Você está na página 1de 2

Capítulo I

Universidade, Ciência e Formação Acadêmica

1.1. De início, irei falar sobre a tríplice finalidade do ensino superior, nas quais é a de
profissionalizar, iniciar a prática científica e formar a consciência política social de nos,
estudantes. A universidade, em um sentido bem profundo, deve ser compreendida como uma
entidade que é a funcionária do conhecimento, e nisso destina-se para prestar serviço à
sociedade no contexto da qual ela se encontra situada. O primeiro objetivo é o da formação
de profissionais das diferentes áreas aplicadas, mediante o ensino/aprendizagem de
habilidades e competências técnicas; o segundo objetivo é o da formação do cientista
mediante a disponibilização dos métodos e conteúdos de conhecimento das diversas
especialidades do conhecimento; e o terceiro objetivo é aquele referente à formação do
cidadão, pelo estímulo de uma tomada de consciência, por parte do estudante, do sentido de
sua existência histórica, pessoal e social. Neste objetivo está em pauta levar o aluno a
entender sua inserção não só em sua sociedade concreta mas também no seio da própria
humanidade. Trata-se de despertar no estudante uma consciência social, o que se busca fazer
mediante uma série de mediações pedagógicas presentes nos currículos escolares e na
interação educacional que, espera-se, ocorra no espaço/tempo universitário. só, ela se destina
para prestar serviço à sociedade no contexto da qual ela se encontra situada. 1.2 Já na
produção do conhecimento como construção do objeto, a atividade de ensinar e aprender está
intimamente vinculada ao processo de construção de conhecimento, pois ele é a
implementação de uma equação de acordo com a qual educar (ensinar e aprender) significa
conhecer ; e conhecer por sua vez significa construir o objeto; e construir o objeto significa
pesquisar. 1.3.1 O autor também visa alertar que a pesquisa é coextensiva a todo o tecido da
instituição universitária e se desenvolve capilarmente (que ocupa o mesmo espaço e período
no tempo). A educação pode ser conceituada como o processo mediante o qual o
conhecimento se reproduz, se conversa, se sistematiza, se transmite e se universaliza. 1.3.2
Hoje a atuação profissional em qualquer setor da produção econômica, exige capacidade de
resolução de problemas, com criatividade e riqueza de iniciativas, em face da
complexibilidade das novas situações. 1.3.3 A extensão se torna exigência intrínseca do
ensino superior em decorrência dos compromissos do conhecimento e da educação com a
sociedade, uma vez que tais processos só se legitimam, inclusive adquirindo sua chancela
ética, se expressarem envolvimento com os interesses objetivos da população como um todo.
O profissional egresso da universidade nunca será interpretado pela sociedade como se fosse
apenas um técnico, ela espera dele atuação também de um agente político, de um cidadão, de
um educador. Só a boa pesquisa pode fundamentar e justificar o trabalho de extensão a ser
desenvolvido pela Universidade, eis que a função extensionista tem a ver igualmente de
forma necessária com a função do ensino . Ensino, pesquisa e extensão constituem faces de
igual importância de um mesmo projeto de formação ética, epistêmica e política. Ao concluir
este primeiro capítulo, o autor assevera que “é claro que não se trata de confundir a
Universidade com os institutos especializados de pesquisa. O que estou defendendo aqui é a
ideia de que o processo de aprendizagem significativa, bem como a prestação de serviços
extensionais à comunidade, só são fecundos e eficazes se decorrentes de uma atitude
investigativa.”

SEVERINO, Antônio Joaquim, [1941]. Metodologia do trabalho científico. – 23. ed.


rev. e atual. – São Paulo: Cortez, 2013.

https://dokumen.tips/documents/dados-internacionais-de-catalogao-na-publicao-cip-cmara-o-
2020.html

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4422568/mod_resource/content/1/Severino_2007 -
Cap 01.pdf

https://prezi.com/eurjocfcug6l/educacao-superior-como-formacao-cientificaprofissional-e-pol
itica/

Você também pode gostar