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Analise do vídeo “Severinas” a luz da construção da obra a “Construção

Social da Realidade ”

A obra “Construção Social da Realidade” analisa como o Homem


constrói o seu próprio conhecimento da realidade, tratando das relações entre
o pensamento humano e o contexto social dentro do qual ele vive.
Aborda a realidade da vida cotidiana como esta se apresenta ao homem
de forma já pronta. Nascendo num determinado local, numa determinada
época, numa determinada família, com determinadas influências políticas,
religiosas ou culturais o homem passa a incorporar estes aspectos antes de ter
condições de influenciar sobre eles. Esta realidade já pronta apresenta
também duas possibilidades: uma mais próxima e outra mais longe. A mais
próxima é a com a qual se tem o convívio diário, a mais longe se refere a que
não existe um convívio diário, mas existe uma relação de proximidade pelo
assunto ou pelo interesse.
Realidade esta que existe independente de nós, entendida no âmbito
sociológico como sendo o conjunto de fatos que acontecem no mundo
independente da vontade do indivíduo. Mas que ao ser vista e percebida em
perspectivas diferentes pelos ditos Homens comuns forma o conhecimento.
Neste contexto sociológico, o conhecimento pode ser definido como a
interpretação que o indivíduo faz da sua realidade, são os aspectos que os
indivíduos pensam que compõem a sua realidade.
Sintetizando a obra em poucas palavras, esta foca a realidade da qual
temos consciência, o conhecimento que temos dela, é um produto da
sociedade. Sociedade essa construída pelo próprio homem. Assim, ao mesmo
tempo em que o Homem constrói e molda a sociedade é por ela influenciado,
é por ela moldado.

Analisando o vídeo “Severinas” percebemos que é exatamente isto que


acontece com as pessoas entrevistadas, nasceram naquela comunidade, com
influências religiosas, culturais, acreditando que aquela é a vida e não tem
como mudar – “Nasceu assim e vai morrer assim”.
Percebemos nas falas do Senhor que acha que a mulher tem que ser submissa
ao homem – marido- e na conformidade das mulheres, aceitando a vida que
levam, porque segundo a fala de uma delas “é o seu destino”.
Mais ainda de acordo com os autores que esta realidade pronta existe duas
possibilidades: uma mais próxima ao qual vimos na fala das mulheres e a mais
longe que não existe no convívio diário mais existe uma proximidade pelo
interesse, a qual percebemos na fala da garota que não aceita a realidade a
qual vive e sua mãe e quer mudar sua realidade com os estudos.

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