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Direcção de Educação
Departamento MédicaMédica
de Educação da Faculdade de Medicina
da Faculdade • Universidade
de Medicina de Coimbra
• Universidade de Coimbra
Julho2008
Abril 2007
2.
Validade aluno naSUMÁRIOS
realização da VERSUS OBJECTIVOS:
história clínica, do exame físico e outros aspectos
• Promovem a responsabilidade, porque sabem o que se espera deles e com-
Antes de escolher um método ou instrumento de avaliação é crucial relacionados com a investigação e gestão do caso e perspicácia/destreza
preendem quais actividades que contribuem para o seu sucesso educativo. Na MARQUE AS DIFERENÇAS.
clínica, durante um período que poderá variar entre os 20 e 30 minutos.
definir o que se pretende avaliar. Por outras palavras, a resposta à questão Para que possam servir os propósitos acima enunciados os objectivos têm que ir
“Estouausência
a medirdeaquilo
objectivos
queclaros, o alunoestar
é suposto é obrigado a um exercício
a medir?” tem quedeser adivinhação,
positiva. O OSLER inclui 10 itens que avaliam a competência nas áreas acima referi-
nem sempre bem sucedido, sobre o que o professor muitoOalém da simples enumeração
que se de conteúdo que caracteriza o sumário: têm
Reconhecer isto implica atender a diferentes facetasespera que ele retire
do conceito de
de vali- das. processo implica peça ao aluno que obtenha uma história
cada experiência de aprendizagem; que tornar
clínica claro o 3
durante nível
a 4e ominutos,
propósito da informação,
enquanto o têm
examinador aluno o que
que dizer aoobserva todo o
dade: garantir a validade implica estabelecer uma ligação coerente entre
o processo de avaliação e os Objectivos de Aprendizagem (Vd. Essências se esperaeque
processo ele faça
forma com o aconhecimento
também sua opiniãoveiculado.
sobre as competências de comu-
Educare
PARA nº 04OS– DOCENTES,
Julho de 2007),objectivos
de modo a obter bemuma amostra válida e
definidos: nicação do aluno. Em seguida, o aluno executa o exame físico, sendo que,
representativa das aprendizagens que os alunos têm que realizar (eg.: não umaOvez QUEmais,SÃO?o avaliador está atento quer ao processo quer ao produto
• Constituem guias para a selecção e preparação das experiências de ensino-
avaliar competências de comunicação com um teste de escolha múltipla). do exercício. Por
Declarações sobre último,
o queos itensque
se quer referentes à investigação,
os alunos sejam capazes degestão
fazer apro-
aprendizagem mais adequadas aos objectivos preconizados;
Implica ainda considerar se o instrumento é aceitável e adequado para os priada do caso e perspicácia/destreza clínica são apreciados.
• Facilitam a programação de cada aula/experiência de aprendizagem: a em resultado de uma experiência de aprendizagem.
diferentes utilizadores (professores, alunos). A ficha de registo do OSLER inclui ainda um campo destinado à indicação
sua soma deve equivaler aos objectivos da disciplina;
Fidedignidade/Consistência do grau de dificuldade do caso, decisão que será tomada antes do exame
• Ajudam a identificar os conteúdos
A fidedignidade/consistência que ampliam
diz respeito ao graudesnecessariamente
de confiança que a carga
po- eDesta
que forma,
aumenta os objectivos
claramentejuntam a docente
validade e discente num propósito
e fidedignidade comum e cla-
da avaliação.
demosdeter de que umfactual
conhecimento resultado obtido numa
sem contributo determinada
relevante prova dedese-
para as competências ava- Processo de cotação/classificação: A classificação dos alunos édescre-
ramente assumido, responsabilizando um e outro pelo processo. O sumário baseada
liação jadas;
seria idêntico, caso esta fosse repetida ou classificada por diferentes ve, quando
num muito,faseado,
processo a actividade do professor
sendo que um – o objectivo
avaliadorcentra o processo no aluno.
e co-avaliador classifi-
avaliador(es). Os principais
• Fornecem informação sobrefactores a que
o nível de se deve estar
conhecimentos atento e que
e competências que cam inicialmente o aluno numa escala entre P+ (muito bom/excelente),
influenciam
os alunosa consistência incluem:
devem apresentar comoa pré-requisito
extensão dapara prova e a objectividade
a frequência da discipli- POs(suficiente) e P- (insuficiente)
objectivos estabelecem um contrato empartilhado
cada um com dos os10aprendizes
itens e também
que des- lhe
na cotação, os erros de generalização (generalizações abusivas a partir atribuem
creve o queumaeles classificação
serão capazes de global, segundo
fazer após a mesmaeescala.
a aprendizagem que nãoNaeramsegunda
ca-
na;
de respostas e contextos específicos) e de enviesamento (eg.: ênfase etapa dofazer
pazes de processo,
antes. avaliador e co-avaliador acordam sobre a classificação
• São imprescindíveis na selecção das metodologias de avaliação e na cons-
excessivo colocado por alguns avaliadores sobre determinados traços ou nos diferentes itens, e decidem conjuntamente sobre a atribuição da nota
trução dos instrumentos e critérios de avaliação. Quando bem redigidos, tor- final (60 a 80 para P+, 50 a 55 para P e 35 a 45 para P-).
aspectos de comportamento, influência na classificação causada pela im-
pressãona-se
geralfácilque
transformar
têm sobre um objectivo de aprendizagem
um determinado alunonuma questão paraentre
ou diferenças exa- Vantagens: A avaliação é baseada numa tarefa bastante autêntica e
me, ou conceber uma metodologia que permita avaliar objectivos
avaliadores nos critérios de exigência na classificação). É possível deter-
minar,nios das aptidões
através
nos
ou atitudes. estatísticos, as diferentes formas e níveis
de procedimentos
de consistência de uma prova de avaliação.
domí-
3.
aproxima-se muito da prática quotidiana dos futuros profissionais. Intro-
duz umaCOMO REDIGIR OBJECTIVOS.
maior objectividade e validade facial e de constructo em relação
aos casos longos tradicionais, em virtude da maior estruturação e pa-
Praticabilidade dronização dos avaliadores, resultante do acordo prévio sobre os aspectos
PARA A ESCOLA, os objectivos: Regra n.º 1: Utilize verbos activos, descritivos da capacidade do aluno para
específicos a avaliar e modos de cotação e classificação. É um método de
É imperativo que os docentes se questionem sobre a praticabilidade dos
• De cada disciplina constituem os blocos de que faz o edifício curricular; fazer algo.
métodos de avaliação que pretendem utilizar, o que significa ponderar os avaliação relativamente isento de problemas logísticos, uma vez que a
• Permitem harmonizar o curriculum, progredindo para níveis crescentes de com- Assim,
sua é possível garantir
organização é muitoque um objectivoà comunica
semelhante o seu propósito
prática avaliativa de forma
vigente.
custos de todo o processo, quer em termos de recursos, quer em tempo
plexidade
despendido. conceptual
Devem e prática;as seguintes questões: Quanto tempo de-
colocar-se eficaz de formaAa consistência
Limitações: que não deixe dúvidas na mente
inter-casos do aluno relativamente
é relativamente baixa, aos
o quere- si-
• Permitem mapear o curriculum,
morará a construção do instrumento identificando lacunas e sobreposições
e a sua cotação? Que aspectos excessi-
logís- sultados de aprendizagem esperados. Ao seleccionarmos
gnifica que o desempenho numa única OSLER não é um bom predictor doum verbo que demons-
vas;
ticos e organizacionais terei que considerar? Pode o instrumento fornecer desempenho
tre um desempenhofuturo. A validade
observável de conteúdo,
(ou produto) quando
estaremos se avaliam
a facultar evidênciaapenas
de
feedback útil e terá potencial para produzir um efeito benéfico na apren- 1 ou 2 casos, é fraca, pois não é possível avaliar todo o espectro de com-
dizagem futura dos alunos? petências que seria desejável.
• OSCE (Objective Structured Clinical Examination) Evaluator: Date:
Fellow: R-1 R-2 R-3
Descrição: Embora existam actualmente muitas variantes deste método, Patient Problem/Dx:
Setting: Ambulatory
que remonta aos anos 70, a abordagem convencional refere a OSCE como Patient: Age:
In-patient
Sex:
ED
New
Other
Follow-up
uma série de 10-20 estações, cada uma com uma duração de 5-10 minu- Complexity Low Moderate High
tos, em que, perante um determinado cenário clínico, os alunos têm que Focus: Data gathering
1. Medical interviewing skills ( Not observed)
Diagnosis Therapy Counseling
avaliadores. Uma característica distintiva deste formato de avaliação é 2. Phsical examination skills ( Not observed)
1 2 3 4 5 6 7 8 9
que cada aluno desempenha o mesmo conjunto de tarefas que todos os Unsatisfactory Satisfactory Superior
sequência pré-determinada. Os doentes simulados ou estandardizados são 4. Clinical judgment ( Not observed)
1 2 3 4 5 6 7 8 9
o principal recurso de avaliação, mas, actualmente, já é possível recorrer a Unsatisfactory Satisfactory Superior
manequins ou outros simuladores para incluir em estações da OSCE. 5. Counseling skills ( Not observed)
1 2 3 4 5 6 7 8 9
A OSCE permite avaliar dimensões muito diversificadas: competências de Unsatisfactory Satisfactory Superior
exame físico e obtenção de histórica clínica, interpretação de radiografias, 6. Organization/efficiency ( Not observed)
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Superior
electrocardiogramas ou resultados laboratoriais, competências de comu- Unsatisfactory
mas destas competências (eg. competências de comunicação ou aspectos Mini-CEX time: Observing: Min Providing feedback Min
relacionados com a atitude profissional) poderão ser melhor avaliadas por Evaluator satisfaction with mini-Cex
recurso a outros métodos. Low 1 2 3 4 5 6 7 8 9 High
Processo de Cotação/Classificação: Este processo é bastante variável, Resident satisfation with mini-Cex
Low 1 2 3 4 5 6 7 8 9 High
em função das estações que tiverem sido incluídas no conjunto da ava- Comments:
liação. Todavia, todas as OSCE incluem um esquema de cotação e clas- Resident signature Evaluator signature
sificação padronizado, específico para cada caso utilizado. Habitualmente,
são empregues checklists, distribuídas aos examinadores, acompanhadas Dx = diagnosis; ED = emergency departement; min = minutes; R-1 = first-year resident; R-2 = second-year resident; R-3 = third-year resident.