Você está na página 1de 10

sábado, 6 de abril de 2019

PROLEGÔMENO!
!-
O presente resumo busca passar aos senhores uma noção preambular de teoria geral do
estado ( recomendo que quando possível seja suplementada ) com foco nos Caps 1 ao 7,
referentes ao livro do prof. Sahid Maluf !
!
- É importante salientar que o professor maluf defende teses tidas como “minoritárias" em meio
acadêmico ( conforme disse em sala de aula ), portanto, buscarei de forma singela tecer
comentários quanto às temáticas tidas como minoritárias e expor as correntes majoritárias,
devendo estas serem IGNORADAS para fins desta avaliação.!
!
CAPÍTULO 1 !
!
-> teoria monística ( ou estatismo jurídico )!
!
o nome é altamente autoexplicativo, explicitando a noção que estado e direito formam uma
realidade una, não existindo assim qualquer direito fora do estado, justamente pois este não
possuiria força de coação( não há que se falar aqui em direito grupal ou natural, exceto se já
positivado ). Aliás a palavra chave aqui é essa : POSITIVISMO. É claro que estamos falando
deles : Mr. Hans kelsen defendendo a escola austríaca e Georg Jellinek defendendo a escola
alemã. !
!
A relação entre estado e direito é clara : o estado é o único criador do direito, oque ele não
falou antes não existe, pode até ser outra coisa ( regra, princípio ou coisa do tipo ) mas direito
ele não é!
!
Esta teoria ficará mais esclarecedora quando dermos a teoria da “soberania do estado”, mas
como diria jack the ripper “vamos por partes” !
!
-> teoria dualística ( ou pluralística )!
!
O estado e o direito são duas realidades distintas ( atentem para o nome “dual” ) e
independentes, o direito positivo é apenas uma categoria de direito ( O ESTADO NÃO É A
FONTE ÚNICA DO DIREITO, diferentemente da primeira teoria ) que já passou do processo
inicial e atingiu a fase final ( o direito positivo )!

1
sábado, 6 de abril de 2019
!
relação entre direito e estado : o direito é criação social, não estatal, logo, são duas
realidades distintas, o estado possui apenas uma função bem clara que é a de positivar este
direito !
!
-> teoria do paralelismo !
!
O estado e o direito são realidades diferentes, porém necessariamente interdependentes
( atentem para o nome “paralelismo”. Lembrem da matemática, ainda que retas paralelas nunca
se toquem, estão sempre exatamente lado a lado ) a o direito depende do estado e o estado
depende do direito. !
!
relação entre direito e estado : é bem semelhante à teoria do dualismo. Agora vejam, o
direito não é um fenômeno PURAMENTE SOCIAL como afirma a teoria anterior, oque
acontece é que o estado atua como um centro de irradiação do direito positivo, sendo este
direito positivo apenas aquele que em conformidade com a vontade social predominante!
!
CAPÍTULO II!
!
-> tridimensionalidade do direito !
!
O estado é uma realidade socio-ético-jurídica ( pode parecer estranho, mas é bem
simples ) composta por fato, valor e norma. Vamos por partes : imaginemos um
homicídio, onde fica claro a materialidade de um FATO ( realidade social ), incide sob
este fato uma carga valorativa da sociedade, temos portanto VALOR ( realidade
axiológica ), valor este que pode ainda ser positivo ou negativo, neste caso negativo,
logo, faz-se necessário o estabelecimento de uma NORMA ( realidade jurídica ), neste
caso o art. 121 CP!
!
CAPÍTULO III!
- tópico 1. “direito natural x positivo” / 2. “direito público e privado” !
!
2
sábado, 6 de abril de 2019
pontos que já foram tratados com o professor daniel !
!
- posição da teoria geral do estado no quadro geral do direito!
!
a teoria geral do estado é a parte geral do direito constitucional, não cabendo a
estudar a organização específica do brasil e sim de uma forma abstrata todos os
Estados. Não é uma disciplina separada, mas integrante, do direito constitucional !
!
CAPÍTULO IV!
!
teoria geral do estado é a parte geral do direito constitucional ( ainda assim é uma ciência
autônoma ), NÃO É NEM UM RAMO DO DIREITO ( ninguém viu lá em IED “teoria geral do
estado”, aparecia “direito constitucional” ,sendo este um ramo do direito público ). Além disso, é
uma ciência cultural de fundo iminentemente sociológico, que busca analisar a específica
realidade da vida estatal. !
!
quantos às fontes não tem muito oque explicar, é decoreba. Não sei se o daniel já explicou, mas
fonte é justamente a ideia de um rio, sendo o ramo do direito o seu destino final ( no caso tge ) e
fonte as origens deste rio.!
!
- paleontologia!
fontes diretas - paleoetnologia!
- história!
- instituições políticas antigas e atuais!
!
!
- estudo das sociedades animais!
fontes indiretas - estudo das sociedades humanas primitivas!
- estudo das sobrevivências!
!
CAPÍTULO V!
!
3
sábado, 6 de abril de 2019
ATENÇÃO POIS OS PRÓXIMOS 3 CAPÍTULOS SÃO OS MAIS IMPORTANTES PARA A
PROVA!
!
!
!
vamo lá negada, muita atenção porque o professor sahid maluff mistura todos os conceitos e
vira uma salada.!
!
-> conceito de nação!
!
é uma realidade puramente sociológica, onde os nacionais se identificam uns com os outros
por fatores subjetivos, sejam eles naturais ( etnia / idioma ), históricos ( tradições, costumes e
religião ) ou psicológicos ( aspirações comuns )!
!
Um exemplo simples e de fácil memorização é o de “nação rubro negra”. Percebam, são
indivíduos que não possuem qualquer relação jurídica ( naturalização ) com um Estado ( não
existe o Estado “rubro negro” ) e não necessariamente estão em uma mesma base
territorial, tem flamenguista até no Japão. Além disso, é perfeitamente possível ( ainda que
estranho ) que uma pessoa sem qualquer vínculo objetivo se considere um nacional ( é mais ou
menos aquela ideia de “hoje eu acordei me sentindo… brasileiro” ) ainda que sem qualquer
vínculo natural, histórico ou psicológico. !
!
É possível que o que haja a reunião de várias nações em um só território !
A nação é anterior ao estado!
NÃO É UM ELEMENTO CONSTITUTIVO DO ESTADO!
!
-> conceito de população!
!
É um conceito quantitativo, entenda-se como o número de indivíduos dentro de um
determinado Estado, mesmo que sem vínculo jurídico ( nacionalidade ), aglobando assim os
apátridas e os estrangeiros.!
!
-> conceito de povo!
!
aqui ao nosso entender ocorre a primeira pisada na bola !
!

4
sábado, 6 de abril de 2019
prof maluf diz que em sentido amplo equivale à população ( até aí tudo bem ) e em sentido
estrito equivale a nação ( ok também, apesar de não concordar ) mas e em sentido neutro ? a
doutrina entende que povo em sentido neutro ( não se usa esse termo, só “povo” ) configura
aqueles indivíduos que possuem vínculo jurídico permanente com o estado ( nacionalidade ),
sendo este o elemento constitutivo do estado e não “população” como aponta o professor maluf!
!
-> raça!
!
unidade bioantropológica!
!
-> homogeneidade do grupo nacional!
!
O que realmente tem que saber é que um estado com várias nações ( conceito subjetivo ) é
um estado imperfeito.!
!
um estado perfeito é aquele composto por território inalienável, governo soberano e
independente e POPOLAÇÃO HOMOGÊNEA!
!
-> conceito de estado!
!
as definições variam muito de autor para autor e de escola para escola!
!
escola francesa : nação quando politicamente organizada!
maluf : O estado é o órgão executor da soberania nacional!
para mim : O estado é organização político-administrativa responsável pela manutenção do bem
comum, com povo fixado em um território e insubordinado a qualquer poder superior, sendo
portanto soberano.!
!
CAPÍTULO VI!
!
-> população ( elemento humano )!
!
já foi explicado o conceito de população anteriormente e maluf à coloca como o
elemento constitutivo humano do estado!

5
sábado, 6 de abril de 2019
Cabe novamente ressaltar que eu, assim como 99 % da doutrina, entende o povo
( população com vínculo permanente de nacionalidade ) como sendo o elemento
humano justamente pois os nacionais em território estrangeiro continuam fazendo parte
do elo jurídico existente entre estado indivíduo, ao passo que o mesmo não ocorre com
os estrangeiros residentes no nosso país, pois continuam com seu laço jurídico
primário.!
!
-> território ( elemento material / físico )!
!
Não há muita explicação a se fazer, entretanto gostaria de salientar algumas possíveis
pegadinhas:!
!
O território é elemento constitutivo do estado ( ok ) mas não confundam elemento
com “patrimônio”, pois na verdade ele é patrimônio do povo!
!
Não existe estado sem território, sendo a única exceção em caso da perda por
decorrência de guerra ( mas vejam, isso é a exceção e não a regra )!
!
acho muito difícil ele perguntar isso (seria uma questão de altíssimo nível, mas possível)
vamos lá. Quanto à natureza jurídica do território, fazendo uma rápida leitura, tira-se
que nosso amigo sahidão é adepto da teoria “território espaço” criada por jellinek,
onde o estado exerce uma relação de imperium ( território é o local onde o estado
exerce o poder de mando sobre as pessoas ) e não de dominium. ( domínio sobre as
terras ) ao meu ver a grande falha desta teoria é não explicar como ficaria as terras
desabitadas, pois teoricamente alí não seria território do estado. Eu particularmente
tendo a crer ( ainda que de forma parcial ) que a teoria “território competência” de Hans
Kelsen seja a mais adequada e coerente, onde o território é local onde há validade da
norma jurídica imposta pelo estado ( ao meu ver a falha desta teoria é se esquecer das
hipóteses de extraterritorialidade, como é o caso de um brasileiro que pratica um
homicídio em território estrangeiro. O que aconteceria nesse caso ? o território estaria
presente ainda que de forma abstrata em outro país ? não faz sentido ).!
!

6
sábado, 6 de abril de 2019
Como já disse, minha opinião pouco importa pra essa prova, então lembrem-se:
TERRITÓRIO ESPAÇO, relação de IMPERIUM. !
!
!
-> governo ( elemento político )!
!
para a escola francesa é a própria soberania posta em prática!
positivamente é o conjunto de funções necessárias à manutenção da ordem
jurídica e da administração pública!
!
-> considerações finais!
!
professor sahid maluff considera como elementos constitutivos: POPULAÇÃO,
TERRITÓRIO E GOVERNO!
O último elemento é o que mais gera problemas e embates doutrinário, mas via de
regra vocês vão encontrar nos livros (povo, território e soberania) ou até mesmo uma
quadripartite de (povo, território, governo e soberania)!
Agora deixando de lado a discursão quanto ao último elemento, oque eu posso lhes
garantir é que quase NUNCA irão ver população como elemento constitutivo.!
!
CAPÍTULO VII!
!-
CONSIDERAÇÕES GERAIS!
!
soberania é uma autoridade / poder superior que não pode ser limitada por nenhum outro
poder, justamente pois não há como medir a quantidade de soberania ( na teoria pouco importa
se você é um EUA da vida ou um fucking Chipre )!
pegadinhas : a união possui soberania? NÃO, quem possui soberania é o brasil, a união é
mera representante na ordem interna do brasil.!
Entes políticos ( Estados, DF, municípios ) possuem soberania no
federalismo ? NÃO, oque eles possuem é AUTONOMIA.!
A soberania pode ser relativizada / condicionada ? NÃO, a doutrina a chama
de “absoluta”, péra péra péra. Ela não pode ser relativizada nem condicionada, mas ela

7
sábado, 6 de abril de 2019
PODE SER LIMITADA, encontrado limites em suas próprias finalidades, conforme veremos
mais adiante.!
Na ordem internacional se tem supremacia e na ordem interna se tem
independência ? NÃO, É JUSTAMENTE O CONTRÁRIO!
!
!
-> soberania absoluta do rei !
!
originária , ilimitada, absoluta e perpétua !
jean bodin partia de um pressuposto que as estruturas de poder conflituosas levam à
guerra civil, logo, para se evitar o caos deve haver um único soberano, respondendo
somente à deus ( portanto, lembrem-se do primordial : ILIMITADA E ABSOLUTADA )
estando diretamente ligada ao exercício do poder real!
!
-> soberania popular !
!
decorrente das ideias de J.J Rousseau, onde a “nação” ( não confundir com o conceito
de nação visto anteriormente. Parra Rousseau a nação é a vontade geral, canalizada
de forma racional para o bem comum ) é a fonte única do poder de soberania, o
governo é assim mero legitimado destas ações. Importante salientar é que por mais que
pareça confuso “a vontade geral” não uma democracia como vocês talvez estejam
pensando. A “vontade geral” é um sentimento meio abstrato que nada mais é que a
concordância pelo bem comum.!
!
-> soberania nacional!
!
decorre dos ideais de Joseph Sieyès. !
contexto histórico da revolução francesa ( crise forte, aumento da inflação, nego tinha
dinheiro nem pra comprar pão e a tributação ainda era maior para os pobres que para a
nobreza. Resumindo : Luís XIV era um fanfarrão ). Obviamente a maior parte da
população era do 3o estado, logo, tinham mais representantes. O problema todo é que
a votação era feita por “casas" de tal sorte que clero e burguesia sempre
ganhavam de 2x1 mesmo tendo menos representantes. Sieyès defende um exercício

8
sábado, 6 de abril de 2019
do poder abstrato que se daria por uma entidade chamada “nação” , que nada
mais é que uma democracia representativa proporcional ao número de indivíduos
que cada estado representa e sem a divisão de casas. Objetivo esse que foi atingido
na constituinte que colocou o rei luís XVI sob um regime de monarquia constitucional e
que posteriormente veio a ser degolado.!
!
-> soberania do estado!
!
altamente ligada ao positivismo jurídico, a soberania nada mais é que um poder
jurídico que se pauta unicamente na vontade do próprio estado!
defende ainda esta teoria que o estado é anterior ao direito, justamente por isso, é
possível extrair que não há que se falar em direito natural !
!
-> teoria negativista!
!
a soberania é uma ideia abstrata. O que existe é a crença na soberania !
também não admite direito natural!
!
-> limitações da soberania !
!
a soberania conforme já trabalhada anteriormente é absoluta, logo, não pode ser
relativizada ou condicionada. Entretanto, ela pode sim sofrer limitações,
econtradas justamente na sua própria finalidade que lhe é essencial!
!
quais são esses princípios limitadores da soberania ?!
!
a coexistência pacífica de entes soberanos, o direito grupal e o direito natural !
!
!
!

BOA PROVA !!

9
sábado, 6 de abril de 2019

BOA PROVA!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!

10

Você também pode gostar