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Formação de Preços e a Comercialização Agrícola - UNIGRAN

Aula
08
ESPECIFICIDADES DA
COMERCIALIZAÇÃO DO
SETOR AGROPECUÁRIO

Nem todos os problemas do mundo são essencialmente


econômicos. Questões políticas, sociais, biológicas e filosóficas também
fazem parte dos problemas mundiais. Mas, sempre apresentam uma
importante dimensão econômica. Na agricultura não é diferente.
Para compreender o setor agrícola e atuar gerando produção,
renda e emprego, é preciso estudar e entender os aspectos econômicos
do setor. As questões econômicas podem interferir diretamente e na
rentabilidade do agronegócio. O ambiente econômico da agricultura é
competitivo e passa para o consumidor final os ganhos de produtividade
e, por isso, na agricultura, muitas vezes é mais importante ser inovador
e produtivo para sobreviver do negócio do que proteger grandes lucros.
Os fenômenos econômicos podem ser controlados a partir de um bom
entendimento, mas questões como definir a produção e a renda, sua circulação,
as ligações entre as famílias, setor produtivo e governo são encaradas pela
maioria dos produtores de forma clássica e sem estudo científico prévio.
Na sociedade moderna, os problemas econômicos enfrentados,
como inflação, falta de renda, distribuição indesejável de renda e
uso impróprio dos recursos naturais, decorrem de um grau de mau
desempenho de gestão. Tais questões devem ser delimitadas através de
um bom planejamento e dirigidas passo a passo.
Para melhor entendimento, vamos iniciar este estudo investigando
na seção 1, como se delimita e mede a produção e a renda, a globalização, as
influências do câmbio e o uso dos recursos tecnológicos na comercialização.
Já na seção 2, estudaremos a formação de preço para comercialização da soja
em grãos o conceito e utilização do bushel. Desta maneira iremos construir
juntos, conhecimentos na gestão dos mecanismos de comercialização e base
para as demais aulas desta disciplina. Bons estudos!

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Objetivos de aprendizagem

Ao término desta aula, vocês serão capazes de:


• participar do planejamento e dimensionamento de uma empresa rural;
• compreender e controlar os mecanismos de comercialização dos produtos
agrícolas, uso das tecnologias e conceitos;
• identificar e dimensionar riscos, produzir, ordenar e selecionar atividades,
decidindo entre alternativas das commodities;
• resolver situações com flexibilidade e adaptabilidade diante dos
desafios organizacionais;
• aplicar as técnicas de conhecimentos adquiridas a uma realidade
organizacional na busca de uma solução para o(s) problema(s);

Seções de estudo

• Seção 1 - Como se delimita e mede a produção e a renda?


1.1 Globalização
1.2 Influências do câmbio
1.3 Influências do governo
1.4 O uso dos recursos tecnológicos
• Seção 2 - Formação de preço para comercialização da soja em grãos
2.1 O que é bushel?

Seção 1 – Como se delimita e mede a produção e a renda?

Para avaliar o desempenho econômico, é preciso analisar a produção e a


renda. A produção se refere à qualidade e quantidade dos bens e serviços finais
colocados à disposição da sociedade em um determinado tempo. São considerados
como bens intangíveis saúde, educação e segurança. Bens se referem à produção
tangível, ou seja, bens físicos como carros, alimentos, roupas, entre outros.

A renda corresponde à soma das remunerações, salários, aluguéis,


lucros. Uma das maneiras de se medir a produção de uma economia
Para é somar o valor de bens e serviços finais.
RefleƟr

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1.1 - Globalização
Para a maioria das pessoas, a palavra globalização evoca um processo recente
de integração profunda das economias através de um mercado mundial (global). Esse
processo aparece claro num aumento constante dos fluxos comerciais, financeiros
e de investimentos. A globalização é a integração das economias e dos países que
vêm se desenvolvendo, principalmente pelos recursos tecnológicos, devido à redução
espetacular dos custos de processamento e a transmissão de informações.

?
? Atualmente, a globalização está mais presente na economia, na
relação da produção de mercadorias e nos serviços e, principalmente
agora, nas questões relacionadas ao meio ambiente.

As consequências da globalização são sentidas diretamente na economia, com


a regionalização de países, a criação de blocos econômicos e o aumento da concorrência
entre produtos e serviços, como vem acontecendo inclusive com o Brasil.

1.2 - Influências do câmbio


No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente abstrato onde se realizam
as operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central (bancos,
caixas econômicas, corretoras, distribuidoras, agências de turismo e meios de
hospedagem) e entre estes e seus clientes.
O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central.
Engloba as operações de compra e de venda de moeda estrangeira; as operações em
moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no país, e residentes,
domiciliados ou com sede no exterior; e as operações com ouro-instrumento cambial,
realizadas por intermédio das instituições autorizadas a operar no mercado de
câmbio pelo Banco Central. À margem da lei, funciona um segmento denominado
mercado paralelo. São ilegais os negócios realizados no mercado paralelo, bem
como a posse de moeda estrangeira oriunda de atividades ilícitas.

Flutuação é quando o valor da taxa de câmbio no mercado se altera


à medida que ocorre mudança em outras variáves que influenciam
a demanda e a oferta de divisas. A demanda é afetada, além da
taxa de câmbio, pelas seguintes variáveis.
CURIOSIDADE

(1) Nível do Produto Interno


(2) Nível geral de Preços Interno (Pi) e Externo (Pe)

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(3) Taxas de Juros Interna (Ii) e Externa (Ie)


(4) Produto Interno Bruto (PIB)

1.3 - Influências do governo


Chama-se política cambial o conjunto de ações do Governo que influem
no comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio. Apesar de o Brasil
contar com fortes vantagens comparativas em produtos como a soja, o crescimento
das exportações tem sido limitado por pelo menos três tipos de fatores: primeiro,
o mercado internacional de commodities é menos dinâmico que o de produtos
tecnologicamente mais sofisticados, em função do desenvolvimento de novos materiais
e da baixa elasticidade-renda de produtos alimentícios em países desenvolvidos, com
crescimento demográfico praticamente nulo; segundo, as commodities estão sujeitas
a maiores variações de preços, já que são essencialmente price takers e enfrentam
competição de muitos países em desenvolvimento; e terceiro, estão mais vulneráveis
a práticas protecionistas, especialmente em países desenvolvidos.

Estados Unidos e União Europeia, além de imporem


cotas de importação e altas tarifas compensatórias,
desorganizam os mercados internacionais ao subsidiarem
fortemente a produção local de produtos agrícolas.

1.4- O uso dos recursos tecnológicos


Uma das grandes contribuições que a informática pode dar à agricultura
brasileira está ligada à redução dos custos da informação, principalmente de natureza
técnica e de mercado. A informatização das instituições que dão suporte à agricultura
é uma medida importante para a aceleração do processo de desenvolvimento de
novas tecnologias e aperfeiçoamento de seus serviços essenciais como:
• Microcomputador de bordo, que rastreia desde a produção à operação
do equipamento.
• Controle de insumos aplicados.
• Informação através de GPS.
• Análise de produção.
• Mapeamento do solo  mostra o potencial de fertilidade do solo, o que
permite o estabelecimento de estratégias de aplicação de fertilizantes e calcário.
• Mapeamento da colheita  pode-se obter mapa de produtividade de cada
célula dentro do talhão. Com o georreferenciamento, tem-se a exata localização de
cada célula, o que permite verificar in loco qual foi o motivo da baixa produtividade.

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• Mapeamento da cultura  permite a obtenção de mapas georreferenciados


dos talhões e da cultura em seus diversos estágios.
• Aplicação localizada de insumos  a decisão sobre o melhor método
de gerenciamento da área pode ser feita por meio de programas computacionais
específicos, desenvolvidos para a agricultura, que fornecem mapas de aplicação
localizada de insumos. Com o auxílio de equipamentos especialmente
instrumentados para o controle da aplicação, pode-se aplicar a quantidade requerida
em cada célula e, assim utilizar o seu potencial máximo de produtividade.

Seção 2 - formação de preço para comercialização da soja em grãos

O preço da soja em grãos tem como referência a Bolsa de Chicago


(Chicago Boardof Trade CBOT). O preço estipulado é sempre o resultado do
consenso de todos os participantes do mercado em determinado momento,
podendo sofrer influência de diversos fatores fundamentais (notícias, fatos e
dados), fatores técnicos (análise gráfica dos preços) ou psicológicos.
Existem regras para determinar o preço. Quando um operador oferece ou exige
um preço e outro operador aceita, está fechado o negócio, pois não existe barganha.
Nenhum operador pode pedir um preço maior do que aquele que está sendo pedido
por outro operador, nem oferecer um preço menor do que já está sendo oferecido por
outro. Um exemplo disso é quando um contrato futuro de soja for vendido a $ 5,00
o bushel, outro não pode fazê-lo a $ 4,95. E se alguém está comprando a $ 4,90 não
poderá oferecer 4,85. Essa é uma norma estabelecida pela Bolsa de Chicago.

As oscilações de preço são determinadas exclusivamente pela oferta


e procura, pois se não há vendedores suficientes os compradores
Para tendem a aumentar o preço oferecido e vice-versa.
RefleƟr

Exemplo: a soja está sendo negociada a $ 5,00 por bushel e os vendedores


não estão mais dispostos a vender nesse preço, os compradores interessados terão
que aumentar a oferta até encontrarem vendedores dispostos a assumir a posição
do contrato. Por outro lado, se o preço for muito alto, de acordo com o consenso
da maioria, haverá poucos compradores, e a tendência é que os vendedores
diminuam cada vez mais o preço exigido.

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?
? Quando há maior pressão pelo lado da venda, a tendência dos preços
é baixar, pois os vendedores tendem a baixar suas ofertas a fim de
encontrar compradores. Quando há pressão pelo lado da compra,
a tendência dos preços é subir, pois os compradores tendem a
aumentar o nível de suas ofertas a fim de encontrar vendedores.

Quando comprador e vendedor fecham um negócio, o preço combinado


por ambos é a cotação atual da soja naquele momento. No entanto, a duração do
pregão viva-voz, que é aquele em que as transações são realizadas verbalmente,
pelos operadores, em determinado espaço físico da bolsa, destinado à negociação
de determinado contrato, dura aproximadamente quatro horas. Isso faz com que
existam preços de abertura, varias oscilações no pregão e um preço de fechamento.
Considera-se o preço de fechamento do pregão como o preço final do dia.
As cotações variam de acordo com a intensidade da presença dos
vendedores ou compradores, livremente. No entanto, existem limites de variações
diárias, impostos pela bolsa, a fim de conferir maior segurança no processo de
descoberta do preço. No caso da soja é de US$ 0,50 por bushel (ou US$1,10 por
saca de 60kg), em relação ao fechamento da sessão anterior.

A bolsa trabalha através de contratos futuros, que são


contratos de compra ou venda de ações, a um preço
acordado entre as partes, para liquidação em uma data
futura específica, previamente autorizada, em que o
vendedor se compromete a entregar para o comprador
determinado produto numa data futura predeterminada.

As cotações dos contratos futuro na Bolsa de Chicago são feitas em


dólares americanos e em centavos e quartos de centavos de dólar americano por
bushel e não em saca de 60 kg.

2.1 - O que é bushel?

Bushel é a medida de peso uƟlizada pelos norte-americanos em


transações comerciais que envolvem grãos. Um bushel de soja
equivale aproximadamente a 27,2155 kg. Para converter a cotação
Para ou quanƟdade em sacas de 60 kg, é preciso mulƟplicar por 2,205 (o
quociente aproximado de 60 dividido por 27,2155).
RefleƟr

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No caso do contrato futuro de soja negociado na Bolsa de Chicago, ele


especifica que deverão ser entregues aproximadamente 2.267 sacas de soja (5000
“bushels”), em um dos armazéns credenciados pela bolsa, nos Estados Unidos.
Na bolsa de valores, esses contratos têm todas as cláusulas, com exceção
do preço, predefinido pela bolsa, ou seja, é um contrato padrão, tendo todos as
mesmas características, como: tipo de produto, quantidade e local de entrega.
A única modificação ocorre no preço que é decidido livremente no pregão de
negociação pelos compradores e vendedores. A bolsa exige apenas que comprador
e vendedor façam e mantenham um depósito de boa-fé, que é chamado de margem
de garantia, até a data da liquidação, que é a entrega do produto do contrato.
No caso da soja, essa margem de garantia é de no mínimo $600,00 (seiscentos
dólares americanos), por contrato futuro de 5.000 bushels que equivale a 2,267 sacas
de 60 kg e ela pode variar conforme a agitação do mercado em determinado momento.
Uma regra fácil para fazer a conversão de “bushel” para sacas de 60
kg e vice-versa é a seguinte:

Nº sacas = 2,205 X n “bushels”

Assim, quando dizemos que a soja está cotada a $5,00 dólares por
bushel, isso equivale a aproximadamente $11,03 dólares por saca de 60 kg, ou
seja, $5,00X2,205 = $11.03.
Os negociadores que participam do mercado e, por conseguinte, na
formação do preço final da commodity, instrumento ou produto negociado, são os
Hedgerse os especuladores.

?
VOCÊ
SABIA Os Hedgers são todos aqueles que buscam, na negociação dos
contratos futuros ou de opções, uma proteção contra a variação
do preço da commodity.

No caso da soja, são todos aqueles envolvidos no ciclo produtivo da


leguminosa e de seus derivados, ou seja, produtores, cerealistas, cooperativas,
comerciantes e processadores. São constituídos, em sua maioria, por grandes
grupos empresariais do agronegócio, envolvidos no ciclo produtivo da soja e seus
derivados, negociando por conta própria e para produtores.
Eles têm como objetivo não só a obtenção de lucro financeiro, mas
também a proteção contra riscos de variação do preço, a fim de subsidiar o
planejamento econômico de suas atividades. São muito ativos no mercado da
soja, podendo negociar de 100 a 2.500 contratos em um único dia.

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?
VOCÊ
SABIA Os especuladores são aqueles que negociam contratos futuros ou de
opções com o objeƟvo de obter lucro financeiro. São consƟtuídos por
grupo de invesƟdores que confiam o conjunto de valores depositados
por todos os parƟcipantes a um negociador de larga experiência.

Este, por sua vez, recebe uma taxa de administração anual e participação nos
lucros líquidos que ele alcançar nas transações. Os órgãos reguladores do mercado futuro
permitem a participação dos especuladores a fim de conferir mais liquidez ao mercado.
Entende-se por liquidez a relação entre os volumes, ou o número total de
contratos negociados, nos diferentes mercados. Pois quanto maior o número de
participantes, mais fácil será para o hedger encontrar um comprador ou vendedor
disposto a assumir o outro lado de sua transação.
A inserção da soja brasileira na economia mundial confere ao produto grande
dependência do mercado externo e de suas oscilações de preços. Assim, a maior parte
dos impactos, das expectativas e das movimentações do mercado é refletida na CBOT,
que passa a exercer um importante papel referencial de preços para todo o mercado
mundial. Esperando-se, portanto, um elevado nível de correlação entre as cotações
negociadas na CBOT e as praticadas no mercado interno no Brasil.
Vale ressaltar que, no Brasil, os preços adotados pelas empresas
comercializadoras, tomam como base o preço dado pela Bolsa de Chicago, porém,
são deduzidos desses preços, valores como fretes, armazenagem, taxas e comissões.

Chegamos ao final de mais uma aula. Para entender


melhor, assistam às web-aulas 07 e 08 na plataforma de
estudo e compreendam melhor a formação de preços e
as especificidades do setor agropecuário.

Retomando a conversa inicial

Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar esta aula,
vamos recordar:

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• Seção 1 – Como se delimita e mede a produção e a renda?


• Para avaliar o desempenho econômico, é preciso analisar a produção e
a renda. A produção se refere à qualidade e quantidade dos bens e serviços finais
colocados à disposição da sociedade em um determinado tempo.
• São considerados como bens intangíveis saúde, educação e segurança.
Bens se referem à produção tangível, ou seja, bens físicos como carros, alimentos,
roupas, entre outros.
• Atualmente, a globalização está mais presente na economia, na relação
da produção de mercadorias e nos serviços e, principalmente agora, nas questões
relacionadas ao meio ambiente.
• O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central.
Engloba as operações de compra e de venda de moeda estrangeira; as operações em
moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no país, e residentes,
domiciliados ou com sede no exterior; e as operações com ouro-instrumento
cambial, realizadas por intermédio das instituições autorizadas a operar no
mercado de câmbio pelo Banco Central.
• À margem da lei, funciona um segmento denominado mercado paralelo.
São ilegais os negócios realizados no mercado paralelo, bem como a posse de
moeda estrangeira oriunda de atividades ilícitas.
• Flutuação é quando o valor da taxa de câmbio no mercado se altera à
medida que ocorre mudança em outras variáves que influenciam a demanda e a oferta
de divisas. A demanda é afetada, além da taxa de câmbio, pelas seguintes variáveis.
• Política cambial o conjunto de ações do Governo que influem no
comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio.
• Uma das grandes contribuições que a informática pode dar à agricultura
brasileira está ligada à redução dos custos da informação, principalmente de
natureza técnica e de mercado.
• A informatização das instituições que dão suporte à agricultura é uma medida
importante para a aceleração do processo de desenvolvimento de novas tecnologias e
aperfeiçoamento de seus serviços essenciais como: microcomputador de bordo, que
rastreia desde a produção à operação do equipamento, controle de insumos aplicados,
informação através de GPS, análise de produção, mapeamento do solo, mapeamento da
colheita, mapeamento da cultura, aplicação localizada de insumos.
• Com o auxílio de equipamentos especialmente instrumentados para o
controle da aplicação, pode-se aplicar a quantidade requerida em cada célula e,
assim, utilizar o seu potencial máximo de produtividade.

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• Seção 2 - Formação de preço para comercialização da soja em grãos


• O preço da soja em grãos tem como referência a Bolsa de Chicago
(Chicago Boardof Trade CBOT).
• O preço estipulado é sempre o resultado do consenso de todos os
participantes do mercado em determinado momento, podendo sofrer influência de
diversos fatores fundamentais (notícias, fatos e dados), fatores técnicos (análise
gráfica dos preços) ou psicológicos.
• Existem regras para determinar o preço. Quando um operador oferece ou
exige um preço e outro operador aceita, está fechado o negócio, pois não existe barganha.
• Nenhum operador pode pedir um preço maior do que aquele que está
sendo pedido por outro operador, nem oferecer um preço menor do que já está
sendo oferecido por outro.
• As oscilações de preço são determinadas exclusivamente pela oferta e
procura, pois se não há vendedores suficientes os compradores tendem a aumentar
o preço oferecido, e vice-versa.
• As cotações variam de acordo com a intensidade da presença dos
vendedores ou compradores, livremente. No entanto, existem limites de variações
diárias, impostos pela bolsa, a fim de conferir maior segurança no processo de
descoberta do preço.
• A bolsa trabalha através de contratos futuros, que são contratos de compra
ou venda de ações, a um preço acordado entre as partes, para liquidação em uma
data futura específica, previamente autorizada, em que o vendedor se compromete a
entregar para o comprador determinado produto numa data futura predeterminada.
• As cotações dos contratos futuro na Bolsa de Chicago são feitas em
dólares americanos e em centavos e quartos de centavos de dólar americano por
bushel e não em saca de 60 kg.
• Bushel é a medida de peso utilizada pelos norte-americanos em transações
comerciais que envolvem grãos. Um bushelde soja equivale aproximadamente a
27,2155 kg. Para converter a cotação ou quantidade em sacas de 60kg, é preciso
multiplicar por 2,205 (o quociente aproximado de 60 dividido por 27,2155).
• Uma regra fácil para fazer a conversão de “bushel” para sacas de 60 kg
e vice-versa é a seguinte: Nº sacas = 2,205 X n “bushels”
• Os negociadores que participam do mercado e, por conseguinte, na
formação do preço final da commodity, instrumento ou produto negociado, são
os Hedgerse os especuladores.
• Os Hedgers são todos aqueles que buscam, na negociação dos contratos
futuros ou de opções, uma proteção contra a variação do preço da commodity.
• Os especuladores são aqueles que negociam contratos futuros ou de
opções com o objetivo de obter lucro financeiro. São constituídos por grupo

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de investidores que confiam o conjunto de valores depositados por todos os


participantes a um negociador de larga experiência.
• Entende-se por liquidez a relação entre os volumes ou o número total
de contratos negociados, nos diferentes mercados.

Caso tenha ficado dúvidas na Aula 07, encaminhem mensagens no quadro de avisos
ou no fórum. Se Ɵver dificuldades de acessar a plataforma do EaD encaminhem suas
mensagens para o E-mail: euclides@unigran.br e josimar.crespan@unigran.br

Sugestões de leituras e sites

Leituras
BARROS, Geraldo S. A. C. Programa do Empreendedor Rural, especificidades
do setor agropecuário. Curitiba/PR: SENAR, 2003.
BATALHA, M. O. (et all.). Gestão agroindustrial. 3. ed. Vol. 1. São Paulo:
Atlas, 2008.
MENDES, Judas Tadeu Grassi; PADILHA JUNIOR, João Batista. Agronegó-
cio: uma abordagem econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
NEVES, M. F.; Planejamento e Gestão Estratégica. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

Sites
http://www.noticiasagricolas.com.br/
http://www.agrolink.com.br/

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