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Stiven Vigario Jacinto Cambula

Desigualdades Sócias entre Homem e Mulher em Moçambique

Licenciatura em Ensino Básico

Universidade Save

Gaza

2023
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Stiven Vigario Jacinto Cambula

Desigualdades Sócias entre Homem e Mulher em Moçambique

Licenciatura em Ensino Básico

Trabalho investigativo Sobre Desigualdades Sócias


entre Homem e Mulher em Moçambique, para
efeitos de avaliação individual na cadeira de MEIC.

Sob Orientação do tutor: Rodolfo João salgado

Universidade Save

Gaza

2023
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Índice

0.INTRODUÇÃO.......................................................................................................................3

0.1. OBJECTIVOS DO TRABALHO....................................................................................4

0.1.1. Objectivo Geral.........................................................................................................4

0.1.2. Objectivo específicos................................................................................................4

1.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................................5

1.1.Conceitualização e relacionamento do conhecimento com o problema...........................5

1.1.2.O conhecimento popular:...........................................................................................5

1.1.3.O conhecimento científico.........................................................................................5

1.2.4.O conhecimento filosófico:........................................................................................6

1.2.5.O conhecimento religioso:.........................................................................................7

3.CONCLUSÃO.........................................................................................................................9

4.REFRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................10
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0.INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como tema “Desigualdades Sócias entre Homem e Mulher em
Moçambique. O mesmo explicar as diferenças estabelecidas socialmente em relação ao
homem e mulher, a explicação essa será feita a partir dos diferentes tipos de conhecimento
(científico, popular, religioso e filosófico).

A violência sofrida pelo sexo feminino seja qual for a forma, psicológica, física, cultural e
social torna cada vez mais difícil a igualdade entre homens e mulheres. Enraizada nas
sociedades patriarcais, essa violência é um vício de formação das sociedades. Por outro lado,
a política de igualdade de género tem sido mal interpretada pelas mulheres, pois assumem que
igualdade de género significa que as mulheres devem tomar a posição dos homens tanto no
sector de trabalho, cargos de chefia, etc., e o homem fazer o inverso.

O trabalho está organizado em quatro partes, nomeadamente a introdução, onde de forma


objectiva apresentaremos o que pretendemos investigar, a parte de apresentação responsável
confrontação de teorias e resumo da matéria em estudo, a conclusão, onde de forma mais
sintética traremos as ideias inessenciais da nossa investigação e referências bibliográficas,
para alistamento das obras usadas na produção do trabalho.
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0.1. OBJECTIVOS DO TRABALHO

0.1.1. Objectivo Geral

 Compreender as Desigualdades Sócias entre Homem e Mulher em Moçambique

0.1.2. Objectivo específicos

 Conceituar os diferentes tipos de conhecimento;


 Relacionar os diferentes tipos de conhecimento com as desigualdades sociais entre
homem e mulher em Moçambique.

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1.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1.Conceitualização e relacionamento do conhecimento com o problema

1.1.2.O conhecimento popular:

O conhecimento do senso comum vai do hábito à tradição e é uma tentativa de facilitar o dia-
a-dia. É uma mistura e reciclagem de outros saberes e os reduz a um tipo de "teoria
simplificada". Esse conhecimento é adquirido através das tentativas, ou seja, vamos tentar
fazer algo até consegui-lo. O conhecimento do senso comum, integra - de modo precário, o
conhecimento humano. Muitas das vezes não nos preocupamos em definir algo, por exemplo
quando alguém usa o termo "menina histérica". Poucos sabem que esse termo foi criado pela
psicologia científica, e tampouco sabem defini-lo, mas ainda assim conseguem entender o que
está querendo se passar. Esse conhecimento vem como uma "visão-de-mundo".

Para o senso comum, homens e mulheres são diferentes devido aos sexos. Há uma diferença
biológica, orgânica, entre esses dois grupos. No dia-a-dia, esperamos desses dois sexos
comportamentos também diferentes, geralmente complementares. Ao homem, geralmente
atribuímos a força física e a frieza. Por outro lado, à mulher, a fragilidade e o afecto.

Não é raro, portanto, que, em uma família, os homens sejam mais distantes dos filhos e que se
responsabilizem pela maior parte do orçamento doméstico. As mulheres, por sua vez, são
mais próximas das crianças e, embora trabalhem fora, recebem salários menores e se
responsabilizem pela maior parte dos afazeres de casa.

1.1.3.O conhecimento científico

Todo novo conhecimento é formado a partir de um anterior. Para um conhecimento ser


rotulado como científico, deve seguir vários padrões de estudo. De modo mais amplo, o
conhecimento científico visa explicar "como" e "por que" tal fenómeno ocorre. Além do que o
mesmo deve ser passível de verificação para que as hipóteses possam ser comprovadas. O
conhecimento científico não se trata de um conhecimento absoluto, pois sempre há
argumentações e assim, podem surgir conhecimentos superiores. Desse modo a ciência
avança.
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O conhecimento científico, defende que de um modo geral, as relações de género em


Moçambique são caracterizadas pela posição subordinada das mulheres. Quer as comunidades
patrilineares quer as matrilineares assentam em formas de controlo social que priorizam o
colectivo em detrimento do individual. Neste tipo de organização social as mulheres têm
papéis claramente definidos com base nas relações de género que as colocam numa posição
subordinada, ao mesmo tempo que as definem como detentoras da tradição e conservadoras
da cultura. Consequentemente, a autonomia e a emancipação das mulheres são muitas vezes
vistas como algo que parece ameaçar o âmago da estrutura tradicional.

O Governo reconhece o distrito como um ponto focal do desenvolvimento em Moçambique,


estando assim comprometido face ao processo de descentralização iniciado há cerca de dez
anos. O distrito tem criado mais e melhores oportunidades para as mulheres participarem e
moldarem a vida política e pública através das comunidades onde elas estão inseridas,
Entretanto, apesar de o distrito oferecer melhores oportunidades a Mulher, há necessidade de
se adoptar medidas especiais para encorajar as mulheres a participarem cada vez mais.

Para que a mudança ocorra se faz necessário a participação de toda a sociedade, a começar
pelos lares, na formação da criança seja menino ou menina, na escola, nas brincadeiras com
amigos, nos diálogos entre pai e mãe. No poder público com a criação e promoção de
programas que reeduquem os agressores, criação de casas abrigo, os juízes agir de forma
dinâmica e atenta proporcionando credibilidade e respeito as vitimas.

1.2.4.O conhecimento filosófico:

Este conhecimento tem como base o questionamento e usa o questionamento e o pensamento.


É um conhecimento comum, mas o que difere do conhecimento popular, é que o
conhecimento filosófico se preocupa em questionar o relacionamento do indivíduo com o
meio. É um conhecimento valorativo que consiste em hipóteses que podem ser submetidas à
observação. Ele é racional e não baseia-se em experimentações - que é o caso do
conhecimento científico - e sim em experiências. Esse conhecimento questiona o homem e as
coisas da vida. É um conhecimento racional, sistemático, geral e crítico.

O conhecimento filosófico já vem com outra posição, “sem receio de errarmos, podemos dizer
que os papéis entre homem e mulher são muito mais “maleáveis”, admitindo combinações e
rearranjos, do que há cinquenta anos. No entanto, eles ainda não foram descartados do nosso
imaginário e há limites dentro dos quais os indivíduos podem transitar. Como é vista uma
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mulher que desconsidera a maternidade, abrindo mão do casamento e cuidando integralmente


de sua carreira profissional? E o homem que decide tomar conta do lar e dos filhos, sendo
sustentado pelo trabalho de sua esposa? Para a nossa visão mundo – o nosso senso comum -,
esses papéis são naturais e os indivíduos não podem simplesmente negá-los, sob pena de
serem estigmatizados e afastados do convívio social. Mas será mesmo que tais papéis são
naturais? Vejamos o que dizem as ciências sociais:

Um dos factores chave parece ser a aceitação da existência de um sector informal que
controla, em parte, o desemprego e que contribui em larga medida para a melhoria das
condições de vida da maioria da população, principalmente das mulheres.

Se de um ponto de vista económico e produtivo a Mulher está sempre mais presente, ao


mesmo tempo existem discriminações baseadas no género que resultam em desigualdades no
acesso ao mercado de trabalho, à educação, aos recursos e aos rendimentos.

A participação das mulheres no mundo do trabalho tem sido grandemente afectada pela
estratificação do género e sexual quer dentro da família quer no mercado, o que se justifica
principalmente com assuntos ideológicos sobre os papéis sexuais e com a resistência à
mudança mesmo quando esta é economicamente racional.

As mudanças nas motivações das mulheres em relação ao trabalho não têm sido analisadas de
maneira satisfatória pelos economistas, assim como as consequências das mudanças
económicas necessárias aos indivíduos dentro da família. Trata-se, portanto, de injectar o
género na análise teórica da disciplina económica.

1.2.5.O conhecimento religioso:

O conhecimento religioso apoia-se em doutrinas sagradas, indiscutíveis e infalíveis, que são


os dogmas da igreja. É visto como um conhecimento sistemático do mundo e como obra de
um criador divino, um Deus. Todas as ideias ditas pelos teólogos fundamentam-se em um
livro sagrado.

As posições relativas dos homens e das mulheres na sociedade moçambicana são muito
influenciadas pelos mecanismos culturais que definem a distribuição dos bens económicos e
recursos produtivos. No norte e no Centro de Moçambique, predominam sistemas de
descendência matrilinear, enquanto no Sul a descendência patrilinear constitui a norma.
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Contudo, Igualdade de deveres e rituais religiosos são exigidos tanto de mulheres como de
homens. O Testemunho de Fé (Shahadah), a Oração (Salah), a Caridade Obrigatória (Zakah),
o Jejum (Saum) e a Peregrinação (Hajj) são igualmente exigidos para ambos os sexos. Em
alguns casos, os requisitos são um pouco mais fáceis para as mulheres, para aliviar suas
dificuldades especiais. Por exemplo, em consideração de sua saúde e condição física,
mulheres menstruadas ou uma mulher no estado de sangramento e recuperação pós-natal são
absolvidas do dever de orações e jejum. Ela é obrigada a compensar os dias de jejum perdidos
devido a menstruação e sangramento pós-natal, mas não suas orações, pois isso seria muito
oneroso
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3.CONCLUSÃO

As relações de género variam e mudam numa mesma sociedade de acordo com outras
categorias sociais, tais como raça, classe, idade, orientação sexual, etnia e religião.

Estes factores não agem de forma independente e criam um sistema que reflecte o
"cruzamento" de múltiplas formas de discriminação. As discussões sobre as relações de
género não abrangem apenas a análise da distribuição de recursos e poder entre homens e
mulheres, mas também a analise sobre as desigualdades entre as outras categorias sociais.

Portanto, muito ainda se deve fazer ou protagonizar para a questão da efectivação da política
de género, primeiro o a mulher deve estar consciente que a igualdade de género não significa
ocupar cargos de chefia, virar o prima no sentido dela tomar todas as tarefas do homem e o
homem da mulher, o homem também precisa ser consciencializado desta forma, não só a
mulher precisa se emancipar não precisa ser o homem a emancipa-lo pois significaria aquilo
que em xangana designamos “Kubunhetiya” isto porque este processo é humilhante e a
mulher quando se aperceber disso vai ficar frustrada, porque as expressões “vamos emancipar
a mulher” já são discriminatórias.
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4.REFRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 APA. Definição de termos: Sexo: Género: igualdade de género: Orientação sexual. 2011.
 CIRUJANO, Paula & LÓPEZ, Helena. Igualdad de género en los Objetivos de Desarrollo
del Milenio Retos para la Cooperación Española con América Latina. Maderi, Fundacao
Carolina, 2008.
 OLIVEIRA, C. C, Perfil de Género em Moçambique. Maputo, 2016.

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