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Natureza hipostá/ca de JESUS

A palavra "hipostá/ca" tem sua origem e/mológica na língua grega an/ga, onde
"hypostasis" significa "substância" ou "essência". Na teologia cristã, a palavra foi usada
pela primeira vez no Concílio de Nicéia em 325 d.C., onde se discu/u a natureza de Jesus
Cristo e sua relação com Deus Pai. Foi nesse contexto que a palavra "hipóstase" começou
a ser usada para descrever a união das duas naturezas de Jesus - divina e humana - em
uma única pessoa. Desde então, a palavra "hipostá/ca" tem sido usada para descrever
essa doutrina teológica e a união hipostá/ca de Jesus.

ἔν ἀρχή ἦν λόγος καί λόγος ἦν πρός θεός καί λόγος ἦν θεός

No ἔν princípio ἀρχή era ἦν o Verbo λόγος, e καί o


Verbo λόγος estava ἦν com πρός Deus θεός, e καί o
Verboλόγος era ἦν Deus θεός.

João 1:1

No princípio era o Verbo...

A palavra "logos" é um termo grego que pode ser traduzido como "palavra", "razão" ou
"verbo", e é usada para se referir a uma manifestação da mente ou do pensamento. No
contexto cristão, o "logos" é frequentemente usado para se referir à natureza divina de
Jesus Cristo. O trecho em questão afirma que o "logos", ou a palavra de Deus, se tornou
carne e viveu entre as pessoas. Isso é uma referência à encarnação de Jesus Cristo, ou
seja, sua vinda ao mundo como um ser humano.

E o verbo estava com DEUS ...

O termo grego "quenosis" é uma palavra que significa "esvaziamento" ou


"aniquilamento". Esse termo é usado na teologia cristã para se referir ao ato de Jesus
Cristo em esvaziar-se de sua glória e divindade ao se tornar humano.

A ideia de quenosis está presente na epístola de Paulo aos Filipenses, onde ele escreve:

"Tende em vós aquele sen/mento que houve também em Cristo Jesus, o qual,
subsis/ndo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia
aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se
semelhante aos homens" (Filipenses 2:5-7)

Essa passagem enfa/za que Jesus, mesmo sendo Deus, não considerou sua posição
divina como algo a ser man/do a todo custo, mas se esvaziou de sua glória e se tornou
um servo humano. Isso é fundamental para a compreensão da natureza hipostá/ca de
Jesus, pois mostra que Ele não apenas se tornou humano, mas também assumiu
plenamente a humanidade, esvaziando-se de sua posição divina e assumindo a forma
de um ser humano.

A quenosis de Jesus Cristo é uma parte importante da teologia cristã, pois mostra a
humildade e o amor de Deus em se tornar humano para salvar a humanidade. Além
disso, ela enfa/za a importância da encarnação de Jesus para a salvação e a reconciliação
com Deus. Assim, Jesus assumiu a plena humanidade enquanto man/nha sua natureza
divina, tornando-se "Deus conosco" ou "Emanuel".

A expressão "subsis<r em forma de Deus" é encontrada no texto bíblico de Filipenses


2:6-7 e se refere à natureza divina de Jesus Cristo. A palavra grega para "forma" é
"morphe", que indica a natureza essencial ou caracterís<ca de algo ou alguém. O texto
afirma que Jesus, em sua natureza divina, é igual a Deus.

Essa expressão é importante para afirmar que Jesus não é uma criatura, mas é o próprio
Deus que se tornou humano. A natureza divina de Jesus é eterna, imutável e perfeita, e
essa natureza divina coexiste com sua natureza humana. Em outras palavras, Jesus é ao
mesmo tempo plenamente Deus e plenamente homem.

A ideia de Jesus como Deus encarnado é central para a doutrina cristã da Trindade, que
afirma a existência de um único Deus em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. A
encarnação de Jesus é a maneira pela qual a segunda pessoa da Trindade, o Filho, se
tornou humano e viveu entre nós.

Portanto, a expressão "subsis/r em forma de Deus" é uma afirmação da divindade de


Jesus Cristo e sua igualdade com Deus.

E o verbo se fez carne ...

O termo grego para "se fez carne" é "σὰρξ ἐγένετο" (sarx egeneto). Essa expressão é
encontrada na primeira frase do Evangelho de João, que diz: "No princípio era o Verbo,
e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1), e mais adiante acrescenta:
"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós" (João 1:14).

O termo "sarx" significa literalmente "carne" ou "carne humana". Ao dizer que "o Verbo
se fez carne", João está afirmando que a Palavra eterna de Deus (o Verbo) se tornou
humano, assumindo uma natureza humana completa e real. Essa é uma das principais
afirmações da doutrina cristã da encarnação, que enfa/za a ideia de que Jesus Cristo é
plenamente Deus e plenamente humano.

Portanto, a expressão "o Verbo se fez carne" é fundamental para a compreensão da


natureza de Jesus Cristo na teologia cristã, pois destaca a ideia de que Ele é Deus que se
tornou humano para redimir a humanidade e restaurar a comunhão entre Deus e os
seres humanos.

E habitou entre nós ...


O termo "tabernáculo" refere-se a uma tenda ou barraca usada como habitação
temporária. Essa palavra é usada metaforicamente para descrever a encarnação de
Jesus, sugerindo que Ele se tornou uma habitação temporária entre os seres humanos
durante sua vida terrena.

O termo grego u/lizado na frase "e o Verbo se fez carne e habitou entre nós" é "σκηνόω"
(skēnoō), que pode ser traduzido como "tabernaculou", "habitou" ou "fez sua morada".
A palavra é derivada do substan/vo "skēnē", que significa "tenda" ou "barraca", e é
frequentemente usada no An/go Testamento para se referir à tenda do encontro ou ao
tabernáculo onde a presença de Deus habitava entre o povo de Israel.

No Novo Testamento, o verbo "skēnoō" é usado metaforicamente para descrever a


encarnação de Jesus Cristo como a habitação divina entre os seres humanos. Isso
enfa/za a proximidade e a presença de Jesus com as pessoas, além de sua iden/ficação
plena com a humanidade.

Assim, a frase "e o Verbo se fez carne e habitou entre nós" significa que Jesus veio ao
mundo como um ser humano e fez sua morada entre as pessoas, tornando-se um de nós
e compar/lhando plenamente nossa humanidade. Essa é uma das principais afirmações
da teologia cristã sobre a encarnação de Jesus e sua importância para a salvação e a
reconciliação com Deus.

Essa passagem é considerada uma das mais importantes na teologia cristã, pois afirma
a união hipostá/ca de Jesus como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e sua presença
e proximidade com a humanidade. Ela enfa/za a importância da encarnação para a
salvação da humanidade e a reconciliação com Deus.

A doutrina da natureza hipostá/ca de Jesus é uma crença central do cris/anismo, que


afirma que Jesus é uma pessoa divina com duas naturezas - uma divina e uma humana -
unidas em uma única pessoa ou hipóstase. Essa doutrina se originou nos primeiros
séculos do cris/anismo como uma tenta/va de explicar a relação entre a divindade e a
humanidade de Jesus.

A natureza divina de Jesus é a mesma que a do Pai e do Espírito Santo, coexis/ndo em


uma única substância divina, ou seja, a Trindade. A natureza humana de Jesus inclui
todas as caracterís/cas que são comuns aos seres humanos, como a capacidade de sen/r
fome, cansaço e dor.

A união hipostá/ca das duas naturezas de Jesus é uma das questões mais disceis e
complexas da teologia cristã. Ela afirma que as duas naturezas coexistem perfeitamente
e sem mistura em uma única pessoa. Jesus não é um ser humano comum que se tornou
divino, nem é um ser divino que tomou a forma humana. Em vez disso, Ele é uma pessoa
única com duas naturezas dis/ntas e inseparáveis, que se unem de forma indissolúvel na
sua hipóstase.
A natureza hipostá/ca de Jesus é importante porque ela define a natureza de Deus e de
Cristo e a relação entre eles. Ela é fundamental para a compreensão do papel de Jesus
como o Salvador do mundo, pois Ele precisava ser verdadeiramente humano para poder
morrer pelos pecados da humanidade, e precisava ser divino para poder cumprir essa
missão e oferecer uma expiação perfeita.

Jesus é Deus e é humano. Ele tem uma natureza divina e uma natureza humana.
Enquanto sua natureza divina é ESPIRITUAL, sua natureza humana é ssica, como a nossa.
Durante sua vida terrena, Jesus viveu como um ser humano e experimentou todas as
limitações e dificuldades da vida humana.

Após sua ressurreição, o corpo humano de Jesus foi glorificado e transformado,


tornando-se incorrupwvel e indestruwvel. Essa transformação não significa que Jesus
perdeu sua natureza humana ou que se tornou exclusivamente espiritual. Em vez disso,
significa que seu corpo humano foi elevado e transformado, de modo que agora é capaz
de habitar na presença de Deus de forma permanente.

Ao mesmo tempo, a natureza divina de Jesus permanece inalterada e coexiste com sua
natureza humana glorificada. Assim, podemos afirmar que Jesus é ao mesmo tempo
100% Deus e 100% humano, em uma união hipostá<ca única e indivisível.

Em resumo, podemos afirmar que, embora DEUS seja um SER espiritual, a encarnação
de Jesus como um ser humano não diminuiu sua natureza divina, mas sim adicionou
uma natureza humana à sua pessoa. Após sua ressurreição, o corpo humano de Jesus foi
glorificado e transformado, mas sua natureza divina permaneceu inalterada e coexiste
com sua natureza humana glorificada.

Epistemologicamente, a definição do termo "humano" pode variar dependendo do


contexto em que é usado. No entanto, em sua essência, o termo "humano" refere-se à
espécie Homo sapiens, a qual pertencemos como seres humanos.

Do ponto de vista epistemológico, "humano" pode ser definido como uma construção
cultural e social, que varia de acordo com as diferentes culturas e sociedades em que se
vive. Isso significa que a noção de "humano" é influenciada pelas crenças, valores e
normas de uma determinada sociedade e época.

Além disso, a definição do termo "humano" também pode ser influenciada pelas
diferentes áreas do conhecimento, como a biologia, a antropologia, a filosofia e a
psicologia. Cada área do conhecimento pode ter uma definição específica do que
significa ser humano, dependendo de seus obje/vos e metodologias de pesquisa.

Em resumo, epistemologicamente, o termo "humano" refere-se à espécie Homo sapiens


e pode ser influenciado por fatores culturais, sociais e disciplinares que moldam a nossa
compreensão do que significa ser humano.
Quando se fala sobre a "natureza humana" que foi adicionada à pessoa de Jesus, não se
trata apenas da socialização ou das experiências que ele teve como ser humano durante
sua vida terrena.
A "natureza humana" de Jesus refere-se à sua humanidade completa, ou seja, sua
capacidade de experimentar emoções, sen/mentos, pensamentos e desejos como
qualquer ser humano. Isso inclui sua natureza ssica, como a capacidade de sen/r dor e
fome, bem como sua natureza psicológica e emocional, como a capacidade de sen/r
tristeza, alegria, medo e amor.

A adição da natureza humana à pessoa de Jesus é um dos conceitos fundamentais da


doutrina cristã da Encarnação, que afirma que Jesus é totalmente Deus e totalmente
humano. Essa doutrina é baseada em passagens bíblicas como João 1:14, que diz: "O
Verbo se fez carne e habitou entre nós".

Portanto, quando se fala da "natureza humana" de Jesus, não se trata apenas de sua
socialização, mas sim de sua humanidade completa, incluindo sua natureza ssica,
psicológica e emocional.

Jesus possuía uma psique humana, composta por elementos como a sua consciência,
experimentou uma ampla gama de emoções humanas, incluindo alegria, tristeza, ira e
compaixão.

Além disso, como Jesus era uma pessoa profundamente religiosa e espiritual, podemos
assumir que sua psique também refle/a sua conexão com Deus e sua compreensão da
espiritualidade. Jesus era conhecido por suas orações frequentes, suas referências às
Escrituras e sua conexão ín/ma com o Pai.

No entanto, como Jesus é considerado pelos cristãos como o Filho de Deus e o próprio
Deus encarnado, sua psique seria única em relação à de qualquer outro ser humano,
uma vez que ele não teria sido afetado pelo pecado original e teria uma compreensão
divina da realidade. Por isso, sua psique é considerada um mistério e não pode ser
compreendida de maneira completa e precisa.

A psique humana é um tema complexo e mul/facetado, e a maneira como ela se


manifesta varia amplamente de pessoa para pessoa. Em geral, no entanto, podemos
dizer que a psique humana é composta por vários elementos interconectados, incluindo:

• Consciência: o estado de estar ciente de si mesmo e do mundo ao redor.


• Pensamentos: os processos mentais que nos permitem raciocinar, planejar,
imaginar e assimilar informações.
• Emoções: as reações afe/vas que experimentamos em resposta a diferentes
situações, como alegria, tristeza, raiva, medo e amor.
• Vontade: a capacidade de fazer escolhas e tomar decisões conscientes.
• Memória: a capacidade de armazenar e recuperar informações.
• Percepção: a capacidade de interpretar e compreender as informações que
recebemos através dos nossos sen/dos.
• Imaginação: a capacidade de criar e visualizar ideias e conceitos.
• Inteligência: a capacidade de aprender, raciocinar e resolver problemas.
• Personalidade: a combinação única de traços, caracterís/cas e comportamentos
que definem uma pessoa.

É importante lembrar que a psique humana é influenciada por fatores biológicos, como
a gené/ca e a química cerebral, bem como por fatores ambientais, como a educação, a
cultura e as experiências de vida. Por isso, cada pessoa tem uma psique única e
complexa, que é moldada por uma variedade de influências internas e externas.

A memória de Jesus é um tema complexo e deba/do entre estudiosos religiosos e


teólogos. De acordo com a crença cristã, Jesus é o Filho de Deus e, portanto, dotado de
natureza divina e humana. Isso significa que, como ser humano, ele pode ter /do uma
memória limitada pelos limites ssicos do cérebro humano, mas, como Filho de Deus, ele
também /nha conhecimento divino e eterno.

As afirmações de Jesus indicam que ele /nha conhecimento pré-existente e eterno. A


declaração "antes de Abraão exis/sse, eu sou" sugere que Jesus /nha uma compreensão
do tempo que transcende a experiência humana. Ele afirma sua existência anterior à de
Abraão, que viveu cerca de 2.000 anos antes de Jesus. Isso sugere que Jesus /nha uma
consciência pré-existente e um conhecimento que transcende o tempo e o espaço.

Da mesma forma, a afirmação de Jesus de que ele /nha glória antes da fundação do
mundo sugere um conhecimento eterno e divino. Isso implica que Jesus /nha
conhecimento e memória pré-existentes que transcendem a experiência humana e
estão relacionados com sua natureza divina.

Em resumo, a memória de Jesus é um tema complexo e envolve sua natureza divina e


humana. Enquanto sua memória humana pode ter sido limitada, como ser divino, ele
/nha um conhecimento eterno e pré-existente.

Segundo o relato bíblico, Jesus disse a Natanael: "Antes que Filipe te chamasse, quando
estavas debaixo da figueira, eu te vi" (João 1:48). Essa passagem sugere que Jesus teve
uma percepção sobrenatural da presença de Natanael naquele local, o que indica uma
capacidade psíquica fora do comum. A menção à figueira pode ter sido um sinal
específico dado por Jesus para demonstrar sua capacidade divina de conhecer os
pensamentos e o caráter de Natanael antes mesmo de conhecê-lo fisicamente.

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