncia, por força do princípio da
obrigatoriedade.
O Ministério Público é o titular da ação penal pública, também chamado de dominus litis.
DICA 127
DOS CRIMES DEPENDENTES DE REQUISIÇÃO.
Prescreve o art. 122 do CPM que nos crimes previstos nos arts. 136 a 141, a ação penal,
quando o agente for militar ou assemelhado, depende da requisição do Ministério
Militar a que aquele estiver subordinado; no caso do art. 141, quando o agente for civil e
não houver coautor militar, a requisição será do Ministério da Justiça.
Os delitos previstos nos arts. 136 a 141 do CPM, dize respeito a matéria relacionado à
segurança nacional e relações exteriores do Brasil.
OBS.: Em relação ao crime do art. 141 - entendimento para gerar conflito ou divergência
com o Brasil, quando cometido por civil sem nenhuma participação de militar, a requisição
fica a cargo do Ministério da Justiça.
DICA 128
DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ - DO CRIME DE HOSTILIDADE CONTRA
PAÍS ESTRANGEIRO.
Os crimes encontram-se no CPM na Parte Especial que se inicia no art. 136 do CPM.
Conforme o art. 90-A da Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais), as disposições desta lei
não se aplicam no âmbito da Justiça Militar. Portanto, os institutos utilizados aos chamados
crimes de menor potencial ofensivo não possuem aplicação nos crimes do CPM.

Inaugurando a parte especial, o crime de hostilidade contra país estrangeiro encontra-


se tipificado no art. 136 e pune a conduta de:
Praticar o militar ato de hostilidade contra país estrangeiro, expondo o Brasil a perigo
de guerra: Pena - reclusão, de 8 a 15 anos.
DICA 129
DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ - DO CRIME DE HOSTILIDADE CONTRA
PAÍS ESTRANGEIRO
MEMORIZE:
O sujeito ativo só pode ser militar. O crime é doloso, não sendo possível a modalidade
culposa.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.

71
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Conforme os §§ 1º e 2º o crime pode ser qualificado pela forma mais grave se resulta:
ruptura de relações diplomáticas, represália ou retorsão: Pena - reclusão, de 10
a 24 anos.
guerra: Pena - reclusão, de 12 a 30 anos.
DICA 130
DECRETO-LEI Nº 1.002/69 – CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR - DA
DENÚNCIA E SEUS REQUISITOS

O rol dos requisitos da denúncia encontra-se elencado no art. 77 do Código de Processo


Penal Militar:

REQUISITOS DA DENÚNCIA:

a designação do juiz a que se dirigir;

o nome, idade, profissão e residência do acusado, ou esclarecimentos pelos quais possa


ser qualificado;

o tempo e o lugar do crime;

a qualificação do ofendido e a designação da pessoa jurídica ou instituição prejudicada


ou atingida, sempre que possível;

da exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias;

as razões de convicção ou presunção da delinquência;

a classificação do crime;

o rol das testemunhas, em número não superior a 6, com a indicação da profissão e


residência; e o das informantes com a mesma indicação.

É importante destacar que o rol de testemunhas poderá ser dispensado, se o


Ministério Público dispuser de prova documental suficiente para oferecer a denúncia.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

72
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
CRIMINOLOGIA
DICA 131
TEORIAS CRIMINOLÓGICAS SOCIOLÓGICAS - SOCIOLOGIA CRIMINAL /
MACROSSOCIOLOGIA
As teorias sociológicas propõem compreender e explicar a criminalidade como um fenômeno
social nas perspectivas ETIOLÓGICAS (causas) ou INTERACIONISTAS (reações sociais).

São classificadas em:

TEORIAS DO CONSENSO (Funcionalistas / de Integração / Conservadorismo /


Movimentos de Direita).

Ex.: Escola de Chicago; Teoria da Associação Diferencial; Teoria da Anomia; Teoria da


Desorganização Social, Teoria da Neutralização e Teoria da Subcultura Delinquente.

TEORIAS DO CONFLITO SOCIAL (de cunho argumentativo / Revolucionários /


Movimentos de Esquerda).

Ex.: Teoria Crítica / Teoria do Etiquetamento.


DICA 132
TEORIAS DO CONFLITO SOCIAL - TEORIA DO “LABELING APPOACH” /
ETIQUETAMENTO, INTERACIONISMO SIMÓBLICO, REAÇÃO SOCIAL

Tem como autores Erving GOFFMAN, Edwin LEMERT e Howard BECKER;

Fundada na ideia de que a INTERVENÇÃO DA JUSTIÇA NA ESFERA CRIMINAL pode


ACENTUAR A CRIMINALIDADE;

A prisão, e o contato com os outros presos poderia gerar novos criminosos, assim sendo
e por essa lógica a criminalidade seria produzida pelo próprio controle social (Exemplo:
penitenciária = “universidade para o crime”);

A PENA é considerada GERADORA DE DESIGUALDADE;

O condenado sofreria estigma por parte de familiares, amigos, conhecidos, colegas, o


que acarretaria a marginalização no trabalho, na escola etc.;

Criminalização PRIMÁRIA produz “etiqueta” ou “rótulo”, que, por sua vez, produz a
criminalização SECUNDÁRIA (reincidência).

Ex.: Atestados de antecedentes, folha corrida criminal, divulgação de jornais


sensacionalistas.

Inspirações no Brasil:

Lei dos juizados especiais criminais (Lei nº 9.099/95): institutos despenalizados


(composição civil dos danos, transação penal e suspensão condicional do processo);

Reforma penal de 1984: progressão dos regimes de penas e penas alternativas, numa
tendência garantista de não intervenção ou de Direito Penal Mínimo.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

73
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 133
TEORIA CRÍTICA, RADICAL, MARXISTA OU NOVO CRIMINOLOGIA

Tem suas bases alicerçadas no MARXISMO, enxergando o crime como fenômeno


proveniente do sistema CAPITALISTA;

Defensores: ALESSANDRO BARATTA (Itália); ROSA DEL OMO e EUGÊNIO RAUL


ZAFFARONI (América Latina);

O Direito Penal se ocupa de defender os interesses do grupo social dominante;

Reclama compreensão e até apreço pelo criminoso;

Critica severamente a criminologia tradicional;

O CAPITALISMO é a base da criminalidade;

Propõe reformas estruturais na sociedade para a redução das desigualdades e,


consequentemente, da criminalidade;

Essa teoria inspirou 3 tendências da criminologia:

Neorrealismo de esquerda,

Abolicionismo penal; e

Direito penal mínimo.

Críticas:
Retira do ser humano qualquer possibilidade de autorresponsabilidade ao culpar
exclusivamente o sistema capitalista, considerando o criminoso como uma mera vítima
da sociedade e da classe em que foi inserida;
Não explica os crimes dos mais abastados e não explica o não cometimento de crimes por
outras pessoas que também vivem em classes menos favorecidas;
Aponta apenas problemas em países capitalistas, deixando de analisar por completo os
crimes praticados em países socialistas/comunistas.
DICA 134
TEORIA ABOLICIONISTA (LIBERDADE INDIVIDUAL MÁXIMA)

Defende a ABOLIÇÃO do Direito Penal, EXCLUINDO a PRISÃO juntamente com todo


o SISTEMA DE JUSTIÇA CRIMINAL;

Parte da ideia de que o Direito Penal não soluciona conflitos – ao contrário, seria fator
capaz de gerar novos crimes por meio de processos de estigmatizações seletivos;

Desta forma, a solução viria de INSTRUMENTOS INFORMAIS (diálogos, tratamentos


médicos ou psicológicos, concórdia, solidariedade, etc), ou de outras instâncias DE
CONTROLE MENOS REPRESSIVAS como o Direito Civil e o Direito Administrativo.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

74
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01
DICA 135
TEORIA MINIMALISTA
Espécie de “Abolicionismo Moderado”, apregoando que o Direito Penal deve subsistir de
forma mínima, sendo aplicado apenas sobre casos extremamente graves;
O Estado deve aplicar medidas alternativas de repressão (prestação de serviço à
comunidade, pagamento em cestas básicas etc.);
DICA 136
TEORIA NEORREALISTA DE ESQUERDA (ANTI-LIBERAL)

Apesar de ter influências marxistas, caminha em sentido diametralmente OPOSTO


comparada com o abolicionismo e minimalismo, por defender um Direito Penal rigoroso e
maximalista;

Não enxergam apenas a pobreza como fator determinante para a prática de crimes, mas
também a competitividade, ganância, machismo, consumismo, individualismo etc.;

Com isso, sobre as demais causas, defendem um DIREITO PENAL MÁXIMO;

Defendem o afastamento da discricionariedade do poder judiciário na aplicação da


lei penal, limitando-se em aplicar a legislação de forma fria e objetiva, sem margens para
interpretação ou juízos de valor.
DICA 137
TEORIA FEMINISTA

Parte do pressuposto de que a sociedade é machista e impõe papéis opostos entre


homens e mulheres;

A sociedade seria responsável por conceder aos homens funções nobres e de prestígio,
ao passo que conferiria posições inferiores e de pouco valor ou relevância às mulheres;

Além da objetificação da mulher, há uma espécie de sexismo institucionalizado,


evidenciando violências contra a mulher desde a criação de leis até as respectivas e
efetivas aplicações concretas.
DICA 138
TEORIA “QUEER”

Tem origem norte-americana e significa literalmente esquisito, estranho ou


excêntrico;

Pautada na identidade de gênero e heteronormatividade;

As chamadas “violências heterosexistas” são classificadas da seguinte forma:

Violência simbólica: parte de questões culturais homofóbicas de menosprezo e


inferiorização sobre homossexuais;

Violencia das instituições: homofobia praticada pelo próprio Estado, criminalizando


ou rotulando como patológicas as identidades homossexuais;

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

75
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

Violência interpessoal: violência individual propriamente dita de cunho homofóbico,


como agressões e insultos contra homossexuais.
DICA 139
TEORIAS DO CONSENSO - TEORIA DA ANOMIA

Desenvolvida por Émile Durkheim e adaptada pelo sociólogo americano Robert


Merton;

Destaca-se por interpretar o crime como fenômeno social, normal e funcional;

Caso os mecanismos reguladores da vida em sociedade não consigam cumprir sua


função, instala-se a anomia, ou seja, a ausência ou decomposição das normas sociais;

O enfrentamento da criminalidade não reside na prevenção especial ou geral, mas na


satisfação da consciência coletiva;

O crime pode ser considerado fenômeno cultural dentro da sociedade, devendo


permanecer dentro de certos níveis de tolerância. Caso contrário, instala-se o caos, estado
de desorganização generalizada que chega a comprometer valores e desacreditar o sistema
normativo de conduta.
DICA 140
TEORIA DA ANOMIA - FATORES SOCIAIS DA CRIMINALIDADE

SISTEMA ECONÔMICO

A má distribuição de renda, desigualdades sociais, precária situação econômica e o


poder aquisitivo de parcela significativa da população, segundo algumas teorias
sociológicas, são fatores capazes de provocar o crescimento da criminalidade.
Ex.: Teoria Crítica.

POBREZA E MISÉRIA

A pobreza e condições de miserabilidade podem gerar sentimento de revolta e exclusão


social nas pessoas, levando à prática de crimes.
Ex.: Crimes de latrocínio.

DESNUTRIÇÃO E FOME

Consequências da pobreza e da miséria, a fome e a desnutrição são fatores sociais que


podem levar o indivíduo a sofrer danos psicossomáticos em sua formação.
Ex.: Furto famélico – Art. 24, CP - Estado de necessidade.

HABITAÇÃO

Habitações precárias criam ambientes propícios para revoltas, baixa qualidade de vida
e exposição à subculturas.
Ex.: Favelas.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

76
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 01

EDUCAÇÃO

A precariedade no sistema regular de ensino, criminalidade nas escolas e restrição de


algumas crianças e adolescentes ao acesso de escolas (distanciamento físico das escolas
ou diante do “dever” de trabalhar desde a tenra idade), atrapalham no desenvolvimento
do indivíduo e propicia campo fértil para vida na criminalidade.

MAL VIVÊNCIA:

Grupo de indivíduos marginalizados, que vivem em situação de parasitismo, sem


aptidão para o trabalho, por razões de ordem biológica ou pela exclusão social.
Ex.: Andarilhos, prostitutas, mendigos.

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


Pensar Concursos.

77

Você também pode gostar