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Revisão PNAB
Revisão PNAB
Desta forma, a revisão apresenta-se como uma ameaça aos conceitos de integralidade e
universalidade intrínsecos à proposta do SUS, além de conter propostas que podem influenciar
na perda da qualidade e eficácia das ações realizadas. A prova disso é a forma como o discurso
construído no texto da PNAB 2017 é ambíguo, relativizado e passível de distorção. A cobertura
universal, por exemplo, aparece restrita a certas áreas, e a quantidade de profissionais
envolvidos também pode acontecer de forma mais flexível e fica a critério do gestor de cada
equipe de AB e Saúde da Família (FONSECA; LIMA; MOROSINI, 2018). O que por um lado pode
parecer bom de um ponto financeiro, mas também pode resultar no distanciamento dos
profissionais da equipe e outros aspectos que diminuem a eficácia do serviço prestado à
população. Outro exemplo de sua ambiguidade é o fato de priorizar a Estratégia de Saúde da
Família, mas logo depois dizer que também são permitidas outras estratégias, de acordo com a
especificidade de cada localidade.
FONSECA, A. F.; LIMA, L. D.; MOROSINI, M. V. G. C. Política Nacional de Atenção Básica 2017:
retrocessos e riscos para o Sistema Único de Saúde. Saúde Debate, Rio de Janeiro, v. 42, n.
116, p. 11-24, jan-mar 2018.