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Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3
V. VARIEDADES
VIII. PLANTIO
IX. IRRIGAÇÃO
X. MANEJO DA FLORAÇÃO
TRANSPORTE ....................................................................................................... 36
I. INTRODUÇÃO
Segundo Reinhardt (2004) o abacaxi é uma das frutas tropicais mais saborosas e
apreciadas pelo consumidor nacional e internacional. Sendo, também, uma das frutas
tropicais mais cultivadas, tendo atingindo em 2004, uma produção mundial próxima a
15 milhões de toneladas, esta produção colocou o abacaxi em nono lugar entre todas as
frutas e em quarto entre as frutas tropicais atrás apenas da banana, do coco e da manga.
Segundo dados da FAO, em 2009, o cultivo de abacaxi concentrou-se em sete
países produtores que responderam por mais de 50% da produção mundial. Dentre estes
países o Brasil destaca-se como principal produtor mundial, na seqüência tem-se:
Filipinas, Tailândia, Costa Rica, Indonésia, China, Brasil e Índia.
Para Crestani (2010) foi observado nas últimas cinco décadas, no Brasil, o
crescimento constante da área cultivada e da produção total de abacaxi, refletindo o
crescente apelo e a expansão do mercado consumidor, sendo cultivados, no ano de
2008, em torno de 62.142ha dessa cultura, caracterizando a sexta lavoura entre as frutas
cultivadas no país.
Os dados do IBGE (2009) identificaram que a região Nordeste foi responsável
por 40,76% de toda a produção nacional de abacaxi e o volume produzido neste mesmo
ano foi de 1.470.995, correspondendo a uma área colhida de 60.176 hectares (Tabela 1).
3.1. CLIMA
3.2. SOLO
4.1. A PLANTA
A B
V. VARIEDADES
5.1. PÉROLA
Os plantios de abacaxi são feitos com mudas de vários tipos, tais como a coroa
(brotação do ápice do fruto), os filhotes (brotações do pedúnculo, que é a haste que
sustenta o fruto), o filhote-rebentão (brotação da região de inserção do pedúnculo no
caule ou talo) e os rebentões (brotações do caule). Cada tipo possui as seguintes
características, vantajosas ou não, que devem ser consideradas quando da escolha e do
manejo do material de plantio (REINHARDT, 2004):
- Coroa:
Muda de vigor e ciclo intermediários, menos uniforme que coroas, porém mais
uniforme que rebentões, de fácil colheita e grande disponibilidade, no caso da variedade
Pérola, a mais cultivada no Brasil.
- Rebentão:
Muda de maior vigor, ciclo mais curto, de colheita mais difícil, menor
uniformidade em tamanho e peso, de menor disponibilidade que os filhotes na variedade
Pérola, sendo o tipo de muda mais usado no caso da variedade Smooth Cayenne; é mais
suscetível à ocorrência de florações naturais precoces.
- Filhote-rebentão:
Muda de produção limitada, apresenta características intermediárias entre filhote
e rebentão, podendo ser usada indistintamente com os dois últimos.
Figura 7: Mudas sadias produzidas por seccionamento do caule: a) seções do caule em disco, b) viveiro e c) mudas de
seções do caule.
Fonte: EMBRAPA (2011)
Após a colheita dos frutos, as mudas do tipo filhote devem permanecer aderidas
à planta-mãe para continuarem o seu crescimento, a fim de que atinjam o tamanho
adequado (mínimo de 30 cm) para o plantio. Esta etapa é chamada de ceva, que pode ter
a duração de dois a seis meses.
Para melhorar o vigor e a sanidade das mudas durante a ceva, sobretudo em
plantios com plantas pouco vigorosas e com infestação alta de pragas, podem ser
recomendadas as seguintes práticas culturais: continuação da irrigação, em áreas
7.1. PREPARO
7.2. CALAGEM
VIII. PLANTIO
Figura 10: Plantio em a) covas, b) sulcos e c) mudas plantadas com um terço do seu tamanho enterrado
Fonte: Adaptado de EMBRAPA (2011)
descasadas), isto é, as plantas de uma fila colocadas na direção dos espaços vazios da
outra fila (Figura 11).
Exemplos:
Variedade Pérola – fileiras duplas e trabalho manual;
Total de plantas: 29.000 plantas/ha
Área a ser plantada – 3 ha: 29.000 x 3 – 87.000 mudas
Margem de segurança – 10% = 87.000 x 0.1 = 8.700 mudas
Total de mudas necessárias: 87.000 + 8.700 = 95.700 mudas
IX. IRRIGAÇÃO
mm bem distribuídos, tornando-se relevante a irrigação nos locais onde tal situação não
é alcançada.
X. MANEJO DA FLORAÇÃO
• Evitar que as plantas atinjam porte elevado ou idade avançada até a época mais
crítica para a ocorrência da floração natural (junho a julho). Para tanto, o produtor deve
escolher combinações adequadas dos fatores época de plantio e tamanho (peso) das
mudas no plantio. Por exemplo, evitar plantios no período de outubro a dezembro, o que
é muito comum em regiões com chuvas de verão (Cerrado), pois tais plantas terão porte
médio a grande em junho do ano seguinte, sendo altamente suscetíveis à
incidência da floração natural. Recomenda-se efetuar os plantios a partir de janeiro ou
fevereiro, usando mudas menores nos primeiros plantios (estas terão crescimento mais
lento, devendo chegar com porte menor à época crítica), podendo usar-se qualquer
tamanho de mudas em plantios mais tardios.
• Evitar a utilização de mudas velhas para os plantios, pois tem sido observado
empiricamente que mudas velhas, mesmo quando relativamente pequenas, tendem a
tornar as plantas mais sensíveis à diferenciação floral natural.
• Evitar que produtos à base de etefon (Ethrel, Arvest ou similar), usados na fase
pré-colheita, para o amarelecimento uniforme da casca dos frutos, atinjam as mudas do
tipo filhote em fase de desenvolvimento das plantas. Em várias regiões produtoras do
país, têm sido observadas mudas emitindo suas inflorescências quando ainda em fase de
ceva, aderidas às plantas-mães, devido a aplicações destes fitorreguladores alguns dias
antes da colheita. Mesmo que estes filhotes não floresçam durante a ceva, eles não
deveriam ser usados para novos plantios, pois podem apresentar sensibilidade muito
grande aos estímulos naturais que induzem diferenciações florais precoces.
período mais quente, e de 160 a 180 dias, quando a maturação acontece em época mais
fria. No Sul do país, com temperaturas mais baixas, o período pode ser mais longo que
seis meses.
A época mais adequada para a realização do TIF depende de diversos fatores,
incluindo o planejamento da data de colheita. Em geral, o TIF deve ser feito em plantas
com 8 a 12 meses de idade, o que resulta num ciclo da planta de cerca de 14 a 18 meses
até a primeira produção.
O TIF deve ser procedido em plantas com vigor vegetativo e porte adequados.
A experiência e o “olho” do abacaxicultor ajudam muito na escolha da época e tamanho
adequados das plantas para efetuar-se o TIF, em cada região. Para os menos experientes
os seguintes critérios podem auxiliar nesta definição: As plantas devem ter folhas „D‟
(esta folha é a mais alta na planta, e a de arranquio mais fácil, sendo, em geral aquela
fisiologicamente mais ativa) com comprimento superior a 90 cm e peso fresco superior
a 80 g, na cv. Pérola, e comprimento superior a 70 cm e peso fresco maior que 70 g, na
cv. Smooth Cayenne. Plantas com estas características têm normalmente a capacidade
de formar frutos de peso superior a 1,2 kg, quando não prejudicadas por longos
períodos de escassez de água durante a formação do fruto. Plantas muito pequenas não
devem sofrer este tratamento, pois não teriam condições de formar frutos de tamanho
adequado para o mercado de fruta fresca.
Na escolha da melhor época para a indução floral deve ser considerada também
a possibilidade de deslocar a colheita para período com preços mais favoráveis para os
frutos. Muitas vezes, antecipação ou retardamento por período relativamente curto (um
mês, por exemplo), pode representar aumentos consideráveis no preço do fruto e na
renda obtida pelo produtor.
Várias substâncias podem ser usadas com a finalidade de induzir a floração do
abacaxi. As mais comuns são o carbureto de cálcio e produtos à base de etefon (ácido
2-cloroetilfosfônico). O carbureto de cálcio é normalmente mais barato, sendo muito
usado por pequenos e médios produtores em todas as regiões produtoras brasileiras.
O carbureto de cálcio pode ser aplicado sob forma sólida ou líquida. No
primeiro caso, coloca-se de 0,5 a 1,0 g/planta, no centro da roseta foliar, a qual deve
conter água para permitir a dissolução do produto, resultando na liberação do gás
acetileno, o qual é o indutor floral propriamente dito. Para uso na forma líquida,
tomam-se as seguintes providências, passo a passo: em uma vasilha (barril ou balde)
com capacidade para 20 litros e com tampa, colocam-se 12 litros de água limpa e fria (o
espaço que sobra é para a expansão do gás antes da sua diluição na água), põem-se
nessa água 50-60 g de carbureto de cálcio, fecha-se bem e agita-se. Espera-se, então,
até não se ouvir mais barulho (chiado) da reação. Em seguida, coloca-se a solução em
um recipiente (vasilha) que tenha mangueira ou em um pulverizador costal sem o bico
da mangueira (sem pressão) e aplicam-se 50 ml (copinho de café) da solução no “olho”
da planta, a qual não deve conter excesso de água para evitar que a solução indutora
derrame para fora do alcance do meristema apical (“olho”) da planta. Essa solução pode
ser preparada no próprio pulverizador costal. Podem ser utilizados recipientes maiores
(ex. tonéis de 200 litros) para o preparo da solução, elevando-se proporcionalmente a
quantidade de carbureto de cálcio a ser dissolvida. É importante que o recipiente esteja
bem fechado durante o preparo da solução indutora, efetuando-se a sua aplicação
imediatamente após.
O etefon (Ethrel, Arvest ou similar) pode ser aplicado no “olho” da planta, da
mesma forma que é feito com o carbureto de cálcio, ou em pulverização sobre as
plantas, na proporção de 50 mililitros da sua solução aquosa por planta. Prepara-se a
solução na concentração de 0,5 a 1,5 ml do produto comercial para cada litro de água,
mais uréia a 2 % do produto comercial e 0,30 a 0,35 g de hidróxido de cálcio (cal de
pedreiro) por litro de água. No caso deste produto, a operação deve ser repetida se
chover até seis horas após a aplicação. Um inconveniente às vezes observado em
resposta à indução floral com etefon, em certas épocas, é a redução do número de
mudas do tipo filhote produzido pelas plantas. Os indutores florais devem ser aplicados
à noite (entre as 20 horas e às 5 horas do dia seguinte) ou nas horas mais frescas do dia
(do amanhecer até às 09:00 horas ou no final da tarde), de preferência em dias
nublados, logo após o preparo das soluções. Nestas horas do dia e condições climáticas,
a planta absorve melhor os gases acetileno (carbureto de cálcio) e etileno (etefon), que
são os indutores florais propriamente ditos. Este cuidado é fundamental para assegurar
uma boa eficiência do TIF, podendo favorecer também a produção de um maior
número de mudas do tipo filhote.
Um cuidado adicional na cultura irrigada consiste na suspensão da irrigação
alguns dias antes do TIF, devendo ser retomada cerca de 24 a 48 horas após tal prática.
É bom lembrar, porém, que no caso da opção pelo uso do carbureto de cálcio na forma
sólida, que pode haver a necessidade de uma irrigação moderada antes da aplicação do
produto, para garantir a água no “olho” da planta.
Uma indução floral bem feita deve dar uma eficiência superior a 90 %, o que
poderá ser facilmente observado cerca de 40 a 50 dias após a aplicação do indutor,
quando as inflorescências aparecem no centro da roseta foliar das plantas. Uma forma
de avaliação mais precoce da eficiência do TIF, a partir de cerca de três semanas após o
TIF, consiste na coleta manual das folhas mais jovens no ”olho” da planta, passíveis de
serem arrancadas (folhas “E” ou “F” ), para observar a presença de um alargamento
(abertura) e uma mudança de coloração branca - esverdeada para vermelho - esverdeada
na sua base, o que indica o surgimento da inflorescência na roseta foliar central da
planta.
Figura 12: Frutos sadios (à direita) e com danos crescentes causados por
queima do sol.
Fonte: Reinhardt (2004)
XII. COLHEITA
A colheita é feita com facão, devendo o colhedor proteger as mãos com luvas de
lona grossa. O operário segura o fruto pela coroa com uma mão e corta o pedúnculo
três a cinco centímetros abaixo da base do fruto, de tal forma que apenas duas a quatro
mudas do cacho de filhotes sejam levadas para servirem de embalagem natural do fruto
(processo chamado “sangria”), permanecendo as demais mudas na planta para uso
como material de plantio. No entanto, as normas mais recentes de classificação e
quantidades de adubos podem ser reduzidas à metade das doses fornecidas no primeiro
ciclo, sem prejudicar o desenvolvimento e a produção. Recomenda-se parcelar a
adubação em duas aplicações, realizando-se a primeira antes da amontoa, a qual cobrirá
os adubos, e a segunda cerca de um mês antes da data do tratamento de indução floral.
A infestação da área por plantas daninhas é normalmente pequena, dada a
grande cobertura vegetal existente. Algumas capinas manuais são suficientes para o seu
efetivo controle. Por outro lado, os tratos fitossanitários devem ser os mesmos
aplicados no primeiro ciclo da cultura, com ênfase nas pulverizações sobre as
inflorescências em desenvolvimento até o fechamento das últimas flores, visando ao
controle da fusariose e da broca do fruto. Na cv. Smooth Cayenne, muito suscetível à
murcha do abacaxizeiro, as medidas para o controle químico das cochonilhas e ácaros
usadas no primeiro ciclo, devem ser repetidas na soca.
A indução floral é outra prática que, na soca, não difere daquela usual para as
plantas do primeiro ciclo, empregando-se as mesmas substâncias (o carbureto de cálcio
é a mais comum), concentração e modo de aplicação. No entanto, o desenvolvimento
da soca é mais rápido que o das plantas do primeiro ciclo, permitindo, em geral, a
realização do tratamento de indução floral aos seis a oito meses após a colheita da
primeira produção, resultando em um ciclo de apenas 12 a 14 meses. Muitas vezes, as
plantas da soca, originadas a partir de rebentões emitidos antes da colheita dos frutos do
primeiro ciclo, atingem mais cedo o porte adequado para a realização da indução floral.
Diante disso, pode ser vantajoso fazer a indução floral em duas etapas, separadas por
um período não superior a dois meses, e levando em consideração a escolha da melhor
época para a colheita e comercialização dos frutos.
Embora a produtividade da soca tenda a ser inferior à do primeiro ciclo, devido a
redução do peso médio e do número de frutos colhidos por hectare, a sua rentabilidade
pode ser similar àquela do primeiro ciclo, pois o seu custo de produção é também
inferior.
- Controle de Doenças:
com base no tamanho/peso. Dentro de cada classe, os frutos devem ser selecionados
com relação à maturação, à ausência de machucaduras ou deformações e às condições
da coroa (simples ou, no máximo, dupla, e aspecto fresco e viçoso).
d) A coroa não deve ser excessivamente comprida, inclusive para não dificultar
o acondicionamento do fruto na embalagem; em geral, o comprimento adequado é de 5
a 13 cm; às vezes, é aceito que a coroa seja aparada para ajusta-la à embalagem; caso
isto não seja permitido, deve-se selecionar frutos com coroas de tamanho adequado ou,
em último caso, efetuar a extirpação do meristema apical da coroa, com uso de uma
espátula, durante o desenvolvimento do fruto sobre a planta, quando a coroa atingir o
tamanho de cerca de 10 cm.
e) Cuidado especial deve ser tomado para separar frutos que estejam em estádio
de maturação real muito avançado, isto é, com translucidez da polpa superior a 50%.
Frutos suspeitos podem ser mergulhados num tanque com água e, caso afundem, devem
ser descartados.
f) Os frutos selecionados devem ser acondicionados em caixas de papelão (tipo
exportação) na posição vertical, sobre os pedúnculos (caixas com fundo duplo, com
perfurações nas quais o pedúnculo é afixado), ou na posição horizontal, alternando-se
fruto e coroa (o que permite maior número por embalagem). O número de frutos por
caixa depende da classe de peso/tamanho dos mesmos.
g) As caixas, depois de fechadas, devem ser rotuladas de acordo com a
legislação vigente. A seguir podem ser paletizadas, isto é, agrupadas em pilhas de
dimensões definidas, o que facilitará todas as operações seguintes, sobretudo o
transporte para os portos de embarque e durante a viagem até os centros consumidores
no exterior.
h) No Brasil, os frutos normalmente são transportados em caminhões sem
refrigeração até os portos marítimos, onde, finalmente, são colocados em containeres
refrigerados. A temperatura adequada para os frutos é de 8 a 12 °C, sendo, em geral,
preferível controlar a faixa de temperatura para 8 a 10 °C. A umidade relativa do ar
deve permanecer acima de 85% e o ar da câmara fria deve ser renovado a cada três a
quatro dias. Manejados da forma acima descrita, os frutos de abacaxi „Pérola‟ podem
ser conservados por cerca de 20 a 25 dias, permitindo atingir os mercados externos mais
longínquos, em condições de boa qualidade para consumo fresco.
Lesão: qualquer dano de origem mecânica, por doença ou ataque de praga que
exponha a polpa.
- AS EXIGÊNCIAS DO MERCADO
- COMERCIALIZAÇÃO
XVII. BIBLIOGRAFIA
CUNHA, Getúlio Augusto Pinto da. Abacaxi: manejo cultural e mercado. Fortaleza:
Instituto Frutal, 2003. 127 p. 1.Abacaxi – Cultivo. 2. Fruticultura. I. Título.
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 2
V. VARIEDADES ............................................................................................ 9
I. INTRODUÇÃO
Características Exigências
Coloração Vermelha
inserida num caroço reticulado, têm a forma ovóide, é pequena, com 2,5 a 5,1 mm de
comprimento por 1,8 a 3,2 mm de largura e mostra em sua extremidade mais estreita
uma saliência, que é a radícula embrionária, sendo constituída por 2 cotilédones
maciços, que encerram entre eles, na região axial e em conexão com a radícula, a
plântula ou meristema apical.
A planta tem capacidade para formar de 2 a 4 safras em clima subtropical, de 3 a
6 safras em clima tropical e, quando são adubadas, irrigadas e com uma condução
adequada, podem florescer e frutificar continuamente em clima tropical. Os frutos,
quando estão completamente maduros, desprendem-se facilmente da planta e caem no
solo, sofrendo lesões na casca e na polpa, principalmente por sua casca fina, delicada e
pelo seu alto conteúdo de suco na polpa.
V. VARIEDADES
Figura 2: Variedades doce de acerola. a. Manoa Sweet, b. Tropical Ruby, c. Hawaiian Queen
Fonte: Adaptado de Gomes et al. (2001)
VARIEDADES ÁCIDAS:
6.1. PROPAGAÇÃO
A aceroleira pode ser propagada por via sexuada (através de sementes), via
assexuada (através de enxertia e estaquia).
Semeadura:
A propagação por via sexual provoca uma serie de problemas no pomar, uma
vez que são observados baixo índice de germinação das sementes, segregação dos
caracteres genéticos que por sua vez influenciara nas características relativas ao vigor,
conformação da copa e produtividade da planta, bem como no tamanho, formato,
coloração e sabor dos frutos, e rendimento de ácido ascórbico. Baixa é a germinação das
sementes a aceroleira. A germinação varia de 20 a 30%. A perda do poder germinativo é
rápido, as sementes mantém até 3 meses de idade um poder germinativo de 47%, de
20% aos 6 meses e 10% aos 12 meses.
As sementes devem ser colhidas de plantas que apresentem boa produtividade,
em matrizes selecionadas. As plantas devem ser vigorosas, produtivas e isentas de
pragas e doenças, devendo as sementes ser retiradas dos frutos, completamente
maduros, que são lavados e em seguida sobre uma peneira sob jato de água corrente e
secas à sombra por 3 a 5 dias.
A semeadura pode ser feita em qualquer época do ano onde será implantado o
pomar com irrigação. Em outras condições é preferível semear de 4 a 6 meses antes do
plantio no campo de forma a coincidir com inicio da estação chuvosa. A semeadura
pode ser realizada diretamente em recipientes ou em canteiros para posterior repicagem
para aqueles.
Semeadura em recipientes
Semeadura em canteiros
Estaquia
Porta-enxerto:
Enxertia
Figura 3: Variedades doce de acerola. a. Manoa Sweet, b. Tropical Ruby, c. Hawaiian Queen
Fonte: Adaptado de cultura da acerola (2007)
6.2.POLINIZAÇÃO
As flores apresentam cinco sépalas verdes, em cuja base estão localizadas de seis
a dez glândulas grandes, produtoras de óleo, cinco pétalas franjadas, de coloração
variando de branca a diferentes tonalidades de rosa, dez estames (órgão reprodutor
masculino) e três carpelos unidos na base formando o ovário com três estiletes e
estigmas (órgão reprodutor feminino). Em geral, os estigmas estão situados na mesma
altura das anteras (A) ou, conforme observado em alguns genótipos, um pouco acima
das mesmas (B), como forma de prevenir a autopolinização. A flor permanece aberta
durante um único dia, período em que está receptiva à polinização. Apesar da
proximidade entre anteras e estigmas, os grãos de pólen liberados pelas anteras
dependem de insetos polinizadores para que cheguem até os estigmas e fecundar a flor.
Os grãos de pólen são pegajosos, não sendo dissemináveis pelo vento nem pela ação da
gravidade. (RITZINGER, 2004)
Insetos Polinizadores
VIII. PLANTIO
Para que a aceroleira produza bem, algumas práticas culturais são essenciais
como o controle de plantas daninhas, adubações (baseadas na análise do solo), podas de
formação e de limpeza, e irrigação (em regiões onde ocorre déficit hídrico nos meses
mais quentes do ano).
A poda de ramos indesejáveis deve ser feita assim que necessária para evitar que
a planta gaste energia com ramos que mais tarde terão que ser podados. Se feito isto
tardiamente, poderá determinar a formação de uma copa defeituosa.
A poda drástica tem sido executada uma vez ao ano, quando a planta já adulta,
encontra-se em repouso vegetativo, o que acontece no período de chuva
no Norte/Nordeste ou no inverno para outras regiões.
Essa poda é feita visando reduzir a altura da copa em 1,5 a 2,0m, cortando os
galhos mais vigorosos e mal localizados, facilitando a operação de colheitas que se
concentram na primavera e verão.
A poda corretiva deverá ser feita após cada ciclo fenológico de produção ou
quando necessária, de modo a manter as plantas na altura padrão do pomar. Não
se recomenda as podas destinadas a estimular a frutificação, pois ainda carece de
estudos, e pesquisas antes que tal prática possa ser implementada em pomares
orientados para a produção comercial.
É de forma generalizada, que as aceroleiras com maior volume de copa são mais
produtivas. Daí a necessidade de agir com cautela no que concerne às podas de
frutificação, pois geralmente diminuem o volume da copa da planta o que em algumas
espécies prejudicam a produção.
A poda de limpeza é feita durante toda a vida útil das aceroleiras e torna
indispensável a manutenção da conformação desejada. Devendo ser feita quando a
planta estiver se flores e frutos, sempre que necessário.
9.2. Irrigação
X. COLHEITA E PÓS-COLHEITA
pó, cápsulas, concentrados para o enriquecimento de outros alimentos; deve ser efetuada
duas a três vezes por semana, ou diariamente, dependendo do pique de produção, para
evitar que caiam depois de determinado ponto de maturação.
As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas
“de vez”, já as vendidas aos mercados locais e indústrias processadoras devem ser
colhidas maduras.
Os frutos, principalmente maduros, devem ser acondicionados nas caixas de
colheita em poucas camadas, pois o peso das camadas superiores pode provocar o
rompimento da casca dos frutos colocados em posição inferior. Deve-se utilizar caixa de
PVC de tamanho pequeno, que permitam coluna de frutos até 15cm. No caso de utilizar
caixas de PVC tradicionais, preferir as com aberturas laterais ou então protegê-las com
plástico esponjoso para evitar injúrias mecânicas no transporte e fissuras provocadas
pela grade da caixa.
A operação colheita é, sem dúvida, uma das mais delicadas e de maior custo no
cultivo de acerola. No auge da safra e em pomares quase ou já em produção plena, uma
pessoa colhe cerca de 40 a 50kg/fruta/dia.
A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de
jatos d’água fria sobre os frutos.
Seu congelamento deverá ser após a seleção e lavagem, levados para câmara ou
túnel de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar
frio pelos frutos. O congelamento deve ser realizado no menor espaço de tempo
possível. No processo de congelamento lento ocorrem alterações físicas muito drásticas
no produto, principalmente formação de cristais de gelo, que podem perfurar as células,
liberando enzimas responsáveis pela degradação dos principais constituintes (açúcares,
vitaminas, entre outros) e provocam alterações indesejáveis na cor (amarelecimento).
A conservação dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes
hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeração de 7ºC.
Estudos indicam que ao se tentar conhecer a perda de vitamina C da acerola
durante a transformação em geléia, verificou que, após o cozimento, o suco conserva
alto teor de vitaminas. Esse ponto é importante poissegundo o autor em geral o
cozimento tende a destruir a vitamina C, no caso da acerola o teor se manteve.
No congelamento assim como na refrigeração, utiliza a diminuição da
temperatura para prolongar o período de conservação dos frutos, porém devido a baixa
- Pulgões
Podem causar sérios prejuízos à planta. Ao sugarem a parte final dos ramos,
provocam seu murchamento e morte, o que força a planta a gerar brotos laterais.
Controle - pulverizações de óleo mineral emulsionável, na concentração de 1 a
1,5% em água. Os pomares irrigados por aspersão sobre a copa têm apresentado, em
geral, menor índice de infestação.
- Bicudo
Faz sua oviposição no ovário das flores e nos frutos em desenvolvimento dos
quais se alimenta nas primeiras etapas de seu crescimento. Em geral os frutos atacados
pelo bicudo ficam deformados.
Controle - Pulverizar com paration na época do florescimento, repetindo-se a
pulverização após dez dias; observadas as recomendações do fabricante; recolher e
enterrar todos os frutos caídos no chão e eliminar as outras espécies do gênero
Malpighia existentes nas proximidades do pomar.
- Nematóides
- Antracnose
- Mancha castanho
- Verrugose
- Cercosporiose
XII. COMERCIALIZAÇÃO
XIII. BIBLIOGRAFIA
RITZINGER, R.; RITZINGER, C.H.S.P. Acerola: aspectos gerais da cultura. Cruz das
Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, 2004. 2p. (Boletim Técnico)
SIMÃO, S. Cereja das Antilhas. In: SIMÃO, S. Manual de Fruticultura. São Paulo:
Agronômica Ceres, 1971. cap.15, p. 477-485.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!