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NOÇÕES DE REFINO E OPU

DESTILAÇÃO

DANIEL VIEIRA
Elite Preparatório
Princípios do equilíbrio de fases

• Quando duas fases são postas em contato elas tendem a trocar


seus constituintes até que a composição de cada fase atinja um
valor constante. Quando isto acontece, diz-se que o sistema está em
Equilíbrio Termodinâmico;

• As fases em contato podem ser líquidas, sólidas ou gasosas;

• Quando só há um componente nas fases, obviamente a


composição de cada fase será igual;

• Quando há mais de um componente nas fases, em geral as


composições de cada fase serão diferentes. Esta é a base dos
processos de separação por equilíbrio de fases;
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01) Levando em consideração a seguinte composição de
mistura no estado liquido dentro de um sistema ideal e fechado
A +B, sendo A 1,6 mais volátil que B pode-se afirmar:

 A) A vai apresentar uma pressão hidrostática


maior que B
 B) Considerando B mais leve ele sai como
produto de topo da coluna
 C) A pressão parcial de A é maior do que B
para as mesmas concentração iniciais
 D) B apresenta maior peso molecular do que A
 E) A e B não podem ser separados
Equilíbrio líquido-vapor

Base para operações de separação como a destilação, a absorção


e o “stripping”

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Equilíbrio líquido-vapor

Lei de Konowaloff: Em equilíbrios líquido-vapor de soluções, a


fase vapor é sempre mais rica no componente mais volátil do que a
fase líquida em equilíbrio com ela.

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Equilíbrio líquido-líquido

Base para operações de separação como a extração

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Equilíbrio fluido-sólido

Base para operações de separação como a cristalização e a


adsorção

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Seleção do processo de separação

Alguns fatores devem ser considerados na seleção de um


processo de separação:

1. VIABILIDADE
 Capacidade em realizar a separação;
 Eficiência de separação;
 Deve ser capaz de obter a pureza desejada;
 Condições extremas de pressão e temperatura devem ser
evitadas;

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2) Condições extremas de pressão e temperatura na destilação
em uma refinaria acarretam.

 A) Craqueamento térmico e arraste


 B) Arraste e dificuldade de circulação
 C) Craqueamento térmico e dificuldade de
especificação
 D) Dificuldade de especificação e arraste
 E) Falta de circulação e formação de coque
Seleção do processo de separação

2. VALOR DO PRODUTO
 Produtos de baixo valor comercial serão mais viáveis de serem
obtidos em processos com baixo consumo de energia, de baixo
custo de produção, com pequeno investimento e em grandes
plantas industriais.

3. DEGRADAÇÃO DO PRODUTO
 Altas temperaturas em sistemas com produtos pesados pode
levar a um craqueamento ou polimerização.

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Seleção do processo de separação

4. PROCESSOS QUE USAM ENERGIA COMO AGENTE


SEPARADOR
 Menor consumo de energia (destilação);
 Processos que usam um novo composto como agente separador:
necessidade de regeneração (extração, absorção e adsorção);
 Processos governados pelo fluxo: recuperação de energia nos
produtos quase nunca é possível (membrana)

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Seleção do processo de separação

5. PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
 Pressão de vapor (destilação);
 Solubilidade (extração e absorção);
 Tamanho de partículas (adsorção em peneira molecular);
 Ponto de Fusão (cristalização);

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Seleção do processo de separação

VANTAGENS DA DESTILAÇÃO:
 Separação fácil para volatilidades relativas maiores que 1,5;
 Baixo consumo de energia;
 Não envolve manuseio de uma fase sólida;
 Não existe adição de nenhum outro composto que possa
contaminar o produto.
Pode ser facilmente usada em processos de estágios múltiplos com
um único vaso. Característica de torre de pratos.

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Seleção do processo de separação

DESVANTAGENS DA DESTILAÇÃO:
 Deterioração térmica do produto;

 Alto consumo de energia e torres de grandes diâmetro e altura


para volatilidades relativas menores que 1,15;

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Destilação:Conceitos Fundamentais

Destilação: É um processo industrial cujo objetivo é separar duas ou


mais substâncias presentes em uma mistura líquida pela aplicação
ou remoção de calor ou pelo abaixamento de pressão. Se baseia na
diferença de volatilidade e no princípio do equilíbrio entre as
fases líquida e vapor entre estes constituintes.

Volatilidade: É a medida da facilidade que uma dada substância tem


para passar à fase vapor.

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Destilação:Conceitos Fundamentais

Princípio do equilíbrio de fases: Quando duas fases são postas em


contato elas tendem a trocar seus constituintes até que a composição
de cada fase atinja um valor constante. Quando isto acontece,diz-se
que o sistema está em Equilíbrio Termodinâmico.

V V

L
L

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Destilação:Conceitos Fundamentais

Pressão do vapor: é a pressão exercida pelo vapor em equilíbrio


com o líquido sob determinada temperatura. Quando a pressão de
vapor de um líquido atinge a pressão do ambiente que o cerca, este
entra em ebulição.

P
P
kgf/cm²
 Não depende da quantidade de líquido presente kgf/cm²

 Depende da natureza do líquido e da temperatura


 A pressão de vapor de uma mistura líquida
depende da temperatura, da natureza das T T

substâncias e da concentração. °C °C

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Destilação:Conceitos Fundamentais

Lei de Dalton: A pressão parcial é a pressão que um componente


“i” de uma mistura gasosa exerceria se estivesse sozinho no
recipiente. Pode ser vista como a contribuição de “i” para a pressão
total.
Pi = yiP

No equilíbrio líquido-vapor e para misturas ideais, a pressão total


exercida por uma mistura gasosa é a soma das pressões parciais de
seus componentes:
P = ΣPi

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Destilação:Conceitos Fundamentais

Ponto de bolha: temperatura na qual aparece a primeira bolha


em uma mistura de líquido que começa a ebulir. Depende da
composição da mistura líquida.
Ponto de orvalho: temperatura na qual aparece a primeira gota
em uma mistura gasosa que começa a condensar. Depende da
composição da mistura gasosa. T
vapor

Ponto de
orvalho

 O ponto de bolha depende da composição


Ponto de
da mistura líquida bolha

líquido

 O ponto de orvalho depende da composição


19 da mistura gasosa Composição da
última gota
Fração molar xi Composição
da primeira
bolha
Destilação:Conceitos Fundamentais

Diagramas de equilíbrio são a forma gráfica de representar a


interdependência entre temperatura, pressão e composição no
equilíbrio para sistemas binários.
Os principais tipos de diagramas são:
 Pressão vs Composição a T constante;
 Temperatura vs Composição a P constante;
 Composição fase líquida vs composição fase vapor a T ou P
constante.

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Destilação:Conceitos fundamentais

Diagramas T versus xi à P constante

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Destilação:Conceitos Fundamentais

Seja um líquido sub-resfriado com fração


molar de 40% de A e a T1.
Quando é aquecido, sua concentração
permanece constante até atingir o ponto
de bolha B quando começa a entrar em
ebulição.
Os vapores liberados durante a ebulição
tem sua composição de equilíbrio dada
pelo ponto C, cerca de 80% de A, o
dobro da composição original do líquido.

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Destilação:Conceitos Fundamentais

Razão de equilíbrio K: razão entre a fração molar de um


componente na fase vapor pela fração molar na fase líquida.

y
K=
x

O componente mais volátil de uma mistura apresenta maior K que o


menos volátil.

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Destilação:Conceitos Fundamentais

Volatilidade relativa : relação entre as razões de equilíbrio de dois


componentes em uma mistura

yA
KA xA
 AB = =
KB yB
xB

Expressa a facilidade ou dificuldade de separar uma mistura por


destilação:
 Quanto mais próxima da unidade for a volatilidade relativa, mais
difícil é a separação

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Destilação:Conceitos Fundamentais

AB  1,15  separação difícil (altas vazões internas, refluxo elevado,


torre grande, elevados custos de energia)
AB  1,5  separação fácil
1,0

0,9
ij=10
0,8 ij=5,0
ij=2,0
Fração molar componente i no vapor, yi

0,7
ij=1,5
0,6
ij=1,1
ij=1,0
0,5

Volatilidade
0,4

0,3 relativa
ij = Ki
Kj
0,2

0,1 Fração molar componente i no líquido, xi

25 0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
Destilação:Conceitos Fundamentais

Maiores pressões de operação diminuem a separação por


destilação, pois diminui a volatilidade relativa.
Na pressão P’ > P, a fração do componente mais volátil ”i” na fase
vapor diminui: yi’<yi e xi’>xi  K’i<Ki, analogamente K’j>Kj.

yi' yi
Ki = ' e Ki =
'

xi xi

K i' Ki
 '
i, j = ' e  i, j =
Kj Kj
 i', j   i , j

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Destilação:Classificação

Os processos de destilação podem ser


classificados quanto:

 Tipo de operação

 Características do equipamento

 Agentes de separação

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Destilação:Classificação

Quanto ao tipo de operação, o processo de destilação pode ser


classificado como:

 Destilação em batelada (ou diferencial)


 Destilação contínua

Em operação batelada a carga é alimentada uma única vez no


equipamento e os produtos variam de composição com o tempo.
O regime é dito “transiente.” Exemplo: Destilação de bebidas
alcoólicas, destilação ASTM, teste de intemperismo de GLP

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Destilação:Classificação

Destilação contínua: Colunas em regime contínuo processam uma


corrente de alimentação contínua (nenhuma interrupção ocorre). As
composições das correntes de topo e fundo são mantidas constante
(regime estacionário). São capazes de manusear altas quantidades
de material e são o mais comum dos dois tipos.

Só haverá modificação de composição dos produto se houver


modificação da composição da carga ou de outras variáveis que
exerçam influência sobre a qualidade dos produtos.

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Destilação:Classificação

Quanto às características dos equipamentos, o processo de


destilação pode ser classificado como:
 Destilação flash
 Destilação fracionada
Na destilação flash, a carga é parcialmente vaporizada pela redução
de pressão e/ou aumento de temperatura. Esta mistura é então
separada em um equipamento simples de um só estágio em dois ou
mais produtos. É mais usada para separar componentes cujo ponto de
ebulição são muito diferentes. Pode-se usar mais de um
equipamento de um estágio para se atingir a concentração desejada.
Ex: Zona de flash da coluna atmosférica, condensador parcial
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Destilação:Classificação

31
Destilação:Classificação

Na destilação fracionada, a separação dos


componentes da carga se dá em diversos estágios de
equilíbrio (bandejas ou seções de recheios) na torre de
destilação. Neste processo existe a possibilidade de se
obter produtos mais ricos em um dado componente.

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Destilação: Classificação
d. Quando a composição atinge o valor
desejado, o processo termina.

c. O líquido e o vapor entram em


contato no vaso e quando deixam estão
em equilíbrio. O processo se repete nos
demais vasos.

b. No segundo vaso, a temperatura é mais


baixa e o líquido que retorna mais frio
condensa o C5 (menos volátil) deixando o
vapor formado mais rico em C4 que a
mistura original.

a. Uma mistura líquida de C4 e C5 aquecida à 95,5°C. O C4, mais


volátil, vaporiza proporcionalmente mais moléculas que o C5.
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Destilação: Classificação

Destilação fracionada
(coluna atmosférica de
petróleo)

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Destilação:Partes de uma coluna

casco ou costado: vaso


metálico dentro do qual a
destilação ocorre.

pratos/bandejas ou seções
de recheios: são
dispositivos de contato
entre as fases. O vapor e o
líquido que deixam cada
estágio se aproximam do
equilíbrio termodinâmico
desde que haja um contato
eficiente nesses
35 dispositivos.
Destilação:Partes de uma coluna

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Destilação:Partes de uma coluna

Tipos de pratos:
 Perfurados;
 Borbulhadores;
 Valvulados

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Destilação:Partes de uma coluna
Borbulhadores
Os borbulhadores fazem com que o gás
ascendente flua por entre o líquido em forma de
pequenas bolhas e impede a passagem do
líquido pelas aberturas do gás em caso de baixa
velocidade de escoamento do gás. São
relativamente mais caros que os pratos
perfurados. O arranjo é, em geral, na forma de
triângulo equilátero. Nas bandejas com
borbulhadores o desperdício periférico é mais
acentuado.
38
Destilação:Partes de uma coluna

Possui um selo intríseco que


impede a drenagem do líquido
quando a taxa de escoamento
do gás é baixa.
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Destilação:Partes de uma coluna

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Destilação:Partes de uma coluna

Perfurados
Constam de placas metálicas com orifícios.
O vapor passa pelos orifícios e borbulha no líquido que inunda o
prato.
Oferecem menos flexibilidade que os pratos com borbulhadores e
valvulado, em termos de vazões de operação.
Os orifícios das placas perfuradas vão de 1/8 a 1/2 de diâmetro. A
mais comum tem 3/16 in.
Orifícios menores são difíceis de perfurar e podem ficar obstruídos
em serviços contaminantes. Os maiores provocam drenagem e
41 pequena dispersão.
Destilação:Partes de uma coluna

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Destilação:Partes de uma coluna

Valvulados
O contato líquido/vapor é facilitado por válvulas cuja abertura é
função da vazão do vapor.

Oferecem maior flexibilidade para operar com vazões variadas.


 Substituem os pratos com borbulhadores.
 A maioria das torres são projetadas com este tipo.

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Destilação:Partes de uma coluna

Valvulados Perfurados
44
Destilação:Partes de uma coluna

Tipo Capacidade Eficiência Custo Notas

Bom para a maioria


Perfurados Média a alta > borbulhadores O mais barato
das aplicações

Elevado. Duas Usado para serviços


Borbulhadores Baixa a média Média a alta vezes o custo com alta
dos perfurados flexibilidade

Não recomendado
Média: 10 a 20% para serviços
Valvulados Média a alta Alta superior ao com baixas
perfurado vazões de
vapor

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Destilação:Partes de uma coluna

condensador: resfria e
condensa o vapor rico no
componente mais volátil que
deixa a coluna pelo topo.

vaso de refluxo: armazena o


vapor condensado. Parte
desse condensado retorna a
coluna e a outra parte sai como
produto de topo.

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Destilação:Partes de uma coluna

Refervedor ou reboiler:
vaporiza parcialmente o líquido
formado no fundo que retorna a
coluna fornecendo calor para
promover a separação. O líquido
remanescente sai como produto
de fundo.
Zona de flash: região de
entrada da carga. Divide a torre
em duas seções.

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Destilação:Partes de uma coluna

Seção de Retificação: serve


para enriquecer o produto de
topo em componentes mais
leves

Seção de esgotamento: serve


para remover os componentes
mais leves do líquido que desce
em cada prato a partir da zona
de flash

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Destilação:Partes de uma coluna
Distribuidores: São instalados nas
entradas de carga e de refluxos com o
objetivo de melhorar a distribuição do
líquido sobre as bandejas ou recheio.

49
Destilação:Partes de uma coluna

50
Destilação:Partes de uma coluna

Bocas de visita: São bocais, geralmente, de 20” usados para permitir


o acesso ao interior da torre.

51
Destilação:Partes de uma coluna

Demister: É um dispositivo instalado no topo de vasos de separação


líquido-vapor com a finalidade de favorecer a separação de pequenas
gotículas de líquido. Com isso o diâmetro do vaso pode ser menor,
com conseqüente economia no investimento inicial.

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Destilação:Partes de uma coluna

Panela de retirada total: Todo o líquido que desce até a panela não
transborda para a bandeja inferior; é retirado. Parte do líquido pode ser
enviada como produto, e parte, resfriada, retornando à torre na seção
inferior. É utilizada quando se necessita controlar bem a vazão e/ou a
temperatura da seção abaixo.

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Destilação:Partes de uma coluna

Panela de retirada parcial: Apenas uma parte do líquido


que desce até a panela é retirada, como produto ou para
refluxo. É utilizada quando não se necessita controlar a
vazão e/ou a temperatura da seção abaixo.

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Destilação:Partes de uma coluna

Chaminés: São instaladas em panelas de retirada total,


permitindo a passagem do vapor da seção inferior para a
superior.

55
Destilação:Partes de uma coluna

Torres de Recheios: São torres


que contêm, ao invés de
bandejas, seções preenchidas
com elementos diversos, por
isso, denominados recheios, cuja
finalidade é prover uma maior
superfície de contato líquido-
vapor.

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Destilação:Partes de uma coluna
Características que o recheio deve possuir:
 Apresentar grande superfície de interface entre líquido e vapor;
 Ser quimicamente inerte para os fluidos processados;
 Possuir boa resistência mecânica, a fim de evitar quebras;
 Ser de baixo custo;

Os recheios podem ser:


 Randômicos
 Estruturados

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Destilação:Partes de uma coluna
Randômicos:
 Dispostos aleatoriamente na coluna;
 Devem ser compatíveis com o fluido (resistência à corrosão e resistência
mecânica);
 Para colocação do recheio a coluna deve conter água (evitar quebra);

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Destilação:Partes de uma coluna
Estruturados:
 Devem ter diâmetro próximo ao da coluna;
 São montados em “pacotes” ao longo da coluna;
 Menor perda de carga que os recheios randômicos;
 Mais eficientes;
 Maior custo;

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Destilação:Partes de uma coluna

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Destilação:Partes de uma coluna
Recheios x pratos
 Os recheios possibilitam um melhor contato líquido/vapor;
 Nas colunas com recheios a eficiência é maior para uma mesma altura,
sendo mais econômicas;
 As perdas de carga nas colunas com recheios são menores que nas colunas
com pratos;
 É comum a migração dos recheios randômicos para o prato de distribuição
e/ou tubo de saída dos vapores de topo;
A formação de caminhos preferenciais para o líquido prejudica a eficiência
das colunas com recheios;
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Destilação:Partes de uma coluna

Recomenda-se torres de recheio quando:


 O número de estágios necessários é elevado;
 Pequeno hold-up de líquido;
 Diâmetro inferior a 2 ft;
 Exigência de menores perda de carga (queda de pressão);
 Forte tendência à formação de espuma;
 Sistema muito viscoso;

 Sistema corrosivo;

62
Destilação:Mecanismo de uma coluna

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Destilação:Mecanismo de uma coluna

Mais rico nos Porque o vapor deixou


Vapor que componentes mais componentes menos voláteis
Menor
abandona o voláteis do que o no líquido e recebeu deste
temperatura
prato vapor que chega maior quantidade de
ao prato componentes mais voláteis.

Porque o líquido recebe


Mais rico nos
maior quantidade de
Líquido que componentes mais
Maior componentes mais pesados e
abandona o pesados do que o
temperatura perde maior quantidade de
prato líquido que chega
componentes mais voláteis
ao prato
para o vapor.

 O topo da torre é o ponto de menor temperatura, menor pressão e


maior concentração de componentes mais voláteis.
 O fundo da torre é o ponto de maior temperatura, maior pressão e
maior concentração dos componentes mais pesados.
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Destilação: Balanço material e de energia

F: Alimentação (carga) kg/h;


D: produto (destilado) kg/h;
L: refluxo externo do condensador kg/h;
V: Vapor de topo kg/h
W: produto de fundo kg/h;
m: seção de enriquecimento;
n: seção de esgotamento;
qF: calor contido na carga;
qW: calor contido no produto de fundo;
qR: calor fornecido pelo vaporizador;
qC: calor retirado pelo condensador;
qD: calor que sai com o produto;
qL: calor que entra na torre com a corrente
refluxo
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Destilação:Fatores que influenciam o
fracionamento

Pressão

Pressão Elevada:
dificulta a separação
implica em um maior número de estágios e uma maior razão de refluxo
Maiores revervedores
Pressão Baixa:
facilita a separação
implica em um menor número de estágio
volume maior de vapor (implica em um maior diâmetro)
aumento da entalpia (implica em condensadores maiores)
66
Destilação: Fatores que influenciam o
fracionamento

Temperatura
temperatura de topo é a temperatura do primeiro prato da coluna.
Deve-se mantê-la constante para obter-se um produto dentro das
especificações.

A temperatura do fundo é determinada pelo ponto de bolha deste produto à


pressão de operação. Deve ser mantida constante a fim de manter o equilíbrio
operacional da torre.

Temperaturas elevadas no refervedor provocam um aumento de pressão do


vapor na base da coluna, vaporizando os componentes pesados do produto e
contaminando os vapores de topo.
67
Destilação: Fatores que influenciam o
fracionamento

Carga

Importância da composição: especificações dos produtos de topo e


fundo

A variação de vazão da carga influencia na pureza dos produtos,


bem como no equilíbrio operacional da torre

É normalmente aquecida (temperatura próxima àquela do prato de


alimentação)

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Destilação: Variáveis operacionais

Temperatura da carga
Alta: causa aumento na quantidade da fração mais pesada enviada à
parte de retificação.
Baixa: causa uma menor vaporização no prato de carga, aumentando
o refluxo na parte de esgotamento.

Temperatura de fundo
Alta: resíduo mais pesado e maior quantidade.
Baixa: resíduo mais leve e menor quantidade.

Temperatura de topo
Alta: destilado mais pesado e maior quantidade.
Baixa: destilado mais leve e menor quantidade.
70
Destilação: Variáveis operacionais

Pressão
Alterações na pressão diminui a qualidade de todos os produtos,
pois há uma mudança na volatilidade relativa dos componentes.

Vazões
São as variáveis manipuladas para estabelecer as condições de
operação desejada na coluna. Variações na vazão poderão alterar
o perfil de temperatura e isso, por sua vez, provocará uma variação
na qualidade de um dos produtos.

71
Destilação: Problemas em colunas

Sintomas indicativos de instabilidade em colunas de


destilação:

 Perfil de temperatura diferente do padrão normal de operação;


 Alterações na pressão ou no diferencial de pressão ente a base
e o fundo;
 Oscilações significativas na retirada de produtos;
 Produtos fora de especificações;
 Variações significativas no nível do vaso acumulador de topo ou
na base da coluna;
 Desequilíbrio nos balanços materiais e de energia;
72
Destilação: Problemas em colunas

Inundação:
Ocorre quando o líquido é acumulado sobre o prato com maior
rapidez de que pode fluir para a bandeja inferior, até que atinge o
prato superior através do aumento de nível nos downcomers.
Resulta da tentativa de se fazer passar muito gás ou muito líquido
pela coluna, fazendo-se com que o líquido do prato inferior atinja o
prato superior.

Causas: Sintomas:
alta velocidade do vapor; aumento da pressão diferencial
altas vazões de líquido na coluna;
redução anormal de
provocando sobrecarga nos
temperatura na região inundada;
downcomers; inconsistência no balanço
73 presença de espuma; material e de energia;
Destilação: Problemas em colunas

Arraste (entrainment) de líquido


Ocorre quando o vapor ascendente carrega consigo gotículas de
líquido para o prato superior. O espaçamento correto entre os
pratos é fundamental para minimizar os efeitos nocivos do
arraste.
Diminui a eficiência da coluna pois prejudica a transferência de
massa entre as fases. Componentes pesados podem também ser
carreados pelo vapor, contaminando o produto de topo.

Causas
Alta velocidade do vapor.
Se a vazão do vapor for muito elevada ocorrerá também o
blowing (consiste no fato do vapor abrir passagens no líquido,
74 resultando em um contato deficiente).
Destilação: Problemas em colunas

Arraste (entrainment) de vapor

É a oclusão de vapor no líquido (espuma) o qual pode ser


carregado para o prato inferior. Como o vapor contém mais
componentes voláteis que o líquido do prato, ocorre a redução da
eficiência de separação.

Weeping (gotejamento)

É o gotejamento do líquido através dos furos do prato afetando a


eficiência. É ocasionado pela baixa vazão de vapor.

75
Destilação: Problemas em colunas

Pulsação

Ocorre quando a vazão de vapor que ascende de um prato


inferior para um superior não tem pressão suficiente para vencer
continuamente a perda de carga apresentada pela bandeja. Nesta
situação, o vapor cessa temporariamente sua passagem por esta
bandeja e, ao retomar a pressão necessária, vence a perda de
carga de forma brusca. Entre as pulsações de vapor pode haver
vazamento de líquido para o prato inferior.

76
Destilação: Problemas em colunas

Cones de vapor
Ocorre quando a vazão de líquido é pequena. Ocasiona em torno
dos borbulhadores uma região isenta de líquido. Isso impede que
o vapor entre em contato íntimo com o líquido, não havendo
fracionamento.

Vazamentos
É a passagem de líquido ou queda de líquido de um prato ao
prato inferior através dos orifícios especiais destinados à
passagem de vapor, ocorrendo quando a vazão de vapor é baixa
e a vazão de líquido é excessivamente alta.
77
Destilação: Problemas em colunas

Dumping
Ocorre quando há vazamento de todo o líquido através dos furos do
prato. Representa a menor vazão de vapor permissível para uma
dada vazão de líquido. É o valor limite para a operação da torre.

78
Destilação: Problemas em colunas

Falhas na montagem: Falta de vedação ao costado

79
Destilação: Problemas em colunas

Falhas na montagem: Painel com sentido das válvulas invertido


Resulta em redução de capacidade devido ao
turbilhonamento provocado

Painéis com sentido correto das


válvulas

80
Destilação: Problemas em colunas

Falhas na montagem: TI sob o downcomer do prato #15


prolongando-se sobre o prato #16 → medindo uma temperatura
intermediária entre estes dois pratos.

81
Destilação: Problemas em colunas

Problemas operacionais: Formação de coque no refervedor da


desbutanizadora

82
Destilação: Problemas em colunas

Principais fatores atrelados a formação de coque:


 TR do fluido frio
↑ TR ↑ Formação de coque
 Temperatura de entrada do fluido quente
↑ T ↑ Degradação da Nafta ↑ Formação de coque ↑ Corrosão sob
depósito
 Presença de compostos reativos na nafta (diolefinas conjugadas)
pode impactar significativamente na formação de depósitos.
CH2
H2C CH3
83
Destilação: Problemas em colunas

Nas torres de recheio podem ocorrer 2 fenômenos indesejáveis:

Canalização
É o escoamento preferencial do líquido, geralmente próximo à
parede da torre, impedindo um contato eficiente entre o líquido e o
vapor. É provocada por vazão baixa de líquido, ausência de
distribuidores internos e recheio de tamanho inadequado.

Inundação
É a retenção do líquido acima do recheio. Pode ser provocada por
vazões altas de líquido, obstrução no leito, quebra ou esmagamento
84 do recheio.

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