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FCE- FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS

ESPECIALIZAÇÃO EM ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO


FRANCISCA LETÍCIA PINTO DE CARVALHO
PAULO HENRIQUE OLIVEIRA DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL


ESPECIALIZADO

Rio Branco – Acre

2018
FCE- FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS
FRANCISCA LETÍCIA PINTO DE CARVALHO
PAULO HENRIQUE OLIVEIRA DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL


ESPECIALIZADO

Monografia apresentada à Faculdade


Campos Elísios, como requisito parcial a
obtenção do título de Especialista em
Atendimento Educacional Especializado,
sobsupervisão da orientadora: Profª.
Fatima Ramalho Lefone.

Rio Branco – Acre

2018
FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS
FRANCISCA LETÍCIA PINTO DE CARVALHO
PAULO HENRIQUE OLIVEIRA DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL


ESPECIALIZADO

Monografia apresentada à Faculdade


Campos Elísios, como requisito parcial a
obtenção do título de Especialista em
Atendimento Educacional Especializado,
sob supervisão da orientadora: Profª.
Fatima Ramalho Lefone.

Aprovado pelos membros da banca examinadora em


___/___/___.com menção ____ (________________).

Banca Examinadora

_________________________________

_________________________________

Rio Branco – Acre

2018
A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO

Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus por ter


abençoado as nossas vidas e ter nos concedido
“entendimento, conhecimento e sabedoria”, aos nossos
filhos Flávia Isabela e Álvaro Rafael e aos nossos pais que
fizeram o possível para que nós pudéssemos chegar até
este momento.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos em primeiro lugar a Deus, que


nos sustentou para que nós pudessemos chegar a
este momento tão especial em nossas vidas.
Agradeço também aos nossos filhos pelos
momentos de alegria e que por eles nós temos
lutado para chegar ainda mais longe.
A professora Francisca da Conceição Pinto
de Carvalho, que é irmã (Letícia) e cunhada
(Paulo), por ter nos mostrado o caminho que
deveríamos seguir, incentivando-nos a estar cada
dia mais fazendo a busca pelo conhecimento e ao
mesmo tempo nos especializando em educação
especial. Obrigada!
Em especial, agradeço de coração aos
nossos pais e avós José Lusmar Rodrigues,
Raimunda Silva de Carvalho, José Domingos,
Francisca de Fátima Oliveira e Antonia Lanis
Oliveira e aos nossos irmãos, que o Senhor possa
abençoar a cada um.
RESUMO

Este trabalho tem o propósito de analisar a importância da família no Atendimento


Educacional Especializado (AEE), de forma a garantir corresponsabilidade e
estabelecer compromisso que deverão ser assumidos por todos, visando garantir o
pleno desenvolvimento dos processos de ensino/aprendizagem. Dessa maneira,
fazendo com que a escola se torne um ambiente incluso e acolhedor a seus alunos
independentes de suas condições sociais, emocionais, físicas, intelectuais e
linguísticas. Além disso, a instituição educacional deve desenvolver uma pedagogia
capaz de educar e incluir todos aqueles com Necessidades Educacionais
Específicas (NEE), baseando-se nos aspectos, familiar, de aprendizagem,
diversidade, inclusão e didática de ensino. Ainda, este projeto também visa à
conscientização da família no processo inclusivo, a qual deverá proporcionar um
ambiente propicio a aprendizagem. Portanto, os pais e/ou responsáveis devem
oferecer a criança plenas condições de acesso à educação, para que haja um bom
aproveitamento deste processo. No caso das pessoas com deficiência, medidas
como frequentar programas de reabilitação e o AAE, oferecido no contra turno da
escola, faz parte dessa responsabilidade. Portanto, o colégio deve prever em seu
Projeto Político Pedagógico (PPP) uma participação efetiva das famílias na
construção de estratégias facilitadoras do diálogo, além de estabelecer parcerias
corresponsável para o desenvolvimento da aprendizagem de todos. Esse trabalho
se sustenta em pesquisas bibliográficas no qual a fundamentação teórica se
argumenta em teóricos como: Booth, Ainscow, Pereira, Rotta e Falcão. Estes
comentam que para acontecer uma mudança nos preconceitos é necessária uma
participação efetiva da família nos processos de ensino/aprendizagem.

Palavras chave: Inclusão, Família, Desenvolvimento.


ABSTRACT

This work aims to analyze the importance of the family in the Specialized Educational
Service (SES), in order to ensure co-responsibility and establish commitment that
should be assumed by all, aiming at ensuring the full development of teaching/learn-
ing processes. Thus, making the school an even and welcoming environment for stu-
dents independent of their social conditions, emotional, physical, intellectual and lin-
guistic. Besides that, the educational institution must develop a pedagogy capable of
educating and including all those with Specific Educational Needs (SEN), basing it-
self on the aspects, family, of learning, diversity, inclusion and teaching didactics.
Still, this project also aims to raise awareness of the family in the inclusive process,
which should provide an environment conducive to learning. Therefore, parents
and/or guardians must provide the child with full conditions of access to education, to
make good use of this process. In the case of people with disabilities, measures such
as frequent rehabilitation programs and (SES), offered on the back of the school, is
part of this responsibility. Therefore, the college must foresee in its Political Pedagog-
ical Project (PPP) an effective participation of the families in the construction of
strategies that facilitate dialogue, besides establishing co-responsible partnerships
for the development of the learning of all. This work is based on bibliographical re -
search in which the theoretical foundation is argued in theorists as: Booth, Ainscow,
Pereira, Rotta and Falcão. These comment that for a change in prejudices to hap-
pen, an effective participation of the family in the teaching/learning processes is nec-
essary

Keywords: Inclusion, Family, Development.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................9
1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................10
1.1.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................10
1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................10
1.2 JUSTIFICATIVA...................................................................................................11
1.3 PROBLEMA..........................................................................................................11

2 CAPITULO I - O PROFESSOR E O SEU MÉRITO................................................11

3 CAPITULO II – A ESCOLA COMUM NA PERSPETIVA INCLUSIVA.....................13

4 CAPITULO III - A RELAÇÃO FAMÍLIA/ESCOLA NO PROCESSO DE INCLUSÃO


ESCOLAR..................................................................................................................14

5 CAPITULO IV - O PROJETO POLITICO PEDAGOGICO (PPP) E O


ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)..................................... 15

6 CONSIDERAÇOES FINAIS....................................................................................17

7 REFERÊNCIAS.......................................................................................................18
9

INTRODUÇÃO
O presente trabalho vem para mostrar a importância da família no
Atendimento Educacional Especializado (AEE). De forma a garantir
corresponsabilidade e estabelecer compromisso que deverão ser assumidos por
todos, para o pleno desenvolvimento do aluno em seu processo de
ensino/aprendizagem. Esse trabalho tem o objetivo de fazer com que a escola se
torne um ambiente incluso e acolhedor a seus alunos independentes de suas
condições sociais, emocionais, físicas, intelectuais, linguísticas. Além disso, ela deve
ter como princípio básico desenvolver uma pedagogia capaz de educar e incluir
todos aqueles com necessidades educacionais e especiais. Baseados nos
conteúdos, família, aprendizado, diversidade, inclusão e didática de ensino.
A família cumpre papel vital na educação de uma criança, para o bem ou para o mal.
Apesar do consenso sobre essa verdade elementar, o debate (moral, político,
jurídico e pedagógico) sobre como tal função deve ser exercido é historicamente
inflamado e sempre reaberto. Aquele lugar comum, se correto na sua generalidade,
é cheio de nuances na prática. Pais e/ou responsáveis, em primeiro lugar, têm
mais do que o direito de exercer o poder familiar na escolha das opções
educacionais dos filhos, têm o dever legal e a responsabilidade por decisões que
atendam aos interesses da criança. A liberdade dos pais, por isso mesmo, não é
absoluta. Estão em jogo não só os direitos da criança, mas o interesse público.
Educar uma criança, nesse sentido, tem a ver tanto com a formação de um
indivíduo, inevitavelmente sujeita às escolhas que pais fazem em seu nome, quanto
com um projeto de sociedade, consagrados numa política educacional. Numa
democracia constitucional, que promete proteger direitos individuais, há espaços
para decisões autônomas da família, mas há valores que a comunidade política não
negocia, nem mesmo com a própria família. Longe de serem apenas dilemas
teóricos, essas questões têm implicações práticas difíceis de resolver numa fórmula
geral. Saber qual a divisão de trabalho mais desejável entre família e escola, e como
ambas podem ajudar-se mutuamente num processo em que nenhuma é
autossuficiente, são perguntas em voga desde a criação do ensino universal em
qualquer país. As respostas variam segundo as políticas educacionais, o contexto
cultural, a posição econômica de cada família, e assim por diante. Se essas
questões já são essencialmente controversas para a educação em geral, no campo
da educação inclusiva elas ganham importância ainda maior. Devido à sua novidade
10

histórica, e por chacoalhar um modelo educacional cujos princípios de base estão


cristalizados há mais de século, a educação inclusiva renova e aprofunda a
dificuldade daquelas questões.
Uma política educacional que adota tal filosofia, como a brasileira, tem um
longo percurso de experimentação e de convencimento a seguir. Caso de inclusão
atenta-se a diferenças e peculiaridades dos estudantes, com deficiência ou não.
Cada caso traz especificidades a serem percebidas, inspira novas práticas a serem
testadas e replicadas, desperta resistências a serem diluídas construtivamente.
Tendo os pais e a família como parceiros, a instituição escolar realiza melhor
aquelas especificidades e a inclusão pode funcionar de maneira mais efetiva. Os
pais, por todas essas razões, são coparticipes na implementação e no eventual
sucesso dessa política. Nessa perspectiva observamos que o cotidiano educacional
dos especialistas de inclusão está repleto de desafios de aprendizagens e momento
únicos de superação, podemos enfatizar nesse processo a importância da relação
entre os professores da sala do AEE e a família, como também o diálogo do
professor com os seus alunos, mediando o desenvolvimento do aluno de maneira
particular.

OBEJETIVOS:

OBJETIVO GERAL: Criar corresponsabilidades entre escola e família para


melhor o processo de ensino/aprendizagem em alunos com deficiência
.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Observar essa pesquisa teórica a importância da participação familiar
para a melhoria da aprendizagem e desenvolvimento do aluno com
Necessidade Educacional Específica (NEE).
 Verificar o conhecimento da família sobre os direitos dos alunos com
NEE a inclusão escolar de qualidade.
 Fazer a escola pensar quais os caminhos tomar entre família e
Instituição Escolar para com suas responsabilidades.
11

JUSTIFICATIVA: Justifica-se o trabalho por fazer entender que a família exerce uma
grande influencia no sucesso ou no fracasso escolar da criança. A educação de hoje
busca na participação dos pais, dos familiares e da comunidade na escola, um
melhor desemprenho, não só para os alunos nas atividades escolares, mas também
na constituição de uma sociedade melhor para todos. Nesse contexto é de
respeitável interesse para com o tema a importância da família no atendimento
educacional especializado, fazendo com que a família se interesse verdadeiramente
na construção de identidade e autonomia do aluno com deficiência. É eminente o
desinteresse das famílias para com tal responsabilidade visto que existe varias
barreais que impede a família desses alunados ir até uma escola. Assim, será
necessário uma maior parceria da Escola e da família, garantindo isso com diálogos,
ouvindo o que a família tem a dizer, logo propondo essa parceria para a promoção
dos desenvolvimentos dos alunos.

PROBLEMÁTICA

CAPITULO I - O PROFESSOR E O SEU MÉRITO

A Educação Especial no contexto atual, mesmo que com muitas


dificuldades, está cada vez mais se integrando ativamente no cotidiano escolar, é
notória a presença de indivíduos participando influentemente no processo de
formação institucional, atualmente podemos observar que está de acordo com o que
é orientado na Política Nacional de Educação Especial:
A politica Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e a
aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas
regulares, orientando os sistemas de ensino para promover
resposta às necessidades educacionais especiais. (BRASIL, 2007,
p.8).

O indivíduo que participa do processo de socialização escolar incorpora em


seu desenvolvimento educacional uma maior facilidade de aprendizagem, esse
processo se dá com intervenção de vários fatores externos a escola, dentre estes a
família, as relações humanas com a comunidade em que vive e a sua aceitação.
12

Para abordagem inicial pretendemos enfatizar o auxílio e o apoio familiar, em que


deve estar presente desde a sua matricula no AEE, o que não acontece
constantemente, e assim prejudica o diálogo dos pais com a instituição, interferindo
na inclusão do próprio aluno, que não possui um estímulo no ambiente familiar,
chegando à escola e refletindo o seu comportamento individualista, que muitas
vezes esconde um sentimento de aflição. E como afirma FERREIRA (2006), o
educador deve além de proporcionar o acesso à educação desses estudantes,
combater barreiras que possam provocar a exclusão educacional destes.
Algumas atitudes dos docentes responsáveis pelo AEE, na escola que
visitamos, foram relatadas referentes às famílias, um deles informa que muitas
vezes os professores chegam a visitar a casa dos alunos que são matriculados e
não se apresentam ao menos um dia na sala de AEE, e, para buscar a inclusão
destes, o professor faz uma visita nas casas dos alunos, para alertar aos pais a
importância e a necessidade de frequentar este atendimento para o melhor
desenvolvimento da criança. Na escola visitada, foi percebido que, a sala é
organizada e decorada, os indivíduos que ali estão tem acesso aos materiais
concretos, impressoras, notebook e recursos tecnológicos; e as atividades
pedagógicas que são realizadas, são direcionadas para a aprendizagem e
desenvolvimento do aluno. Com esse cenário podemos identificar a inclusão e
acolhimento dos professores para com os alunos, dedicando-se a todos os aspectos
educacionais, tanto pedagógicos como estrutural. Vale ressaltar que o educador
deve ter cautela ao trabalhar, é interessante que ele possa utilizar dos métodos
lúdicos para proporcionar aos discentes um melhor desenvolvimento, já que estes
métodos muitas vezes não são utilizados em sala de aula.
Neste contexto, a formação do professor é fundamental
para que em seu trabalho a aprendizagem esteja centrada
no potencial de cada aluno, de forma que as crianças com
uma incapacidade de andar, ouvir, enxergar, falar ou
qualquer outra deficiência não sejam classificados como
incapazes de aprender, levando-as a desistir da
escolarização. (BERTUOL,2010, p. 25).

BERTUOL enfatiza a importância da profissionalização do docente, em que


assim ele poderá desenvolver e acolher em seu exercício profissional qualquer
indivíduo, e assim ampliar a capacidade de analisar o desenvolvimento pedagógico
dos indivíduos em que participam do atendimento especializado. As docentes
entrevistadas durante o percurso da pesquisa ainda destacam que os alunos que
13

estão frequentemente na sala de AEE conseguem acompanhar as aulas e os


conteúdos com mais facilidade do que aqueles que não têm esse tipo de
acompanhamento, elas evidenciam que sempre há grande progresso nos alunos,
alguns conseguem desenvolver melhor a escrita, a leitura e até a fala, inclusive,
durante o processo. Gostaríamos de destacar também a importância dos
equipamentos tecnológicos e/ou pedagógicos disponibilizados na sala em que foi
visitado, estes são de grande relevância no desenvolvimento cognitivo e pessoal do
indivíduo.
As salas de recursos multifuncionais cumprem o propósito
de organização de espaços, na própria escola comum,
dotados de equipamentos, recursos de acessibilidade e
materiais pedagógicos que auxiliam na promoção da
escolarização, eliminando barreiras que impedem a plena
participação dos alunos público alvo da educação especial,
com autonomia e independência, no ambiente educacional
e social. (BRASIL, 2010, p. 6)

O educador orienta seu aluno na medida em que ele demonstra suas


carências, cada atividade realizada com ele é preparada especialmente e
especificamente para atender as perspectivas necessárias deste aluno. Vale
salientar que esse processo de atender da melhor maneira o seu aluno acontece de
forma coletiva, na qual o professor do AEE tem de estar sempre dialogando com o
docente da sala de aula regular para que assim ambos possam contribuir na
evolução do discente.
O docente aprende a reconhecer o valor e a importância do trabalho
colaborativo e da troca de experiências com seus colegas
professores, os quais podem contribuir de forma sistemática sobre
novas formas de ensinar, de lidar com velhos problemas e de se
desenvolver profissionalmente. (FERREIRA, 2006, p.6)

CAPITULO II – A ESCOLA COMUM NA PERSPETIVA INCLUSIVA

Um ensino para todos os alunos há que se distinguir pela sua qualidade. O


desafio de fazê-lo acontecer nas salas de aulas é uma tarefa a ser assumida por
todos os que compõem um sistema educacional. É claro que para haver mudanças
na escola, é necessário o trabalho de em muitas frentes. Os professores comuns e
os da Educação Especial precisam se envolver para que seus objetivos específicos
de ensino sejam alcançados, compartilhando um trabalho interdisciplinar e
colaborativo. As frentes de trabalho de cada professor são distintas.
A Educação Inclusiva trouxe questões a serem debatidas, desestabilizou,
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desacomodou, criou situações que nos fez pensar e perceber que, mesmo sem
alunos visivelmente deficientes dentro da sala de aula, havia alunos excluídos.
Tentar encontrar soluções para que todos tenham sua chance de aprender e buscar
atender as necessidades individuais de cada um, nada mais é do que sonhar com a
escola de qualidade para todos. Uma sociedade inclusiva vai bem além de garantir
apenas espaços adequados para todos.
O papel a ser exercido pela escola e pelos pais, em se tratando de uma
sociedade que passa por mudanças constantes, é a busca de novas formas e
caminhos para alcançar êxito na formação de valores, no qual muitos dos valores
considerados essenciais pela humanidade estão sendo abalada, por isso a
importância de um lugar em que os filhos e estudantes possam se sentir seguros e
confiantes no seu próprio potencial e a escola pode ser este ambiente quando
estiver bem estruturado e apoiado pela família.

CAPITULO III - A RELAÇÃO FAMÍLIA/ESCOLA NO PROCESSO DE INCLUSÃO


ESCOLAR

A ligação da família com a escola potencializa o processo de ensino e


aprendizagem do educando, na etapa educacional. A escola complementa as ações
da família e vice-versa. Para entrelaçar estas instituições primordiais na vida
humana, é importante abordar como ocorre esta parceria na vivência de educandos
com necessidades especiais inseridos na rede regular de ensino, considerando as
contribuições presentes desta relação família-escola, vinculando-o com o processo
educacional destas crianças inclusivas. Partindo do princípio que a educação
inclusiva é um trabalho social e pedagógico, é considerado como público alvo deste
ensino pessoas com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e com
altas habilidades/superdotação, ou seja, educandos que possuem limitações ou
ausências cognitivas e podem estar inseridos na rede regular de ensino, como
qualquer outro aluno. Com base em Fernandes (2007, p. 45) a inclusão é um:
“Movimento ligado à valorização de TODAS as pessoas independente de suas
diferenças individuais, inclusive àquelas com deficiências”.
Chama-se atenção para o fato de que incluir precisa partir de um processo
educacional, o qual visa equiparar, interagir e socializar as pessoas com
necessidades especiais, de maneira que todos aprendam juntos, sem acepção de
15

ensino. Fernandes (2007, p. 37) aponta também que: “[...] são necessárias
mudanças estruturais que envolvem a remoção de barreiras físicas e materiais e a
organização de suportes humanos e instrumentais, para que todos possam ter a
participação social em igualdade de oportunidades e condições.”. Para Guerbert
(2010), incluir trata-se de adequar os espaços para atender os educandos, e integrar
é inserir o estudante especializado no âmbito escolar, sem objetivo algum, não
havendo readequação e reestruturação de acesso para aqueles que possuem
limitações ou dificuldade de se locomover, como também recursos para atendê-los.
A definição de integração, segundo a teórica, nada mais é do que:
[...] a inserção pura e simples das pessoas com necessidades educativas
especiais, sem que haja nenhuma adaptação específica do contexto para o
desempenho de tais atividades, utilizando-se, para isso, somente recursos
previamente disponíveis. (GUERBERT, 2010, p. 32).

Szymansky (2010, p.22) descreve que “É na família que a criança encontra


os primeiros “outros” e, por meio deles, aprende os modos humanos de existir – seu
mundo adquire significado e ela começa a construir-se como sujeito”. Para a autora
a relação família-escola trata-se de uma parceria entre a escola e pais e/ou
familiares dos educandos, conceituando-as ambas responsáveis pela aprendizagem
da criança:
A família, nesta perspectiva, é uma das instituições responsáveis pelo
processo de socialização realizado mediante práticas exercidas por aqueles
que têm o papel transmissor – os pais – e desenvolvidas junto aos que são
os receptores – os filhos. (SZYMANSKI, 2010, p. 20)

E a escola é uma instituição de ensino que, segundo Szymanski (2010, p.


99) tem como “obrigação de ensinar (bem) conteúdos específicos de áreas do saber,
escolhidos como sendo fundamentais para a instrução de novas gerações”.

CAPITULO IV - O PROJETO POLITICO PEDAGOGICO (PPP) E O ATENDIMENTO


EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)

De acordo com as Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o


Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Educação Básica, publicada pela
SEESP/ MEC, em abril de 2009, o Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola
deve contemplar o AEE como uma das dimensões da escola das diferenças. Nesse
sentido é preciso planejar, organizar, executar e acompanhar os objetivos, metas e
ações traçadas em articulação com as demais propostas da escola comum. No PPP,
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devem ser previsto a organização e recursos para: as sala de recursos


multifuncionais, matriculas dos alunos no contra-turno; aquisição de equipamentos;
articulação entre o professor do AEE e os demais professores e redes de apoio
interno e externo à escola, entre outros. O Projeto Político Pedagógico de uma
escola considera, no conjunto de seus alunos, professores especialistas,
funcionários e gestores as necessidades existentes, buscando meios para o
atendimento dessa demanda, a partir dos objetivos e metas a serem atingidas.
A escola que atende o público inclusivo, precisa cumprir uma determinação
legal de adaptar o ambiente para receber os educandos com necessidades
específicas, favorecendo o acesso físico para sua locomoção, além de disponibilizar
materiais e suportes específicos, que virão a favorecer a aprendizagem do
educando. A instituição deve ainda valorizar a essência do sujeito, transformando o
meio ao qual está inserido, para atender suas devidas necessidades. O intuito deste
estudo, portanto é correlacionar as contribuições do contato direto entre família e
escola, sendo esta uma relação muito importante para o desenvolvimento integral
dos alunos com deficiência e/ou transtornos.
Ainda a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (2008) aponta que:
A inclusão escolar tem início na educação infantil, na qual se
desenvolvem as bases necessárias para a construção do conhecimento
e seu desenvolvimento global. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas
diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos
físicos, emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência
com as diferenças favorecem as relações interpessoais, o respeito e a
valorização da criança. Do nascimento aos três anos, o atendimento
educacional especializado se expressa por meio de serviços de
intervenção precoce que objetivam otimizar o processo de
desenvolvimento e aprendizagem em interface com os serviços de saúde
e assistência social. (PNEE/PEI, 2008, p. 16).

O documento alicerça o trabalho pedagógico enquanto processo de criação


contínua e, portanto, nunca é pronto e acabado. Não é um agrupamento de planos
de ensino e de atividades diversas, nem deve ser formulado para ser arquivado
como prova de tarefa burocrática pronta e acabada para ser encaminhado às
autoridades educacionais. Muito menos é tarefa específica do pedagogo, do
coordenador pedagógico ou do diretor.
17

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em nossa pesquisa buscamos analisar a importância da família no


Atendimento Educacional Especializado. Com o objetivo de entender por que as
famílias ainda não conseguem levar a sério o trabalho realizado com as crianças
com deficiência na escola. Estudar a história da família, e as características da
família contemporânea, bem como a sua importância no processo de aprendizagem
representou um salto qualitativo no nosso crescimento pessoal e profissional.
Crescimento pessoal, no sentido de nos levar a entender porque temos algumas
ações, reações, conceitos e entendimentos frente aos problemas que enfrentamos
no trabalho diário com crianças, adolescentes e suas famílias. O estudo realizado
nos deixou com maior preparo para lidar com as situações que a família
contemporânea apresenta, especialmente ao entender as diversas configurações
familiares e como essa família pode contribuir com a escola no processo de
aprendizagem dos filhos. A escola é o ambiente cosmopolita que deve proporcionar
as mudanças sociais necessárias a uma vida justa e livre de todas as mazelas
sociais; a criança surge neste turbilhão de ideias e de informações que nem sempre
está em consonância com uma vida social justa e com avanços para a nação que
tanto necessita de ética e justiça social. A família é a instituição mais importante na
qual à criança está inserida, sendo ela responsável pelo cuidado e plena formação
deste cidadão. É na família que ela encontrará apoio para se desenvolver nos
aspectos cognitivo, social, entre outros. O resultado desse estudo foi perceber que
as famílias não participam mais da vida de seus filhos, não os levando para o
atendimento no contra turno porque tem outas responsabilidades como: trabalho,
casa, outros filhos, etc. A educação deveria começar em casa mais infelizmente
nossa realidade é outra, a família está transferindo para a escola a total
responsabilidade, a participação dos pais na vida escolar dos filhos vai muito além
de apenas levar os filhos no portão da escola. Diante deste fato a escola acaba
assumindo o papel que é da família, e a responsabilidade de preparar a criança
tanto para a vida quanto para a sociedade.
18

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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1981.
BRASIL. Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal,
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EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Referencial curricular nacional para a educação
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BERSCH, R.; SCHIRMER, Tecnologia Assistiva no processo educacional. In:
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Batista, C. A.M MANTOAN, M.T.E. Educação Inclusiva: Atendimento
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2005.
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MANTOAN, M,T,E( org) O desafio das diferenças nas escolas. Petrópolis:
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Vedoato, Sandra Cristina. Educação inclusiva e Língua brasileira de sinais.
Londrina. Casa de ideias, 2014.

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