4 Defensoria Pública de 1 Instância Cível 10000.011526/2019-97

fls.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ MAURICIO OLIVEIRA BASTOS e tjam.jus.br, protocolado em 23/04/2020 às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.
4ª DEFENSORIA PÚBLICA DE 1ª INSTÂNCIA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 68C6A42.
10000.011526/2019-97
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO DA FAZENDA PÚBLICA

ESTADUAL DA COMARCA DE MANAUS/AMAZONAS
ROMULO SILVA COSTA, brasileiro, convivente em união estável, re ficador de

motores, portador da cédula de iden dade nº 32223420 SSP/AM, inscrito no CPF sob o nº
005.851.031-19, podendo ser contatado pelos telefones (92) 99368-2159 e/ou (92)
99374-8249, bem como através do endereço eletrônico: romulo.costa.am@gmail.com,
residente e domiciliado na Rua Rio Solimões, nº 285, Bairro Colônia Terra Nova, CEP
69095-001, nesta cidade, através da Defensoria Pública do Estado do Amazonas, vem à
presença de Vossa Excelência propor a presente:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face do ESTADO DO AMAZONAS, pessoa jurídica de direito público interno,
inscrita no CNPJ nº 04.312.369/0001-90, representado neste ato pelo Procurador Geral do
Estado, que pode ser encontrado na Sede da Procuradoria, localizada na Rua Emílio Moreira
1308, Praça 14 de Janeiro, CEP 69020-040, nesta cidade, pelos fatos e fundamentos a seguir
expostos:
1. DA JUSTIÇA GRATUITA
Considerando ser a parte requerente assis da pela Defensoria Pública do Estado
do Amazonas – DPE/AM, requer-se a concessão dos bene cios da Jus ça Gratuita, nos
termos do art. 98 do Novo Código de Processo Civil, em razão desta não possuir condições
de arcar com as custas do processo e honorários de advogado, sem privação do necessário
ao seu sustento.
__________________________________________________________________________________________
Av. André Araújo, 679, 1º andar, sala 03 - Aleixo - Manaus/AM | CEP 69060 – 000 |
(92) 98459-0232 | email: 4dpaccivel@gmail.com
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2. DOS FATOS
No dia 08 de junho de 2017, o Requerente ROMULO SILVA COSTA foi ví ma do
crime de falsidade ideológica, pificado no art. 299 do CPB, perpetrado por seu irmão
RICHELME SILVA COSTA, no momento em que este úl mo foi preso pela polícia, conforme
pode-se aferir do processo nº 0215374-57.2018.8.04.0001 que tramita na Vara de Execuções
Penais.
Convém ressaltar que, no momento em que Richelme Silva Costa foi preso, usou
o nome e os dados pessoais do Requerente para tentar obter vantagem, já que estava
foragido da polícia, por mandados de prisão pela prá ca de outros crimes.
Com isso, obviamente o Autor da presente ação foi imensuravelmente
prejudicado por tal a tude maquiavélica provinda de seu próprio irmão, tendo sido
suspenso de exercer as suas funções polí cas e afins.
Outrossim, na própria audiência de instrução e julgamento, o Sr. Richelme Silva
Costa confessou ter usado o nome do Requerente, momento em que o Órgão Ministerial
pediu a re ficação dos nomes, conforme fl. 113, o que foi reiterado pela Defensoria Pública
às fls. 114/115.
Ademais, ressalta ainda, que a sentença prolatada às fls. 72/88 também suscitou
o fato dos nomes errados. Sendo assim, no dia 08/10/2018, o Despacho de fl. 119 ordenou
que fosse oficiada a SEAP para realizar a re ficação do nome e qualificação do verdadeiro
autor do crime, tendo sido realizado confronto papiloscópico entre os senhores ROMULO e
RICHELME, conforme laudo às fls. 123/131, onde foi confirmado que o Sr. RICHELME SILVA
COSTA era quem deveria figurar no polo passivo daquela ação.
Por conseguinte, mais uma vez a Defensoria Pública, no dia 12/03/2019, entrou
com o pedido de providências em favor do Requerente, às fls. 138/139 dos autos do
processo criminal, para que fosse realizada a re ficação dos nomes, tendo sido confirmada
pelo Órgão Ministerial à fl. 145, no dia 08/08/2019.
No entanto, até hoje não houve nenhuma decisão que confirmasse o direito do
Requerente, mesmo após diversos pedidos da Defensoria Pública e Ministério Público, fato
que ocasiona um enorme prejuízo ao Autor desta ação, que foi suspenso dos seus direitos
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polí cos e impedido diversas vezes de conseguir emprego em razão da desídia do órgão
julgador em realizar a re ficação dos nomes, não tendo sido realizada até a presente data.
Sendo assim, o Requerente pugna por uma indenização por danos morais no
valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), para que possa compensar todos os danos que
vem sofrendo desde o momento em que o seu nome e dados pessoais foram usados
indevidamente por outrem, e também pela morosidade para realizar a devida e justa
re ficação.
3. DO DIREITO
3.1 DO DANO MORAL
O fato descrito convola-se em conduta da parte Requerida violadora do direito
do Requerente, na medida em que a ação dos agentes envolvidos findou por ocasionar
evento danoso, implicando dor, constrangimento e angús a ao Requerente, resultando-lhe a
ofensa de cunho moral.
Presentes, in casu, a conduta danosa (não re ficação dos dados para o
verdadeiro autor do delito, re rando os dados do autor), o evento danoso (constrangimento,
dor, angús a, suspensão dos direitos polí cos e perdas de possíveis empregos) e o nexo de
causalidade entre ambos, a caracterizar plenamente a responsabilidade civil do Estado,
originando-lhe o dever de indenizar.
A responsabilidade civil é matéria integrante do arcabouço jurídico de nosso
ordenamento, com sede cons tucional, inclusive. No plano da legislação infracons tucional,
o Código Civil é bastante elucida vo quando o assunto é o dever de indenizar.
Dispõe o art. 186 do diploma mencionado que a obrigação de reparar o dano
nasce da prá ca voluntária, comissiva ou omissiva, que viola direito de outrem, sendo, por
isso, definida pelo ordenamento jurídico como ato ilícito. Confira-se:
Art. 186, CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito. [sem grifos no original].
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Revelando o lado sistemá co do diploma civil, aduz o art. 927 da mesma norma
o que segue:
Art. 927, CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.
Assim sendo, toda vez que o agente, por ação ou omissão voluntária,
imprudência, negligência ou imperícia, causar danos a outrem, fica obrigado a repará-los.
3.2 DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA

Inicialmente, cabe demonstrar a responsabilidade do Requerido quanto aos
danos suportados pela parte Requerente.
Com efeito, deverá o réu responder por todos os danos causados ao Requerente,
por se tratar de caso pico de responsabilidade civil obje va, ou seja, a culpa do Requerida
independe de comprovação, mas tão somente da existência do dano, da ação ou omissão e
da demonstração do nexo de causalidade entre elas.
Assim, o Estado em sen do amplo é totalmente responsável, independente de
demonstração de dolo ou culpa, em razão de defeitos na prestação de serviços públicos por
ele ofertada, conforme preceitua o Art. 37, § 6° da Cons tuição Federal:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.
Sobre tal aspecto, é oportuno transcrever o entendimento do ilustre JOSÉ DOS

SANTOS CARVALHO FILHO (Manual de Direito Administra vo, Ed. 31, 2017, p. 378-379), ipsis
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li eris:
A marca caracterís ca da responsabilidade obje va é a desnecessidade de o lesado
pela conduta estatal provar a existência da culpa do agente ou do serviço. O fator
culpa, então, fica desconsiderado como pressuposto da responsabilidade obje va.
Para configurar-se esse po de responsabilidade, bastam três pressupostos: fato
administra vo, dano e a relação de causalidade. [..] O mais importante, no que
tange à aplicação da teoria da responsabilidade obje va da Administração, é que,
presentes os devidos pressupostos, tem está o dever de indenizar o lesado pelos
danos que lhe foram causados sem que se faça necessária a inves gação sobre se a
conduta administra va foi, ou não, conduzida pelo elemento culpa.
Nesse diapasão, a responsabilidade civil obje va do Requerido funda-se na

Teoria do Risco Administra vo, amplamente adotada pelo Direito Brasileiro. Para tanto, é
necessária a existência de três pressupostos: ação/omissão da administração, a ocorrência
do dano e o nexo causal entre o fato e o dano.
3.3 DO DANO MORAL IN RE IPSA

Resta cristalino que o ato ilícito come do terminou por ocasionar prejuízo, dor,
angús a, tristeza e inquietação interior co diana ao Autor. No ponto, impõe-se ressaltar que
não há que se falar em prova do dano moral, mas sim na prova do fato que gerou a dor,
como bem se extrai do aresto abaixo do Superior Tribunal de Jus ça:
Não há falar em prova do dano moral, mas, sim, na prova do fato que gerou a dor,
o sofrimento, sen mentos ín mos que o ensejam. (REsp nº 86.271/SP, 3ª Turma,
DJ de 09.12.97.Rel. Ministro Carlos Alberto Menezes Direito AGA 268459/SP).
Diante disso, sempre que demonstrada a ocorrência de ofensa injusta à

dignidade da pessoa humana, dispensa-se a comprovação de dor e sofrimento para
configuração de dano moral, tendo em vista ser presumido. Trata-se do dano moral in re
ipsa, conforme jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Jus ça:
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(...) Sempre que demonstrada a ocorrência de ofensa injusta à dignidade da

pessoa humana, dispensa-se a comprovação de dor e sofrimento para
configuração de dano moral. Segundo doutrina e jurisprudência do STJ, onde se
vislumbra a violação de um direito fundamental, assim eleito pela CF, também se
alcançará, por consequência, uma inevitável violação da dignidade do ser
humano. A compensação nesse caso independe da demonstração da dor,
traduzindo-se, pois, em consequência in re ipsa, intrínseca à própria conduta que
injustamente a nja a dignidade do ser humano. Aliás, cumpre ressaltar que essas
sensações (dor e sofrimento), que costumeiramente estão atreladas à experiência
das ví mas de danos morais, não se traduzem no próprio dano, mas têm nele sua
causa direta. ST, REsp 1.292.141-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
4/12/2012.
(...) a priorização do ser humano pelo ordenamento jurídico nacional exige que
todo o Direito deva convergir para sua máxima tutela e proteção. Desse modo,
exige-se o pronto repúdio a quaisquer violações dirigidas à dignidade da pessoa,
bem como a responsabilidade civil quando já perpetrados os danos morais ou
extrapatrimoniais. Nessa linha de raciocínio, tem-se que a proteção da segurança e
da saúde do consumidor tem, inegavelmente, cunho cons tucional e de direito
fundamental, na medida em que esses valores decorrem da especial proteção
conferida à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF). Cabe ressaltar que o
dano moral não mais se restringe à dor, à tristeza e ao sofrimento, estendendo
sua tutela a todos os bens personalíssimos. Em outras palavras, não é a dor, ainda
que se tome esse termo no sen do mais amplo, mas sua origem advinda de um
dano injusto que comprova a existência de um prejuízo moral ou imaterial
indenizável. Logo, uma vez verificada a ocorrência de defeito no produto, a afastar
a incidência exclusiva do art. 18 do CDC à espécie (o qual permite a reparação do
prejuízo material experimentado), é dever do fornecedor de reparar também o
dano extrapatrimonial causado ao consumidor, fruto da exposição de sua saúde e
segurança a risco concreto e da ofensa ao direito fundamental à alimentação
adequada, corolário do princípio da dignidade da pessoa humana. STJ, REsp
1.424.304-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 11/3/2014.
Destarte, com base nas lições acima transcritas, restam veementemente
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demonstrados os danos morais experimentados pelo Requerente, devendo tal indenização,

portanto, ser a mais reparadora e ampla possível, como forma de afugentar e aplacar os
males oriundos da lesão moral.
Assim, demonstrado e comprovado o direito do Requerente da ação por danos
morais, requer ser fixado a quan a de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), à vista da
u lização indevida de seu nome como se vesse sido o verdadeiro autor do delito,
suspensão dos direitos polí cos e perdas de possíveis empregos até a presente data,
conforme julgado abaixo colacionado:
EMENTA: APELAÇÕES CÍVEIS - AÇÃO INDENIZATÓRIA - PERSECUÇÃO PENAL -

PRISÃO EM FLAGRANTE - FALSA IDENTIFICAÇÃO - FALHA ESTATAL - PRISÃO
PREVENTIVA DE TERCEIRO NÃO RELACIONADO AO CRIME - CONSEQUÊNCIAS
DANOSAS - DEFLAGRAÇÃO DA PERSECUÇÃO PENAL - PRISÃO PREVENTIVA -
RESPONSABILIDADE ESTATAL PATENTEADA - ART. 37, § 6º, DA CF - DANOS
MORAIS PRESUMIDOS - INDENIZAÇÃO - RAZOABILIDADE - QUANTUM MANTIDO -
RECURSOS NÃO PROVIDOS. - A teor do ar go 37, § 6º, da CF, afigura-se obje va a
responsabilidade civil do Estado por conduta comissiva e falha que desaguou na
prisão preven va de pessoa estranha ao crime come do - Nos termos da
jurisprudência imperante, é presumido o dano moral decorrente de ilegí mo
encarceramento - É passível de ser indenizada a pessoa cujo nome foi falsamente
u lizado por autor de crime preso em flagrante e que veio a padecer
indevidamente a execução de sua prisão preven va, pois se presume possível a
u lização pelo Estado de meios mais eficazes para verificar a iden dade daquele
que se vê acautelado, com vistas a evitar, justamente, consequências danosas
decorrentes da u lização de iden dade falsa - A indenização por danos morais
deve guardar estrita proporção em relação aos danos imateriais revelados. Não
havendo mostras de consequências outras a agravar os danos experimentados por
indevida detenção pelo prazo de seis dias, deve ser man do o quantum
indenizatório fixado em R$ 15.000,00 (quinze mil reais), sobretudo se evidenciado
que a situação foi defini vamente sanada com a sentença proferida dois meses
após o fato - Recursos não providos.
(TJ-MG - AC: 10672093968945001 MG, Relator: Corrêa Júnior, Data de Julgamento:

06/03/2018, Data de Publicação: 16/03/2018)
4. DO PEDIDO
Ante todo o exposto, requer-se a Vossa Excelência:
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a) dispensar audiência de conciliação ou mediação, nos termos do art. 334 do

Novo Código de Processo Civil;
b) determinar a citação da parte Requerida, nos termos do art. 238 e 242, § 3o,
do CPC, para, querendo, e no prazo legal, responder aos termos da presente ação, sob pena
de revelia e confissão, quanto à matéria fá ca, devendo, ao final, ser julgado totalmente
procedentes os pedidos da presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
consistente em compelir a parte Requerida:
b.1.) ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$
50.000,00 (cinquenta mil reais);
c) conceder os bene cios da jus ça gratuita, por se tratar de pessoa pobre na
acepção jurídica do termo, não podendo arcar com as custas sem prejuízo do próprio
sustento e de sua família;
d) in mar pessoalmente o Defensor Público atuante nesta D. vara, de todos os
atos do processo, contando-se-lhe em dobro todos os prazos, conforme prerroga va
assegurada pelo ar go 128 da Lei Complementar Nacional nº 80/94, que organiza a
Defensoria Pública.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admi dos,
principalmente a documental e testemunhal, a qual desde já se requer.
Dá-se à causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), para todos os
efeitos legais
.
Nestes termos, pede deferimento.
Manaus, 22 de abril de 2020.
LUIZ MAURÍCIO OLIVEIRA BASTOS

Defensor Público do Estado
WILLIANE DOS SANTOS FERREIRA
Estagiária de Direito
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sob o. número 06540053420208040001.

0215374-57.2018.8.04.0001 e código
e código 45F6409.
68C6A4E.
Promotorias de Execuções Penais - PROEP
0654005-34.2020.8.04.0001
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
às ,15:07
VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA CAPITAL
às 13:48
Processo n. 0215374-57.2018.8.04.0001
em 10/08/2018
Apenado: Romulo Silva Costa
23/04/2020
o processo
o processo
PROMOÇÃO
liberado nosem autos

Instado a manifestar-se acerca das certidões de fls.
informe
MARINHO,protocolado
informe
103-109, constatando que o apenado ROMULO SILVA COSTA
o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
ostenta outras condenações com nome de RICHELME SILVA
site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do,
COSTA o Ministério Público requer a soma e unificação de suas
BASTOS e tjam.jus.br,
penas, bem como seja oficiada a direção do sistema prisional para
que certifique o correto nome e qualificação do apenado.
OLIVEIRA
YARA REBECA
MAURICIO ALBUQUERQUE
Nestes Termos.
por LUIZ
digitalmente por
Pede Deferimento.
digitalmente
assinadoassinado
Manaus, 04 de agosto de 2018

do original,
original,oacesse
YARA REBECA ALBUQUERQUE MARINHO DE PAULA

original,
Promotor de Justiça da 98ª PROEP

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ ANDRE RICARDO
MAURICIO ANTONOVICZ
OLIVEIRA BASTOSMUNHOZ, liberado
e tjam.jus.br, protocolado
nos autosem em23/04/2020
21/08/2018às
às13:48
12:57, .sob o número 06540053420208040001.
https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informeo oprocesso
processo0215374-57.2018.8.04.0001
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MAURICIO ANTONOVICZ
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12:57, .sob o número 06540053420208040001.
processo0215374-57.2018.8.04.0001
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código 68C6A4E.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE RICARDO ANTONOVICZ MUNHOZ, liberado nos autos em 21/08/2018 às 12:57 .
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0215374-57.2018.8.04.0001 e código 47665C4.
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Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 68C6A4E.
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Silva Costa).
DESPACHO:
Ação: Execução da Pena/PROC
Autos n°: 0215374-57.2018.8.04.0001
Manaus, 08 de outubro de 2018.

Após, expeça-se Atestado de Pena a Cumprir.
Juíza de Direito
PODER JUDICIÁRIO
Sabrina Cumba Ferreira

ESTADO DO AMAZONAS
FÓRUM MINISTRO HENOCH REIS

JUÍZO DE DIREITO DA Vara de Execuções Penais (VEP)
em face do qual tramita o Processo nº 0215374-57.2018 (Rômulo Silva Costa/Richelme

Oficie-se à SEAP, para fins de certificar o nome correto e a qualificação do Apenado
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ MAURICIO

SABRINA CUMBA OLIVEIRA
FERREIRA, BASTOS e tjam.jus.br,
liberado nos autos emprotocolado
08/10/2018
emàs23/04/2020
10:51 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe processo
oo processo0215374-57.2018.8.04.0001
0654005-34.2020.8.04.0001
eecódigo 4B75A76.
código 68C6A4E.
PÁGINA 141
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PÁGINA 142
fls. 120
, sob o número 06540053420208040001.

4B912CB.
68C6A4E.
ESTADO DO AMAZONAS
PODER JUDICIÁRIO
Comarca de Manaus
e código
e código
Juízo de Direito da Vara de Execuções Penais (VEP)
0215374-57.2018.8.04.0001
ATO ORDINATÓRIO
0654005-34.2020.8.04.0001
Solicitação de Transferência
Processo n°: 0215374-57.2018.8.04.0001

Classe: Execução da Pena/PROC
às 13:48
às 10:56
em 23/04/2020 .
o processo
autos em 09/10/2018
o processo
De ordem do Juiz de Direito Ronnie Frank Torres
Stone, cientifico a SEAP, para certificar o nome correto e
informe
a qualificação do Apenado, Romulo Silva Costa/Richelme
liberado nosprotocolado
informe
Silva Costa, do qual tramita o Processo n°
0215374-57.2018.
e tjam.jus.br,
Manaus, 09 de outubro de 2018
PORTELA,
Girlene de Souza Portela
DE SOUZABASTOS
Matrícula: C01649
assinadoassinado
do original, por LUIZ
digitalmente
digitalmente por GIRLENE OLIVEIRA
MAURICIO
original,oacesse
original,
é cópia
o acesse
é cópia do
Av. Humberto Calderaro Filho, s/n, 5º andar, setor 06, São

Este documento
original,
Francisco - CEP 69079-265, Fone: 3303-5189, Manaus-AM - E-

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mail: vep@tjam.jus.br
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fls. 31
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fls. 121
CERTIDÃO AUTOMÁTICA
REMESSA DE INTIMAÇÃO/CITAÇÃO PARA O PORTAL ELETRÔNICO
Autos nº 0215374-57.2018.8.04.0001
Ação: Execução da Pena/ PROC

Tipo Completo da Parte Ativa Principal << Informação indisponível >> : Nome da
Parte Ativa Principal << Informação indisponível >>
Apenado : Romulo Silva Costa
CERTIFICA-SE, que em 09/10/2018 o ato abaixo foi

encaminhado para intimação/citação no portal eletrônico.
Destinatário do Ato: Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP
Teor do ato: De ordem do Juiz de Direito Ronnie Frank Torres Stone, cientifico a
SEAP, para certificar o nome correto e a qualificação do Apenado, Romulo Silva
Costa/Richelme Silva Costa, do qual tramita o Processo n° 0215374-57.2018.
Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP
Ministério Público do Estado do Amazonas - Primeiro Grau e outro
Manaus (AM), 09 de outubro de 2018.

PÁGINA 144
fls. 122
32
, sob o. número 06540053420208040001.

ESTADO DO AMAZONAS
68C6A4E.
PODER JUDICIÁRIO
código4B9A8CA.
0654005-34.2020.8.04.0001e ecódigo
processo0215374-57.2018.8.04.0001
CIÊNCIA DA INTIMAÇÃO
às 17:48
às 13:48
em 09/10/2018
Autos nº: 0215374-57.2018.8.04.0001
Foro: Capital - Fórum Ministro Henoch Reis
em 23/04/2020
Declaramos ciência nesta data, através do acesso ao portal eletrônico, do teor do
informeo oprocesso
nos autos
ato transcrito abaixo.
protocolado
Data da intimação: 09/10/2018 16:59
e tjam.jus.br,liberado
Prazo: 5 dias
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do,

Intimado: Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP
e www.tjam.jus.br,
Teor do Ato: De ordem do Juiz de Direito Ronnie Frank Torres Stone, cientifico
a SEAP, para certificar o nome correto e a qualificação do Apenado, Romulo
Silva Costa/Richelme Silva Costa, do qual tramita o Processo n° 0215374-
BASTOS
57.2018.
GOMES
OLIVEIRA
Manaus, 9 de Outubro de 2018
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ ANTONIO ABENONIZ
MAURICIO
fls. 33
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PÁGINA 153
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42
ESTADO DO AMAZONAS
PODER JUDICIÁRIO
às 08:17 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

Comarca de Manaus
Capital - Fórum Ministro Henoch Reis
68C6A4E.
ATESTADO
5331B0B.
Atesto para o fim previsto no inciso XVI do artigo 41 da Lei 7.210/84 (Lei de Execução Penal), incluído pela Lei
código
código
10.713/03, que o réu Romulo Silva Costa (abaixo qualificado), tem na presente data cinco anos, quatro meses e
treze dias de pena a cumprir e, encontra-se no regime Semiaberto. Esta informação foi extraída do SAJ (Sistema
ee
de Automação do Judiciário) com base nos lançamentos efetuados, que apresenta ainda os seguintes dados:
0654005-34.2020.8.04.0001
processo0215374-57.2018.8.04.0001
Dados do processo
Número do processo : 0215374-57.2018.8.04.0001 - Primário
Processo de origem : 0620631-32.2017.8.04.0001
Tipo de ação : Execução da Pena
em 23/04/2020
Dados pessoais (resumido)
Nome : Romulo Silva Costa
informeo oprocesso
Data de nascimento : 18/07/1984
em 24/01/2019
Filiação : Antonio Oceano pontes da costa, Maria de Fatima da Silva
Documentos : RG 3222342-0 SSP AM
protocolado
RJI 181039734-51 CNJ
nos autos
Dados da sentença
e tjam.jus.br,
Data / Local do delito : 06/06/2017
Recebida a denúncia : 19/06/2017
liberado
16/03/2018 - Sentença Condenatória transitada em 20/04/2018
BASTOS
Trânsito em julgado - Defesa em 20/04/2018
Trânsito em julgado - Ministério Público em 26/03/2018
DE SOUZA,
Capitulação : Art. 157 § 2º, I, II, V (duas vezes) do(a) CP
Pena privativa de liberdade
OLIVEIRA
Pena : Reclusão: sete anos.
Regime reclusão : Semiaberto
MAURICIO SILVA
Pena de multa
ANTONIELLA
Substituta Valor base Dias-multa Fração Multiplicador Valor multa
Não R$937,00 10 1/30 1 R$312,33
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ

Dados da prisão
Local de prisão : Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Regime Semi-aberto)
Termo inicial Termo final
08/06/2017 Prisão (Flagrante) 20/02/2018 Término da prisão
20/02/2018 Prisão (Preventiva) 09/05/2018 Término da prisão
09/05/2018 Prisão (Sentença Condenatória)
Controle de pena (situação em 24/01/2019)

Pena : sete anos (art. 157 § 2º, I, II, V (duas vezes) do(a) CP) - Réu primário
Pena total : sete anos
Pena cumprida : um ano, sete meses e dezessete dias
Pena a cumprir : cinco anos, quatro meses e treze dias
Previsão de saída temporária

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fls. 133
43
Controle de pena (situação em 24/01/2019)
às 08:17 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

Réu primário
Crime comum: 1/6 de 7a = 1a 2m - 10m 12d detração = 3m 18d
Data base: 20/04/2018 ()
68C6A4E.
Atingiu o benefício em: 08/08/2018
5331B0B.
Previsão de progressão de regime
Aberto
código
código
Réu primário
Crime comum: 1/6 de 7a = 1a 2m
ee
Data base: 08/06/2017 (Prisão - Flagrante)
0654005-34.2020.8.04.0001
processo0215374-57.2018.8.04.0001
Previsão para o benefício: 08/08/2018
Previsão de livramento condicional

Réu primário
Crime comum: 1/3 de 7a = 2a 4m
Data base: 08/06/2017 (Prisão - Flagrante)
Previsão para o benefício: 08/10/2019
em 23/04/2020
Previsão de término da pena: 07/06/2024
informeo oprocesso
É o que cumpre a este Juízo atestar na presente data.
em 24/01/2019
Manaus, 24/01/2019.
protocolado
Nathalie Moreira Garcia de Lima

nos autos
Juiz(a) de Direito Escrivão(ã) Judicial

ANTONIELLA OLIVEIRA
SILVA BASTOS
DE SOUZA, e tjam.jus.br,
liberado
fls. 44
PÁGINA 156
fls. 134
, sob o número 06540053420208040001.

5331B1B.
68C6A4E.
e código
ESTADO DO AMAZONAS
e código
PODER JUDICIÁRIO
Comarca de Manaus
0215374-57.2018.8.04.0001
0654005-34.2020.8.04.0001
Processo n°: 0215374-57.2018.8.04.0001
Classe: Execução da Pena/PROC
Réu:Romulo Silva Costa
às 13:48
às 08:18
em 23/04/2020 .
ATO ORDINATÓRIO
o processo
autos em 24/01/2019
o processo
De ordem deste Juízo de Direito e conforme Portaria
informe
liberado nosprotocolado
Conjunta SEAP/VEP nº 01/2018, encaminho os autos ao
informe
Ministério Público para que, em 5 (cinco) dias, se
manifeste sobre os cálculos apresentados com relação ao
e tjam.jus.br,
apenado Romulo Silva Costa.
SOUZA,
Manaus, 24 de janeiro de 2019.
SILVA DEBASTOS
Antoniella Silva de Souza - M12240
digitalmente
assinadoassinado
do original, por LUIZ
digitalmente ANTONIELLA
MAURICIO
por OLIVEIRA
original,oacesse
original,
é cópia
o acesse
é cópia do

Este documento
original,

Paraoconferir
Este documento
Para conferir
fls. 45
PÁGINA 157
fls. 135
Autos nº 0215374-57.2018.8.04.0001

Réu : Romulo Silva Costa

Destinatário do Ato: Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP
Teor do ato: De ordem deste Juízo de Direito e conforme Portaria Conjunta SEAP/VEP
nº 01/2018, encaminho os autos ao Ministério Público para que, em 5 (cinco) dias, se
manifeste sobre os cálculos apresentados com relação ao apenado Romulo Silva Costa.
23.ª Promotoria de Justiça
Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP e outros
Manaus (AM), 24 de janeiro de 2019.

PÁGINA 158
fls. 46
136
11:55, .sob o número 06540053420208040001.

68C6A4E.
537BB79.
98ª Promotoria de Justiça
código
código
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS
DA COMARCA DE MANAUS/AM
0654005-34.2020.8.04.0001
0215374-57.2018.8.04.0001 ee
às13:48
Processo nº: 0215374-57.2018.8.04.0001
31/01/2019às
em23/04/2020
processo
processo
Atestado de pena a cumprir apresentado – fls. 132/133.
nos autosem
protocolado
informeoo
Postula-se.
liberado
Com fulcro na preservação da ordem jurídica, o Ministério Público requer a retificação
tjam.jus.br,
do atestado de pena a cumprir no sentido de que o período de detração seja deduzido
antes da aplicação do fração aplicável à progressão, não depois, pois tem natureza de
DA eSILVA,
pena cumprida.
BASTOS
BENTO
É a promoção.
OLIVEIRA
MAURICIOCORREA
CHRISTIANNE CORRÊA BENTO DA SILVA
CHRISTIANNE
Promotora de Justiça
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ

PÁGINA 159
fls. 137
47
06540053420208040001.
ESTADO DO AMAZONAS
68C6A4E.
PODER JUDICIÁRIO
código53A2BFD.
0654005-34.2020.8.04.0001e ecódigo
às 19:29
, sob o número .
processo0215374-57.2018.8.04.0001
em 01/02/2019
às 13:48
Autos nº: 0215374-57.2018.8.04.0001
nos autos
23/04/2020
liberado
informeo oprocesso
protocolado em
e www.tjam.jus.br,
Prazo: 15 dias

Intimado: Ministério Público do Estado do Amazonas - Primeiro Grau
tjam.jus.br,
Teor do Ato: De ordem deste Juízo de Direito e conforme Portaria Conjunta
DA eSILVA
SEAP/VEP nº 01/2018, encaminho os autos ao Ministério Público para que, em 5
(cinco) dias, se manifeste sobre os cálculos apresentados com relação ao apenado
BASTOS
Romulo Silva Costa.
OLIVEIRA
MAURICIOCORREA BENTO
Manaus, 31 de Janeiro de 2019
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ CHRISTIANNE

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48
fls. 138
MAURICIO ANTONOVICZ
OLIVEIRA BASTOSMUNHOZ e www.tjam.jus.br,
e tjam.jus.br, protocolado emprotocolado
23/04/2020 12/03/2019
emàs 13:48 , sob
àso10:47 , sob
número o número PWEB19600735131
06540053420208040001. .
processo0215374-57.2018.8.04.0001
0654005-34.2020.8.04.0001e ecódigo
código5563392.
68C6A4E.
PÁGINA 160
PÁGINA 161
.
fls. 139
49
o número PWEB19600735131
06540053420208040001.
68C6A4E.
código5563392.
0654005-34.2020.8.04.0001e ecódigo
, sob
* ' * ' 164; 6 5
número
àso10:47
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processo0215374-57.2018.8.04.0001
5 2657 !
13:48 , sob
12/03/2019
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23/04/2020
protocolado
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informeo oprocesso
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e tjam.jus.br,
21(*-"
MUNHOZ
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BASTOS
ANTONOVICZ
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OLIVEIRA
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RICARDO
25*;,2'I2;)'(* 82 /)<192/3828) 82 )+)5167*"
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ ANDRE MAURICIO
4 " "# A!
J =
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fls. 50
fls. 140
PÁGINA 162
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE RICARDO ANTONOVICZ MUNHOZ e www.tjam.jus.br, protocolado em 12/03/2019 às 10:47 , sob o número PWEB19600735131 .
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0215374-57.2018.8.04.0001 e código 5563392.
PÁGINA 163
fls. 51
141
. , sob o número 06540053420208040001.

68C6A4E.
ESTADO DO AMAZONAS
57BD94A.
PODER JUDICIÁRIO
Comarca de Manaus
código
0654005-34.2020.8.04.0001
0215374-57.2018.8.04.0001 eecódigo
Processo nº: 0215374-57.2018.8.04.0001
Classe: Execução da Pena
às às
23/04/2020 13:48
13:24
DESPACHO
02/05/2019
processo
processo
autos emem
protocolado
informeoo
Dê-se vista dos autos ao Ministério Público
para que, dentro do prazo de 5 (cinco) dias, manifeste-
liberado nos
e tjam.jus.br,
se sobre o teor do documento acostado nos autos.
RAPOSO,
Após manifestação ou com a certificação do
BASTOS
decurso do prazo sem resposta, venham os autos conclusos
DA SILVA
para decisão.
RODRIGO OLIVEIRA
Manaus, 02 de maio de 2019
Rafael Rodrigo da Silva Raposo Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ RAFAELMAURICIO
Juiz de Direito da Vara de Execuções Penais
fls. 52
PÁGINA 164
fls. 142
. 06540053420208040001.
0215374-57.2018.8.04.0001 e código
e código 584925A.
68C6A4E.
número
0654005-34.2020.8.04.0001
13:48 , sobàso 11:46
Vara: Vara de Execuções Penais (VEP)
Processo nº: 0215374-57.2018.8.04.0001
às15/05/2019
CORREIÇÃO EXTRAORDINÁRIA
autos em
VISTOS EM CORREIÇÃO EM 10/05/2019
23/04/2020
o processo
o processo
em nos
1. [ ] Processo em ordem.
liberado
2. [ ] Ao Juiz para impulsionar os autos.
informe
protocolado
informe
3. [ ] Ao Juiz para verificar eventual progressão de regime/livramento condicional
DE FREITAS,
do(s) réu(s).
4. [X] Ao Escrivão/Diretor para Cumprimento de Despacho / Decisão
Interlocutória / Sentença retro.
OLIVEIRAALBUQUERQUE
5. [ ] Cumprir Provimento de fls., no prazo de 15 dias informando a Corregedoria-
Geral de Justiça, sob pena de responsabilidade disciplinar.
6. [ ] Ao Escrivão/Diretor para fazer Conclusão dos autos ao Juiz.
7. [ ] Ao Escrivão/Diretor para certificar o cumprimento da diligencia de fls. Após,
FLAVIO HENRIQUE
conclusão.
8. [ ] Ao Escrivão/Diretor para solicitar a devolução imediata do mandado / ofício /
MAURICIO
carta.
9. [ ] Ao Escrivão/Diretor para arquivar os autos.
por
10. [ ] Ato ordinatório: vista à parte.
por LUIZ
digitalmente
11. [ ] Oficiar à SEAP
12. [ ] Morosidade Processual.
digitalmente
13. [ ] Expedir Atestado Atualizado.

assinadoassinado
14 [ ] Inércia da SEAP no atendimento às reiteradas diligências solicitadas pela VEP.

15. [ ].Outros.
do original,
original,oacesse
Flávio Henrique Albuquerque de Freitas

original,
Juiz Corregedor Auxiliar

é cópia
o acesse
é cópia do
Este documento
original,
Paraoconferir
Este documento
Para conferir
fls. 53
PÁGINA 165
fls. 143
ESTADO DO AMAZONAS
PODER JUDICIÁRIO
Comarca de Manaus
Processo n°: 0215374-57.2018.8.04.0001

Apenado:Romulo Silva Costa
ATO ORDINATÓRIO
De ordem deste Juízo de Direito, faço vista dos

autos ao Ministério Público para manifestação, no prazo de
05 (cinco) dias.
Manaus, 30 de julho de 2019.
Camilla Dias Benedito - E92223A

fls. 54
PÁGINA 166
fls. 144
Autos nº 0215374-57.2018.8.04.0001

Apenado : Romulo Silva Costa

Destinatário do Ato: 23.ª Promotoria de Justiça
Teor do ato: De ordem deste Juízo de Direito, faço vista dos autos ao Ministério Público
para manifestação, no prazo de 05 (cinco) dias.
23.ª Promotoria de Justiça
Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP e outros
Manaus (AM), 30 de julho de 2019.

PROMOÇÃO
Nestes Termos.
Pede Deferimento.
Processo n. 0215374-57.2018.8.04.0001
EXECUÇÕES PENAIS DA CAPITAL
Manaus, 08 de agosto de 2019.
Carla Santos Guedes Gonzaga

Promotora de Justiça da 23ª PROEP
Promotorias de Execução Penal - PROEP
com a pertinente readequação de regime, nos termos do art. 111 da LEP.

Instado a manifestar-se nos autos, o Ministério Público
reitera sua promoção de fls. 113, requerendo que seja realizada a
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE
soma/unificação das penas em nome de RICHELME SILVA DA COSTA,

fls. 55
fls. 145
Este documento é cópia do

Este documento original,
é cópia do original, digitalmente
assinadoassinado por LUIZ
digitalmente MAURICIO
por OLIVEIRA
CARLA SANTOS BASTOS
GUEDES e tjam.jus.br,
GONZAGA, protocolado
liberado nos autosem em23/04/2020
09/08/2019às
às13:48
12:32 ,. sob o número 06540053420208040001.
Para conferir original,
Paraoconferir o acesse site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do,
original,oacesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,informe o processo
informe 0654005-34.2020.8.04.0001
o processo 0215374-57.2018.8.04.0001 e código 68C6A4E.
e código 5C6D5D0.
PÁGINA 167
Prazo: 5 dias
Manaus, 9 de Agosto de 2019

Autos nº: 0215374-57.2018.8.04.0001
Intimado: 23.ª Promotoria de Justiça

PODER JUDICIÁRIO
ESTADO DO AMAZONAS
Público para manifestação, no prazo de 05 (cinco) dias.

Teor do Ato: De ordem deste Juízo de Direito, faço vista dos autos ao Ministério
56
fls. 146
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ CARLA MAURICIO GUEDES GONZAGA
SANTOSOLIVEIRA e www.tjam.jus.br,
BASTOS e tjam.jus.br, liberado
protocolado em nos autos em
23/04/2020 às09/08/2019
13:48 , sobàs
o número
14:06 . 06540053420208040001.
processo0215374-57.2018.8.04.0001
0654005-34.2020.8.04.0001e ecódigo
código5C7EB26.
68C6A4E.
PÁGINA 168
fls. 57
PÁGINA 169
fls. 113
sob o. número 06540053420208040001.

0215374-57.2018.8.04.0001 e código
e código 45F6409.
68C6A4E.
Promotorias de Execuções Penais - PROEP
0654005-34.2020.8.04.0001
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
às ,15:07
VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA CAPITAL
às 13:48
Processo n. 0215374-57.2018.8.04.0001
em 10/08/2018
23/04/2020
o processo
o processo
PROMOÇÃO
liberado nosem autos

Instado a manifestar-se acerca das certidões de fls.
informe
MARINHO,protocolado
informe
103-109, constatando que o apenado ROMULO SILVA COSTA
ostenta outras condenações com nome de RICHELME SILVA
COSTA o Ministério Público requer a soma e unificação de suas
penas, bem como seja oficiada a direção do sistema prisional para
que certifique o correto nome e qualificação do apenado.
OLIVEIRA
YARA REBECA
MAURICIO ALBUQUERQUE
Nestes Termos.
por LUIZ
digitalmente por
Pede Deferimento.
digitalmente
assinadoassinado
Manaus, 04 de agosto de 2018

do original,
original,oacesse
YARA REBECA ALBUQUERQUE MARINHO DE PAULA

original,
Promotor de Justiça da 98ª PROEP

é cópia
o acesse
é cópia do
Este documento
original,
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Este documento
Para conferir
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fls. 114
MAURICIO ANTONOVICZ
21/08/2018às
às13:48
12:57, .sob o número 06540053420208040001.
processo0215374-57.2018.8.04.0001
0654005-34.2020.8.04.0001 eecódigo 47665A1.
código 68C6A4E.
PÁGINA 170
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59
fls. 115
MAURICIO ANTONOVICZ
21/08/2018às
às13:48
12:57, .sob o número 06540053420208040001.
processo0215374-57.2018.8.04.0001
0654005-34.2020.8.04.0001 eecódigo 47665A1.
código 68C6A4E.
PÁGINA 171
fls. 60
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PÁGINA 172
fls. 61
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PÁGINA 173
fls. 62
fls. 118
PÁGINA 174
Silva Costa).
DESPACHO:
Ação: Execução da Pena/PROC
Autos n°: 0215374-57.2018.8.04.0001
Manaus, 08 de outubro de 2018.

Após, expeça-se Atestado de Pena a Cumprir.
Juíza de Direito
PODER JUDICIÁRIO

ESTADO DO AMAZONAS
FÓRUM MINISTRO HENOCH REIS

JUÍZO DE DIREITO DA Vara de Execuções Penais (VEP)
em face do qual tramita o Processo nº 0215374-57.2018 (Rômulo Silva Costa/Richelme

Oficie-se à SEAP, para fins de certificar o nome correto e a qualificação do Apenado
fls. 63
119

SABRINA CUMBA OLIVEIRA
FERREIRA, BASTOS e tjam.jus.br,
liberado nos autos emprotocolado
08/10/2018
emàs23/04/2020
10:51 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe processo
oo processo0215374-57.2018.8.04.0001
0654005-34.2020.8.04.0001
eecódigo 4B75A76.
código 68C6A4E.
PÁGINA 175
fls. 64
PÁGINA 176
fls. 72
às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO AMAZONAS
10ª VARA CRIMINAL DA CAPITAL
e código
e código
PROCESSO N º 0620631-32.2017.8.04.0001
0215374-57.2018.8.04.0001
0654005-34.2020.8.04.0001
S E N T E N Ç A
Vistos, etc.
em 23/04/2020
o processo
o processo
O Ministério Público do Estado do Amazonas, por seu
representante legal, ofereceu denúncia contra RÔMULO SILVA COSTA,
em 04/05/2018
informe
BRUNO LOPES GOMES e ELIVELTON ARRUDA PONTES,
protocolado
informe
devidamente qualificados nos autos, como incursos nas sanções penais do
art. 157, § 2º, incs. I, II e V, c/c art. 71, parágrafo único, ambos do Código
Penal Brasileiro, e art. 14, da Lei nº. 10.826/2003.
nos autos
e tjam.jus.br,
Segundo o Parquet, no dia 06 de junho de 2017, por
volta das 03h00min, na Rua Ginjeira, nº. 199, Loteamento Campos Sales,
liberado
Bairro Tarumã, os denunciados e um elemento conhecido pela alcunha de
“CEBOLA” invadiram e praticaram roubo na residência das vítimas
BASTOS
BRAGA NETO,
MARQUILENE FURTADO FALCÃO, FRANCISCO SIRLEI SILVA DE
QUEIROZ e ROGÉRIO DIAS DA ROCHA, com uso de uma arma de
OLIVEIRA
fogo para intimidá-las, ocasião em que subtraíram diversos bens.
Segundo o Ministério Público, o réu BRUNO LOPES
GENESINO
GOMES foi o mentor intelectual do crime, e repassou para os demais
MAURICIO
acusados informações privilegiadas sobre a casa e o comportamento das
vítimas, pois era vizinho delas e as conhecia.
por
Dessa forma, os réus RÔMULO SILVA COSTA e
por LUIZ
digitalmente
ELIVELTON ARRUDA PONTES, além do indivíduo conhecido pelo
apelido de “CEBOLA”, planejaram previamente a empreitada criminosa.
digitalmente
No dia do roubo, ELIVELTON escalou o muro da

residência das vítimas e, com uma arma de fogo em punho, abordou
assinadoassinado
inicialmente a vítima ROGÉRIO, que dormia em uma rede na varanda. Em

seguida, o conduziu ao quarto do casal FRANCISCO e MARQUILENE,
do original,
que também foi rendido.

original,oacesse
Na sequência, FRANCISCO e ROGÉRIO foram

original,
obrigados a abrir o portão para a entrada de RÔMULO e “CEBOLA”.

é cópia
o acesse
é cópia do
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original,
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às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
A empreitada criminosa durou mais de uma hora,
tempo em que as vítimas foram ameaçadas de morte e amarradas, enquanto
e código
os meliantes subtraíram a quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais), dois
e código
televisores, joias, relógios, telefones celulares, roupas e outros pertences,
0215374-57.2018.8.04.0001
além de um veículo Peugeot 207, placa OAB-8003, que foi usado para a
0654005-34.2020.8.04.0001
fuga deles.
Acionada a polícia, as investigações identificaram os
três réus como autores do roubo, com os quais foram encontrados vários
bens subtraídos das vítimas, entre os quais o veículo Peugeot 207.
Segundo o Parquet, restou evidente que os réus não
tinham registro da arma de fogo utilizada durante a empreitada criminosa,
em 23/04/2020
o processo
tampouco eles possuíam autorização de porte, motivo pela qual, eles
o processo
também incidiram na prática delitiva prevista no art. 14, da Lei nº.
10.826/2003.
em 04/05/2018
informe
Recebida a denúncia (fls. 101), os réus foram citados e
protocolado
informe
apresentaram respostas à acusação por escrito, conforme preconiza o art.
396-A, do Código de Processo Penal. Entretanto, não suscitaram
nos autos
preliminares, mas arrolaram as mesmas testemunhas indicadas pelo
e tjam.jus.br,
Ministério (fls. 99/100, 217/218 e 251).
A audiência de instrução e julgamento foi realizada
liberado
por meio audiovisual, conforme previsto no art. 405 do Código de
BASTOS
Processo Penal, ocasião em que foram ouvidas as vítimas MARQUILENE
BRAGA NETO,
FALCÃO QUEIROZ e FRANCISCO SIRLEI SILVA DE QUEIROZ, e
inquiridas as testemunhas EDIVALDO JOSÉ DE LIMA ROLIM, HÉLIO
OLIVEIRA
JOSÉ CASANOVA ROCHA e ALICE LOPES DA SILVA.
O Ministério Público dispensou os depoimentos da
GENESINO
vítima ROGÉRIO DIAS DA ROCHA e da testemunha ALEXANDRE
MAURICIO
RODRIGUES DA SILVA, sem objeção da defesa.
Em seguida, os réus foram devidamente qualificados e
por
interrogados. por LUIZ
digitalmente
Na fase processual do art. 402 do Código de Processo
Penal, as partes não requereram diligências complementares (fls. 299).
digitalmente
Na sequência, as partes ofereceram alegações finais

assinadoassinado
orais, em consonância com o art. 403, do Código de Processo Penal.

O Ministério Público considerou provada a
materialidade e definida a autoria dos crimes de roubo, majorado pelo uso
do original,
de arma de fogo, concurso de pessoas e restrição à liberdade das vítimas, e

original,oacesse
de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, razão por que pugnou
original,
pela condenação dos réus nos termos do art. 157, § 2º, incs. I, II e V, do
é cópia
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às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
Código Penal Brasileiro, e no art. 14, caput, da Lei 10.826/2003,
respectivamente.
e código
Na oportunidade, o Parquet ressaltou que a atenuante
e código
de confissão espontânea não pode ser aplicada aos réus, pois a confissão
0215374-57.2018.8.04.0001
deles foi parcial quanto ao crime de roubo, tendo em vista que eles
0654005-34.2020.8.04.0001
negaram o uso de arma durante a empreitada criminosa, assim como
negaram ter restringido a liberdade das vítimas.
No mais, ressaltou que o acusado RÔMULO SILVA
DA COSTA retificou o seu nome perante este juízo, oportunidade em que
declarou ter usado o documento de seu irmão para esconder sua real
identidade, pois era foragido do sistema penitenciário, porém salientou que
em 23/04/2020
o processo
seu verdadeiro nome é RICHELME. Diante desse fato, o agente
o processo
ministerial requereu a extração de peças do processo e remessa à delegacia
de origem para esclarecer a real identificação do indigitado réu e o seu
em 04/05/2018
informe
possível indiciamento pelo crime de falsidade ideológica.
protocolado
informe
A defesa dos réus RÔMULO SILVA COSTA
(RICHELME) e ELIVELTON ARRUDA PONTES, em alegações orais,
nos autos
requereu a absolvição deles quanto ao crime de porte ilegal de arma de
e tjam.jus.br,
fogo de uso permitido, sustentando a tese de negativa de autoria, com
fundamento no princípio da não culpabilidade e presunção de inocência,
liberado
tendo em vista que não existe prova para a condenação dos acusados, eis
BASTOS
que não foi apreendida nenhuma arma em poder deles. Além do mais, eles
BRAGA NETO,
disseram que a arma utilizada durante a empreitada criminosa se tratava de
uma réplica.
OLIVEIRA
Por outro lado, sustentou que o roubo foi praticado em
concurso formal de delitos e não em continuidade delitiva, haja vista que
GENESINO
mediante uma única ação os réus atingiram patrimônio distintos.
MAURICIO
No tocante ao réu ELIVELTON, diante da sua
confissão quanto ao crime de roubo, requereu o reconhecimento da
por
atenuante da confissão espontânea, prevista no art. 65, inc. III, “d”, do por LUIZ
digitalmente
Código Penal Brasileiro, de modo que ele possa iniciar o cumprimento de
sua pena em regime semiaberto, tendo em vista que se trata de réu
digitalmente
tecnicamente primário.
assinadoassinado
Quanto ao réu RÔMULO, requereu a aplicação da

pena no mínimo legal, de modo que ele possa iniciar o cumprimento de sua
pena em regime proporcional a sua responsabilidade criminal.
do original,
Por sua vez, a defesa do réu BRUNO LOPES

original,oacesse
GOMES, em alegações orais, corroborou o entendimento ministerial e

original,
pugnou, diante da sua confissão quanto ao crime de roubo, pelo

é cópia
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3DBB686.
68C6A4E.
reconhecimento da atenuante da confissão espontânea, prevista no art. 65,
inc. III, “d”, do Código Penal Brasileiro, com a aplicação da pena no
e código
mínimo legal, tendo em vista que se trata de réu primário e com bons
e código
antecedentes.
0215374-57.2018.8.04.0001
Conclusos, vieram-me os autos para decidir.
0654005-34.2020.8.04.0001
É o relatório.
Antes de adentrar no mérito da questão, cumpre-me

anotar que a defesa do acusado RÔMULO SILVA COSTA requereu a
retificação da sua identificação nominal para RICHELME SILVA
em 23/04/2020
COSTA, porém não juntou documento hábil para comprovar os fatos
o processo
o processo
alegados.
Dessa forma, permanece duvidosa a identificação civil
em 04/05/2018
informe
do réu, não obstante ele tenha declarado perante este juízo que usou o
protocolado
informe
nome do seu irmão durante a abordagem policial, pois era foragido do
sistema penitenciário e não queria ser reconhecido.
Obtempere-se, por oportuno, que a impossibilidade de
nos autos
e tjam.jus.br,
identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros
qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a sua identidade
liberado
física, conforme dispões o art. 259 do Código de Processo Penal, razão por
BASTOS
que passo ao julgamento do mérito.
BRAGA NETO,
Trata-se de ação penal na qual os acusados RÔMULO
SILVA COSTA, BRUNO LOPES GOMES e ELIVELTON ARRUDA
OLIVEIRA
PONTES foram indiciados em Inquérito Policial e denunciados por terem
supostamente praticado as condutas tipificadas no art. 157, § 2º, incs. I, II e
GENESINO
V, c/c art. 71, parágrafo único, ambos do Código Penal Brasileiro, e art.
MAURICIO
14, caput, da Lei nº. 10.826/2003.
Pois bem, para o deslinde da questão necessário se faz
por
uma avaliação individualizada dos fatos delituosos e das provas existentes por LUIZ
digitalmente
nos autos.
DO CRIME DE ROUBO – ART. 157, § 2º, INCS.
digitalmente
I,II E V, DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO.

assinadoassinado
A materialidade do delito de roubo restou sobejamente

demonstrada pelas provas reunidas no caderno processual, sobretudo tendo
do original,
em conta o Auto de Prisão em Flagrante, os Termos de Reconhecimento de

original,oacesse
Pessoa de fls. 38, 40 e 45, o Auto de Exibição e Apreensão de fls. 42, o

original,
Termo de Entrega de fls. 44, os depoimentos colhidos na fase inquisitorial

é cópia
o acesse
e no curso da instrução criminal.

é cópia do
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original,
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fls. 68
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fls. 76
às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
Os acusados RÔMULO SILVA COSTA, BRUNO
LOPES GOMES e ELIVELTON ARRUDA PONTES são réus
e código
confessos e as confissões deles estão em perfeita harmonia com as provas
e código
colhidas em juízo e na fase indiciária.
0215374-57.2018.8.04.0001
Durante seus interrogatórios em juízo, o réu BRUNO
0654005-34.2020.8.04.0001
declarou que passou as informações sobre o do local do crime para os réus
ELIVELTON e RÔMULO, pois era ex-funcionário da vítima e morava
próximo a sua residência. Assim, por volta das três horas da madrugada,
estes adentraram na residência dos ofendidos.
As vítimas MARQUILENE FALCÃO QUEIROZ e
FRANCISCO SIRLEI SILVA DE QUEIROZ confirmaram em juízo as
em 23/04/2020
o processo
suas declarações prestadas na polícia, oportunidade em que apontaram de
o processo
forma inequívoca e sem hesitação os réus ELIVELTON ARRUDA
PONTES, como um dos autores da prática do roubo (fls. 38 e 40).
em 04/05/2018
informe
O ofendido FRANCISCO também reconheceu os
protocolado
informe
acusados RÔMULO LOPES GOMES e BRUNO LOPES GOMES,
como os autores do assalto em sua residência (fls. 40).
nos autos
Embora a vítima ROGÉRIO DIAS DA ROCHA não
e tjam.jus.br,
tenha comparecido em juízo para depor, a sua declaração prestada na fase
policial está em perfeita harmonia com os demais elementos de prova
liberado
colhidos na instrução criminal. Ressalte-se que na polícia ele foi categórico
BASTOS
em apontar os denunciados RÔMULO SILVA COSTA e ELIVELTON
BRAGA NETO,
ARRUDA PONTES como os elementos que o abordaram dentro da
residência de seu tio, assim como reconheceu BRUNO LOPES GOMES
OLIVEIRA
como o mandante do crime (fls. 16/17 e 45).
Portanto, restou incontroversa a autoria delitiva
GENESINO
imputada aos acusados RÔMULO SILVA COSTA, BRUNO LOPES
MAURICIO
GOMES e ELIVELTON ARRUDA PONTES.
As testemunhas EDIVALDO JOSÉ DE LIMA ROLIM
por
e HÉLIO JOSÉ CASANOVA ROCHA, investigadores de Polícia Civil por LUIZ
digitalmente
responsável pelas prisões dos réus, prestaram depoimentos em juízo, sob o
crivo do contraditório, oportunidade em que confirmaram, sem hesitação,
digitalmente
as informações colhidas na fase indiciária.

assinadoassinado
Na ocasião, eles ratificaram que as vítimas

compareceram no 20º Distrito Integrado de Polícia, para registrar a
ocorrência de um assalto em sua residência, oportunidade em que teriam
do original,
sido abordadas por três elementos. Na ocasião, a vítima Francisco declarou

original,oacesse
que desconfiava do réu BRUNO, seu vizinho, e mais um elemento

original,
chamado de Alexandre. Ao se dirigir à residência de BRUNO, este

é cópia
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é cópia do
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original,
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fls. 69
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às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
confessou que havia planejado o crime com ELIVELTON e RÔMULO.
A testemunha ALICE LOPES DA SILVA, ex-
e código
namorada de ELIVENTON, prestou depoimento em juízo, sob o crivo do
e código
contraditório, oportunidade em que confirmou, sem hesitação, as
0215374-57.2018.8.04.0001
informações colhidas na fase indiciária. Na ocasião, declarou que somente
0654005-34.2020.8.04.0001
ficou sabendo que ELIVENTON havia praticado roubo na casa das
vítimas, quando os policiais chegaram na sua residência para prendê-lo,
sendo que, naquele dia, ELIVENTON chegou na sua casa por volta das
07hs00min da manhã com um relógio e dinheiro que não lhe pertenciam.
Portanto, restou incontroversa a participação dos
acusados RÔMULO, BRUNO e ELIVELTON no delito de roubo, tendo
em 23/04/2020
o processo
em vista que estes agiram de forma decisiva e direta durante toda a
o processo
empreitada criminosa.
Restaram também comprovadas as majorantes de uso
em 04/05/2018
informe
de arma de fogo e concurso de pessoas, nos termos do art. 157, § 2º, incs. I
protocolado
informe
e II, do Código Penal Brasileiro, pelas declarações das vítimas, além das
demais provas produzidas no caderno processual.
nos autos
Finalmente, as vítimas foram amarradas e feitas reféns
e tjam.jus.br,
dentro de sua residência, por duas horas, motivo pelo qual restou
demonstrada a incidência da majorante prevista no inc. V, § 2º, do art. 157,
liberado
do Código Penal Brasileiro.
BASTOS
Em contrapartida, em alegações orais, a Defensoria
BRAGA NETO,
Pública sustentou que os crimes ocorreram em concurso formal.
Sobre a questão, entendo que assiste razão ao Defensor
OLIVEIRA
Público, uma vez que restou devidamente caracterizado o concurso formal
de crimes, tendo em conta que o roubo foi praticado contra vítimas
GENESINO
distintas, mas no mesmo contexto fático.
MAURICIO
Obtempere-se, por oportuno, que não obstante a vítima
ROGÉRIO tenha sofrido a ação violenta inerente ao roubo, sendo rendido
por
e amarrado junto com os demais ofendidos, não há informação de que ele por LUIZ
digitalmente
tenha sofrido prejuízo patrimonial. Desse modo, para efeito da aplicação
do concurso formal devem ser considerados apenas os patrimônios das
digitalmente
outras duas vítimas.

assinadoassinado
De acordo com o entendimento do Superior Tribunal

de Justiça, fica caracterizado o concurso formal quando o crime de roubo é
praticado mediante uma só ação, contra vítimas distintas, pois atingidos
do original,
patrimônios diversos, conforme se infere dos seguintes precedentes

original,oacesse
daquela corte, in verbis:

original,
é cópia
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original,
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fls. 70
PÁGINA 182
fls. 78
às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO
SUCEDÂNEA DE RECURSO ESPECIAL. VIA
e código
INADEQUADA. ILEGALIDADE NÃO MANIFESTA. NÃO
e código
CONHECIMENTO DA IMPETRAÇÃO. CRIME COMETIDO
MEDIANTE UMA SÓ AÇÃO. PATRIMÔNIOS DIVERSOS.
0215374-57.2018.8.04.0001
CRIME ÚNICO. IMPOSSIBILIDADE CONCURSO FORMAL.
0654005-34.2020.8.04.0001
REINCIDÊNCIA E CONFISSÃO ESPONTÂNEA.
COMPENSAÇÃO. POSSIBILIDADE. ILEGALIDADE
MANIFESTA A SER RECONHECIDA. WRIT NÃO
CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. 1.
Omissis.2. É assente neste Tribunal Superior que, praticado o
crime de roubo mediante uma só ação, contra vítimas
diferentes, não há se falar em crime único, mas sim em
em 23/04/2020
o processo
concurso formal, visto que violados patrimônios distintos.
o processo
Precedentes.3. Omissis.4. Omissis. (HC 169.158/DF, 6.ª Turma,
Rel. . MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, DJe
em 04/05/2018
06/06/2013.)
informe
protocolado
site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe
nos autos
“HABEAS CORPUS IMPETRADO EM SUBSTITUIÇÃO AO
e tjam.jus.br,
PREVISTO NO ORDENAMENTO JURÍDICO. 1. NÃO .
MODIFICAÇÃO DE ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL.
liberado
ÇÃO DO REMÉDIO CONSTITUCIONAL. MEDIDA ÍVEL À
SUA OTIMIZAÇÃO. EFETIVA PROTEÇÃO AO DE IR, VIR E
BASTOS
FICAR. 2. ALTERAÇÃO JURISPRUDENCIAL À
BRAGA NETO,
IMPETRAÇÃO DO PRESENTE . EXAME QUE VISA A
AMPLA DEFESA E O DEVIDO PROCESSO LEGAL. 3.
OLIVEIRA
CIRCUNSTANCIADO. EMPREGO DE ARMA DE FOGO.
RECONHECIMENTO DE CRIME ÚNICO (SEGUNDO FATO).
GENESINO
IMPOSSIBILIDADE. DUAS VÍTIMAS. PATRIMÔNIOS
MAURICIO
DISTINTOS. CONCURSO FORMAL. CONSTRANGIMENTO
ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. 4. PEDIDO DE UNIFICAÇÃO
DE PENAS RELATIVAMENTE AO PRIMEIRO E SEGUNDO
FATOS. REQUISITO SUBJETIVO NÃO PREENCHIDO. por LUIZ
digitalmente por
REITERAÇÃO CRIMINOSA. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE
MANIFESTA. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO
digitalmente
FÁTICO-PROBATÓRIO. 5. REINCIDÊNCIA E CONFISSÃO

ESPONTÂNEA. COMPENSAÇÃO. POSSIBILIDADE. ERESP
assinadoassinado
Nº 1.154.752/RS 6. ÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA

DE OFÍCIO. [...] . A jurisprudência desta Corte tem entendimento
do original,
pacífico de que, se uma só ação houve lesão ao patrimônio de

várias vítimas, está é concurso formal, e não delito único. No
original,oacesse
caso, as instâncias, de maneira fundamentada, afirmaram que o

original,
paciente, em uma única ação, subtraiu bens de vítimas diferentes

é cópia
o acesse
(segundo fato), conduta que se, nos limites do corpus, à hipótese

é cópia do
Este documento
original,
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fls. 79
às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
de concurso formal de, nos termos do art. 70 do Código Penal.
Precedentes.[...]” (HC 143.303/DF, 5.ª Turma, Rel. Min.
e código
MARCO AURÉLIO BELLIZZE, DJe 04/12/2012.)
e código
"PENAL. CORPUS. ROUBOS SIMPLES, POR DUAS VEZES.
0215374-57.2018.8.04.0001
DOSIMETRIA DA PENA. PENA-BASE FIXADA ACIMA DO
0654005-34.2020.8.04.0001
MÍNIMO LEGAL. OBSERVÂNCIA DOS CRITÉRIOS LEGAIS
QUE REGEM A MATÉRIA. LESÃO A PATRIMÔNIOS
DISTINTOS. CARACTERIZAÇÃO DO CONCURSO
FORMAL. ORDEM DENEGADA. [...] . Nos delitos contra o
patrimônio, havendo em um único evento a lesão a patrimônios
diferentes, resta caracterizado o concurso formal. 4. Ordem
em 23/04/2020
denegada." (HC 138.140/MG, 5.ª Turma, Rel. Min. ESTEVES
o processo
LIMA, DJe de 17/05/2010.)
o processo
Obtempere-se, por oportuno, que não obstante o
em 04/05/2018
informe
Ministério Público não tenha realizado a capitulação inerente ao concurso
protocolado
informe
formal na denúncia, a peça acusatória narra o fato perfeitamente e descreve
claramente que o réu praticou o crime de roubo contra duas pessoas.
Portanto, cabível na espécie a aplicação do instituto da emendatio libelli,
nos autos
e tjam.jus.br,
em consonância com o art. 383, do Código de Processo Penal, que permite
ao juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia, atribuir-lhe
liberado
definição jurídica diferente, ainda que tenha de aplicar pena mais grave.
BASTOS
Portanto, no caso concreto, entendo que restou
BRAGA NETO,
claramente caracterizado o concurso formal de crimes, nos termos do art.
70, 1ª parte, do Código Penal Brasileiro.
OLIVEIRA
DO CRIME DE PORTE ILEGAL DE ARMA DE
GENESINO
FOGO DE USO PERMITIDO – ART. 14, DA LEI Nº. 10.826/2003.
MAURICIO
Com relação ao crime de porte ilegal de arma de fogo
por
de uso permitido, previsto no art. 14, da Lei 10.826/03, entendo que no por LUIZ
digitalmente
caso vertente há conflito de normas com a majorante de uso de arma de na
prática de roubo, prevista no inc. I, §2º, art. 157, do Código Penal
digitalmente
Brasileiro. Portanto, inconcebível que o réu seja penalizado duas vezes

assinadoassinado
pelo mesmo fato, sob pena de incorrer-se no bis in idem, não admitido em
nosso ordenamento jurídico.
Ressalte-se, por oportuno, que a prisão em flagrante
do original,
dos réus RÔMULO e BRUNO se deu em outro contexto fático, quando

original,oacesse
eles já haviam consumado o delito na residência das vítimas e fugido.

original,
Nesse diapasão, é imperioso salientar que nenhuma arma de fogo foi

é cópia
o acesse
apreendida em poder dos réus presos em flagrante, RÔMULO e BRUNO,

é cópia do
Este documento
original,
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3DBB686.
68C6A4E.
ainda assim, o Ministério Público imputou aos três réus a prática do delito
de porte de arma de fogo de uso permitido, previsto no art. 14, da Lei nº.
e código
10.826/2003, mesmo sem qualquer resquício de prova de autoria e
e código
materialidade destes.
0215374-57.2018.8.04.0001
Nesse diapasão, impende esclarecer que não foi
0654005-34.2020.8.04.0001
juntado aos presentes autos qualquer documento de apreensão de arma de
fogo que estivesse na posse dos acusados RÔMULO e BRUNO no
momento de suas prisões em flagrante, portanto, ainda que se pudesse
cogitar o julgamento do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso
permitido nestes autos, nos termos do art. 14, da Lei nº. 10.826/2003, sem
esbarrar no óbice do bis in idem, não há nenhuma prova de materialidade
em 23/04/2020
o processo
do delito de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
o processo
em 04/05/2018
EX POSITIS
informe
protocolado
informe
JULGO parcialmente procedente a denúncia de fls.
95/98, razão por que ABSOLVO os réus RÔMULO SILVA COSTA,
nos autos
BRUNO LOPES GOMES e ELIVELTON ARRUDA PONTES LIRA
e tjam.jus.br,
do crime de porte ilegal de arma de fogo, nos termos do art. 14, da Lei nº
10.826/2003, e o faço com arrimo no art. 386, inc. II, do Código de
liberado
Processo Penal, por não haver prova da existência do fato.
BASTOS
CONDENO-OS, entretanto, nas sanções penais do art.
BRAGA NETO,
157, § 2º, incisos I, II e V, do Código Penal Brasileiro, em concurso formal
de delitos, nos termos do art. 70, caput, da Lei Substantiva Penal.
OLIVEIRA
Atendendo às diretrizes do art. 59, do Código Penal
Brasileiro, passo à individualização da pena a ser imposta a cada um dos
GENESINO
MAURICIO
réus.
RÔMULO SILVA COSTA - DO CRIME DE

ROUBO MAJORADO CONTRA A VÍTIMA MARQUILENE por LUIZ
digitalmente por
FURTADO FALCÃO – ART. 157, § 2º, INCISOS I, II E V, DO
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO.
digitalmente
assinadoassinado
Considerando que há dúvidas com relação à sua

identificação civil, não há como avaliar os seus antecedentes criminais,
do original,
razão por que deve prevalecer em seu favor a presunção de primariedade.

Com relação a sua conduta social, personalidade e os
original,oacesse
original,
motivos que a impeliram à prática delituosa, não encontro nos autos

é cópia
parâmetros mínimos para avaliá-los.

o acesse
é cópia do
Este documento
original,
Paraoconferir
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fls. 81
às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
As circunstâncias do crime não ultrapassaram o
resultado natural do tipo penal.
e código
Por outro lado, não vislumbro nos autos informações
e código
que demonstrem claramente a extensão do dano produzido pela prática
0215374-57.2018.8.04.0001
criminosa, salvo aquelas próprias do delito.
0654005-34.2020.8.04.0001
Ressalte-se, finalmente, que o comportamento da
vítima em nada refletiu na conduta delituosa do réu.
Assim, entendo necessário para reprovação e
prevenção do crime estabelecer a pena-base no mínimo legal de 04
(quatro) anos de reclusão, razão pela qual deixo de fazer incidir a atenuante
de confissão espontânea, prevista no art. 65, inc. III, “d” do Código Penal
em 23/04/2020
o processo
Brasileiro, em harmonia com a Súmula nº 231 – STJ. Contudo, aumento a
o processo
reprimenda da metade (1/2), em decorrência das majorantes previstas nos
incisos I, II, e V, § 2º, do art. 157, do Código Penal Brasileiro, elevando-a
em 04/05/2018
informe
para 06 (seis) anos de reclusão, a qual torno definitiva dada a inexistência
protocolado
informe
de outras circunstâncias legais ou causas especiais de aumento ou
diminuição da pena.
nos autos
Condeno-o, ainda, ao pagamento de multa, que fixo
e tjam.jus.br,
em 10 (dez) dias-multa, no valor unitário de 1/30 (um trigésimo) do salário
mínimo nacional vigente à época do fato criminoso, de acordo com os
liberado
critérios estabelecidos no art. 60, do Código Penal.
BASTOS
BRAGA NETO,
RÔMULO SILVA COSTA - DO CRIME DE
ROUBO MAJORADO CONTRA A VÍTIMA FRANCISCO SIRLEI
OLIVEIRA
SILVA DE QUEIROZ – ART. 157, § 2º, INCISOS I, II E V, DO
GENESINO
MAURICIO
As circunstâncias judiciais são as mesmas
anteriormente analisadas, razão pela qual entendo necessário para
por
reprovação e prevenção do crime estabelecer a pena-base no mínimo legal por LUIZ
digitalmente
de 04 (quatro) anos de reclusão, razão pela qual deixo de fazer incidir a
atenuante prevista no art. 65, inc. III, “d” do Código Penal Brasileiro, em
digitalmente
harmonia com a Súmula nº 231 – STJ. Contudo, aumento a reprimenda da

assinadoassinado
metade (1/2), em decorrência das majorantes previstas nos incisos I, II, e

V, § 2º, do art. 157, do Código Penal Brasileiro, elevando-a para 06 (seis)
anos de reclusão, a qual torno definitiva dada a inexistência de outras
do original,
circunstâncias legais ou causas especiais de aumento ou diminuição da

original,oacesse
pena.
original,
é cópia
o acesse
é cópia do
Este documento
original,
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fls. 82
às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
e código
e código
0215374-57.2018.8.04.0001
0654005-34.2020.8.04.0001
DO CONCURSO FORMAL DE DELITOS – ART.
70, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO.
No caso ora examinado, os dois crimes de roubo
ocorreram em concurso formal, art. 70 do Código Penal Brasileiro.
Conforme preceitua o aludido artigo, aplica-se a mais
grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada,
em 23/04/2020
o processo
em qualquer caso, de 1/6 (um sexto) até 1/2 (metade).
o processo
Dessa forma, considerando que se trata de 02 (dois)
crimes de roubo majorado em concurso formal, aplico-lhe a pena de 06
em 04/05/2018
informe
(seis) anos de reclusão, todavia, aumentada da 1/6 (um sexto), por conta do
protocolado
informe
número de crimes praticados, tornando-a definitiva em 07 (sete) anos de
reclusão, dada a inexistência de outras circunstâncias legais ou causas
nos autos
especiais de diminuição ou aumento de pena.
e tjam.jus.br,
Apesar da divergência existente na doutrina e na
jurisprudência sobre a aplicação cumulativa ou não de multa no concurso
liberado
formal, entendo que no caso concreto deve prevalecer o que dispõe o art.
BASTOS
60 do Código Penal Brasileiro, que estabelece como um dos critérios da
BRAGA NETO,
pena pecuniária a situação econômica do réu, que no caso vertente é de
pessoa hipossuficiente, razão por que a mantenho inalterada.
OLIVEIRA
Considerando os termos da Lei n.º 12.736/2012, bem
como a pena concreta aplicada, observo que a detração do período de 09
GENESINO
(nove) meses e 09 (nove) dias de prisão provisória a que o acusado se
MAURICIO
encontra submetido não o beneficiará para efeitos de alteração do regime
de cumprimento inicial da pena privativa de liberdade, posto que a
por
reprimenda líquida resulte em 06 (seis) anos, 02 (dois) meses e 21 (vinte e por LUIZ
digitalmente
um) dias de reclusão.
Assim, o condenado deverá cumprir a pena privativa
digitalmente
de liberdade em regime semiaberto, nos termos do que preceitua o art. 33,

assinadoassinado
§ 2º, “b”, do Código Penal Brasileiro.

Deixo de substituir a pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos, tendo em vista o óbice previsto no art. 44, inc. I, do
do original,
Código Penal, uma vez que a pena privativa de liberdade aplicada é

original,oacesse
superior a quatro anos e o crime de roubo traz na sua essência a violência

original,
contra a vítima.
é cópia
o acesse
é cópia do
Este documento
original,
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Este documento
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fls. 75
PÁGINA 187
fls. 83
às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
Da mesma forma, não faz jus ao benefício da
suspensão condicional da pena (sursis), pois fixada em patamar superior ao
e código
limite estabelecido no art. 77, do Código Penal Brasileiro.
e código
Considerando a divergência na identificação civil do
0215374-57.2018.8.04.0001
réu, entendo que a sua prisão cautelar se faz necessária, ainda mais agora
0654005-34.2020.8.04.0001
que sobreveio sentença condenatória. Desse modo, nego-lhe a
possibilidade de apelar em liberdade.
Transitada em julgado a sentença, lance-se o nome do
réu no Rol dos Culpados. Expeça-se mandado de prisão. Expeça-se guia de
recolhimento, com a juntada de cópias dos documentos pertinentes, para
encaminhar à VEP.
em 23/04/2020
o processo
Oficie-se à Justiça Eleitoral, em atenção ao que estabelece o art. 15, III, da
o processo
Constituição Federal.
em 04/05/2018
informe
protocolado
BRUNO LOPES GOMES - DO CRIME DE
informe
ROUBO MAJORADO CONTRA A VÍTIMA MARQUILENE
nos autos
e tjam.jus.br,
Em consulta ao Sistema de Automação de Justiça –
liberado
SAJ, observo que o réu é primário e sem registro de antecedentes criminais
BASTOS
(fls. 107).
BRAGA NETO,
OLIVEIRA
GENESINO
MAURICIO
criminosa, salvo aquelas próprias do delito. por LUIZ
digitalmente por
digitalmente

assinadoassinado

(quatro) anos de reclusão, razão pela qual deixo de fazer incidir as
do original,
atenuantes de menoridade relativa e de confissão espontânea, previstas no

original,oacesse
art. 65, incs. I e III, “d” do Código Penal Brasileiro, em harmonia com a
original,
Súmula nº 231 – STJ. Contudo, aumento a reprimenda da metade (1/2), em

é cópia
decorrência das majorantes previstas nos incisos I, II, e V, § 2º, do art. 157,
o acesse
é cópia do
Este documento
original,
Paraoconferir
Este documento
Para conferir
fls. 76
PÁGINA 188
fls. 84
às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
do Código Penal Brasileiro, elevando-a para 06 (seis) anos de reclusão, a
qual torno definitiva dada a inexistência de outras circunstâncias legais ou
e código
causas especiais de aumento ou diminuição da pena.
e código
0215374-57.2018.8.04.0001
0654005-34.2020.8.04.0001
BRUNO LOPES GOMES - DO CRIME DE

ROUBO MAJORADO CONTRA A VÍTIMA FRANCISCO SIRLEI
SILVA DE QUEIROZ – ART. 157, § 2º, INCISOS I, II E V, DO
em 23/04/2020
o processo
o processo
em 04/05/2018
informe
reprovação e prevenção do crime estabelecer a pena-base no mínimo legal
protocolado
informe
de 04 (quatro) anos de reclusão, razão pela qual deixo de fazer incidir as
atenuantes previstas no art. 65, incs. I e III, “d” do Código Penal Brasileiro,
nos autos
em harmonia com a Súmula nº 231 – STJ. Contudo, aumento a reprimenda
e tjam.jus.br,
da metade (1/2), em decorrência das majorantes previstas nos incisos I, II,
e V, § 2º, do art. 157, do Código Penal Brasileiro, elevando-a para 06 (seis)
liberado
BASTOS
BRAGA NETO,
pena.
OLIVEIRA
GENESINO
MAURICIO

70, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO. por LUIZ
digitalmente por

digitalmente

assinadoassinado

do original,

original,oacesse
original,

é cópia
o acesse
é cópia do
Este documento
original,
Paraoconferir
Este documento
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fls. 77
PÁGINA 189
fls. 85
às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
e código
e código
Apesar da divergência existente na doutrina e na
0215374-57.2018.8.04.0001
0654005-34.2020.8.04.0001
em 23/04/2020
o processo
(nove) meses e 09 (nove) dias de prisão provisória a que o acusado se
o processo
em 04/05/2018
informe
reprimenda líquida resulte em 06 (seis) anos, 02 (dois) meses e 21 (vinte e
protocolado
informe
um) dias de reclusão.
nos autos
e tjam.jus.br,
liberado
BASTOS
BRAGA NETO,
contra a vítima.
OLIVEIRA
GENESINO
MAURICIO
Por outro lado, observo que não mais perduram os
motivos que lastrearam a prisão cautelar do acusado, uma vez que a
por
instrução foi encerrada e não vislumbro a hipótese de que ele possa frustrar por LUIZ
digitalmente
a aplicação da punição imposta. Portanto, concedo-lhe o direito de apelar
em liberdade. Expeça-se alvará de soltura clausulado.
digitalmente

assinadoassinado

encaminhar à VEP.
do original,
Oficie-se à Justiça Eleitoral, em atenção ao que

original,oacesse
estabelece o art. 15, III, da Constituição Federal.

original,
é cópia
o acesse
é cópia do
Este documento
original,
Paraoconferir
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fls. 78
PÁGINA 190
fls. 86
às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
ELIVELTON ARRUDA PONTES - DO CRIME
DE ROUBO MAJORADO CONTRA A VÍTIMA MARQUILENE
e código
e código
0215374-57.2018.8.04.0001
0654005-34.2020.8.04.0001
Em consulta ao Sistema de Automação de Justiça –
SAJ, observo que o réu é primário e com registro de antecedentes criminais
(fls. 108).
em 23/04/2020
o processo
o processo
em 04/05/2018
informe
protocolado
informe
criminosa, salvo aquelas próprias do delito.
nos autos
e tjam.jus.br,
liberado
(quatro) anos de reclusão, razão pela qual deixo de fazer incidir a atenuante
BASTOS
de confissão espontânea, prevista no art. 65, inc. III, “d” do Código Penal
BRAGA NETO,
Brasileiro, em harmonia com a Súmula nº 231 – STJ. Contudo, aumento a
reprimenda da metade (1/2), em decorrência das majorantes previstas nos
OLIVEIRA
incisos I, II, e V, § 2º, do art. 157, do Código Penal Brasileiro, elevando-a
para 06 (seis) anos de reclusão, a qual torno definitiva dada a inexistência
GENESINO
de outras circunstâncias legais ou causas especiais de aumento ou
MAURICIO
diminuição da pena.
por
em 10 (dez) dias-multa, no valor unitário de 1/30 (um trigésimo) do salário por LUIZ
digitalmente
digitalmente
assinadoassinado
ELIVELTON ARRUDA PONTES - DO CRIME

DE ROUBO MAJORADO CONTRA A VÍTIMA FRANCISCO
do original,
SIRLEI SILVA DE QUEIROZ – ART. 157, § 2º, INCISOS I, II E V,

original,oacesse
DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO.

original,
é cópia
o acesse
é cópia do
Este documento
original,
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Este documento
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fls. 79
PÁGINA 191
fls. 87
às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
e código
reprovação e prevenção do crime estabelecer a pena-base no mínimo legal
e código
de 04 (quatro) anos de reclusão, razão pela qual deixo de fazer incidir a
0215374-57.2018.8.04.0001
atenuante prevista no art. 65, inc. III, “d” do Código Penal Brasileiro, em
0654005-34.2020.8.04.0001
harmonia com a Súmula nº 231 – STJ. Contudo, aumento a reprimenda da
metade (1/2), em decorrência das majorantes previstas nos incisos I, II, e
V, § 2º, do art. 157, do Código Penal Brasileiro, elevando-a para 06 (seis)
pena.
em 23/04/2020
o processo
o processo
em 04/05/2018
informe
protocolado
o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,informe
nos autos
70, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO.
e tjam.jus.br,
liberado
BASTOS
BRAGA NETO,
OLIVEIRA
GENESINO
MAURICIO
por
Apesar da divergência existente na doutrina e na por LUIZ
digitalmente
digitalmente

assinadoassinado

do original,

original,oacesse
(cinco) meses e 06 (seis) dias de prisão provisória a que o acusado se

original,

é cópia
o acesse
é cópia do
Este documento
original,
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fls. 80
PÁGINA 192
fls. 88
às 12:18 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

3DBB686.
68C6A4E.
reprimenda líquida resulte em 06 (seis) anos, 06 (seis) meses e 24 (vinte e
e código
quatro) dias de reclusão.
e código
0215374-57.2018.8.04.0001
0654005-34.2020.8.04.0001
contra a vítima.
em 23/04/2020
o processo
o processo
em 04/05/2018
informe
Por outro lado, observo que perduram os motivos que
protocolado
informe
ensejaram a sua prisão cautelar, fundada a gravidade concreta do fato
delituoso, uma vez que ele agiu com extrema violência contra as vítimas,
nos autos
demonstrando, assim, a sua periculosidade, razão por que não permito que
e tjam.jus.br,
ele apele em liberdade.
liberado
BASTOS
BRAGA NETO,
encaminhar à VEP.
Oficie-se à Justiça Eleitoral, em atenção ao que
OLIVEIRA
estabelece o art. 15, III, da Constituição Federal.
Condeno os réus ao pagamento das custas processuais,
GENESINO
pro rata.
MAURICIO
Publique-se. Registre-se. Intime-se.
por LUIZ
digitalmente por
Manaus, 14 de março de 2018.

digitalmente
assinadoassinado
GENESINO BRAGA NETO

JUIZ DE DIREITO
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06540053420208040001. .
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE RICARDO ANTONOVICZ MUNHOZ e www.tjam.jus.br, protocolado em 12/03/2019 às 10:47 , sob o número PWEB19600735131 .
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0215374-57.2018.8.04.0001 e código 5563392.
PROMOÇÃO
Nestes Termos.
Pede Deferimento.
Processo n. 0215374-57.2018.8.04.0001
EXECUÇÕES PENAIS DA CAPITAL
Manaus, 08 de agosto de 2019.
Carla Santos Guedes Gonzaga

Promotora de Justiça da 23ª PROEP
Promotorias de Execução Penal - PROEP
com a pertinente readequação de regime, nos termos do art. 111 da LEP.

Instado a manifestar-se nos autos, o Ministério Público
reitera sua promoção de fls. 113, requerendo que seja realizada a
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE
soma/unificação das penas em nome de RICHELME SILVA DA COSTA,

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Este documento é cópia do

Este documento original,
é cópia do original, digitalmente
assinadoassinado por LUIZ
digitalmente MAURICIO
por OLIVEIRA
CARLA SANTOS BASTOS
GUEDES e tjam.jus.br,
GONZAGA, protocolado
liberado nos autosem em23/04/2020
09/08/2019às
às13:48
12:32 ,. sob o número 06540053420208040001.
Para conferir original,
Paraoconferir o acesse site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do,
original,oacesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,informe o processo
informe 0654005-34.2020.8.04.0001
o processo 0215374-57.2018.8.04.0001 e código 68C6A4E.
e código 5C6D5D0.
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Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 69813C9.
ESTADO DO AMAZONAS
PODER JUDICIÁRIO
Juizado Especial da Fazenda Pública Estadual e Municipal
Processo: 0654005-34.2020.8.04.0001
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO ITAMAR DE SOUSA GONZAGA, liberado nos autos em 12/05/2020 às 16:21 .
Classe: Petição Cível
Assunto: Direito de Imagem
M40240
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Vistos.
Distribuídos, vieram-me os autos conclusos para análise da exordial.
Nos termos do art. 54 da Lei n. 9.099/95, o acesso ao Juizado Especial independerá, em
primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou despesas.
Por outro giro, no que tange à marcha processual, inobstante a Lei n. 12.153/09, que
regulamenta os juizados especiais da fazenda pública, em seu art. 8º, permita a realização de
conciliação pelas pessoas jurídicas de direito público, empiricamente, constatamos que o ente Estatal
não vem formulando propostas em demandas que envolvem a matéria abordada no presente feito.
Assim sendo, em razão da reduzida possibilidade de acordo, visando proporcionar celeridade
ao feito, deixo de designar data para realização da audiência de conciliação, motivo pelo qual, desde já,
determino a citação do Requerido para, querendo, apresentar contestação, no prazo de 15 (quinze) dias
úteis. Caso haja proposta de acordo, esta deve ser formulada mediante peticionamento nos próprios
autos.
Na contestação, deverá a reclamada se manifestar sobre a necessidade da produção de
prova testemunhal em audiência, sob pena de preclusão.
Ressalte-se que as pessoas jurídicas de direito público não gozam de prazo diferenciado
para a prática dos atos processuais, nos termos do art. 7º da Lei n.º 12.153/09.
Posteriormente à contestação, faça a Secretaria da Vara a intimação da parte autora, para
que se manifeste nos casos de ocorrência das hipóteses dos artigos 337, 338 e 350 do CPC, no
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ESTADO DO AMAZONAS
PODER JUDICIÁRIO
prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 351 do CPC, para opor as considerações que
justificadamente entender pertinentes, devendo, no mesmo ato, se manifestar sobre a necessidade
de produção de provas em audiência.
Caso não existam manifestações contrárias e, em se tratando de matéria unicamente de
direito, haverá o julgamento antecipado de mérito, na forma do artigo 355, I do Código de
Processo Civil, em atenção aos princípios norteadores do sistema dos juizados especiais.
À Secretaria para as providências cabíveis.
Intime-se. Cite-se. Cumpra-se
Manaus, 12 de maio de 2020.
Antonio Itamar de Sousa Gonzaga

Juiz de Direito
fls. 104
Autos nº 0654005-34.2020.8.04.0001
Ação: Petição Cível/ PROC

Requerente : Romulo Silva Costa
Requerido : Estado do Amazonas

Destinatário do Ato: Estado do Amazonas
Teor do ato: Vistos. Distribuídos, vieram-me os autos conclusos para análise da

exordial. Nos termos do art. 54 da Lei n. 9.099/95, o acesso ao Juizado Especial
independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou
despesas. Por outro giro, no que tange à marcha processual, inobstante a Lei n.
12.153/09, que regulamenta os juizados especiais da fazenda pública, em seu art. 8º,
permita a realização de conciliação pelas pessoas jurídicas de direito público,
empiricamente, constatamos que o ente Estatal não vem formulando propostas em
demandas que envolvem a matéria abordada no presente feito. Assim sendo, em razão
da reduzida possibilidade de acordo, visando proporcionar celeridade ao feito, deixo de
designar data para realização da audiência de conciliação, motivo pelo qual, desde já,
determino a citação do Requerido para, querendo, apresentar contestação, no prazo de
15 (quinze) dias úteis. Caso haja proposta de acordo, esta deve ser formulada mediante
peticionamento nos próprios autos. Na contestação, deverá a reclamada se manifestar
sobre a necessidade da produção de prova testemunhal em audiência, sob pena de
preclusão. Ressalte-se que as pessoas jurídicas de direito público não gozam de prazo
diferenciado para a prática dos atos processuais, nos termos do art. 7º da Lei n.º
12.153/09. Posteriormente à contestação, faça a Secretaria da Vara a intimação da parte
autora, para que se manifeste nos casos de ocorrência das hipóteses dos artigos 337, 338
e 350 do CPC, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 351 do CPC, para opor
as considerações que justificadamente entender pertinentes, devendo, no mesmo ato, se
manifestar sobre a necessidade de produção de provas em audiência. Caso não existam
manifestações contrárias e, em se tratando de matéria unicamente de direito, haverá o
julgamento antecipado de mérito, na forma do artigo 355, I do Código de Processo
Civil, em atenção aos princípios norteadores do sistema dos juizados especiais. À
Secretaria para as providências cabíveis. Intime-se. Cite-se. Cumpra-se
Estado do AmazonasS
Estado do Amazonas
Advogado Selecionado << Informação indisponível >>S
Manaus (AM), 12 de maio de 2020.

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AM
PODER JUDICIÁRIO
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 69CC28D.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MICAEL PINHEIRO NEVES SILVA e tjam.jus.br, liberado nos autos em 19/05/2020 às 12:38 .
Autos nº: 0654005-34.2020.8.04.0001
Foro: Capital - Fórum de Manaus

Data da Intimação: 19/05/2020 11:27:15

Prazo: 15 dias
Intimado: Procuradoria Geral do Estado do Amazonas
Teor do Ato: Vistos. Distribuídos, vieram-me os autos conclusos para análise da
exordial. Nos termos do art. 54 da Lei n. 9.099/95, o acesso ao Juizado Especial
independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou
despesas. Por outro giro, no que tange à marcha processual, inobstante a Lei n.
12.153/09, que regulamenta os juizados especiais da fazenda pública, em seu art.
8º, permita a realização de conciliação pelas pessoas jurídicas de direito público,
empiricamente, constatamos que o ente Estatal não vem formulando propostas
em demandas que envolvem a matéria abordada no presente feito. Assim sendo,
em razão da reduzida possibilidade de acordo, visando proporcionar celeridade
ao feito, deixo de designar data para realização da audiência de conciliação,
motivo pelo qual, desde já, determino a citação do Requerido para, querendo,
apresentar contestação, no prazo de 15 (quinze) dias úteis. Caso haja proposta de
acordo, esta deve ser formulada mediante peticionamento nos próprios autos. Na
contestação, deverá a reclamada se manifestar sobre a necessidade da produção
de prova testemunhal em audiência, sob pena de preclusão. Ressalte-se que as
pessoas jurídicas de direito público não gozam de prazo diferenciado para a
prática dos atos processuais, nos termos do art. 7º da Lei n.º 12.153/09.
Posteriormente à contestação, faça a Secretaria da Vara a intimação da parte
autora, para que se manifeste nos casos de ocorrência das hipóteses dos artigos
337, 338 e 350 do CPC, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 351 do
CPC, para opor as considerações que justificadamente entender pertinentes,
devendo, no mesmo ato, se manifestar sobre a necessidade de produção de
provas em audiência. Caso não existam manifestações contrárias e, em se
tratando de matéria unicamente de direito, haverá o julgamento antecipado de
mérito, na forma do artigo 355, I do Código de Processo Civil, em atenção aos
Manaus (AM), 19 de Maio de 2020
providências cabíveis. Intime-se. Cite-se. Cumpra-se
princípios norteadores do sistema dos juizados especiais. À Secretaria para as
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Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 69CC28D.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MICAEL PINHEIRO NEVES SILVA e tjam.jus.br, protocolado em 03/06/2020 às 14:41 , sob o número PWEB20800764846
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 6A8EC33.
Estado do Amazonas
Procuradoria Geral do Estado
AO EXCELENTÍSSIMO JUIZO DE DIREITO DO JUIZADO DA FAZENDA
PÚBLICA ESTADUAL E MUNICIPAL DA COMARCA DE MANAUS-AM.
Processo n.º 0654005-34.2020.8.04.0001
O ESTADO DO AMAZONAS, Pessoa Jurídica de Direito Público Interno, neste
ato presentado pelo Procurador do Estado infrafirmado, nos termos do art. 132 da
Constituição Federal, no art. 75, inciso II, do Código de Processo Civil 2015, e no art. 23,
inciso I, da Lei Estadual n.º 1.639/83, com exercício funcional na Procuradoria Geral do
Estado, situada na Rua Emílio Moreira, 1308, Praça 14 de janeiro, CEP 69.020-040, nesta
Capital, vem, à presença de Vossa Excelência, oferecer
CONTESTAÇÃO
nos autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS ajuizada por RÔMULO
SILVA COSTA, devidamente qualificado, fazendo com fundamento nos argumentos fáticos
e jurídicos a seguir expostos.
1. TEMPESTIVIDADE
Cumpre, primeiramente, demonstrar a tempestividade desta contestação. Sabe-se
que para a Fazenda Pública o prazo é contado em dobro, de acordo com o que preconiza o art.
Rua Emílio Moreira, 1308, Praça 14 de Janeiro, Manaus-AM

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Estado do Amazonas
183, caput, do novo Estatuto Processual Civil, ou seja, de 30 dias. Contudo, há casos
específicos em que a regra não tem aplicação, tais como nos juizados especiais da Fazenda
Pública.
Considerando que o Estado do Amazonas tomou ciência da intimação no dia
19/05/2020, terça-feira (fls. 105/106) tem-se que o termo final recairá aos 09/06/2020. Resta
demonstrada, portanto, a tempestividade da presente contestação.
2. DOS FATOS
Trata-se de Ação de Indenização por Danos Morais ajuizada por RÔMULO
SILVA COSTA em face do Estado do Amazonas.
O Autor alega que no dia 08/06/2017 foi vítima do crime de falsidade ideológica,
perpetrado por seu irmão RICHELME SILVA COSTA, no momento em que este último foi
preso pela polícia, conforme os autos do processo nº 0215374-57.2018.8.04.0001, que tramita
na Vara de Execuções Penais.
Aduz que o irmão usou seu nome e dados pessoais no momento da prisão para
tentar obter vantagem, uma vez que já estava foragido da polícia por mandados de prisão
anteriores.
Relata que durante a audiência de instrução e julgamento, o Sr. Richelme Silva
Costa confessou ter usado o nome do Requerente, momento em que o Órgão Ministerial pediu
a retificação dos nomes (fls. 113), o que foi reiterado pela Defensoria Pública (fls. 114/115).
Informa que mais uma vez a Defensoria Pública, no dia 12/03/2019, entrou com o
pedido de providências em favor do Requerente, às fls. 138/139 dos autos do processo

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Estado do Amazonas
criminal, para que fosse realizada a retificação dos nomes, tendo sido confirmada pelo Órgão
Ministerial à fl. 145, no dia 08/08/2019.
No entanto, o Autor conta que até o momento da propositura da ação ainda não
havia nenhuma decisão que confirmasse seu direito.
3. DO DIREITO. 1. DA AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO DE INDENIZAR. DA
INEXISTÊNCIA DE CONDUTA ILÍCITA DO ESTADO.
Em sede de exordial, o Autor indica o Requerido como responsável pela falha na
prestação do serviço, almejando desta forma a condenação do Estado ao pagamento de
indenização por danos morais.
Alega-se em inicial que estão presentes a conduta danosa (não retificação dos
dados para o verdadeiro autor do delito, retirando os dados do autor), o evento danoso
(constrangimento, dor, angústia, suspensão dos direitos políticos e perdas de possíveis
empregos) e o nexo de causalidade entre ambos, a caracterizar plenamente a
responsabilidade civil do Estado, originando-lhe o dever de indenizar.
No entanto, diferente do que foi sustentado pelo Autor, não se pode falar em
responsabilidade civil do Estado neste caso, em virtude da ausência de pressuposto
necessário ao surgimento do dever de indenizar.
Afirma-se na exordial que o Estado praticou conduta ilícita ao não retificar os
dados do irmão do Autor RICHELME SILVA COSTA nos autos nº
0215374-57.2018.8.04.0001.

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Ocorre, em verdade, segundo a Vara de Execuções Penais em resposta ao ofício nº
00201/2020 PRC/PGE, que uma vez encaminhado o Laudo Papiloscópico à VEP, restou
constatado que Richelme Silva Costa foi o autor do delito objeto de condenação e, portanto,
deveria cumprir a reprimenda imposta e sofrer os efeitos da condenação.
Dessa maneira, foi realizada a retificação do polo passivo da execução penal,
bem como foi efetuada a soma e unificação para fins de controle de pena.
E, na oportunidade em que resta demonstrado ter sido retificado o nome dos danos
nos autos do processo para verdadeiro autor do delito, não há que se falar em conduta ilícita
do Estado a gerar qualquer tipo de dano ao Autor.
Desta forma, não resta demonstrada a presença de um pressuposto de indenizar
(conduta), o qual é elemento essencial ao dever de indenizar, fazendo sua ausência elidir a
responsabilidade civil do Estado na presente demanda.
Portanto, sem a demonstração da suposta conduta ilícita, não há o que se
falar em responsabilidade civil do Estado e dever de indenizar. Desta feita, é de se
entender como inexistente qualquer responsabilidade do Estado, devendo ser julgados
improcedentes os pleitos autorais.
3. 2. AD ARGUMENTANDUM TANTUM. DO VALOR DOS DANOS MORAIS.
Na remota hipótese de condenação, o que se admite apenas segundo o princípio da
eventualidade, deve-se dizer que o valor pleiteado é desproporcional, distanciando-se
sobremodo do considerado razoável e proporcional.

2020.01.008395
fls. 111
.
Estado do Amazonas
Cita-se como parâmetro o julgado que o próprio Autor juntou em sua exordial. Ao
analisar a jurisprudência em questão vê-se que se trata de hipótese de efetiva prisão em
flagrante de terceiro não relacionado ao crime, situação completamente diferente do caso em
tela.
No presente caso o que ocorreu foi a prisão do verdadeiro autor do crime, que se
utilizou do nome de terceiro para obter vantagens. Sem dúvidas um encarceramento errôneo
seria bem mais grave do que a situação vivenciada pelo Autor e, no entanto, o valor fixado na
jurisprudência ora analisada (R$ 15.000,00) é significativamente menor do que o requerido
pela parte autora (R$ 50.000, 00). Vejamos:
EMENTA: APELAÇÕES CÍVEIS - AÇÃO INDENIZATÓRIA -
PERSECUÇÃO PENAL - PRISÃO EM FLAGRANTE - FALSA
IDENTIFICAÇÃO - FALHA ESTATAL - PRISÃO PREVENTIVA
DE TERCEIRO NÃO RELACIONADO AO CRIME -
CONSEQUÊNCIAS DANOSAS - DEFLAGRAÇÃO DA
PERSECUÇÃO PENAL - PRISÃO PREVENTIVA -
RESPONSABILIDADE ESTATAL PATENTEADA - ART. 37, § 6º,
DA CF - DANOS MORAIS PRESUMIDOS - INDENIZAÇÃO -
RAZOABILIDADE - QUANTUM MANTIDO - RECURSOS NÃO
PROVIDOS. - A teor do argo 37, § 6º, da CF, afigura-se objetiva a
responsabilidade civil do Estado por conduta comissiva e falha que
desaguou na prisão preventiva de pessoa estranha ao crime
cometido - Nos termos da jurisprudência imperante, é presumido o
dano moral decorrente de ilegítimo encarceramento - É passível de ser

2020.01.008395
fls. 112
.
Estado do Amazonas
indenizada a pessoa cujo nome foi falsamente utilizado por autor
de crime preso em flagrante e que veio a padecer indevidamente a
execução de sua prisão preventiva, pois se presume possível a
utilização pelo Estado de meios mais eficazes para verificar a
identidade daquele que se vê acautelado, com vistas a evitar,
justamente, consequências danosas decorrentes da utilização de
identidade falsa - A indenização por danos morais deve guardar estrita
proporção em relação aos danos imateriais revelados. Não havendo
mostras de consequências outras a agravar os danos experimentados
por indevida detenção pelo prazo de seis dias, deve ser mando o
quantum indenizatório fixado em R$ 15.000,00 (quinze mil reais),
sobretudo se evidenciado que a situação foi definitivamente sanada
com a sentença proferida dois meses após o fato - Recursos não
providos. (TJ-MG - AC: 10672093968945001 MG, Relator: Corrêa
Júnior, Data de Julgamento: 06/03/2018, Data de Publicação:
16/03/2018).
Além disso, colacionam-se, abaixo, numerosos julgados em que o valor arbitrado
para casos mais graves (prisão indevida), no âmbito do STJ, fica entre 5 e 20 mil reais.
5 mil reais - REsp 1150371/RN, Rel. Ministro CASTRO MEIRA,
SEGUNDA TURMA, julgado em 08/02/2011, DJe 18/02/2011.
5 mil reais - AgRg no AREsp 184.557/AC, Rel. Ministro TEORI
ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em
26/06/2012, DJe 02/08/2012.

2020.01.008395
fls. 113
.
Estado do Amazonas
10 mil reais - AgRg no AREsp 145.387/SC, Rel. Ministro
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em
19/06/2012, DJe 25/06/2012.
12 mil reais - REsp 631.650/RO, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/12/2009, DJe
15/12/2009.
12 mil reais - AgRg no Ag 1393348/TO, Rel. Ministro
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em
07/06/2011, DJe 10/06/2011
15 mil reais - AgRg no AREsp 4.924/MS, Rel. Ministro SIDNEI
BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 14/06/2011, DJe
22/06/2011.
17 mil reais - AgRg no AREsp 252.611/MS, Rel. Ministro
ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
11/12/2012, DJe 04/02/2013.
20 mil reais - AgRg no AREsp 99.807/GO, Rel. Ministro
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 14/08/2012, DJe 21/08/2012.
20 mil reais - AgRg no AREsp 464.341/SC, Rel. Ministro
HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
01/04/2014, DJe 15/04/2014.
Assim sendo, parece claro que, ao fixar em R$ 50.000,00 (cinquenta mil) o
pedido da parte Autora esbarra na proibição do enriquecimento sem causa (art. 884, Código
Civil).

2020.01.008395
fls. 114
.
Estado do Amazonas
4. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer o Estado do Amazonas que sejam julgados
IMPROCEDENTES os pedidos realizados em exordial, com a consequente extinção do feito
sem resolução de mérito, conforme dispõe o art. 487, I do CPC/15, em decorrência da não
comprovação de conduta ilícita na demanda, requisito necessário ao surgimento do dever de
indenizar, não se podendo assim falar em indenização por danos morais.
Por fim, superados os pleitos supra, ad argumentandum tantum, requer sejam
observados o princípios da proporcionalidade e razoabilidade nos critérios usados para a
fixação do quantum indenizatório, a fim de que seja arbitrado valor justo em sede de
reparação dos danos morais.
Requer provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito.
Nestes termos, pede deferimento.
Manaus - AM, 03 de junho de 2020.
MICAEL PINHEIRO NEVES SILVA

Procurador do Estado do Amazonas
OAB/AM 6088

2020.01.008395
Este documento é cópia do original assinado digitalmente por ANTONIO ABENONIZ GOMES.Protocolado em 22/06/2018 às 07:43:49, sob o número PWEB18601640451. Para conferir o original, acesse o
site www.tjam.jus.br, informe o processo 0215374-57.2018.8.04.0001 e o código 42910F5.
fls. 115
fls. 103
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MICAEL PINHEIRO NEVES SILVA e tjam.jus.br, protocolado em 03/06/2020 às 14:41 , sob o número PWEB20800764846 .
fls. 116
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PROJUDI - Processo: 0215374-57.2018.8.04.0001 - Ref. mov. 9.1 - Assinado digitalmente por Sabrina Cumba Ferreira:85276790191
27/05/2020: OUTRAS DECISÕES. Arq: Decisão fls. 122
do Projudi, do TJPR/OE
.
COMARCA DE MANAUS
PWEB20800764846
PJ8P8 HEVJU JVHH8 W5CUYe código 6A8EC35.
VARA DE EXECUÇÃO PENAL DE MANAUS - SEMIABERTO - SEEU
Av. Paraiba, S/N - Manaus/AM
Autos nº. 0215374-57.2018.8.04.0001
resolução
processo 0654005-34.2020.8.04.0001
, sob o número
DECISÃO
nº 11.419/2006,
Proceda-se a retificação no polo passivo da presente execução penal, passando a figurar RICHELME
14:41
SILVA COSTA.
2.200-2/2001,àsLei
Intime-se a SEAP e o TRE, conforme requerido pela defesa.
emnº03/06/2020
- Identificador:
Após, proceda-se com a soma e unificação dos processos de execução que tramitam em desfavor
de RICHELME SILVA COSTA.
informe o
conforme MP
Validação deste em http://seeu.pje.jus.br/seeu/
Cumpra-se.
protocolado
A PRESENTE DECISÃO SERVE COMO OFÍCIO.

digitalmente,
e tjam.jus.br,
assinado
NEVES SILVA
SABRINA CUMBA FERREIRA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MICAEL PINHEIRO Documento
Juíza de Direito da VEP - Regime Semiaberto
fls. 123
fls. 24
Este documento é cópia do original assinado digitalmente por SABRINA CUMBA FERREIRA. Para conferir o original, acesse o site www.tjam.jus.br, informe o processo 0215374-57.2018.8.04.0001 e o
código 4B75A76.
fls. 124
fls. 119
Este documento é cópia do original assinado digitalmente por GENESINO BRAGA NETO. Para conferir o original, acesse o site www.tjam.jus.br, informe o processo 0215374-57.2018.8.04.0001 e o código
3DBB675.
fls. 1
fls. 125
Este documento é cópia do original assinado digitalmente por GENESINO BRAGA NETO. Para conferir o original, acesse o site www.tjam.jus.br, informe o processo 0215374-57.2018.8.04.0001 e o código
3DBB675.
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fls. 131
fls. 136
.
ESTADO DO AMAZONAS
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 6A8EC3B.
PODER JUDICIÁRIO
Comarca de Manaus
OFÍCIO
Ofício nº 90/2020 Manaus, 01 de junho de

2020.
Autos n°: 0215374-57.2018.8.04.0001

Ação: Execução da Pena
Apenado:Romulo Silva Costa
À Sua Excelência o Senhor

Procurador do Estado
Procuradoria de Responsabilidade Civil
Assunto: Informações prestadas.
Excelentíssimo Senhor Procurador,
Em resposta ao Ofício nº 00201/2020 –

PRC/PGE, informo, inicialmente, que, no momento da
prisão do nacional Richelme Silva Costa, este forneceu o
nome e os dados pessoais de seu irmão Rômulo da Silva
Costa.
Registro, ainda, que, durante o trâmite da
ação penal na 10ª vara criminal, na audiência de
instrução e julgamento, foi ventilado o uso indevido do
nome de Rômulo Silva Costa, porém não houve solução do
caso nesta oportunidade.
código 6A71E07.
Em 04/05/2018, os autos nº
Av. Humberto Calderaro Filho, s/n, 4º andar, setor 04, São Francisco - CEP
69079-265, Fone: 3303-5189, Manaus-AM - E-mail: vep@tjam.jus.br
fls. 137
.
ESTADO DO AMAZONAS
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 6A8EC3B.
PODER JUDICIÁRIO
Comarca de Manaus
0215374-57.2018.8.04.0001 foram encaminhados pela 10ª

Vara Criminal à Vara de Execução Penal. E, em
20/06/2018, a SEAP encaminhou à VEP certidão carcerária
referindo-se ao custodiado da seguinte forma: Rômulo
Silva Costa/Richelme Silva Costa.
Diante disso, este juízo determinou que a
SEAP certificasse o nome correto e a devida qualificação
do condenado.
Uma vez encaminhado o Laudo Papiloscópico à
VEP, restou constatado que Richelme Silva Costa foi o
autor do delito objeto de condenação e, portanto,
deveria cumprir a reprimenda imposta e sofrer os efeitos
da condenação.
Sequencialmente, foi realizada a retificação
do polo passivo da execução penal, bem como foi efetuada
a soma e unificação para fins de controle de pena.
Entendendo suficientemente prestadas as
informações requisitadas, renovo protestos de estima e
consideração.

Juíza da Vara e Execução Penal
código 6A71E07.
Av. Humberto Calderaro Filho, s/n, 4º andar, setor 04, São Francisco - CEP
69079-265, Fone: 3303-5189, Manaus-AM - E-mail: vep@tjam.jus.br
PROJUDI - Processo: 0215374-57.2018.8.04.0001 - Ref. mov. 11.1 - Assinado digitalmente por Renato Fernandes Ferreira
27/05/2020: JUNTADA DE RELATÓRIO DE SITUACAO CARCERÁRIA. Arq: Relatório da Situação Processual Executória fls. 138
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS
PODER JUDICIÁRIO
PWEB20800764846 .
PJSYT JDTBQ 4EZE3 JN4A3 e código 6A8EC3C.
TJAM - VEP de Manaus - Semiaberto
7431480 - Richelme Silva Costa
ESTADO DO AMAZONAS
RELATÓRIO DA SITUAÇÃO PROCESSUAL EXECUTÓRIA
Número Único: 0215374-57.2018.8.04.0001 (ATIVO)
resolução
Local de Prisão (Sistema):
processo 0654005-34.2020.8.04.0001
, sob o número
Local de Prisão Legado:
nº 11.419/2006,
QUALIFICAÇÃO
Código: 7431480
Nome: Richelme Silva Costa
14:41
RG: 00032223420 Sexo: Masculino
àsLei
Nome da Mãe: MARIA DE FATIMA DA SILVA
2.200-2/2001,
Nome do Pai: ANTONIO OCEANO PONTES DA COSTA
emnº03/06/2020
- Identificador:
Data de Nascimento: 18/07/1984 Naturalidade: Manaus
Nacionalidade: Brasil Estado Civil:
Escolaridade: Profissão:
CÁLCULOS DA SITUAÇÃO EXECUTÓRIA
informe o
conforme MP
protocolado
Regime Atual: Fechado - ATIVO Foragido: Não
Pena Total Imposta: 18a0m0d

Pena Priv. de Liberdade: 18a0m0d Pena Restr. de Direitos: 0a0m0d
digitalmente,
Pena Cumprida Até Dt Atual: 3a11m6d
e tjam.jus.br,
Pena Privativa Cumprida: 3a11m6d Pena Restritiva Cumprida: 0a0m0d
Pena Remanescente: 14a0m24d
Pena Priv. Remanescente: 14a0m24d Pena Restr. Remanescente: 0a0m0d
assinado
Total Interrupções: 3a9m13d Total Dias Remidos: 0
NEVES SILVA
Harmonização: Não
Interrupção de Cumprimento:
PROGRESSÃO DE REGIME: SEMIABERTO
Dt Base Progressão Regime: 08/06/2017
Gestante (1/8) LEP Art 112: 0a0m0d Comum (1/6): 2a10m2d
Hediondo Primário (2/5): 0a0m0d Hediondo Reincidente (3/5): 0a0m0d
Dt Progressão de Regime: 09/04/2020
LIVRAMENTO CONDICIONAL
Dt Base Livr. Condicional: 14/09/2012
Comum Primário (1/3): 4a0m0d Comum Reincidente (1/2): 3a0m0d
Hediondo (2/3): 0a0m0d
Hediondo Reincidente ou Revogação L.C. (1/1): 0a0m0d
Dt Livr. Condicional: 24/06/2023
TÉRMINO DE PENA
Data de Término da Pena: 19/06/2034
GRÁFICO REPRESENTATIVO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE CUMPRIDA ATÉ A

PRESENTE DATA
Processo Eletrônico - SEEU Gerado em: 27/05/2020 15:30:18 por 02630195279. Pág.: 1 de 5
PODER JUDICIÁRIO
PWEB20800764846 .
ESTADO DO AMAZONAS
SITUAÇÃO PROCESSUAL
resolução
processo 0654005-34.2020.8.04.0001
, sob o número
AÇÃO PENAL: 0210518-26.2013.8.04.0001
Tipo: ACAO PENAL
nº 11.419/2006,
Vara de Origem:
Data da Autuação: Data da Infração: 08/03/2013
Dt Receb. Denúncia: 03/04/2013 Data da Pronúncia:
14:41
Data da Sentença: 18/12/2013 Dt Tr. Julgado Acus.:
àsLei
Dt Trânsito Julgado: Reincidente: Sim
2.200-2/2001,
ART 157: Roubo:
emnº03/06/2020
CAPUT: CAPUT, Reclusão: 4 a 10 anos Sem Multa
- Identificador:
§ 3º: § 3º - resulta lesão grave, Reclusão: 7 a 18 anos E Multa
§ 3º: § 3º - resulta morte (latrocínio), Reclusão: 20 a 30 anos E Multa
§ 1º: § 1º, Reclusão: 4 a 10 anos Sem Multa
, I: §2º-A - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo;,
informe o
conforme MP
Reclusão: 6 anos e 8 meses a 16 anos e 8 meses E Multa

protocolado
Artigo da Condenação:
Complemento do Artigo: art. 157, § 2º, I, II do CP.
Observação:

digitalmente,
PENA - PENA ORIGINÁRIA
e tjam.jus.br,
Pena: 6a0m0d - PENA ORIGINÁRIA
Valor da Multa: Dias/Multa:
Regime: Fechado Ativa: Sim
assinado
Artigos: Art. 157, § 2º, Lei 2848/40 - Código Penal ;
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MICAEL PINHEIRO Documento NEVES SILVA
AÇÃO PENAL: 0620631-32.2017.8.04.0001
Código Legado: 2017/06206313220178040001
Tipo: ACAO PENAL
Vara de Origem: 10ª Vara Criminal
Data da Autuação: 09/06/2017 Data da Infração: 06/06/2017
Dt Trânsito Julgado: 20/04/2018 Reincidente: Não
ART 157: Roubo:
CAPUT: CAPUT, Reclusão: 4 a 10 anos Sem Multa
§ 3º: § 3º - resulta lesão grave, Reclusão: 7 a 18 anos E Multa
§ 3º: § 3º - resulta morte (latrocínio), Reclusão: 20 a 30 anos E Multa
, I: §2º-A - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo;,
Reclusão: 6 anos e 8 meses a 16 anos e 8 meses E Multa
Complemento do Artigo: Art. 157 § 2º, I, II, V (duas vezes) do(a) CP
Observação:

Valor da Multa: 312,33 Dias/Multa: 10
Regime: Semiaberto Ativa: Sim
Art. 157, § 2º, Lei 2848/40 - Código Penal Art. 157 § 2º, I, II, V (duas vezes)
Artigos:
do(a) CP;
PODER JUDICIÁRIO
PWEB20800764846 .
ESTADO DO AMAZONAS
resolução
AÇÃO PENAL: 0241032-93.2012.8.04.0001
processo 0654005-34.2020.8.04.0001
, sob o número
Tipo: ACAO PENAL
Vara de Origem:
nº 11.419/2006,
Data da Autuação: Data da Infração: 14/09/2012
14:41
Dt Trânsito Julgado: 21/11/2012 Reincidente: Não
ART 16 - Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito:
àsLei
CAPUT: CAPUT, Reclusão: 3 a 6 anos E Multa
2.200-2/2001,
Parágrafo Único: Parágrafo único, Reclusão: 3 a 6 anos E Multa
emnº03/06/2020
, I: SUPRIMIR, ALTERAR QQ SINAL IDENTIFICADOR DE ARMA DE FOGO, Reclusão: 3 a 6 anos
- Identificador:
E Multa
, II: MODIFICAR CARACTERISTICAS ARMA DE FOGO, Reclusão: 3 a 6 anos E Multa
, III: POSSE, EMPREGO ARTEFATO EXPLOSIVO DESAUTORIZADO, Reclusão: 3 a 6 anos E
Multa
, IV: PORTE, POSSE ARMA DE FOGO C/ SINAL ADULTERADO, SUPRIMIDO, Reclusão: 3 a 6
informe o
conforme MP
anos E Multa

protocolado
, VI: PRODUCAO S/ AUTORIZACAO DE MUNICAO/EXPLOSIVO, Reclusão: 3 a 6 anos E Multa
Complemento do Artigo: art. 16 "único", IV, da Lei 10826 c/c art. 69 "caput", §§ 1º e 2º do CP.

Observação:
digitalmente,
e tjam.jus.br,
Valor da Multa: Dias/Multa:
assinado
Regime: Semiaberto Ativa: Sim
Art. 16, IV, Lei 10826/03 - Estatuto do Desarmamento ;Art. 304, CAPUT, Lei 2848/40
NEVES SILVA
Artigos:
- Código Penal ;
INCIDENTES
PRISÃO/INÍCIO DE CUMPRIMENTO/SEMIABERTO HARMONIZADO SEM ALTERAÇÃO DE DATA-BASE -

CONCEDIDO
FLAGRANTE
Código: 9509890
Data de Autuação: 27/05/2020 Concedido Recurso:
Data Início: 14/09/2012
Concedido pelo Juiz: Data da Decisão:
Juiz(a):
Tipo da Prisão: FLAGRANTE

Local da Prisão:
Regime Atual: Novo Regime:
Motivo Alteração:
INTERRUPÇÃO - CONCEDIDO
FUGA
Código: 9509895
Juiz(a):
Motivo Alteração:
PODER JUDICIÁRIO
PWEB20800764846 .
ESTADO DO AMAZONAS
resolução
CONCEDIDO
processo 0654005-34.2020.8.04.0001
RECAPTURA/INÍCIO DE CUMPRIMENTO (FINAL DE INTERRUPÇÃO)
, sob o número
Código: 9509910
nº 11.419/2006,
Juiz(a):
14:41
àsLei
Tipo da Prisão: RECAPTURA/INÍCIO DE CUMPRIMENTO (FINAL DE INTERRUPÇÃO)
2.200-2/2001,
Local da Prisão:
emnº03/06/2020
- Identificador:
Motivo Alteração:
FUGA
informe o
conforme MP
protocolado
Código: 9509916

digitalmente,
e tjam.jus.br,
Juiz(a):
Motivo Alteração:
assinado
CONCEDIDO
NEVES SILVA
RECAPTURA/INÍCIO DE CUMPRIMENTO (FINAL DE INTERRUPÇÃO)
Código: 9509922
Juiz(a):
Tipo da Prisão: RECAPTURA/INÍCIO DE CUMPRIMENTO (FINAL DE INTERRUPÇÃO)

Local da Prisão:
Motivo Alteração:
FUGA
Código: 9509934
Juiz(a):
Motivo Alteração:
FIXAÇÃO/HARMONIZAÇÃO/ALTERAÇÃO DE REGIME - CONCEDIDO

Semiaberto - Regime Inicial
Código: 8215493
Juiz(a):
Data Início Data Final Total Dias Horas Estudo Dias Remidos Dias Perdidos Saldo Remição Dt Decl Perdidos
PODER JUDICIÁRIO
PWEB20800764846 .
ESTADO DO AMAZONAS
08/06/2017 0 0
resolução
Regime Atual: Novo Regime: Semiaberto
processo 0654005-34.2020.8.04.0001
, sob o número
Motivo Alteração: Regime Inicial
nº 11.419/2006,
CONCEDIDO
FLAGRANTE
Código: 8036701
14:41
àsLei
2.200-2/2001,
Juiz(a):
emnº03/06/2020
- Identificador:
Tipo da Prisão: FLAGRANTE
Local da Prisão:
informe o
conforme MP
Motivo Alteração:
protocolado
FIXAÇÃO/HARMONIZAÇÃO/ALTERAÇÃO DE REGIME - CONCEDIDO
Fechado - Somatório de Penas

Código: 9510100
digitalmente,
e tjam.jus.br,
Concedido pelo Juiz: Sim Data da Decisão: 27/05/2020
assinado
Juiz(a): Sabrina Cumba Ferreira
NEVES SILVA
Data Início Data Final Total Dias Horas Estudo Dias Remidos Dias Perdidos Saldo Remição Dt Decl Perdidos
27/05/2020 0 0
Regime Atual: Semiaberto Novo Regime: Fechado
Motivo Alteração: Somatório de Penas
OBSERVAÇÕES GERAIS:
ANTECEDENTES CRIMINAIS: (Certidão e Pendências)
fls. 143
.
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 6AC5670.
Estado do Amazonas
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ TITULAR DA COMARCA DA CAPITAL -
FÓRUM MINISTRO HENOCH REIS JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA
PÚBLICA ESTADUAL E MUNICIPAL /AM
PROCESSO nº 0654005-34.2020.8.04.0001
REQUERENTE: Romulo Silva Costa
REQUERIDO: ESTADO DO AMAZONAS
O ESTADO DO AMAZONAS, pessoa jurídica de direito público

interno, judicialmente presentado pelo Procurador do Estado infrafirmado, vem à
presença de Vossa Excelência, apresentar as informações prestadas pela SEAP.
Manaus (AM), 09 de junho de 2020.
Micael Pinheiro Neves Silva
OAB/AM Nº 6.088
Procurador(a) do Estado do Amazonas
2020.01.008395
fls. 144
fls. 145
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fls. 175
fls. 176
ESTADO DO AMAZONAS
PODER JUDICIÁRIO
Comarca de Manaus
ATO ORDINATÓRIO - INTIMAÇÃO
Manaus/AM, 27 de agosto de 2020
Processo: 0654005-34.2020.8.04.0001
Requerente: Romulo Silva Costa
Requerido: Estado do Amazonas
De ordem do MM. Juiz de Direito deste Juizado, Dr. Antonio Itamar de

Sousa Gonzaga, INTIME-SE o requerente para, no prazo de 15 dias, conforme dicção
dos arts. 350 e 351 do NCPC, manifestar-se acerca das preliminares suscitadas em sede
de contestação.
Atenciosamente,
RENAN PINHEIRO COSTA LIMA

Diretor de secretaria
fls. 177
Autos nº 0654005-34.2020.8.04.0001


Destinatário do Ato: Defensoria Pública do Estado do Amazonas
Teor do ato: De ordem do MM. Juiz de Direito deste Juizado, Dr. Antonio Itamar de
de contestação.
Defensoria Pública do Estado do AmazonasS
Defensoria Pública do Estado do Amazonas
Manaus (AM), 03 de setembro de 2020.

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por THEO EDUARDO RIBEIRO FERNANDES MOREIRA DA COSTA e tjam.jus.br, protocolado em 13/09/2020 às 13:57 , sob o número PWEB20605887624
fls. 178
23ª Defensoria Pública de Primeira Instância Cível

Rua André Araújo, S/N – Bairro Aleixo
(ao lado da PEMAZA)
Telefone: (92) 98436-9228
E-mail: 23dp1civel@defensoria.am.br
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 6F36CF5.
theocosta@defensoria.am.gov.br
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL DA

FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE MANAUS-AM
654005-34.2020.8.04.0001
Processo: 0
A DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO AMAZONAS, presentada

por este Defensor Público subscritor, no uso de suas atribuições legais e constitucionais,
representando, independente de mandato, nos termos do art. 128, inciso XI, da Lei
Complementar nº 80/94, o (a) senhor (a) ROMULO SILVA COSTA, devidamente
qualificado(a) nos autos, comparece, perante Vossa Excelência, para apresentar RÉPLICA
À CONTESTAÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS, nos termos doravante expostos.
1. SÍNTESE DAS ALEGAÇÕES DO REQUERIDO
O Estado do Amazonas apresentou Contestação, às fls. 107-114,

alegando, em síntese:
a) A inexistência de conduta ilícita por parte do Estado do Amazonas;
b) A desproporcionalidade nos valores requeridos a título de danos

morais.
Contudo, conforme será demonstrado doravante, não merecem

acolhimento as alegações do Requerido, devendo ser julgada totalmente procedente a
demanda em questão.
2. DA RÉPLICA
2.1. DO DEVER DE INDENIZAR DO ESTADO DO AMAZONAS
Em Contestação, o Estado do Amazonas alega não ter praticado qualquer

conduta ilícita em razão da ausência de retificação dos dados do Sr. RICHELME SILVA
COSTA. Afirma que, de acordo com a Vara de Execuções Penais, uma vez encaminhado o
Laudo Papiloscópico à VEP, restou constatado que o Sr. Richelme foi o verdadeiro autor
dos delitos, tendo sido realizada a retificação. Aduz, por fim, que uma vez realizada a
correção do verdadeiro autor do delito, “não há que se falar em conduta ilícita do Estado
apta a gerar qualquer tipo de dano ao Autor”.
.
fls. 179

(ao lado da PEMAZA)
Telefone: (92) 98436-9228
Engana-se, contudo. Ante a análise do processo de execução penal de nº

0215374-57.2018.8.04.0001, em trâmite perante a Vara de Execuções Penais, bem como
dos documentos anexos aos presentes autos, verifica-se a seguinte linha temporal:
1) 09 de junho de 2017: o irmão do Autor foi recolhido na Central de

Recebimento e Triagem – CRT, com o nome de ROMULO SILVA COSTA,
mediante Termo de Audiência de Custódia exarado pelo juízo plantonista, por
infração ao artigo 157, § 2º, incisos I, II e V c/c art. 288 do CPB, nos autos do
processo criminal 0620631-32.2017.8.04.0001;
2) 06 de março de 2018: o irmão do Autor compareceu à audiência de

qualificação e interrogatório, ocasião em que se identificou com o seu
verdadeiro nome, qual seja, Richelme Silva Costa.
3) 14 de março de 2018: foi proferida Sentença na Vara de Origem. Nesta, o

juízo constatou a existência de dúvidas com relação a identificação civil
do “acusado Rômulo”, sem, contudo, alterá-la de fato, por considerar que o
réu não juntou identificação nominal hábil a comprovar o alegado;
4) 04 de maio de 2018: após ser certificado o trânsito em julgado na Vara de

Origem, juntou-se atestado de pena a cumprir em nome de Romulo Silva
Costa;
5) 10 de agosto de 2018: o Ministério Público requereu a soma e a unificação das

penas em nome de Richelme Silva Costa, determinando que fosse oficiada
a direção do sistema prisional para que certificasse o nome correto e
qualificação do apenado;
6) 21 de agosto de 2018: a defensoria pública se manifestou nos autos

requerendo o esclarecimento formal da situação, relativa a identificação civil
do apenado. Na mesma oportunidade, juntou termo de declaração assinado
pela companheira do Sr. Richelme, afirmando que o seu companheiro
tinha usado o nome do irmão, Romulo, indevidamente;
7) 08 de outubro de 2018: o juízo determina que seja oficiada a SEAP, para

certificar o nome correto e a qualificação do apenado;
8) 09 de janeiro de 2019: juntado laudo papiloscópico aos autos, atestando

que as impressões digitais apresentadas são divergentes e que não
pertencem ao mesmo indivíduo;
.
fls. 180

(ao lado da PEMAZA)
Telefone: (92) 98436-9228
9) 24 de janeiro de 2019: juntado aos autos novo atestado de pena a cumprir,

em nome de Romulo Silva Costa;
10) 24 de janeiro de 2019: ato ordinatório determinando a remessa dos autos ao

Ministério Público, para manifestação sobre os cálculos apresentados em
relação a Romulo Silva Costa;
11) 31 de janeiro de 2019: manifestação do Ministério Público requerendo a

retificação do atestado de pena a cumprir no que concerne aos cálculos
apresentados;
12) 12 de março de 2019: manifestação de Defensoria Pública requerendo,

novamente, a retificação da identificação do apenado, com a
consequente expedição de ofícios à SEAP e à Justiça Eleitoral para que
retifiquem eventuais registros concernentes à sentença condenatória
executada nos autos;
13) 30 de julho de 2019: determinação do juiz para que sejam dadas vistas ao
Ministério Público para manifestação;
14) 08 de agosto de 2019: ministério público reitera a manifestação de 10 de

agosto de 2018, requerendo a soma/unificação das penas em nome de
Richelme Silva da Costa.
15) 27 de maio de 2020: O juízo da execução proferiu decisão reconhecendo a

irregularidade e determinando a correção do nome do apenado para
Fica claro, dessa forma, que o Estado demorou mais de dois anos para
proceder na correção do nome do acusado/condenado, contando-se o prazo a partir
do dia 06/03/2018, ocasião em que o réu revelou o seu verdadeiro nome na audiência
de interrogatório. A partir desta data, deveria o Estado, por meio da polícia civil e de
requerimento do MP, realizar diligências para identificar o verdadeiro nome do acusado.
Além disso, é ainda mais estarrecedor o Juízo Sentenciante expedir guia

de recolhimento em nome de Romulo Silva Costa, mesmo havendo dúvida sobre a real
identidade dos autos de conhecimento penal.
.
fls. 181

(ao lado da PEMAZA)
Telefone: (92) 98436-9228
Após a formalização do Processo de Execução Penal, mesmo após a

juntada de laudo papiloscópico, a Vara de Execuções Penais continuou a insistir no
engano, determinando a emissão de novo atestado de pena a cumprir em nome de
Romulo Silva Costa, ao invés de resolver incidente seríssimo instaurado no curso da
execução, qual seja, a incerteza quanto a identificação civil do apenado, em claro
descaso.
Como salientado, somente em 27 de maio de 2020 a Vara de Execução

Penal procedeu na correção do nome do apenado:
A despeito do comando judicial, até a presente data não houve o retorno

dos ofícios à SEAP e ao TRE informando a correção do nome do apenado, o que significa
que formalmente ainda não houve o cumprimento da decisão judicial.
.
fls. 182

(ao lado da PEMAZA)
Telefone: (92) 98436-9228
Inclusive, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária ainda

não enviou as certidões carcerárias com o nome correto do apenado, demonstrando
que o Estado ainda permanece omisso, sendo necessário que o Juízo da VEP
determinasse a reiteração do comando judicial:
Há clara desídia dos agentes do Estado, constituindo ilícito passível de

indenização: as últimas manifestações nos autos se tratam de verdadeiros apelos da
Defensoria Pública para que seja retificado o polo passivo do processo, tendo em vista a
ingerência na esfera jurídica de um indivíduo que nada tem a ver com a condenação.
Nesse ínterim, o autor sofreu (e ainda sofre) sérios abalos em razão da demora na
prestação jurisdicional, em patente afronta ao princípio da dignidade da pessoa humana,
fundamento da República Federativa do Brasil (art. 1º, III, CRFB/88).
.
fls. 183

(ao lado da PEMAZA)
Telefone: (92) 98436-9228
Não obstante conserve o seu direito à liberdade de locomoção, o

Autor vem sendo submetido, desde o longínquo ano de 2017, às mais diversas
consequências advindas do fato de ter sido, nominalmente, condenado por um crime
que não cometeu.
Sabe-se que a condenação criminal abarca efeitos principais e

secundários. Os seus efeitos principais constituem a consequência jurídico-penal imediata,
qual seja, a aplicação de pena. Já os efeitos secundários, classificados em penais e
extrapenais, correspondem, em apertada síntese, ao histórico de reincidência,
responsabilidade patrimonial, suspensão dos direitos políticos e entre outros. Todavia, além
destes, destaca-se o grave estigma que acompanha o apenado, ocasionando em
consequências sociais nefastas para aquele que pratica um delito, as quais, muitas
vezes, dificultam ou até mesmo impedem a sua devida ressocialização.
O cerne do caso em análise consiste na notoriedade, mediante o vasto

lastro probatório presente tanto nestes autos quanto nos autos de nº
0215374-57.2018.8.04.0001, de que o irmão do Autor, Sr. Richelme Silva Costa, utilizou-se
do nome do Sr. Romulo Silva Costa e dos seus dados para identificação criminal. E que,
mais de um ano após a juntada de laudo papiloscópico atestando cabalmente a
falsidade, não foi proferida qualquer decisão que confirmasse a necessidade de
DESVINCULAÇÃO do nome do Requerente do processo penal ou dos efeitos
decorrentes da condenação.
Salienta-se que, em razão do exposto, o autor teve os seus direitos

políticos suspensos e já foi, inclusive, impedido de conseguir emprego. Não obstante os
abalos morais efetivamente sofridos, o dano em questão é in re ipsa, ou seja, independe de
prova da dor e do sofrimento para sua configuração, uma vez que incide em direito de
personalidade, qual seja, a honra objetiva do autor:
(...) Sempre que demonstrada a ocorrência de ofensa injusta à

dignidade da pessoa humana, dispensa-se a comprovação de dor e
sofrimento para configuração de dano moral. Segundo doutrina e
jurisprudência do STJ, onde se vislumbra a violação de um direito
fundamental, assim eleito pela CF, também se alcançará, por
consequência, uma inevitável violação da dignidade do ser humano. A
.
fls. 184

(ao lado da PEMAZA)
Telefone: (92) 98436-9228
compensação nesse caso independe da demonstração da dor,

traduzindo-se, pois, em consequência in re ipsa, intrínseca à própria
conduta que injustamente anja a dignidade do ser humano. Aliás,
cumpre ressaltar que essas sensações (dor e sofrimento), que
costumeiramente estão atreladas à experiência das vímas de danos
morais, não se traduzem no próprio dano, mas têm nele sua causa direta .
ST, REsp 1.292.141-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 4/12/2012.
(...) a priorização do ser humano pelo ordenamento jurídico nacional exige

que todo o Direito deva convergir para sua máxima tutela e proteção.
Desse modo, exige-se o pronto repúdio a quaisquer violações
dirigidas à dignidade da pessoa, bem como a responsabilidade civil
quando já perpetrados os danos morais ou extrapatrimoniais. Nessa
linha de raciocínio, tem-se que a proteção da segurança e da saúde do
consumidor tem, inegavelmente, cunho constucional e de direito
fundamental, na medida em que esses valores decorrem da especial
proteção conferida à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF).
Cabe ressaltar que o dano moral não mais se restringe à dor, à
tristeza e ao sofrimento, estendendo sua tutela a todos os bens
personalíssimos. Em outras palavras, não é a dor, ainda que se tome
esse termo no sendo mais amplo, mas sua origem advinda de um
dano injusto que comprova a existência de um prejuízo moral ou
imaterial indenizável. Logo, uma vez verificada a ocorrência de defeito no
produto, a afastar a incidência exclusiva do art. 18 do CDC à espécie (o
qual permite a reparação do prejuízo material experimentado), é dever do
fornecedor de reparar também o dano extrapatrimonial causado ao
consumidor, fruto da exposição de sua saúde e segurança a risco concreto
e da ofensa ao direito fundamental à alimentação adequada, corolário do
princípio da dignidade da pessoa humana. STJ, REsp 1.424.304-SP, Rel.
Min. Nancy Andrighi, julgado em 11/3/2014.
Logo, devidamente demonstrada a existência de nexo de causalidade

entre a conduta ilícita do Estado e os danos suportados pelo autor, fazendo-se mister,
portanto, o dever de indenizar.
.
fls. 185

(ao lado da PEMAZA)
Telefone: (92) 98436-9228
2.2. DOS VALORES REQUERIDOS A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
O Estado do Amazonas aduz, ainda, que o quantum indenizatório

requisitado pelo autor, a título de indenização por danos morais, é desproporcional.
Ressalta-se, todavia, ser pacífico na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça a
aplicação do instituto do “punitive damages”, ou “Teoria do Valor do Desestímulo” que visa
imputar uma indenização pecuniária ao ofensor, capaz de puni-lo pelo ato ilícito praticado,
visando assim inibir a repetição da conduta danosa e ainda servir de exemplo para a
sociedade, servindo como uma ferramenta preventiva contra o cometimento de atos ilícitos.
Nesse sentido, o STJ:
“É devida a indenização por dano moral decorrente da negativa de

fornecimento, por operadora de plano de saúde, de medicamento para
tratamento médico na hipótese em que fixada em patamar razoável, e
ainda que, em função de decisão liminar proferida em tutela antecipada, o
segurado não tenha deixado de realizar o tratamento e de receber os
medicamentos, pois a condenação ao pagamento do dano moral
cumpre a função pedagógico-punitiva de desestimular o ofensor a
repetir a falta, sem constituir, de outro lado, enriquecimento
indevido”. ( AgRg no AREsp 148113/SP, T3, DJe 29/06/2012).
“Ressalte-se que a aplicação irrestrita das "punitive damages" encontra

óbice regulador no ordenamento jurídico pátrio que, anteriormente à
entrada do Código Civil de 2002, vedava o enriquecimento sem causa
como princípio informador do direito e após a novel codificação civilista,
passou a prescrevê-la expressamente, mais especificamente, no art. 884
do Código Civil de 2002”.( REsp 210101, T4 - QUARTA TURMA, Data do
Julgamento: 20/11/2008, DJe 09/12/2008)
Assim, pode-se dizer que o “punitive damages” se fundamenta no binômio

punição e prevenção, possuindo grande relevância social, uma vez que atua como valor de
desestímulo a práticas ilícitas, garantindo o respeito à dignidade da pessoa humana.
Nehemias Domingos de Melo (MELO, 2012, p. 365) sustenta que “o peso da indenização no
‘bolso’ do infrator, é, a nosso sentir, a resposta mais adequada que o ordenamento jurídico
pátrio pode oferecer para garantir que não sejam ofendidos diuturnamente os bens atinentes
à personalidade do ser humano”.
Destarte, limitar as indenizações por danos morais ao caráter meramente

compensatório, considerando-se tão somente as condições econômicas da vítima, implica
em conceder inegável incentivo à prática reiterada de atos lesivos a estes mesmos direitos,
.
fls. 186

(ao lado da PEMAZA)
Telefone: (92) 98436-9228
sobretudo nos casos em que há uma disparidade econômica muito significativa entre o
ofensor e a vítima, conforme caso sub examine. Frisa-se que é mais barato para o Estado
suportar indenizações morais ínfimas do que cumprir o dever legal de fornecer serviços de
qualidade ao c ontribuinte.
Por fim, ressalte-se que o dano moral não tem parâmetros fixados para
seguir, estando ligado diretamente às peculiaridades do caso concreto, de forma que o
recebimento pecuniário apenas visa tentar amenizar o desconforto psicológico enfrentado
pela vítima.
Assim, não há o que se falar em valores pré-fixados para cada tipo de

caso, uma vez que cada caso requer análise sob influência dos princípios norteadores
da proporcionalidade e da razoabilidade.
3. DA CONCLUSÃO
Diante do exposto, reiteram-se todos os termos da inicial, pugnando pela

total procedência dos pedidos.
Manaus/AM, 10 de setembro de 2020.
Assinado Digitalmente
THEO EDUARDO RIBEIRO FERNANDES MOREIRA DA COSTA
DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS
MATRÍCULA 394-8
. às 13:57 , sob o número PWEB20605887624
SEEU - Processo: 0215374-57.2018.8.04.0001 - Assinado digitalmente por SABRINA CUMBA FERREIRA:85276790191 fls. 187
[9.1] OUTRAS DECISÕES - Decisão em 27/05/2020
Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
COMARCA DE MANAUS
Autos nº. 0215374-57.2018.8.04.0001
HLMMK RCCUY
em 13/09/2020
DECISÃO
PJYX2 WLR5S
Proceda-se a retificação no polo passivo da presente execução penal, passando a figurar RICHELME
protocolado
SILVA COSTA.
Intime-se a SEAP e o TRE, conforme requerido pela defesa.
- Identificador:
DA COSTA e tjam.jus.br,
Após, proceda-se com a soma e unificação dos processos de execução que tramitam em desfavor
de RICHELME SILVA COSTA.
http://seeu.pje.jus.br/seeu/
Cumpra-se.
A PRESENTE DECISÃO SERVE COMO OFÍCIO.
deste emMOREIRA
FERNANDES
SABRINA CUMBA FERREIRA
Juíza de Direito da VEP - Regime Semiaberto
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por THEO EDUARDO RIBEIRO Validação
SEEU - Processo: 0215374-57.2018.8.04.0001 - Assinado digitalmente por RENIELY SANTOS DA SILVA fls. 188
[33.1] JUNTADA DE ATO ORDINATÓRIO - Ato Ordinatório em 04/09/2020
COMARCA DE MANAUS
VARA DE EXECUÇÃO PENAL DE MANAUS - MEIO FECHADO - SEEU
Av. Paraiba, S/N - São Francisco - Manaus/AM
Autos nº. 0215374-57.2018.8.04.0001
6TV5K 2GGWU
em 13/09/2020
Processo: 0215374-57.2018.8.04.0001
Classe Processual: Execução da Pena
PJD3S N48E8
Assunto Principal: Pena Privativa de Liberdade
protocolado
Data da Infração: Data da infração não informada
Polo Ativo(s): Ministério Público do Estado do Amazonas (CPF/CNPJ: 04.153.748/0001-85)
LOGRADOURO, 1234 - BAIRRO - MANAUS/AM
- Identificador:
Polo Passivo(s): Richelme Silva Costa (RG: 00032223420 SSP/AM e CPF/CNPJ: Não Cadastrado)
RUA VITORIA, 43 PARQUE SAO PEDRO - TARUMA - MANAUS/AM - CEP:
69.000-000
Ato Ordinatório
deste emMOREIRA
Reiteração da Solicitação de Certidões Carcerária, Disciplinar, Laboral e Educacional
FERNANDES
Senhor Diretor,
Validação
De ordem deste Juízo de Direito, REITERAMOS a Vossa Senhoria a solicitação anterior, encaminhada e
sem resposta há mais de 30 (trinta) dias, no sentido de que seja remetido a este juízo, no prazo 05 (cinco)
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por THEO EDUARDO RIBEIRO
dias, as Certidões Carcerária e Disciplinar, assim como a Laboral acompanhada do respectivo mapa e
Síntese Educacional, se houver, referente ao sentenciado Richelme Silva Costa, a fim de instruir a
presente execução penal.
No ensejo, acaso referido apenado não esteja recolhido no sistema prisional, solicito, no mesmo prazo
acima estipulado, que seja encaminhado comunicação formal a esta VEP acerca dessa situação,
destacando-se a data da última fuga, se o caso.
Manaus, 04 de setembro de 2020.
Reniely Santos da Silva

Técnico Judiciário
SEEU - Processo: 0215374-57.2018.8.04.0001 - Assinado digitalmente por RENATO FERNANDES FERREIRA fls. 189
[10.1] JUNTADA DE CUMPRIMENTO DE DILIGÊNCIA - Ofício em 27/05/2020
COMARCA DE MANAUS
Autos nº. 0215374-57.2018.8.04.0001
XSGCJ 84WEA
OFÍCIO N.º11/2020 HO
em 13/09/2020
PJTTR FDXUZ
Apenado: Richelme Silva Costa
Anexo: Despacho de 27/0503/2020 e Petição de fls. 138/140.
protocolado
- Identificador:
De ordem da MM. Juíza de Direito Dr.ª Sabrina Cumba Ferreira, responsável pela Vara de Execuções
Penais (VEP), sirvo-me do presente para informar a Vossa Excelência a retificação da identificação no
polo passivo destes autos, passando a nele figurar RICHELME SILVA COSTA e não mais Rômulo Silva
Costa. Dessa forma, solicito que retifiquem eventuais registros no mesmo sentido referente à sentença
condenatória proferida nos autos n.º 0620631-32.2017.8.04.0001, da 10ª Vara Criminal de Manaus/AM,
executada neste processo de execução.
Sem mais para o momento, renovo protestos de estima e, desde já, agradeço pela colaboração e
deste emMOREIRA
mantenho-me à disposição de Vossa Excelência para eventuais esclarecimentos.
FERNANDES
Respeitosamente,
Renato Fernandes Ferreira
Validação
A(o) Excelentíssimo(a) Senhor(a) Corregedor (a) do Tribunal Regional Eleitoral-AM.
Nesta Capital
SEEU - Processo: 0215374-57.2018.8.04.0001 - Assinado digitalmente por RENATO FERNANDES FERREIRA fls. 190
[10.2] JUNTADA DE CUMPRIMENTO DE DILIGÊNCIA - Ofício em 27/05/2020
COMARCA DE MANAUS
Autos nº. 0215374-57.2018.8.04.0001
AA7NH XAQYA
OFÍCIO N.º12/2020 HO
em 13/09/2020
PJ8GP NGCMY
Apenado: Richelme Silva Costa
Anexo: Despacho de 27/0503/2020 e Petição de fls. 138/140.
protocolado
- Identificador:
De ordem da MM. Juíza de Direito Dr.ª Sabrina Cumba Ferreira, responsável pela Vara de Execuções
Penais (VEP), sirvo-me do presente para informar a Vossa Excelência a retificação da identificação no
polo passivo destes autos, passando a nele figurar RICHELME SILVA COSTA e não mais Rômulo Silva
Costa. Dessa forma, solicito que retifiquem eventuais registros no mesmo sentido referente à sentença
condenatória proferida nos autos n.º 0620631-32.2017.8.04.0001, da 10ª Vara Criminal de Manaus/AM,
executada neste processo de execução.
Sem mais para o momento, renovo protestos de estima e, desde já, agradeço pela colaboração e
deste emMOREIRA
mantenho-me à disposição de Vossa Excelência para eventuais esclarecimentos.
FERNANDES
Respeitosamente,
Validação
A(o) Excelentíssimo(a) Senhor(a) Secretário (a) da Secretaria de Administração Penitenciária do
Amazonas.
Nesta Capital

fls. 191
INTIMAÇÃO/CITAÇÃO ELETRÔNICA
Manaus / Juizado Especial da Fazenda Pública Estadual e Municipal

Autos nº 0654005-34.2020.8.04.0001
Ação: Petição Cível/PROC

CERTIFICA-SE que, nesta data, transcorreu o prazo de leitura

no Portal Eletrônico do ato de intimação/citação abaixo:
Destinatário do ato: Defensoria Pública do Estado do Amazonas
Teor do ato: De ordem do MM. Juiz de Direito deste Juizado, Dr. Antonio Itamar de
de contestação.
Advogado Selecionado << Informação indisponível >>

fls. 192
PODER JUDICIÁRIO DO AMAZONAS
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 71E713A.
ESTADO DO AMAZONAS
PODER JUDICIÁRIO
Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública Estadual e Municipal
Processo nº: 0654005-34.2020.8.04.0001

M40240
SENTENÇA
Vistos.
Trata-se de Ação de Reparação de Danos ajuizada por Romulo Silva Costa em face de
Estado do Amazonas.
Alega o Requerente, em síntese, no dia 08 de junho de 2017, foi vítima do crime de
falsidade ideológica, perpetrado por seu irmão RICHELME SILVA COSTA, no momento em que
este último foi preso pela polícia, conforme pode-se aferir do processo nº
0215374-57.2018.8.04.0001, que tramita na Vara de Execuções Penais.
Relata que, no momento em que Richelme Silva Costa foi preso, usou o nome e os dados
pessoais do Requerente para tentar obter vantagem, já que estava foragido da polícia.
Alega que, na própria audiência de instrução e julgamento, o Sr. Richelme Silva Costa
confessou ter usado o nome do Requerente, momento em que o Órgão Ministerial pediu a
retificação dos nomes, o que foi reiterado pela Defensoria Pública.
Ademais, ressalta ainda, que a sentença prolatada, naqueles autos, também suscitou o fato
dos nomes errados. Sendo assim, no dia 08/10/2018, o juízo ordenou que fosse oficiada a SEAP
para realizar a retificação do nome e qualificação do verdadeiro autor do crime, tendo sido realizado
confronto papiloscópico entre os senhores ROMULO e RICHELME, onde foi confirmado que o Sr.
RICHELME SILVA COSTA era quem deveria figurar no polo passivo daquela ação.
Por conseguinte, mais uma vez a Defensoria Pública, no dia 12/03/2019, entrou com o
pedido de providências em favor do Requerente, para que fosse realizada a retificação dos nomes,
tendo sido confirmada pelo Órgão Ministerial à fl. 145, no dia 08/08/2019. No entanto, até a data do
ajuizamento da ação, não houve nenhuma decisão que confirmasse o direito do Requerente.
Citado, o Estado do Amazonas apresentou contestação, alegando ausência de pressuposto
fls. 193
ESTADO DO AMAZONAS
PODER JUDICIÁRIO
de indenizar, bem como inexistência de conduta ilícita do Estado. Afirma que, segundo a Vara de
Execuções Penais em resposta ao ofício nº 00201/2020 PRC/PGE, uma vez encaminhado o Laudo
Papiloscópico à VEP, restou constatado que Richelme Silva Costa foi o autor do delito objeto de
condenação e, portanto, deveria cumprir a reprimenda imposta e sofrer os efeitos da condenação.
Dessa maneira, foi realizada a retificação do polo passivo da execução penal, bem como foi efetuada
a soma e unificação para fins de controle de pena. Por fim, requereu a total improcedência da ação.
É o sucinto relatório.
Fundamento e decido.
Tratando-se de questão de direito e sem necessidade de produção de prova em audiência,
JULGO ANTECIPADAMENTE A LIDE, com fulcro no artigo 355, inciso I, do Código de
Processo Civil.
MÉRITO
Incide, na espécie, a teoria do risco administrativo, segundo a qual o Estado responde
objetivamente pelos danos causados pelos seus agentes aos administrados, nos termos do art. 37, §
6º, da Constituição Federal, que assim dispõe:
"Art. 37 (...) § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de

direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável
nos casos de dolo ou culpa."
Nesse contexto, à luz do ordenamento jurídico vigente, a demonstração da

responsabilização civil do estado prescinde da demonstração de culpa do agente, sendo necessária
apenas a comprovação da existência dos seguintes elementos: conduta, dano suportado pela
vítima e o nexo de causalidade. Ausentes quaisquer um desses requisitos, não há que se falar em
responsabilização civil da Administração.
Pois bem.
fls. 194
ESTADO DO AMAZONAS
PODER JUDICIÁRIO
No caso dos autos, em que pese o Requerente tenha tido seu nome envolvido em processo
criminal por conduta praticada por seu irmão, a permanência do erro ocorreu em razão da
demora do ente público em retificar o nome correto do condenado. Explico.
Conforme se verifica às fls. 34, o resultado do exame papiloscópico, que confrontou as
impressões digitais do Requerente com as digitais existentes na identificação criminal n. 009/2019,
em nome do seu irmão Richelme, ocorreu em 09 de janeiro de 2019.
Contudo, a decisão que determinou a retificação dos nomes (fls.122), somente, ocorreu em
maio de 2020, ou seja, após um pouco mais de um ano da data do laudo acima mencionado.
Durante este lapso temporal, é possível observar que tanto o Ministério Público (fls.57)
quanto a Defensoria Pública (fls.58) pugnaram pela retificação do nome do condenado, no entanto
nada foi feito, não restando outra alternativa ao Requerente senão a propositura da presente ação.
In casu, não há dúvidas que o fato atingiu a honra, a imagem e a dignidade do autor, que
teve seu nome vinculado a pessoa condenada por crime, maculando, por consequência, sua
reputação.
Ressalte-se, ainda, que o Requerente teve seus direitos políticos suspensos (fls.19), situação
que perdurou por quase dois anos, fato que demonstra os inúmeros prejuízos e constrangimentos
que sofreu.
O aborrecimento suportado na espécie ultrapassa a esfera do razoável, não podendo ser
considerado mero dissabor.
E para amparar esse entendimento há forte jurisprudência sobre questão semelhante:
RECURSO INOMINADO. CIVIL. INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS.

EXPEDIÇÃO ERRADA DE CERTIDÃO POSITIVA DE
ANTECEDENTES CRIMINAIS. DANOS MORAIS
CARACTERIZADOS. REDUÇÃO DO VALOR DA INDENIZAÇÃO.
JUROS DE MORA A PARTIR DA CITAÇÃO E CORREÇÃO
MONETÁRIA A PARTIR DA DATA DO ARBITRAMENTO DA
INDENIZAÇÃO. SÚMULA Nº 362, DO STJ. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.(Relator (a): ERNANI
PIRES PAULA PESSOA JUNIOR; Comarca: Fortaleza; Órgão
julgador: 6ª Vara da Fazenda Pública; Data do julgamento:
11/12/2015; Data de registro: 15/12/2015)
fls. 195
ESTADO DO AMAZONAS
PODER JUDICIÁRIO
RECURSO INOMINADO DE AMBAS AS PARTES – DANOS

MORAIS – ERRO NA INSERÇÃO DE DADOS EM CERTIDÃO DE
ANTECEDENTES CRIMINAIS – INDENIZAÇÃO FIXADA EM
R$4.000,00 – INDENIZAÇÃO BEM SOPESADA –
DESPROVIMENTO DOS RECURSOS (TJSP; Recurso Inominado
Cível 1001158-49.2018.8.26.0097; Relator (a): Carlos Gustavo de
Souza Miranda; Órgão Julgador: Turma da Fazenda; Foro de
Buritama - Juizado Especial Cível e Criminal; Data do Julgamento:
14/12/2018; Data de Registro: 14/12/2018)
Portanto, no caso em tela, há de ser acolhido o pedido de compensação por dano

moral.
No que concerne à fixação do “quantum debeatur” para a reparação dos danos morais,
como é cediço, não existem critérios fornecidos pela lei. Nessa senda, a jurisprudência aponta
alguns indicativos que podem servir de parâmetros na fixação do valor de indenização.
Em geral recomenda-se evitar o enriquecimento sem causa do beneficiário e, ao mesmo
tempo, repreender o agressor de modo perceptível no seu patrimônio. A ideia que se aceita
hodiernamente é de se afastar o estímulo ao ilícito. Assim, atento aos princípios da
proporcionalidade, razoabilidade e adequação, tendo em conta as circunstâncias que envolveram o
fato, as condições pessoais e econômico-financeiras dos envolvidos, assim como o grau da ofensa
moral e a preocupação de não permitir que se transforme em fonte de renda indevida dos ofendidos,
bem como não passe despercebido pela parte ofensora, consistindo, destarte, no necessário efeito
pedagógico de evitar futuros e análogos fatos, entendo como justo arbitrar o valor em R$ 5.000,00.
Dispositivo.
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados
na inicial, condenando o Requerido ao pagamento de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a título de
indenização pelos danos morais.
Sobre a condenação dos danos morais deve ser acrescido correção monetária a contar do
presente julgamento (Súmula 362 do STJ), aplicando-se o IPCA-E, e juros de mora nos termos do
art. 1º-F da Lei n. 9.494/97, em conformidade com o RE nº 870947 (Tema 810 , a contar da data do
arbitramento.
fls. 196
ESTADO DO AMAZONAS
PODER JUDICIÁRIO
Por derradeiro, JULGO EXTINTO O FEITO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO nos

termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários, em observância ao disposto no art. 55 da Lei 9.099/95.
Certificado o trânsito em julgado, encaminhem-se os autos à contadoria para
atualização monetária dos valores.
Em seguida, intime-se o advogado da Requerente para, no prazo de 15 dias, para
apresentar as cópias das peças necessárias e demais informações prescritas no art. 534 do CPC, para
a instrução de precatório requisitório, nos termos da Resolução 003/2014-DVEXPED-TJ/AM.
Após, intime-se a Fazenda Pública para, querendo, se manifestar no prazo de 15 dias (art.
52, IX da Lei n. 9.099/95 c/c art. 7º da Lei n. 12.153/09).
Uma vez intimada, se a devedora não concordar com o valor executado (excesso de
execução), deverá declarar de imediato o valor que entende devido, sob pena de não conhecimento
da arguição, nos termos do art. 535 § 2 do CPC.
Caso não haja resistência, oficie-se a Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do

Amazonas, com amparo no art. 730, I do CPC, nos termos dos arts. 268 e 269 do
RI/TJAM/precatório.
Cumpridas as determinações, arquivem-se os autos com as cautelas de praxe.
P.R.I. Cumpra-se.
Manaus, 03 de novembro de 2020.
Antonio Itamar de Sousa Gonzaga

Juiz de Direito
fls. 197
Autos nº 0654005-34.2020.8.04.0001


Teor do ato: Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos

formulados na inicial, condenando o Requerido ao pagamento de R$ 5.000,00 (cinco
mil reais), a título de indenização pelos danos morais. Sobre a condenação dos danos
morais deve ser acrescido correção monetária a contar do presente julgamento (Súmula
362 do STJ), aplicando-se o IPCA-E, e juros de mora nos termos do art. 1º-F da Lei n.
9.494/97, em conformidade com o RE nº 870947 (Tema 810 , a contar da data do
arbitramento. Por derradeiro, JULGO EXTINTO O FEITO COM RESOLUÇÃO DO
MÉRITO nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil. Sem custas e
honorários, em observância ao disposto no art. 55 da Lei 9.099/95. Certificado o
trânsito em julgado, encaminhem-se os autos à contadoria para atualização monetária
dos valores. Em seguida, intime-se o advogado da Requerente para, no prazo de 15 dias,
para apresentar as cópias das peças necessárias e demais informações prescritas no art.
534 do CPC, para a instrução de precatório requisitório, nos termos da Resolução
003/2014-DVEXPED-TJ/AM. Após, intime-se a Fazenda Pública para, querendo, se
manifestar no prazo de 15 dias (art. 52, IX da Lei n. 9.099/95 c/c art. 7º da Lei n.
12.153/09). Uma vez intimada, se a devedora não concordar com o valor executado
(excesso de execução), deverá declarar de imediato o valor que entende devido, sob
pena de não conhecimento da arguição, nos termos do art. 535 § 2 do CPC. Caso não
haja resistência, oficie-se a Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas,
com amparo no art. 730, I do CPC, nos termos dos arts. 268 e 269 do
RI/TJAM/precatório. Cumpridas as determinações, arquivem-se os autos com as
cautelas de praxe. P.R.I. Cumpra-se. Manaus, 03 de novembro de 2020.
Estado do AmazonasS
Estado do Amazonas
Manaus (AM), 03 de dezembro de 2020.

fls. 198
Autos nº 0654005-34.2020.8.04.0001




fls. 199
ESTADO DO AMAZONAS
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por THEO EDUARDO RIBEIRO FERNANDES MOREIRA DA COSTA e tjam.jus.br, liberado nos autos em 08/12/2020 às 21:25 .
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 73C3E4A.
PODER JUDICIÁRIO
Autos nº: 0654005-34.2020.8.04.0001



Prazo: 10 dias
Intimado: Defensoria Pública do Estado do Amazonas
Teor do Ato: Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os
pedidos formulados na inicial, condenando o Requerido ao pagamento de R$
5.000,00 (cinco mil reais), a título de indenização pelos danos morais. Sobre a
condenação dos danos morais deve ser acrescido correção monetária a contar do
presente julgamento (Súmula 362 do STJ), aplicando-se o IPCA-E, e juros de
mora nos termos do art. 1º-F da Lei n. 9.494/97, em conformidade com o RE nº
870947 (Tema 810 , a contar da data do arbitramento. Por derradeiro, JULGO
EXTINTO O FEITO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO nos termos do artigo
487, inciso I, do Código de Processo Civil. Sem custas e honorários, em
observância ao disposto no art. 55 da Lei 9.099/95. Certificado o trânsito em
julgado, encaminhem-se os autos à contadoria para atualização monetária dos
valores. Em seguida, intime-se o advogado da Requerente para, no prazo de 15
dias, para apresentar as cópias das peças necessárias e demais informações
prescritas no art. 534 do CPC, para a instrução de precatório requisitório, nos
termos da Resolução 003/2014-DVEXPED-TJ/AM. Após, intime-se a Fazenda
Pública para, querendo, se manifestar no prazo de 15 dias (art. 52, IX da Lei n.
9.099/95 c/c art. 7º da Lei n. 12.153/09). Uma vez intimada, se a devedora não
concordar com o valor executado (excesso de execução), deverá declarar de
imediato o valor que entende devido, sob pena de não conhecimento da arguição,
nos termos do art. 535 § 2 do CPC. Caso não haja resistência, oficie-se a
Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, com amparo no art.
730, I do CPC, nos termos dos arts. 268 e 269 do RI/TJAM/precatório.
Cumpridas as determinações, arquivem-se os autos com as cautelas de praxe.
P.R.I. Cumpra-se. Manaus, 03 de novembro de 2020.
Manaus, 8 de Dezembro de 2020
fls. 200
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 73C3E4A.
fls. 201
INTIMAÇÃO/CITAÇÃO ELETRÔNICA
Manaus / Juizado Especial da Fazenda Pública Estadual e Municipal

Autos nº 0654005-34.2020.8.04.0001
Ação: Petição Cível/PROC

CERTIFICA-SE que, nesta data, transcorreu o prazo de leitura

no Portal Eletrônico do ato de intimação/citação abaixo:
Destinatário do ato: Estado do Amazonas

Advogado Selecionado << Informação indisponível >>

Estado do Amazonas
Estado do Amazonas
fls. 202
.
Estado do Amazonas
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 75C653F.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO
ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL E MUNICIPALDA COMARCA DE
MANAUS
PROCESSO Nº: 0654005-34.2020.8.04.0001
RECORRENTE: ROMULO SILVA COSTA
RECORRIDO: ESTADO DO AMAZONAS
ESTADO DO AMAZONAS, pessoa jurídica de direito público

interno, judicialmente presentado por sua Procuradora infrafirmada, na forma
prevista no art. 132 da Constituição Federal, no art. 23, inc. I, da Lei Estadual nº
1.639/83 (Lei Orgânica da PGE-AM) e no art. 75, II, do Código de Processo Civil, com
exercício na Procuradoria Geral do Estado, sita na Rua Emílio Moreira, nº 1308, fone
622.3904 Praça 14, nesta Capital, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência,
com base no art. 41 da Lei nº. 9.099/95, interpor, tempestivamente, RECURSO
INOMINADO, em face da sentença proferida, cujas razões seguem anexas. Após
regular processamento, sejam os autos remetidos às Egrégias Turmas Recursais.
Nesses termos,
pede deferimento.

2020.01.008395
OAB/AM Nº 6.088
2020.01.008395
Estado do Amazonas


fls. 203
fls. 204
.
Estado do Amazonas
RAZÕES RECURSAIS
PROCESSO Nº: 0654005-34.2020.8.04.0001
RECORRENTE: ROMULO SILVA COSTA
RECORRIDO: ESTADO DO AMAZONAS
EGRÉGIA TURMA RECURSAL,
I- DOS FATOS
Cuidam os autos de ação ordinária ajuizada por ROMULO SILVA

COSTA, na qual requer seja o Estado do Amazonas condenado no montante de
R$50.000,00 (cinquenta mil reais) a título de danos morais.
Alega que seu irmão, RICHELME SILVA COSTA, foi preso em 2017 e se
identificou como ROMULO SILVA COSTA perante a autoridade policial, o que
ensejou a instauração de uma persecução penal em seu desfavor.
Informa que o irmão e verdadeiro autor do delito confessou perante a

autoridade judiciária durante a audiência de instrução e julgamento chamar-se

2020.01.008395
fls. 205
.
Estado do Amazonas
RICHELME SILVA COSTA e não ROMULO SILVA COSTA.
Defende que embora tenha sido a falsidade ideológica constatada por

laudo pericial concluído em janeiro de 2019 até o presente momento não obteve
nenhuma decisão que confirme seu direito.
A sentença de primeiro grau julgou parcialmente procedente o pedido,

alegando que embora o erro tenha sido motivado pela conduta do irmão do autor,
fora a demora em promover a devida retificação que causou danos desarrazoados
ao demandante.
Com as venias de estilo, não merece prosperar tal entendimento, uma

vez que o conjunto probatório existente nos autos é suficiente para comprovar o
atendimento dos requisitos legais aplicáveis ao caso, merecendo reforma a
sentença prolatada pelo insigne julgador monocrático.
II- TEMPESTIVIDADE
A Fazenda foi devidamente intimada eletronicamente da sentença em

13/12/2021 (fl. 201) e dispondo de 10 (dez) dias úteis para a interposição do Recurso
Inominado em epígrafe, o termo ad quem seria em 27/01/2021, considerando a
suspensão dos prazos processuais, nos termos do art. 220 do CPC/15.
III- DO PREPARO
O recurso interposto pela Fazenda Pública independe do recolhimento de

preparo, conforme disposto no art. 1.007, §1º do CPC/15.
IV- DO MÉRITO

2020.01.008395
fls. 206
.
Estado do Amazonas
A Constituição Federal de 1988 dispõe:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos

Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado

prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Assim, a responsabilidade civil que recai sobre os atos da Fazenda Pública,

em regra, é objetiva, de tal sorte que não há que se falar em culpa, bastando que haja:
(a) conduta, (b) dano e (c) nexo causal.
Destaque-se que a ausência de qualquer dos referidos pressupostos

afasta/exclui a responsabilidade estatal, sendo imprescindível a detida análise do
caso, portanto.
Compulsandos os autos é de se ver que a inserção do nome do autor no

processo criminal que resultara na execução penal nº 0215374-57.2018.8.04.0001 é
fruto da conduta ilícita de seu irmão, uma vez que fora ele com vontade livre e
consciente quem induzira as autoridades judiciais ao erro.
Assim, considerando que a conduta que dera causa ao dano suportado

pelo autor NÃO PODE SER ATRIBUÍDA AO ESTADO, é imprescindível que se
reconheça a ausência de pressupostos fáticos e jurídicos que ensejem o dever de
indenizar do Estado do Amazonas.

2020.01.008395
fls. 207
.
Estado do Amazonas
Em verdade, a sentença proferida nos autos se fundamenta em suposto
demora de retificação, uma vez que entre o laudo pericial e a sentença que conhecera
o erro teria ocorrido um decurso temporal que o n. magistrado considerou
“desarrazoado”.
Ocorre que o juiz não possui o dever legal de proferir decisões em um

tempo determinado, como ocorre quanto às manifestações das partes (autor e réu),
seja no âmbito do processo penal, seja do cível. Devendo ser observado apenas o
princípio da “duração razoável do processo”. Considerando, todavia, que não há
definição do que seria “razoável”, é preciso observar as questões que circundam o
caso concreto.
Nesse sentido, justo e necessário que se observe a realidade das varas

criminais: inúmeros processos em face de recursos humanos limitados.
No mais, é com amparo nesta realidade que os prazos previstos na

legislação pátria quanto aos atos processuais reservados aos magistrados são ditos
“impróprios”, pois o descumprimento não enseja nenhuma sanção.
Insta esclarecer, ainda, que entre a confissão do crime de falsidade

ideológica e a sentença que reconheceu a má-fé do apenado durante sua identificação
pessoal perante a autoridade policial, a Fazenda destacou a possibilidade de
retificação em todos os seus atos, tendo o Estado-juiz se acautelado quanto à
imediata retificação apenas pela necessidade de produção de prova pericial e em
homenagem ao princípio do devido processo legal.
Após a juntada do laudo, aclare-se, o Estado procedeu a correta

identificação do apenado, tendo sido perpetrada a soma e a unificação das penas,
bem como esclarecido para todos os fins legais que o verdadeiro nome do autor dos
fatos era RICHELME e que Romulo era seu irmão e fora injustamente inserido no

2020.01.008395
fls. 208
.
Estado do Amazonas
polo passivo pelas falsas declarações do apenado.
Destarte, considerando que o Estado não cometeu nenhum ato ilícito- não
fora ele quem realizara a falsa identificação- e que o procedimento de retificação
observou todos as diretrizes processuais aplicáveis ao caso e, portanto, fora lícito, a
indenização mostra-se indevida.
No mais do mais, os atos de retificação não tiveram como termo inicial a

data da sentença que determinara a correção.
V- DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso,

reformando a sentença ora recorrida, com o consequente indeferimento do pleito.
Nesses termos,
pede deferimento.

OAB/AM Nº 6.088

2020.01.008395
fls. 209
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 76C364C.
ESTADO DO AMAZONAS
PODER JUDICIÁRIO
Processo nº: 0654005-34.2020.8.04.0001

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCO ANTONIO PINTO DA COSTA, liberado nos autos em 22/02/2021 às 08:52 .
E00544
DESPACHO
Recebo o presente recurso, nos termos do art. 43 da Lei n. 9.099/95.

Intime-se o(a) Recorrido(a) para, no prazo de 10 (dez) dias, oferecer
contrarrazões.
Após, com ou sem manifestação, remetam-se os autos à Turma Recursal
para julgamento.
Intime-se. Cumpra-se.
Manaus, 15 de fevereiro de 2021.
Marco A P Costa
Juiz de Direito
fls. 210
Autos nº 0654005-34.2020.8.04.0001


Teor do ato: Recebo o presente recurso, nos termos do art. 43 da Lei n. 9.099/95. Intime-
se o(a) Recorrido(a) para, no prazo de 10 (dez) dias, oferecer contrarrazões. Após, com
ou sem manifestação, remetam-se os autos à Turma Recursal para julgamento. Intime-
se. Cumpra-se.
Estado do AmazonasS
Estado do Amazonas
Manaus (AM), 22 de fevereiro de 2021.

fls. 211
Autos nº 0654005-34.2020.8.04.0001


Teor do ato: Recebo o presente recurso, nos termos do art. 43 da Lei n. 9.099/95. Intime-
se o(a) Recorrido(a) para, no prazo de 10 (dez) dias, oferecer contrarrazões. Após, com
ou sem manifestação, remetam-se os autos à Turma Recursal para julgamento. Intime-
se. Cumpra-se.
Manaus (AM), 22 de fevereiro de 2021.

fls. 212
ESTADO DO AMAZONAS
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 777DBDB.
PODER JUDICIÁRIO
Autos nº: 0654005-34.2020.8.04.0001



Prazo: 10 dias
Intimado: Defensoria Pública do Estado do Amazonas
Teor do Ato: Recebo o presente recurso, nos termos do art. 43 da Lei n. 9.099/95.
contrarrazões. Após, com ou sem manifestação, remetam-se os autos à Turma
Recursal para julgamento. Intime-se. Cumpra-se.
Manaus, 2 de Março de 2021

.
23ª Defensoria Pública de 1ª Instância Cívelfls. 213
Av. André Araújo, S/N – Bairro Aleixo
Telefone: (92) 98436-9228
E-mail: 23dpcivel1@defensoria.am.br
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL DA

FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE MANAUS-AM
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 777E3FB.
Processo: 0654005-34.2020.8.04.0001
Recorrente: Estado do Amazonas
Recorrido: Romulo Silva Costa
A DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO AMAZONAS, presentada por

este Defensor Público subscritor, no uso de suas atribuições legais e constitucionais,
prestando assistência jurídica integral, gratuita e representando, independente de mandato,
nos termos do art. 128, inciso XI, da Lei Complementar nº 80 de 1994, o (a) senhor (a)
ROMULO SILVA COSTA, já qualificado (a) nos autos em epígrafe, vem, perante Vossa
Excelência, com fulcro no art. 42, §2º, da Lei nº 9.099/90, apresentar:
CONTRARRAZÕES AO RECURSO INOMINADO
Do Estado do Amazonas (fls. 202-208), interposto em face da Sentença

proferida às fls. 192-196. Requer que, após cumpridas as formalidades legais, sejam os
presentes autos remetidos à Superior Instância.
Pugna, por fim, pela concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, nos
termos do artigo 5.º, inciso LXXIV, da Carta Magna e do art. 98, do Código de Processo
Civil, uma vez que o autor não tem condições de arcar com as despesas do processo sem
prejuízo do seu sustento e de sua família.
Nesses termos, pede deferimento.

Manaus/AM, 11 de fevereiro de 2021.

MATRÍCULA 394-8
.
Telefone: (92) 98436-9228
DAS CONTRARRAZÕES RECURSAIS
Processo: 0654005-34.2020.8.04.0001
Recorrente: Estado do Amazonas
Recorrido: Romulo Silva Costa
Egrégia Turma Recursal dos Juizados Especiais,

Ínclitos Julgadores
1. BREVE SÍNTESE
Trata-se de Ação de Reparação de Danos ajuizada por Romulo Silva

Costa, em face do Estado do Amazonas. O Recorrido, em suma, foi vítima de crime de
falsidade ideológico, perpetrado pelo seu irmão Richelme Silva Costa que, no momento
em que este último foi preso, declarou na delegacia de polícia ser Romulo Silva Costa.
Sem qualquer diligência do Estado, Richelme Silva Costa foi

indiciado, acusado e condenado como se fosse Romulo Silva Costa, conforme se
depreende da análise do processo de nº 0215374-57.2018.8.04.0001, em trâmite perante a
Vara de Execuções Penais.
Para piorar a situação, não obstante o Sr. Richelme tenha confessado,

em Audiência de Instrução e Julgamento, ter usado indevidamente o nome do seu
irmão, não houve a correção do polo passivo da ação, sendo que ATÉ A PRESENTE
DATA NÃO CONSEGUIU RETIRAR A CONDENAÇÃO DE SEU NOME, situação que
perdura há quase 04 anos.
Em razão do evidente dano moral, o douto juízo a quo julgou parcialmente

procedente o pedido do autor para condenar o Requerido em indenização pelos danos
morais suportados, no importe de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) (Sentença, fls. 192-196).
Inconformado, o Estado do Amazonas interpôs Recurso Inominado (fls.

202-208) em face da R. Sentença, alegando, em síntese:
A) A inocorrência de responsabilidade objetiva do Estado do Amazonas,

uma vez ausente o elemento conduta;
.
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B) Que a inserção do nome do autor nos autos do processo criminal se

deu em razão de conduta ilícita do seu irmão;
C) Que o juiz não tem o dever legal de proferir decisões em um tempo
determinado, devendo obediência apenas ao princípio da duração
razoável do processo;
D) A realidade das varas criminais;
E) A retificação posterior do polo passivo do processo criminal, por parte

do Estado.
Todavia, conforme será demonstrado a seguir, os apelos do Recorrente

não merecem acolhimento, devendo-se conservar todos os termos da sentença proferida
pelo douto juízo a quo.
2. DAS CONTRARRAZÕES RECURSAIS
Inicialmente, destaca-se que, ante a análise do processo de execução

penal de nº 0215374-57.2018.8.04.0001, em trâmite perante a Vara de Execuções Penais,
bem como por intermédio de consulta ao SEEU, verifica-se a seguinte linha temporal:
1) 09 de junho de 2017: o irmão do Autor foi recolhido na Central de

Recebimento e Triagem – CRT, com o nome de ROMULO SILVA COSTA,
mediante Termo de Audiência de Custódia exarado pelo juízo plantonista, por
infração ao artigo 157, § 2º, incisos I, II e V c/c art. 288 do CPB, nos autos do
processo criminal 0620631-32.2017.8.04.0001;
2) 06 de março de 2018: o irmão do Autor compareceu à audiência de

qualificação e interrogatório, ocasião em que se identificou com o seu
verdadeiro nome, qual seja, Richelme Silva Costa.
3) 14 de março de 2018: foi proferida Sentença na Vara de Origem. Nesta, o

juízo constatou a existência de dúvidas com relação à identificação civil
do “acusado Rômulo”, sem, contudo, alterá-la de fato, por considerar que o
réu não juntou identificação nominal hábil a comprovar o alegado;
4) 04 de maio de 2018: após ser certificado o trânsito em julgado na Vara de

Origem, juntou-se atestado de pena a cumprir em nome de Romulo Silva
Costa;
.
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5) 10 de agosto de 2018: o Ministério Público requereu a soma e a unificação das

penas em nome de Richelme Silva Costa, determinando que fosse oficiada
a direção do sistema prisional para que certificasse o nome correto e
qualificação do apenado;
6) 21 de agosto de 2018: a defensoria pública se manifestou nos autos

requerendo o esclarecimento formal da situação, relativa à identificação civil
do apenado. Na mesma oportunidade, juntou termo de declaração assinado
pela companheira do Sr. Richelme, afirmando que o seu companheiro
tinha usado o nome do irmão, Romulo, indevidamente;
7) 08 de outubro de 2018: o juízo determina que seja oficiada a SEAP, para

certificar o nome correto e a qualificação do apenado;
8) 09 de janeiro de 2019: JUNTADO LAUDO PAPILOSCÓPICO AOS AUTOS,

ATESTANDO QUE AS IMPRESSÕES DIGITAIS APRESENTADAS SÃO
DIVERGENTES E QUE NÃO PERTENCEM AO MESMO INDIVÍDUO;
9) 24 de janeiro de 2019: juntado aos autos novo atestado de pena a cumprir,

em nome de Romulo Silva Costa;
10) 24 de janeiro de 2019: ato ordinatório determinando a remessa dos autos ao

Ministério Público, para manifestação sobre os cálculos apresentados em
relação a Romulo Silva Costa;
11) 31 de janeiro de 2019: manifestação do Ministério Público requerendo a

retificação do atestado de pena a cumprir no que concerne aos cálculos
apresentados;
12) 12 de março de 2019: manifestação de Defensoria Pública requerendo,

novamente, a retificação da identificação do apenado, com a
consequente expedição de ofícios à SEAP e à Justiça Eleitoral para que
retifiquem eventuais registros concernentes à sentença condenatória
executada nos autos;
13) 30 de julho de 2019: determinação do juiz para que sejam dadas vistas ao
Ministério Público para manifestação;
14) 08 de agosto de 2019: ministério público reitera a manifestação de 10 de

agosto de 2018, requerendo a soma/unificação das penas em nome de
15) 27 de maio de 2020: O juízo da execução proferiu decisão reconhecendo a

irregularidade e determinando a correção do nome do apenado para
Richelme Silva da Costa:
.
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Fica claro, dessa forma, que o Estado demorou mais de 2 (dois) anos
para determinar a correção do nome do acusado/condenado, contando-se o prazo a
partir do dia 06/03/2018, ocasião na qual o réu revelou o seu verdadeiro nome na
audiência de interrogatório. A partir desta data, deveria o Estado, por meio da polícia civil
e de requerimento do Ministério Público, ter realizado diligências para constatar o verdadeiro
nome do acusado.
E não é só, até hoje a situação não foi completamente resolvida, conforme
será exposto, tendo em vista que somente em 29 de janeiro de 2021 foram juntados nos
autos de execução penal o cumprimento de diligência determinada pelo Juízo,
atestando o seguinte:
a. Envio de documentos ao TJAM, requisitando o cumprimento das
decisões de retificação do nome do executado;
b. Envio de e-mail ao TRE, requisitando o cumprimento das decisões de

retificação do nome do executado;
.
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c. Certidão atestando que a Secretaria de Administração Penitenciária

comunicou que não consta, nos bancos de dado daquela SEAP,
informações referentes ao interessado Rômulo;
d. Requisição para que o polo passivo seja corrigido, na ação de

conhecimento.
A prestação jurisdicional, no caso em comento, tanto em sua função típica

quanto atípica, causou manifestos danos ao Recorrido: dentre todos os absurdos cometidos,
é ainda mais estarrecedor que o Juízo Sentenciante tenha expedido guia de recolhimento
em nome de Romulo Silva Costa, mesmo existindo fundada dúvida acerca da real
identidade civil do réu, nos autos de conhecimento penal.
2.1. DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL DESIDIOSA.
Ante a análise dos autos citados, verifica-se que, após a formalização do

Processo de Execução Penal e, mesmo após a juntada de laudo papiloscópico, a Vara
de Execuções Penais continuou a insistir no engano, determinando a emissão de
novo atestado de pena a cumprir em nome de Romulo Silva Costa, ao invés de
resolver incidente seríssimo instaurado no curso da execução, qual seja, a incerteza
quanto a identificação civil do apenado, em claro descaso. Como salientado, somente
em 27 de maio de 2020 a Vara de Execução Penal reconheceu a necessidade de correção
do nome do apenado.
Quanto a alegação do Estado do Amazonas de que o juiz não tem o dever

legal de proferir decisões em um tempo determinado e de que somente deve obediência ao
princípio da razoável duração do processo, frisa-se que é muito conveniente ao
Recorrente se apoiar, nesse momento, no princípio da razoável duração. Uma vez que
este se trata de um conceito aberto, requer que se proceda a uma análise concreta, caso
a caso. In casu, trata-se de um processo penal, ocasionador de pena privativa de liberdade.
Sabe-se que, no ordenamento jurídico pátrio, a restrição de liberdade é medida da mais
excepcional, razão pela qual não se admite a imposição imediata da sanção penal sem que
exista um processo regular para tanto. Nesse sentido, aduz Renato Brasileiro de Lima:
(...) Mas o Estado não pode punir de qualquer maneira. Com efeito,
considerando-se que, da aplicação do direito penal pode resultar a
privação da liberdade de locomoção do agente, entre outras penas,
não se pode descurar do necessário e indispensável respeito a direitos e
.
Telefone: (92) 98436-9228
liberdades individuais que tão caro custam para serem reconhecidos e que,
em verdade, condicionam a legitimidade da atuação do próprio aparado
estatal em um Estado Democrático de Direito. (...)1
Ser réu em uma ação penal já é situação das mais difíceis; ter o seu nome
vinculado e efetivamente condenado por um crime é situação muito pior.
Nessa senda, a clara desídia dos agentes do Estado configura ilícito

passível de indenização: as últimas manifestações nos autos de execução constituem
verdadeiros apelos da Defensoria Pública para que seja retificado o polo passivo do
processo, tendo em vista a ingerência na esfera jurídica de um indivíduo que nada tem
a ver com a condenação. Nesse ínterim, o autor sofreu (e ainda sofre) sérios abalos em
razão da demora na prestação jurisdicional, em patente afronta ao princípio da dignidade da
pessoa humana, fundamento da República Federativa do Brasil (art. 1º, III, CRFB/88).
Não obstante conserve o seu direito à liberdade de locomoção, o

Autor vem sendo submetido, desde o longínquo ano de 2017, às mais diversas
consequências advindas do fato de ter sido, nominalmente, condenado por um crime
que não cometeu.
Sabe-se que a condenação criminal abarca efeitos principais e

secundários. Os seus efeitos principais constituem a consequência jurídico-penal imediata,
qual seja, a aplicação de pena. Já os efeitos secundários, classificados em penais e
extrapenais, correspondem, em apertada síntese, ao histórico de reincidência,
responsabilidade patrimonial, suspensão dos direitos políticos e entre outros. Todavia, além
destes, destaca-se o grave estigma que acompanha o apenado, ocasionando em
consequências sociais nefastas para aquele que pratica um delito – as quais, muitas
vezes, dificultam ou até mesmo impedem a sua devida ressocialização.
O cerne do caso em análise consiste na notoriedade, mediante o vasto

lastro probatório presente tanto nestes autos quanto nos autos de nº
0215374-57.2018.8.04.0001, de que o irmão do Autor, Sr. Richelme Silva Costa, se utilizou
do nome do Sr. Romulo Silva Costa e dos seus dados para identificação criminal. E que,
embora seja este um incidente seríssimo no curso do processo de conhecimento, bem como
da execução, transcorreu-se mais de 1 (um) ano até que fosse proferida decisão em
favor do autor confirmando a necessidade de DESVINCULAÇÃO do seu nome do
1
Lima, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal: volume único / Renato Brasileiro de Lima –
5. Ed. rev., ampl. e atual. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2017. P. 37.
.
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processo penal e dos efeitos decorrentes da condenação, mesmo após a juntada de

laudo papiloscópico atestando cabalmente a falsidade.
Pior: mesmo após proferida decisão com eficácia de ofício, em 27 de
maio de 2020, até o presente momento (11 de fevereiro de 2021) ainda não foram
cumpridas todas as diligências necessárias para que o nome do Recorrido seja
completamente dissociado do crime em questão:
.
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Tem-se, dessa forma, a referida linha temporal (a qual pode ser verificada
por meio de consulta ao sistema SEEU):
b) Em 27 de maio de 2020: proferida decisão determinando a retificação
do polo passivo da execução penal e requisitando a intimação da SEAP
e do TRE;
c) Entre 27 de maio de 2020 e 02 de dezembro de 2020, diversas

movimentações processuais sem, contudo, se dar cumprimento à
referida decisão;
d) Em 02 de dezembro de 2020: novo pedido da Defensoria Pública,

requerendo o cumprimento da decisão;
e) Em 03 de dezembro de 2020: decisão determinando a reiteração dos

expedientes à SEAP e à Justiça Eleitoral e, dessa vez, também ao
próprio TJAM, a fim de que retifiquem e retirem eventuais registros e
restrições em nome de RÔMULO SILVA COSTA;
f) Em 28 de janeiro de 2021: manifestação da parte requerendo,

novamente, o cumprimento da decisão;
g) Em 29 de janeiro de 2021: juntado cumprimento de diligência,

atestando o seguinte:
a. Envio de documentos ao TJAM, requisitando o cumprimento

das decisões;
b. Envio de e-mail ao TRE, requisitando o cumprimento das

decisões;
c. Certidão atestando que a Secretaria de Administração

Penitenciária comunicou que não consta, nos bancos de dado
daquela SEAP, informações referentes ao interessado Rômulo;
d. Requisição para que o polo passivo seja corrigido, na ação de

conhecimento.
2.2. DOS DANOS SUPORTADOS.
Dizer que, no caso em comento, existiu respeito a razoável duração do

processo constitui, com a devida vênia, verdadeira afronta ao Autor que, em razão de
incidente seríssimo instaurado no processo da execução e ao qual deveria ter sido
.
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dada extrema prioridade, teve os seus direitos políticos suspensos e já foi, inclusive,
impedido até de conseguir emprego, em razão dos antecedentes que constam em seu
nome.
Não obstante os abalos morais efetivamente sofridos, o dano em questão é

in re ipsa, ou seja, independe de prova da dor e do sofrimento para sua configuração, uma
vez que incide em direito de personalidade, qual seja, a honra objetiva do autor:
(...) Sempre que demonstrada a ocorrência de ofensa injusta à

dignidade da pessoa humana, dispensa-se a comprovação de dor e
sofrimento para configuração de dano moral. Segundo doutrina e
jurisprudência do STJ, onde se vislumbra a violação de um direito
fundamental, assim eleito pela CF, também se alcançará, por
consequência, uma inevitável violação da dignidade do ser humano. A
compensação nesse caso independe da demonstração da dor,
traduzindo-se, pois, em consequência in re ipsa, intrínseca à própria
conduta que injustamente anja a dignidade do ser humano. Aliás,
cumpre ressaltar que essas sensações (dor e sofrimento), que
costumeiramente estão atreladas à experiência das vímas de danos
morais, não se traduzem no próprio dano, mas têm nele sua causa direta .
ST, REsp 1.292.141-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 4/12/2012.
(...) a priorização do ser humano pelo ordenamento jurídico nacional exige

que todo o Direito deva convergir para sua máxima tutela e proteção.
Desse modo, exige-se o pronto repúdio a quaisquer violações
dirigidas à dignidade da pessoa, bem como a responsabilidade civil
quando já perpetrados os danos morais ou extrapatrimoniais. Nessa
linha de raciocínio, tem-se que a proteção da segurança e da saúde do
consumidor tem, inegavelmente, cunho constucional e de direito
fundamental, na medida em que esses valores decorrem da especial
proteção conferida à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF).
Cabe ressaltar que o dano moral não mais se restringe à dor, à
tristeza e ao sofrimento, estendendo sua tutela a todos os bens
personalíssimos. Em outras palavras, não é a dor, ainda que se tome
esse termo no sendo mais amplo, mas sua origem advinda de um
dano injusto que comprova a existência de um prejuízo moral ou
imaterial indenizável. Logo, uma vez verificada a ocorrência de defeito no
.
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produto, a afastar a incidência exclusiva do art. 18 do CDC à espécie (o

qual permite a reparação do prejuízo material experimentado), é dever do
fornecedor de reparar também o dano extrapatrimonial causado ao
consumidor, fruto da exposição de sua saúde e segurança a risco concreto
e da ofensa ao direito fundamental à alimentação adequada, corolário do
princípio da dignidade da pessoa humana. STJ, REsp 1.424.304-SP, Rel.
Min. Nancy Andrighi, julgado em 11/3/2014.
Logo, devidamente demonstrada a existência de nexo de causalidade

entre a conduta ilícita do Estado e os danos suportados pelo autor, fazendo-se mister,
portanto, o dever de indenizar. Nesse sentido, decidiu, acertadamente, o douto juízo a quo, o
qual considerou, em sede de Sentença (fls. 192-196), o seguinte:
(...) No caso dos autos, em que pese o Requerente tenha tido seu nome
envolvido em processo criminal por conduta praticada por seu irmão, a
permanência do erro ocorreu em razão da demora do ente público em
retificar o nome correto do condenado. Explico. Conforme se verifica às fls.
34, o resultado do exame papiloscópico, que confrontou as impressões
digitais do Requerente com as digitais existentes na identificação criminal
n. 009/2019, em nome do seu irmão Richelme, ocorreu em 09 de janeiro
de 2019.Contudo, a decisão que determinou a retificação dos nomes
(fls.122), somente, ocorreu em maio de 2020, ou seja, após um pouco mais
de um ano da data do laudo acima mencionado. Durante este lapso
temporal, é possível observar que tanto o Ministério Público (fls.57) quanto
a Defensoria Pública (fls.58) pugnaram pela retificação do nome do
condenado, no entanto nada foi feito, não restando outra alternativa ao
Requerente senão a propositura da presente ação. In casu, não há
dúvidas que o fato atingiu a honra, a imagem e a dignidade do autor,
que teve seu nome vinculado a pessoa condenada por crime,
maculando, por consequência, sua reputação. Ressalte-se, ainda, que
o Requerente teve seus direitos políticos suspensos (fls.19), situação
que perdurou por quase dois anos, fato que demonstra os inúmeros
prejuízos e constrangimentos que sofreu. O aborrecimento suportado
na espécie ultrapassa a esfera do razoável, não podendo ser
considerado mero dissabor. (...) (grifos nossos)
.
Telefone: (92) 98436-9228
3. PEDIDOS
Pelo exposto, requer:
a) Que seja julgado totalmente improcedente o Recurso Inominado do

Estado do Amazonas, com a consequente confirmação de procedência
dos pleitos autorais;
b) A concessão do benefício da Justiça Gratuita, preceituado no artigo 5.º,

LXXIV, da Carta Magna, bem como no art. 98, do Código de Processo
Civil, por não ter o Autor condições de arcar com as despesas do
processo sem prejuízo do seu sustento e de sua família;
c) A condenação da parte recorrente ao pagamento de custas e

honorários advocatícios, nos termos do art. 85, §8º, do Código de
Processo Civil, a serem revertidos em favor do Fundo Especial da
Defensoria Pública - FUNDEP (Conta corrente nº 9229-0, Agência nº
3563-7, Banco do Brasil S/A.), na forma do artigo 25, XXXIX, da Lei
Complementar Estadual nº 01/90;
d) A intimação pessoal deste Defensor Público subscritor de todos

os atos do processo, contando-se em dobro os prazos, conforme
prerrogativa assegurada pelo art. 128, da Lei Complementar nº
80/94, sob pena de nulidade de todos os atos processuais
praticados.
Nesses termos, pede deferimento.

Manaus/AM, 11 de fevereiro de 2021.

MATRÍCULA 394-8
fls. 225
AM
PODER JUDICIÁRIO
Autos nº: 0654005-34.2020.8.04.0001


Prazo: 10 dias
Teor do Ato: Recebo o presente recurso, nos termos do art. 43 da Lei n. 9.099/95.
contrarrazões. Após, com ou sem manifestação, remetam-se os autos à Turma
Recursal para julgamento. Intime-se. Cumpra-se.
Manaus (AM ), 3 de Março de 2021

fls. 226
3.ª TURMA RECURSAL DO ESTADO DO AMAZONAS

Gabinete do Juiz Moacir Pereira Batista
____________________________________________
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 21003E7.
Recurso Inominado Cível n.º 0654005-34.2020.8.04.0001
Juiz Sentenciante: Antonio Itamar de Sousa Gonzaga
Recorrente: Romulo Silva Costa
Recorrido: Estado do Amazonas
Relator: Moacir Pereira Batista
EMENTA: RECURSO INOMINADO – JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA

PÚBLICA - AÇÃO INDENIZATÓRIA – NOME DO REQUERENTE ENVOLVIDO
EM PROCESSO CRIMINAL, DE FORMA EQUIVOCADA. DEMORA
EXCESSIVA E INJUSTIFICADA PARA CORREÇÃO DO ERRO PELO ESTADO.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO – OMISSÃO ILÍCITA - DANO
MORAL CARACTERIZADO - SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU
CONDENATÓRIA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS -
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MOACIR PEREIRA BATISTA, liberado nos autos em 25/08/2022 às 12:05 .
QUANTUM INDENIZATORIO PROPORCIONAL AO DANO – RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
1. Relatório dispensado na forma da lei.
2. A sentença deve ser mantida por seus próprios fundamentos, com os
acréscimos constantes da ementa que integra este acórdão, conforme dicção do
art. 46 da lei nº 9.099/95, verbis:
Art.46. O julgamento em segunda instância constará apenas da ata,
com a indicação suficiente do processo, fundamentação sucinta e
parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos próprios
fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão, com os
acréscimos constantes da ementa que integra este acórdão.
3. Analisando o caso em comento vê-se que o serviço fora falho, pois a
permanência do erro ocorreu em razão da demora do ente público em retificar o
nome correto do condenado, devendo ser mantida a sentença condenatória do
primeiro grau.
4. Diante disto, CONHEÇO DO RECURSO, mas NEGO-LHE PROVIMENTO,
mantenho a sentença atacada e me sirvo dos seus fundamentos para
exarar esta súmula de julgamento como acórdão (art. 46 da Lei 9.099/95).
Condeno o recorrente ao pagamento de honorários advocatícios de 20% sobre o
valor da condenação.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos.
Acordam os Juízes que compõem a Terceira Turma Recursal do

Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Amazonas, por unanimidade de votos, em
conhecer do recurso para lhe negar provimento, nos termos desta súmula de
julgamento que serve como acórdão.
Manaus, 25 de julho de 2022.
1
RELATOR
(assinado digitalmente)
Moacir Pereira Batista
____________________________________________
2
fls. 227
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 21003E7.
fls. 228
3ª Turma Recursal
Autos nº 0654005-34.2020.8.04.0001
Ação: Recurso Inominado Cível

Recorrente: Romulo Silva Costa e Defensoria Pública do Estado do Amazonas.

encaminhado para intimação/citação no Portal Eletrônico do TJAM.
Teor do ato: 'Acordam os Juízes que compõem a Terceira Turma Recursal do Juizados
Especiais Cíveis e Criminais do Amazonas, por unanimidade de votos, em conhecer do
recurso para lhe negar provimento, nos termos desta súmula de julgamento que serve
como acórdão.'
Manaus (AM), 30 de agosto de 2022

fls. 229
3ª Turma Recursal
Autos nº 0654005-34.2020.8.04.0001


como acórdão.'
Manaus (AM), 30 de agosto de 2022

fls. 230
ENCERRAMENTO DO PRAZO DE LEITURA DA INTIMAÇÃO/CITAÇÃO
ELETRÔNICA
Órgão Julgador: 3ª Turma Recursal

Autos nº 0654005-34.2020.8.04.0001

CERTIFICA-SE que transcorreu o prazo de leitura do ato de

intimação/citação descrito abaixo:
[Nome do responsável pela senha]
como acórdão.'

fls. 231
AM
PODER JUDICIÁRIO
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 21502AD.
Autos nº: 0654005-34.2020.8.04.0001
Foro: Turmas Recursais dos Juizados Especiais


Prazo: 15 dias
Teor do Ato: 'Acordam os Juízes que compõem a Terceira Turma Recursal do
Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Amazonas, por unanimidade de votos,
em conhecer do recurso para lhe negar provimento, nos termos desta súmula de
julgamento que serve como acórdão.'
Manaus (AM), 9 de Setembro de 2022

fls. 232
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MICAEL PINHEIRO NEVES SILVA e tjam.jus.br, protocolado em 15/09/2022 às 16:21 , sob o número PWTR22100343998.
Estado do Amazonas
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 21762F3.
AO EXCELENTÍSSIM O SENHOR RELATOR DO RECURSO INOM INADO Nº
0654005-34.2020.8.04.0001 .
APELAÇÃO CÍVEL Nº . 0654005-34.2020.8.04.0001
EM BARGANTE: ESTADO DO AM AZONAS
EM BARGADO: ROM ULO SILVA COSTA
ESTADO DO AM AZONAS, Pessoa Jurídica de Direit o Público Int erno, nest e at o
present ado pelo Procurador do Est ado infrafirmado, nos t ermos do art . 132 da Const it uição Federal,
no art . 75, inciso II, do Código de Processo Civil 2015, e no art . 23, inciso I, da Lei Est adual n.º
1.639/ 83, com exercício funcional na Procuradoria Geral do Est ado, sit uada na Rua Emílio M oreira,
1308, Praça 14 de janeiro, CEP 69.020-040, nest a Capit al, vem, à presença de Vossa Excelência, opor
EM BARGOS DE DECLARAÇÃO
em face do r. Acórdão de fls. 226/ 227 , com fulcro nos art s. 1.022 e ss. do Código de Processo Civil de
2015, fazendo-o com apoio nas razões que seguem.
I. DA TEM PESTIVIDADE
Cumpre, desde logo, demonst rar a t empest ividade do present e recurso.
O prazo de Embargos Declarat órios é de cinco dias út eis.
Considerando que o Est ado t omou ciência da Decisão no dia 09/ 09/ 2022 , conforme
cert idão de fls. 231 dos Aut os, t em-se que o t ermo final se dará em 16/ 09/ 2022.
Port ant o, há que se reconhecer a t empest ividade da present e manifest ação.
II. DA SÍNTESE PROCESSUAL

2020.01.008395
fls. 233
Estado do Amazonas
Trat a-se de Ação de indenização por danos morais, ajuizada por ROM ULO SILVA COSTA,
na qual requer seja o Est ado do Amazonas condenado no mont ant e de R$50.000,00 (cinquent a mil
reais).
Alega que seu irmão, RICHELM E SILVA COSTA, foi preso em 2017 e se ident ificou como
ROM ULO SILVA COSTA perant e a aut oridade policial, o que ensejou a inst auração de uma
persecução penal em seu desfavor. Informa que o irmão e verdadeiro aut or do delit o confessou
perant e a aut oridade judiciária durant e a audiência de inst rução e julgament o chamar-se RICHELM E
SILVA COSTA e não ROM ULO SILVA COSTA.
Defende que embora t enha sido a falsidade ideológica const at ada por laudo pericial
concluído em janeiro de 2019 at é o present e moment o não obt eve nenhuma decisão que confirme
seu direit o. A sent ença de primeiro grau julgou parcialment e procedent e o pedido,alegando que
embora o erro t enha sido mot ivado pela condut a do irmão do aut or,fora a demora em promover a
devida ret ificação que causou danos desarrazoados ao demandant e.
O Est ado do Amazonas, diant e da inconformidade com a sent ença prolat ada pelo dout o
Juízo de primeiro grau, int erpôs Recurso Inominado, qual foi julgado nos seguint es t ermos:
A sent ença deve ser mant ida por seus próprios fundament os, com os
acréscimos const ant es da ement a que int egra est e acórdão, conforme
dicção do art . 46 da lei nº 9.099/ 95, verbis: Art .46. O julgament o em
segunda inst ância const ará apenas da at a,com a indicação suficient e do
processo, fundament ação sucint a e part e disposit iva. Se a sent ença for
confirmada pelos próprios fundament os, a súmula do julgament o servirá de
acórdão, com os acréscimos const ant es da ement a que int egra est e
acórdão.3. Analisando o caso em coment o vê-se que o serviço fora falho,
pois a permanência do erro ocorreu em razão da demora do ent e público
em ret ificar o nome corret o do condenado, devendo ser mant ida a sent ença
condenat ória do primeiro grau.4. Diant e dist o, CONHEÇO DO RECURSO,
mas NEGO-LHE PROVIM ENTO,mant enho a sent ença at acada e me sirvo dos
seus fundament os para exarar est a súmula de julgament o como acórdão
(art . 46 da Lei 9.099/ 95).Condeno o recorrent e ao pagament o de

2020.01.008395
fls. 234
Estado do Amazonas
honorários advocat ícios de 20% sobre o valor da condenação
Ocorre que o r. decisum incorreu em omissão, de modo que se faz necessária a oposição
dos present es embargos com o fit o de eliminá-las, de acordo com o que preconiza o art. 1.022, I do
CPC/ 15 .
III. DAS RAZÕES RECURSAIS. DA EXISTÊNCIA DE OM ISSÃO. DA AUSÊNCIA DE FALHA NA
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO.
O art. 1.022 do Código de Processo Civil 2015 prevê hipót eses para o cabiment o de
embargos de declaração cont ra decisões judiciais, senão veja-se:
Art . 1.022. Cabem embargos de declaração cont ra qualquer decisão
judicial para:
II - suprir omissão de pont o ou quest ão sobre o qual devia se pronunciar o
juiz de ofício ou a requeriment o;
Com efeit o, o Est ado do Amazonas arguiu em sede recursal a ausência de pressupost os
fát icos e jurídicos capazes de ensejar o dever de indenizar, post o que realizou corret ament e o
procediment o de ret ificação do Aut or e t ambém não deu causa a qualquer dano suport ado por est e.
Sobre esses argument os, a Turma em nada pronunciou, limit ando-se a rat ificar o
ent endiment o da sent ença de primeiro grau, fundament ando a condenação em supost a demora de
ret ificação, uma vez que ent re o laudo pericial e a sent ença que reconheceu o erro t eria ocorrido um
decurso t emporal que o n. magist rado considerou “ desarrazoado” .
Sobre isso, faz-se necessário relembrar que o juiz não possui o dever legal de proferir
decisões em um t empo det erminado, como ocorre quant o às manifest ações das part es (aut or e réu),
seja no âmbit o do processo penal, seja do cível. Devendo ser observado apenas o princípio da
“ duração razoável do processo” . Considerando, t odavia, que não há definição do que seria
“ razoável” , é preciso observar as quest ões que circundam ocaso concret o. Nesse sent ido, just o e
necessário que se observe a realidade das varas criminais: inúmeros processos em face de recursos
humanos limit ados.

2020.01.008395
fls. 235
Estado do Amazonas
E é com amparo nest a realidade que os prazos previst os na legislação pát ria quant o aos
at os processuais reservados aos magist rados são dit os “ impróprios” , pois o descumpriment o não
enseja nenhuma sanção. Inst a esclarecer, ainda, que ent re a confissão do crime de falsidade
ideológica e a sent ença que reconheceu a má-fé do apenado durant e sua ident ificação pessoal
perant e a aut oridade policial, a Fazenda dest acou a possibilidade de ret ificação em t odos os seus
at os, t endo o Est ado-juiz se acaut elado quant o à imediat a ret ificação apenas pela necessidade de
produção de prova pericial e em homenagem ao princípio do devido processo legal.
Rememora-se que logo após a juntada do laudo, o Estado procedeu a correta
identificação do apenado, tendo sido perpetrada a soma e a unificação das penas, bem como
esclarecido para todos os fins legais que o verdadeiro nome do autor dos fatos era RICHELM E e
que Romulo era seu irmão e fora injustamente inserido no polo passivo pelas falsas declarações do
apenado.
Não se t rat a de prest ar um " serviço público falho" conforme o excelent íssimo Relat or
descreve. Trat a-se, pois, da observância às diret rizes procediment ais da ret ificação aplicáveis ao
caso.
Assim, conforme fundament ação supra, não há dúvidas de que a quest ão é prejudicial
para a verificação da inexist ência de qualquer at o ilícit o prat icado pelo Est ado. Dessa forma, rest a
demonst rada a omissão e ausência de fundament ação que devem ser sanados mediant e os
present es Embargos.
III DOS PEDIDOS
Ant e o expost o, demonst rada a juridicidade das present es razões, requer-se sejam os
presentes embargos de declaração acolhidos, a fim de que esta Turma pronuncie-se acerca da
omissão e ausência de fundamentação, nos moldes do art. 1.022, II do CPC/ 15 .
Nest es t ermos, pede deferiment o.
M anaus, 15 de set embro de 2022.
M ICAEL PINHEIRO NEVES SILVA
OAB/ AM Nº 6.088

2020.01.008395
fls. 236
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 21AF99C.
EDITAL DE INTIMAÇÃO
3ª Turma Recursal
Fica o(a) Dr(a). Defensoria Pública do Estado do Amazonas, Todos os representantes das partes passivas Não
informado , advogado de Defensoria Pública do Estado do Amazonas e Romulo Silva Costa, Estado do Amazonas, e
intimado(a,s), no prazo legal, para apresentar(em) CONTRARRAZÕES AOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO/RECURSO EXTRAORDINÁRIO/AGRAVO nos autos de Recurso Inominado Cível nº
0654005-34.2020.8.04.0001 , interposto Defensoria Pública do Estado do Amazonas e Romulo Silva Costa. Manaus,
26 de setembro de 2022.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por WALCIMAR DE LIMA DA SILVA, liberado nos autos em 26/09/2022 às 11:23 .
fls. 237

Embargos de Declaração em Recurso Inominado Cível n.º 0654005-34.2020.8.04.0001
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 25EF4EA.
Embargante: Estado do Amazonas
Embargados: Romulo Silva Costa e outro
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – HIPÓTESES DE CABIMENTO – INOCORRÊNCIA DE

OMISSÃO CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE – ACÓRDÃO MANTIDO – EMBARGOS
DECLARATÓRIOS NÃO PROVIDOS.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos.
Acordam os Juízes que compõem a Terceira Turma Recursal do Juizados Especiais
Cíveis e Criminais do Amazonas, por unanimidade de votos, em negar provimento aos Embargos de
Declaração.
Participaram do julgamento, além do signatário, os eminentes Juízes que participaram da

sessão.
Manaus, 13 de fevereiro de 2023.

RELATOR
1
fls. 238

Relatório dispensado, nos termos do art. 38 da Lei n.º 9.099/95.
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 25EF4EA.
VOTO
Dr. Moacir Pereira Batista (JUIZ RELATOR).
O art. 48 da Lei nº. 9.099/95, autoriza a oposição de Embargos de Declaração nos casos
dispostos no Código de Processo Civil, quais sejam:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de
ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
A obscuridade que seria a decisão que falta clareza, comprometendo a adequada

compreensão da ideia exposta na decisão judicial. A contradição, por sua vez, seria a decisão que
encerra duas ou mais proposições inconciliáveis. Obviamente, não configura contradição o
antagonismo entre as razões e as alegações das partes. O próprio código destaca ainda o conceito de
omissão quando diz que é ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento. Por fim, também é possível a interposição quando no caso de erro material. Portanto,
tais argumentos representam tão somente error in procedendo. Vide o que afirma o STJ:
4. Os embargos de declaração somente se prestam a corrigir error in procedendo e

possuem fundamentação vinculada, dessa forma, para seu cabimento,
imprescindível a demonstração de que a decisão embargada se mostrou ambígua,
obscura, contraditória ou omissa, conforme disciplina o art. 535 do Código de
Processo Civil (ou art. 1.022 do CPC/2015), bem como para sanar eventual erro
material. Portanto, a mera irresignação com o resultado de julgamento, visando,
assim, a reversão do julgado, não tem o condão de viabilizar a oposição dos
aclaratórios. (EDcl na Pet 6.642/RS, Rel. Min. Reynaldo Soares Da Fonseca, 3ª
Seção, j. em 26/04/2017, DJe 02/05/2017)
Entendo que, não obstante o inconformismo do Embargante, não há que se lançar sobre
o julgado a pecha de omisso, contraditório ou obscuro, pois o que pretende a parte embargante é a
rediscussão do mérito da sentença.
Dito isso, CONHEÇO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, porém NEGO-LHES

PROVIMENTO.
Sem custas em primeiro grau de jurisdição, ex vi do art. 55 da Lei 9.099/95.
É como voto.

RELATOR
2
fls. 239
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 26FD2E8.
3ª Turma Recursal
EXTRATO DA MINUTA DO JULGAMENTO
Processo: 0654005-34.2020.8.04.0001
Classe: Recurso Inominado Cível
Origem: 1º Juizado Especial da Fazenda Pública Estadual e Municipal]
Presidente: Irlena Leal Benchimol]
Membros: Composição de julgamento do processo na sessão Não informado
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JAILTON ANDRADE MARTINS, liberado nos autos em 13/03/2023 às 09:09 .
Recorrente: Defensoria Pública do Estado do Amazonas e Romulo Silva Costa
Advogado: Defensoria Pública do Estado do Amazonas
Advogado: Todos os representantes das partes passivas Não informado
A 3ª Turma Recursal, em sessão Sessão virtual realizada em ambiente virtual julgou os

presentes autos, tendo decidido "'Acordam os Juízes que compõem a Terceira Turma Recursal
do Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Amazonas, por unanimidade de votos, em negar
provimento aos Embargos de Declaração.'". Julgado.
Certifico ainda, que a publicação da Ementa do Acórdão foi disponibilizado no Diário da Justiça
Eletrônico – DJE na data 07/03/2023, às fls. 532-1161, número do Diário 3513 e publicado em
08/03/2023.
Inicia-se a contagem de 15 (quinze) úteis no dia 09/03/2023.
Manaus, 13 de março de 2023
Jailton Andrade Martins

Secretário das Turmas Recursais
fls. 240
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 273047F.
3ª Turma Recursal
Autos nº 0654005-34.2020.8.04.0001


Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por tjam.jus.br, liberado nos autos em 20/03/2023 às 08:39 .
Especiais Cíveis e Criminais do Amazonas, por unanimidade de votos, em negar
provimento aos Embargos de Declaração.'
Manaus (AM), 20 de março de 2023

fls. 241
Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0654005-34.2020.8.04.0001 e código 2730482.
3ª Turma Recursal
Autos nº 0654005-34.2020.8.04.0001


Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por tjam.jus.br, liberado nos autos em 20/03/2023 às 08:39 .
Especiais Cíveis e Criminais do Amazonas, por unanimidade de votos, em negar
provimento aos Embargos de Declaração.'
Manaus (AM), 20 de março de 2023

4 Defensoria Pública de 1 Instância Cível 10000.011526/2019-97

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4 Defensoria Pública de 1 Instância Cível 10000.011526/2019-97

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Direitos autorais:

Formatos disponíveis

fls.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO DA FAZENDA PÚBLICA

ROMULO SILVA COSTA, brasileiro, convivente em união estável, re ﬁcador de

3.2 DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da

Sobre tal aspecto, é oportuno transcrever o entendimento do ilustre JOSÉ DOS

Nesse diapasão, a responsabilidade civil obje va do Requerido funda-se na

3.3 DO DANO MORAL IN RE IPSA

Diante disso, sempre que demonstrada a ocorrência de ofensa injusta à

(...) Sempre que demonstrada a ocorrência de ofensa injusta à dignidade da

Destarte, com base nas lições acima transcritas, restam veementemente

demonstrados os danos morais experimentados pelo Requerente, devendo tal indenização,

EMENTA: APELAÇÕES CÍVEIS - AÇÃO INDENIZATÓRIA - PERSECUÇÃO PENAL -

(TJ-MG - AC: 10672093968945001 MG, Relator: Corrêa Júnior, Data de Julgamento:

a) dispensar audiência de conciliação ou mediação, nos termos do art. 334 do

LUIZ MAURÍCIO OLIVEIRA BASTOS

sob o. número 06540053420208040001.

liberado nosem autos

Manaus, 04 de agosto de 2018

YARA REBECA ALBUQUERQUE MARINHO DE PAULA

Promotor de Justiça da 98ª PROEP

Manaus, 08 de outubro de 2018.

Sabrina Cumba Ferreira

FÓRUM MINISTRO HENOCH REIS

em face do qual tramita o Processo nº 0215374-57.2018 (Rômulo Silva Costa/Richelme

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ MAURICIO

, sob o número 06540053420208040001.

Processo n°: 0215374-57.2018.8.04.0001

Av. Humberto Calderaro Filho, s/n, 5º andar, setor 06, São

Francisco - CEP 69079-265, Fone: 3303-5189, Manaus-AM - E-

Ação: Execução da Pena/ PROC

CERTIFICA-SE, que em 09/10/2018 o ato abaixo foi

Destinatário do Ato: Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP

Manaus (AM), 09 de outubro de 2018.

, sob o. número 06540053420208040001.

Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do,

às 08:17 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ

Controle de pena (situação em 24/01/2019)

Previsão de saída temporária

Controle de pena (situação em 24/01/2019)

às 08:17 . às 13:48 , sob o número 06540053420208040001.

Previsão de livramento condicional

Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ MAURICIO

, sob o número 06540053420208040001.

Av. Humberto Calderaro Filho, s/n, 5º andar, setor 06, São

Francisco - CEP 69079-265, Fone: 3303-5189, Manaus-AM - E-

Ação: Execução da Pena/ PROC

CERTIFICA-SE, que em 24/01/2019 o ato abaixo foi

Destinatário do Ato: Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP

Manaus (AM), 24 de janeiro de 2019.

11:55, .sob o número 06540053420208040001.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ

Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ CHRISTIANNE

Para conferir o original, acesse o site https://consultasaj.tjam.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do,

. , sob o número 06540053420208040001.

13. [ ] Expedir Atestado Atualizado.

14 [ ] Inércia da SEAP no atendimento às reiteradas diligências solicitadas pela VEP.

Flávio Henrique Albuquerque de Freitas

Juiz Corregedor Auxiliar

Processo n°: 0215374-57.2018.8.04.0001