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INTOXICAÇÃO POR

Leucaena leucocephala
(LEUCENA)

Curso de Graduação em Medicina Veterinária - 5º período


Alice Costa, Beatriz Torres e Nathalia Monyk
Disciplina: Toxicologia Veterinária
Marechal Deodoro - AL
2021/2
INTRODUÇÃO
- Leguminosa arbórea
- Ampla distribuição
- Alto valor nutritivo
- Alimentação de ruminantes
- Consumo exagerado
- Intoxicação

Figura 1: Caprino alimentando-se de leucena.


Fonte: EMBRAPA
LEUCAENA LEUCOCEPHALA

- Leguminosa perene
- Regiões tropicais e subtropicais
- Boa digestibilidade e palatabilidade
- Banco de proteínas
- Planta invasora

Figura 2: Leucaena leucocephala


Fonte: Notibras
DADOS DA EXSICATA
DETERMINAÇÃO: LEUCAENA LEUCOCEPHALA
GÊNERO: LEUCAENA
FAMÍLIA: FABACEAE
NOME VULGAR: LEUCENA

DADOS DA COLETA
COLETORA: BEATRIZ TORRES
DATA: 15/11/2021
LOCAL: MACEIÓ
INTOXICAÇÃO E ESPÉCIES
Pela maioria dos estudos e relatos, as espécies mais susceptíveis à
intoxicação por essa planta, são:

EQUINOS OVINOS BOVINOS CAPRINOS


PRINCÍPIO TÓXICO: MIMOSINA

Figura 2: Estrutura química da L-mimosina


Fonte: Wikipedia

- Aminoácido tóxico não proteico


- Ação antimitótica
- Efeito depilatório

Figura 3: Flor da leucena


- > 30% da alimentação diária

Fonte: Wikipedia
INGESTÃO DE >30% DE LEUCENA NA ALIMENTAÇÃO

Mimosina presente nas Metabólitos


folhas e sementes da 3,4-dihidroxipiridona
Leucaena leucocephala (DHP) e 2,3-DHP

Figura: Caprinos ingerindo leucena


Fonte: Capril Virtual

Mecanismo de ação
AÇÃO DOS METABÓLITOS NO ORGANISMO

Impedem a
peroxidação do
↓ da síntese de Hipotireoidismo
T3 e T4 secundário
Iodo na tieroide

Mecanismo de ação
HIPOTIREOIDISMO SECUNDÁRIO À INTOXICAÇÃO

Aumento Hiperplasia dos


compensatório da Ação bociogênica
folículos tireoidianos
secreção de TSH

Mecanismo de ação
A AÇÃO DEPILATÓRIA
Os hormônios da tireóide atuam na fase anágena e, por isso, quando alterados,
podem ocasionar o eflúvio telógeno (queda difusa).

2. FASE CATÁGENA 3. FASE TELÓGENA


1. FASE ANÁGENA 4. FASE ANÁGENA
NOVAMENTE

Figura 2: Ciclo do pelo


Fonte: Rosy Faria

Mecanismo de ação
SINAIS CLÍNICOS
Bócio

Emagrecimento
Infertilidade

Ulcerações na
Alterações cutâneas:
língua e esôfago
Acantose;
Hiperqueratose;
Sialorreia
Atrofiamento da Derme;

Alopecia (Principal sinal


clínico)

SINAIS CLÍNICOS

Figura 4: Equino, Crina / Cauda


Fonte: Cavalus
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico pode ser realizado observando-se a presença da planta e
a sintomatologia clínica.
Níveis de T3 e T4
Biópsia de lesão tegumentar
Análise histológica

Patologia
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
As manisfestações clínico-patológicas são prontamente reversíveis,
desde que, interrompa-se a ingestão da leucena;

Erradicação da planta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, nota-se o significado econômico da intoxicação
por leucena devido à redução da produtividade, alterações
reprodutivas e, principalmente, tegumentar. É imprescindível
conhecer a epidemiologia de plantas tóxicas da região e boa análise
de sintomatologia clínica, para adotar um tratamento adequado
mais precocemente, favorecendo o prognóstico do paciente.
REFERÊNCIAS
PORTO, Mirna R. et al. Intoxicação natural e experimental por Leucaena
leucocephala em equinos. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 37, p. 829-834, 2017.

DE SOUZA SPINOSA, Helenice; GÓRNIAK, Silvana Lima; NETO, João Palermo.


Toxicologia aplicada à medicina veterinária. Manole, 2008.
Obrigada!

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