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Muito se tem discutido nos últimos anos sobre como deve ser o processo de

ensino-aprendizagem para o aluno contemporâneo. Numa era em que toda


informação está ao alcance de um clique na internet não cabe mais um ensino
baseado exclusivamente em longas aulas expositivas e uma aprendizagem apenas
de depósito. O importante, e urgente, para hoje é aprender a aprender, saber
investigar, selecionar e interpretar a informação vastamente disponível. Desse modo
o professor deve atuar mais como um facilitador desse processo enquanto o aluno
deve exercitar a independência, iniciativa e protagonismo.
Dentro desse contexto, o espaço maker se encaixa perfeitamente como
ferramenta, metodologia e incentivo. Os alunos são expostos a desafios propostos e
devem resolvê-los com os conhecimentos de que dispõem, geralmente em grupos e
exercitando a habilidade de investigação e coleta de informação, além da
comunicação das suas ideias e projetos, tudo, claro, sob o papel facilitador do
professor. Tudo vem de encontro às competências específicas da BNCC em todas
as áreas. Para citar algumas:

- COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA: 2 (que trata da


resolução de problemas),
- COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS
TECNOLOGIAS: 3(trata de soluções de demandas locais e comunicação
de descobertas),
- COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE MATEMÁTICA E SUAS
TECNOLOGIAS: 3(trata sobre adequações matemáticas para problemas
locais); COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS E
SOCIAIS APLICADAS: 6(trata do trabalho em grupo),
- COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LINGUAGENS E SUAS
TECNOLOGIAS: 7(trata da comunicação e apresentação de ideias e
projetos).

Toda essa metodologia foi organizada na escola sob a forma de disciplinas


eletivas, com os nomes Robótica, Espaço Maker e Com autonomia aprenda
brincando. Professores de outras disciplinas começaram a usar o ambiente também,
como no projeto interdisciplinar do Meio Ambiente em que os alunos expuseram
experimentos e maquetes utilizando as instalações disponíveis. O espaço Maker foi
também de grande utilidade para a disciplina Tecnologia, uma vez que puderam
experimentar a prototipação de circuitos e mostraram grande animação ao ver os
leds acendendo e botões funcionando, tudo feito por suas próprias mãos.
Todo este movimento começa a gerar um sentimento de pertencimento nos
alunos, de valorização mesmo do espaço. Toda vez em que se propõe uma reunião
para conversar ou uma ideia e iniciativa qualquer, o primeiro lugar que sugerem é o
espaço maker, batizado informalmente aqui na escola de ‘Sala Amarela’. Este
ambiente de solidariedade, autonomia e protagonismo é certamente ideal para o
processo de ensino-aprendizagem dos dias atuais.

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