Resumo do Artigo ALGUMAS DIMENSÕES CORRENTES DA ANÁLISE
APLICADA DO COMPORTAMENTO de Donald M. Baer, Montrose M. Wolf E
Todd R. Risley da University of Kansas, traduzido por Noreen Campbell de Aguirre, com revisão técnica de Hélio José Guilhardi, feito por Harley Pacheco de Sousa da Universidade São Marcos – São Paulo – Brasil – 2012.
Analise do comportamento individual é um problema em demonstrações
cientificas anos e anos de estudo tem se dedicado a essa analise e resultou em modos de produzir formas de comportamento individual. A descrição desses resultados permite aplicação em comportamentos problemáticos e a sociedade pode apoiar essa aplicação a comportamentos sociais importantes como retardamento, crime, doenças mentais entre outras. As aplicações vêm sendo difundidas para que seja possível surgir refinamentos e eventualmente a substituição por melhores técnicas. Essas melhores e mais refinadas aplicações levarão a uma condição melhor da sociedade em que seus membros possam contribuir para uma qualidade boa. Mas avaliar se a sociedade é boa ou não é um comportamento de seus próprios membros e isso recai sobre eles de um modo interessante e supõe se que aplicações comportamentais quando eficazes levam a aprovação social.
Aplicações comportamentais analíticas são processos de aplicar princípios a
comportamentos para melhoria de comportamentos específicos e avaliar quaisquer mudanças, em suma, aplicação comportamental analítica é um processo de pesquisa de auto observação e avaliação. Esse argumento é valido para pesquisa comportamental experimental seguindo determinações usuais, mas que diferem em ênfase e seleção de comportamentos. As diferenças não estão no que descobrem ou aplicam, pois ambas indagam o que controla o comportamento, mas a primeira contempla qualquer variável que possa estar relacionada a questões ontogênica e culturais e a experimental é restrita a variáveis que possam ser eficazes na melhoria do comportamento típicos e que possam estar ligados a sua estrutura biológica,. Ou seja, a não aplicada busca a historia de reforçadores e a experimental variáveis que se correlacionem com as questões bio-fio-lógicas.
De modo semelhante, pesquisa aplicada examina comportamentos sociais
importantes e envolvem estudos em ambientes sociais usuais e não no laboratório, mas laboratório é apenas um local planejado para que seja possível controlar variáveis, isso o ambiente usual raramente permite, por isso, analise de comportamentos sociais se torna experimental. ACA alcança o controle experimental do que abrange, mas enfrenta enormes dificuldades na busca do controle, alcançam com menos frequência se comparado a uma analise em laboratório. Logo, a demonstração do controle experimental exigido torna-se inferior aos realizados em laboratório, mas não ausentes. Isso não acontece porque o aplicador é uma pessoa complacente, mas porque a sociedade raramente permitirá que seus comportamentos, em seus ambientes correspondentemente, sejam repetidamente manipulados para a comodidade lógica de uma audiência cética. Embora um estudo aplicado seja diferente de um estudo em laboratório, o estudo deve ser tecnológico, conceitualmente sistemático e eficaz e deve mostrar as generalidades, sendo então, aplicado, comportamental e analítico.
Aplicado não é determinado pelo procedimento, mas pelo interesse que a
sociedade demonstra com que será estudado.
Na aplicação o comportamento, os estímulos e/ou o organismo são escolhidos
devido a sua importância para o homem e para a sociedade, em vez de sua importância para a teoria. O pesquisador não-aplicado pode estudar a pressão à barra por ser uma resposta conveniente para estudo; fácil para o sujeito e simples de registrar e de relacionar a eventos ambientais teoricamente significativos. Em contraste, o pesquisador aplicado procura estudar O pesquisador aplicado também pode estudar a pressão à barra, caso esta esteja integrada a estímulos socialmente importantes.
Exemplo: Um programa para uma máquina de estudar pode usar o
comportamento de pressão à barra para indicar o domínio de uma habilidade aritmética. No entanto, algum estudo aplicado futuro poderia demonstrar que a pressão à barra é mais prática no processo de educação do que uma resposta de escrever com lápis.
Na pesquisa aplicada existe estreita relação entre o comportamento e os
estímulos e o sujeito no qual eles estão sendo estudados. Assim como parece haver poucos comportamentos que sejam alvo da aplicação, há poucos sujeitos que automaticamente conferem ao seu estudo o status de aplicação. Uma questão básica na avaliação da pesquisa aplicada é: quão imediatamente importantes são, para este sujeito, este comportamento ou estes estímulos?
O behaviorismo e o pragmatismo caminham juntos. A pesquisa aplicada é
pragmática; indaga como é possível fazer com que um indivíduo faça alguma coisa com eficiência. geralmente estuda o que os sujeitos podem ser levados a fazer, em vez do que eles podem ser levados a dizer; a menos, é claro, que uma resposta verbal seja o comportamento de interesse. o objetivo do pesquisador aplicado não é fazer com que seus pacientes - sujeitos parem de se queixar.
A análise de um comportamento requer demonstração confiável dos eventos
que podem ser responsáveis pela ocorrência ou não desse comportamento. Um experimentador consegue uma análise de um comportamento quando pode exercer controle sobre o mesmo. De acordo com os padrões comuns de laboratório, isso significa uma capacidade do experimentador para produzir ou não o comportamento, ou aumentá-lo ou reduzi-lo, à sua vontade.
A descrição deve ser tecnológica em sentido de tecnicamente bem
descrita.Todos os ingredientes de reforçamento social devem ser especificados (estímulos, contingências e esquema), a fim de que sejam qualificados como umProcedimento. A maneira mais prática para avaliar se a descrição de um procedimento é tecnológica é indagar se um leitor bem treinado conseguiria replicar esse procedimento de forma a produzir os mesmos resultados, apenas através da leitura da descrição. Esse é exatamente o mesmo critério aplicado a descrições de procedimentos na pesquisa não-aplicada. Aparentemente, isso precisa ser enfatizado, uma vez que ocasionalmente existe um estereótipo de pouca precisão a respeito da pesquisa aplicada. Quando a aplicação é recente e deriva de princípios produzidos através da pesquisa não-aplicada, como na atual análise comportamental aplicada, o inverso deve ser insistentemente comprovado. Quando o problema é a aplicação, as descrições de procedimentos exigem um considerável nível de detalhe a respeito de todas as contingências possíveis do procedimento. Não é suficiente dizer o que deve ser feito quando o sujeito apresenta a resposta R1; é essencial dizer também, sempre que possível o que deve ser feito se o sujeito apresentar as respostas alternativas R2, R3 etc.
O campo da análise comportamental aplicada terá mais avanço, quando as
descrições de seus procedimentos forem pertinentes aos princípios. Descrever exatamente o que ocorre durante uma atividade é uma boa descrição tecnológica; mas, para chamá-la, de procedimento de reforçamento social, é preciso relacioná-la a conceitos básicos de desenvolvimento comportamental.
Caso a aplicação de técnicas comportamentais não produza efeitos extensos o
suficiente para ter valor prático, então a aplicação terá falhado. A pesquisa não -aplicada muitas vezes pode ser extremamente valiosa, ao produzir efeitos pequenos, mas fidedignos, uma vez que esses efeitos comprovam a operação de alguma variável que tem, em si, grande importância teórica.
Na aplicação, a importância teórica de uma variável não está em questão e sim
seu poder de alterar comportamentos o suficiente para tornar-se socialmente importante. Ao avaliar se uma determinada aplicação produziu uma mudança comportamental em nível suficiente para merecer o rótulo, uma indagação pertinente pode ser: quanto esse comportamento precisava ser modificado? Obviamente, essa não é uma pergunta científica, mas sim prática.