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Coaching Organizacional
Abstract
(Bennis, 1996)
Todo e qualquer trabalhador apresenta ao longo da sua vida uma forma e visão de pensar, que
representa a sua personalidade. Esta é influenciada diretamente pela sua cultura, que traduz a
educação e valores passados pelos seus pais, professores, amigos, mas também, pelos valores
culturais do seu país. A escala de Bennett, desenvolvida pelo Dr. Milton Bennett, procura
explicar a forma como os indivíduos se comportam no trabalho, de acordo com os seus valores
culturais.
Engloba seis fases de percepção das diferentes culturas numa organização de trabalho. Essas
subdividem-se em etnocêntrica e etnorelativas. Assim, as fases de carácter etnocêntrico, são
caracterizadas numa primeira fase pela negação, depois pela defesa, culminando na fase de
minimização. Posteriormente, onde o individuo apresenta uma visão cultural mais avançada
encontram-se as fases etnorelativas, com a aceitação, adaptação e integração, respetivamente. À
medida que se vai avançando na escala vai-se adquirindo uma maior percepção das diferenças
culturais existentes numa organização. Ao identificar a experiência subjacente da diferença
cultural, as previsões sobre o comportamento e as atitudes podem ser feitas e a educação pode ser
adaptada para facilitar o desenvolvimento ao longo do continuum. ¹
As diferenças culturais numa organização geram obstáculos que dificultam a produtividade
de uma empresa. Assim é imperial que os trabalhadores de uma organização multicultural procurem
evoluir ao saltar das fases etnocêntricas para as etnorelativas, ganhando assim uma maior capacidade
para resolver problemas de forma a serem mais eficientes. Segundo Mckinsey em “A Guerra dos
talentos”, (…) este tipo de diversidade constrói a força de uma organização (sit in).
A primeira fase, designada por fase da negação, o individuo não reconhece e subestima o
impacto de outros costumes culturais no local de trabalho. Os indivíduos tendem a considerar as
suas próprias preferências como "normal" e, muitas vezes ver as preferências dos outros como
estranho ou até mesmo irracional. ¹ Fase mais precária do desenvolvimento cultural, onde não
considera sequer as diferenças culturais entre si e os restantes trabalhadores e quando considera fá-lo
através de estereótipos, o que dificulta a produção e eficácia da equipa de trabalho. Estereótipos
muitas vezes podem ajudar as pessoas a entender e prever os comportamentos de colegas
interculturais, mas muitas vezes eles são imprecisos e geram julgamento. ¹ Os gestores, nesta fase,
caem no erro de não reconhecer as diferenças de cultura, avaliá-los negativamente ou
minimizar a sua importância (a mais comum).
Após o sujeito deixar de olhar para a sua cultura de um ponto de vista central, este passa a
aceitar as diferenças, aprecia-las e a adaptar-se a estas, passando a ter uma visão e um
comportamento mais global.
Esta fase passa pelo respeito e aceitação dos valores exibidos pela outra cultura, onde as
semelhanças nela podem ir ou não ao encontro da sua forma de pensar. Respeito é desenvolvido de
forma mais eficaz quando percebemos que as diferenças culturais estão em nós, mesmo que ainda
não as tenhamos reconhecido (Trompenaars & Hampden-Turner, 1997) ¹
Nem sempre estamos de acordo com a forma de pensar ou agir das outras pessoas, seja no
trabalho, em casa com a família ou mesmo em atividades de lazer com amigos. A verdade é que
temos de aprender a aceitar a maneira de ser das outras pessoas e procurar ver o lado positivo, pois,
tal como tudo na vida, tudo tem um lado positivo, é preciso é saber vê-lo. Ao ver esse lado positivo
não significa que o tenhamos que seguir como rotina ou forma de pensar, significa apenas que
se o fizermos é porque conseguimos olhar para o problema de uma forma mais ampla, com um
diferente leque de janelas para agir. Sempre que desabafamos com alguém e ouvimos o seu conselho
é porque procuramos diferentes respostas e maneiras de agir perante o problema, o que não quer
5. Adaptar-se às diferenças
Adaptação é a fase em que você está disposto a se aventurar fora da sua zona de conforto.
Sair da nossa zona de conforto nunca é fácil mas por vezes é essencial para superar os
obstáculos e cumprir os objetivos. Para que haja adaptação é obrigatório que haja mudanças
pois, não havendo mudanças, não há nada a que nos tenhamos de adaptar.
Sempre que nos deparamos com diferentes culturas há sempre barreiras inerentes, nem que
seja na língua que por vezes dificulta a comunicação. Uma forma de superarmos essas barreiras é
procurar adaptarmo-nos a elas, o que obriga a percebe-las e aceita-las, levando
obrigatoriamente a uma ambientação às diferenças culturais exibidas. Essa adaptação é o grande
passo dado nessa fase, o que não implica obrigatoriamente uma assimilação, que leva a mudar a sua
forma de pensar, uma assimilação dos valores imposto pela outra cultura. Se você estiver receptivo,
curioso e respeitoso nas diferenças, isso pode ser suficiente para ser um gerente eficaz. ¹
6. Integrar as diferenças
Conclusão
Bibliografia
1. Bamford, A. (2010). How cross-cultural coaching can help you avoid mistakes in the
workplace. The
Results Center -
London
4. Moral, M., & Warnock, P. (2005). Coaching and Culture – Towards the Global Coach, in
Coaching for Leardership: The Practice of Leadership Coaching from the World’s Greatest
Coaches (Second Edition), Goldsmith & Lyons Edts, Pfeiffer, New York.