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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

FACULDADE DE LETRAS- FALE


DISCIPLINA: SEMÂNTICA
DOCENTE: HELSON SOBRINHO
DISCENTE: NADJA EUDOCIA

INTRODUÇÃO À LINGUÍSTICA
Domínios e fronteiras

RESUMO:

A semântica é conhecida como a ciência que estuda o sentido ou significado das


palavras. Ela está atrelada em três formas de fazer a semântica: a Semântica Formal, a
Semântica da Enunciação e a Semântica Cognitiva. A primeira descreve o problema do
significado a partir do postulado de que as sentenças se estruturam logicamente. O lógico
Alemão Gottlob Frege (1848-1925), fez uma definição de significado importantíssima para a
semântica legando duas grandes contribuições: a distinção entre sentido e referência e o
conceito de qualificador. Segundo Frege, o estudo científico do significado só é possível se
diferenciarmos os seus diferentes aspectos para reter apenas aqueles que são objetivos,
excluindo da sementinha o estudo das representações individuais que uma dada palavra pode
provocar.
No que tange a semântica da enunciação, a referência é uma ilusão criada pela
linguagem. Segundo Ductot, cai na ilusão, criada pela própria linguagem, de que ela se refere
a algo externo a ela mesma, de onde ela retira a sua sustentação. Para a semântica da
enunciação um mesmo enunciado se abre num leque de significados diferentes, mas
relacionados. Nela, a noção de escopo não tem lugar e o problema se resolvia na hipótese de
que há diferentes tipos de negação. A pressuposição, na semântica da enunciação, se resolve
pela hipótese da polifonia e, portanto, da existência de diferentes anunciadores, e a
ambiguidade se desfaz pela determinação de diferenças de uso das palavras: o não polêmico e
o não-metalinguístico. A análise da semântica da enunciação dispensa a hipótese de que uma
mesma forma lógica está presente nas duas sentenças, considerando que a semântica da
enunciação analisa sempre em termos de argumentação.
Por fim, a semântica cognitiva quer combater a ideia, de fato presente em algumas
abordagens formais, de que a linguagem está numa relação de correspondência direta com o
mundo. A semântica cognitiva não se baseia na crença de que a referência é constituída pela
própria linguagem. A metáfora, para a semântica cognitiva, é um processo cognitivo que
permite o mapeamento de esquemas, aprendidos diretamente pelo corpo, em domínios mais
abstratos, cuja experimentação é indireta. Há dois primitivos na teoria da Semântica
Cognitiva: os esquemas imagéticos e as categorias de nível básico.
Referência bibliográfica:
OLIVEIRA, Fernanda Pires de. Semântica. In: MUSSALIM, Fernanda; Bentes, Anna
Christina;21111111111111111

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Introdução à linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Editora Cortez, 2006. V. 2. p. 17-46.

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