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1- Atividade

1.1- Cenário (Para os PCAs de outras áreas)

Observação de sala de aula realizado pela PCA Estrela da Manhã: a PCA acordou com a
professora Monalisa observar sua aula, na terceira série do Ensino Médio. Para tanto, necessita do
plano de aula e da situação de aprendizagem. Explica a importância da observação, pois um
elemento externo consegue visualizar questões não vistas pelo professor, apoiar e sugerir
alterações, como também replicar para outros professores práticas exitosas que ocorrem em sala de
aula. Monalisa concorda, depois das explicações da PCA e compreende o sentido da observação.
Então, Estrela da Manhã e Monalisa acordam que será observado a metodologia e os recursos
utilizados para aula. Lembrando que estes são os focos principais.
1.2 Cenário (Para os PCAs de Ciências Humanas)
Observação de sala de aula realizado pela PCA Estrela da Manhã: a PCA acordou com a
professora Monalisa observar sua aula, na terceira série do Ensino Médio. Para tanto necessita do
plano de aula e da situação de aprendizagem. Explica a importância da observação, pois um
elemento externo consegue visualizar questões não vistas pelo professor, apoiar e sugerir
alterações, como também replicar para outros professores práticas exitosas que ocorrem em sala de
aula. Monalisa concorda depois das explicações da PCA e compreende o sentido da observação.
Então Estrela da Manhã e Monalisa acordam que será observado o objeto de conhecimento e os
recursos utilizados durante a aula. Lembrando que estes são os focos principais.

1.3 - Plano de aula de História


Nome da Escola EE Paraíso Nome da professora: Monalisa
Disciplina de História 3ª série do Ensino Médio Quantidade de aula 01
Tema: Imperialismo
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1: IMPERIALISMO E AS QUESTÕES DO RACISMO

Competência : Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo


físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Habilidades: Interpretar realidades histórico-sociais a partir de conhecimentos sobre a economia e
as práticas sociais e culturais
Objeto de Conhecimento: Imperialismo e estereótipos sobre o continente africano
Metodologias ativas: Roda de conversa
Estratégias: Roda de Conversa, com questões desafiadoras
Desenvolvimento:
1º – Formar uma roda e depois solicitar aos alunos a Leitura dos dois textos indicados no caderno
do aluno, em voz baixa (Textos em anexo)
2º – Indagar os alunos sobre os dois textos lidos. (Objetivo é que eles consigam identificar o
preconceito contido nos textos sobre a África)
Exemplo de perguntas: você consegue pensar quais as razões históricas que fazem com que alguns
países africanos enfrentem dificuldades econômicas, políticas e sociais?
3º – Tarefa: faça uma pesquisa apontando as razões que levaram à construção desse estereótipo
acerca do Continente Africano e procure pensar quais seriam os fatores internos e externos que
comprometem aspectos econômicos e sociais em sua autodeterminação
Avaliação contínua e processual: Interação com objeto de conhecimento e com os demais alunos
na roda de conversa.
Referências
Texto I
Fonte: Adaptado de: Diogo Bercito. Europa recebeu 1 milhão de imigrantes da África Subsaariana
desde 2010. Folha de S. Paulo, 22 mar. 2018. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/03/europa-recebeu-1-milhao-deimigrantes-da-africa-
subsaariana-desde-2010.shtml. Acesso em: 20 set. 2019.
Texto II
Fonte: Friederike Müller-Jung. Banco Mundial: Pobreza extrema ainda preocupa em África.
Adaptado de: DW, 17 out. 2018. Disponível em: https://www.dw.com/pt-002/banco-mundial-pobreza-
extrema-ainda-preocupa-em-%C3%A1frica/ a-45924718. Acesso em: 20 set. 2019.
Caderno do aluno
1.4 - Recomendação ao Professor (Contidas no Caderno do professor para essa atividade, pag, nº
137)
Professor(a),
Nessa atividade inicial, espera-se que os(as) estudantes observem, levantem hipóteses a partir dos
textos, para com esses dados comecem a inferir sobre as relações entre o imperialismo,
neocolonialismo e as dificuldades políticas, econômicas e sociais que são concernentes a
dominação dos países africanos, assim como em outras regiões, como a Ásia e Oceania (regiões
não abordadas no recorte dado pelo Caderno). É necessário cuidado para não reforçar os
estereótipos sobre o continente africano, como explicitado no texto “Algumas observações
importantes”, que metodologicamente os(as) estudantes devem ler após apresentarem seus
conhecimentos sobre a leitura inicial. Destaque a quantidade de países, sua heterogeneidade, as
inúmeras culturas, suas indústrias e metrópoles. É importante mostrar em um mapa o aspecto
geográfico que separa a “África branca” da “África subsaariana”, principalmente a indicando como
uma construção artificial. Explicite e oriente os(as) estudantes acerca das notícias que mostram
singularidades da realidade econômica e social do continente africano, em relação aos processos
migratórios, mais complexos e que devem ser compreendidos historicamente
1.5 - Descrevendo a aula
A professora Monalisa, entra cumprimenta seus alunos, a classe é numerosa com 30 alunos, sendo
um DI. A professora solicita aos alunos que se sentassem em círculo, abrissem o caderno do aluno
na página 120. Nesta, há dois textos, um da Folha de São Paulo e outro referente ao Banco
Mundial. A professora prossegue suas orientações: “Por favor, leiam em voz baixa os dois textos.”
Após a leitura, ela começa a indagar os alunos. Neste momento percebe-se alunos que não haviam
terminado de ler, mas ela inicia os questionamentos: “Tendo em vista seus conhecimentos, você
consegue pensar quais as razões históricas que fazem com que alguns países africanos enfrentem
dificuldades econômicas, políticas e sociais?” Os alunos se calam, não respondem, a professora
insiste com o questionamento e indica o Braizinho para responder; ele diz: “Deve ser porque lá tinha
escravos, Portugal escravizou os negros.” A professora passa para outra pergunta: “Quando foi que
os africanos foram escravizados?” Djane diz: “Ah, faz tempo, heimm! Foi na colonização do Brasil.”
Enquanto isso, o aluno Pedro está com o celular debaixo da carteira, posicionado de forma que a
professora não o veja, porém mantém a cabeça abaixada. A professora continua em sua mesa. E
segue perguntando: “O que acharam do texto?” Vinicius diz: “Muito chato, tem palavras complicadas
que eu não entendo.” Então ela solicita que os alunos abram o dicionário, pesquisem as palavras
que não conhecem e coloquem o significado no caderno.” Mas, antes disso, ela explica que a
colonização e a utilização da mão de obra dos negros na colonização foi uma das formas de
exploração, mas os textos estão se referindo ao período chamado imperialismo, isto é o domínio dos
europeus sobre os africanos. Continua dizendo que criou-se a ideia de que os africanos são
inferiores. Enquanto explica, Cyntia, Carla e Fernanda permanecem de cabeça abaixada, e a aluna
Mariângela, desenha uma casa, em folha de sulfite entregue pela professora.
Os alunos pesquisam as palavras no dicionário, permanecem em círculo. E a professora permanece
sentada, fazendo o registro das presenças e conteúdos. Depois que os alunos terminam, ao final da
aula, a professora chama atenção das alunas Cíntia, Carla e Fernanda porque não realizaram a
pesquisa no dicionário. Ela solicita: “Façam uma pesquisa apontando as razões que levaram à
construção desse estereótipo acerca do Continente Africano e procurem pensar quais seriam os
fatores internos e externos que comprometem os aspectos econômicos e sociais em sua
autodeterminação.” A aluna Cleoniza diz: “Mas não temos tempo para fazer a pesquisa, é no livro?”
A professora responde: “No livro e na internet. Infelizmente nossas aulas são poucas, então
teremos que fazer como tarefa.” O aluno João Pedro diz: “Impossível.” Então a professora revê sua
comanda e diz que a próxima aula será na sala de informática, onde poderão pesquisar. A aluna
Luciana diz: “Que bom!” Monalisa diz: “Vocês são os protagonistas, precisam aprender a pesquisar,
serem autônomos, não fiquem esperando tudo da professora, já estão na 3ª série do ensino médio.”
O sinal soa.
1.6-Depois da observação, a PCA reflete juntamente com outro colega PCA/PCG sobre a aula
Aponta as Potencialidades:
Fragilidades:
Devolutiva para a professora (preencha a ficha de acompanhamento)
Segundo módulo 3 do MGME como iniciaria a devolutiva
Quais questionamentos você faria sobre a aula conforme indicado no módulo 3 MGME?
Quais elementos devem ser acordados?
Será escolhido um grupo para a devolutiva para professora Monalisa.
TEXTO I O jornal Folha de SP, em artigo publicado em 22 de março de 2018, afirma que a Europa recebeu, desde
2010, mais de um milhão de imigrantes da África subsaariana e, a partir de 2017 esse número triplicou. Algumas
das razões apontadas pelo jornal para saída da população de seus países, seriam os conflitos internos,
instabilidade política e pouca confiança no futuro. No entanto, há também um enorme fluxo migratório entre países
africanos como apontam os estudos África em Movimento: dinâmica e motores da migração ao Sul do Saara
(Estudo publicado pelos órgãos FAO e CIRAD/ONU). As migrações criaram o mundo que conhecemos hoje,
impulsionaram seu desenvolvimento e ainda assim enfrentam problemas internos relacionados ao aumento
populacional e consequentemente o desemprego, divisões entre as economias rurais e urbanas. Fonte:

TEXTO II Segundo o Banco Mundial, a taxa de extrema pobreza no mundo é de 10%, no entanto na África esse
número chega a 41% (dados de 2015). As explicações do órgão internacional, apesar da heterogeneidade do
continente e dos seus países, ainda estão relacionadas à violência, guerras civis, e fragilidades institucionais.
Alguns países teriam suas taxas de crescimento econômico menores diante da dependência de outros países

ALGUMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Quando pensamos no continente Africano, somos muitas vezes
compelidos a cair em grandes estereótipos e lemos os textos acima que parecem não coincidir com a cidade de
Johanesburgo, moderna e industrializada. A África possui recursos naturais como ouro, diamantes e urânio que
circulam pelo mundo, além das reservas de petróleo. Temos a tendência de perceber esse enorme continente, de
um lado como uma África que representaria a pobreza, a fome, ou do contrário, uma África idílica, parada no
tempo com suas tradições, savanas e animais exóticos. Para uma reflexão que parte do presente para o passado,
precisamos analisar como esse olhar foi construído historicamente. Um aspecto importante a ser destacado é que
geograficamente o continente africano costuma ser separado por uma “África branca”, ao norte do Saara, e uma
“negra”, ou subsaariana, ao sul do continente. Criar divisões, entre a “África branca” e a “negra” já é uma
denominação que reproduz um discurso colonialista e racista. Quando estudamos a civilização egípcia,
esquecemos que sua população surgiu nas nascentes do Rio Nilo, ou seja, na “África Negra”, ou mesmo quando
falamos de uma “África Muçulmana”, como se fosse possível delimitar espaços e culturas tão heterogêneas. Ao
criarmos essas “separações”, reiteramos determinados estereótipos criados pelas fronteiras artificiais às quais
esse continente foi submetido. Dessa forma, devemos fazer a reflexão: de que “África” estamos falando e
querendo entender? Quando generalizamos, ou seja, universalizamos a África a uma coisa única, desvalorizamos
toda sua diversidade, e acentuamos os preconceitos. Fonte: Elaborado especialmente para o São Paulo Faz
Escola.

TEXTO I O jornal Folha de SP, em artigo publicado em 22 de março de 2018, afirma que a Europa recebeu, desde
2010, mais de um milhão de imigrantes da África subsaariana e, a partir de 2017 esse número triplicou. Algumas
das razões apontadas pelo jornal para saída da população de seus países, seriam os conflitos internos,
instabilidade política e pouca confiança no futuro. No entanto, há também um enorme fluxo migratório entre países
africanos como apontam os estudos África em Movimento: dinâmica e motores da migração ao Sul do Saara
(Estudo publicado pelos órgãos FAO e CIRAD/ONU). As migrações criaram o mundo que conhecemos hoje,
impulsionaram seu desenvolvimento e ainda assim enfrentam problemas internos relacionados ao aumento
populacional e consequentemente o desemprego, divisões entre as economias rurais e urbanas. Fonte:

TEXTO II Segundo o Banco Mundial, a taxa de extrema pobreza no mundo é de 10%, no entanto na África esse
número chega a 41% (dados de 2015). As explicações do órgão internacional, apesar da heterogeneidade do
continente e dos seus países, ainda estão relacionadas à violência, guerras civis, e fragilidades institucionais.
Alguns países teriam suas taxas de crescimento econômico menores diante da dependência de outros países

ALGUMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Quando pensamos no continente Africano, somos muitas vezes
compelidos a cair em grandes estereótipos e lemos os textos acima que parecem não coincidir com a cidade de
Johanesburgo, moderna e industrializada. A África possui recursos naturais como ouro, diamantes e urânio que
circulam pelo mundo, além das reservas de petróleo. Temos a tendência de perceber esse enorme continente, de
um lado como uma África que representaria a pobreza, a fome, ou do contrário, uma África idílica, parada no
tempo com suas tradições, savanas e animais exóticos. Para uma reflexão que parte do presente para o passado,
precisamos analisar como esse olhar foi construído historicamente. Um aspecto importante a ser destacado é que
geograficamente o continente africano costuma ser separado por uma “África branca”, ao norte do Saara, e uma
“negra”, ou subsaariana, ao sul do continente. Criar divisões, entre a “África branca” e a “negra” já é uma
denominação que reproduz um discurso colonialista e racista. Quando estudamos a civilização egípcia,
esquecemos que sua população surgiu nas nascentes do Rio Nilo, ou seja, na “África Negra”, ou mesmo quando
falamos de uma “África Muçulmana”, como se fosse possível delimitar espaços e culturas tão heterogêneas. Ao
criarmos essas “separações”, reiteramos determinados estereótipos criados pelas fronteiras artificiais às quais
esse continente foi submetido. Dessa forma, devemos fazer a reflexão: de que “África” estamos falando e
querendo entender? Quando generalizamos, ou seja, universalizamos a África a uma coisa única, desvalorizamos
toda sua diversidade, e acentuamos os preconceitos. Fonte: Elaborado especialmente para o São Paulo Faz
Escola

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