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Tópicos Especiais em Automação

Atividade Prática 01
Nessa tarefa, o grupo de alunos deve pensar e elaborar as representações por Máquinas de
Estados (FSM – Finite State Machine) de algumas aplicações, conforme as regras dispostas a
seguir:

• Em cada aplicação o grupo deve apresentar a FSM que represente corretamente o


processo modelado;
• Para cada um dos estados definidos, os autores devem destacar, de forma clara e
objetiva, o que representa ou acontece naquele estado, de forma a facilitar o
entendimento do funcionamento da FSM;
• Tabelas devem ser criadas destacando as entradas e as saídas do sistema;
• Tabelas relacionando cada uma das saídas, e suas condições operacionais
(ligado/desligado) em cada um dos estados da FSM, devem ser apresentadas.
• A documentação pode ser feita a mão e escaneada, ou pode ser feita de utilizando
alguma ferramenta que permita a diagramação de forma eletrônica (Word, Visio, ou
similar), ou pode ser desenvolvida em softwares ou plataformas online que
possibilitem a implementação de FSMs.

A avaliação do trabalho não leva em conta apenas a implementação e o funcionamento das


lógicas operacionais, mas também as considerações de engenharia adotadas pelo grupo para
a segurança das operações e facilidade do entendimento da solução.

O documento final da tarefa deve ser submetido, respeitando o prazo estipulado, em tarefa
disponível na página do Moodle da disciplina.

Em data definida pelo professor, cinco diferentes grupos serão sorteados para realizarem a
defesa de uma de suas propostas (um grupo para cada aplicação). A defesa poderá ser
realizada por meio do sistema multimidia ou com a utilização do quadro branco.

Aplicações propostas e suas especificações funcionais

1. Portão de entrada de veículos

Realize a automação da abertura e fechamento de um portão de entrada de garagem. Para


movimentar o portão será utilizado um motor de indução trifásico com ligação estrela dos
enrolamentos. O acionamento deve ser realizado por meio do comando adequado de
contatores. O completo fechamento do portão é detectado por uma chave fim de curso NA
"ch1". Analogamente, a completa abertura do portão é detectada por uma chave fim de curso
NA "ch2". Normalmente o portão permanece na posição fechado. Quando é acionado um
botão NA, o sistema de automação deve abrir o portão e mantê-lo na posição completamente
aberto durante 30 segundos. Transcorrido este tempo, o portão deverá ser fechado. Caso o
botão seja acionado no meio de um movimento, o portão deverá parar naquela posição e
aguardar um novo comando. Um novo acionamento do botão NA inverte a ação (fechando
ou abrindo). Caso o botão não seja acionado dentro de 30 segundos, ele deverá fechar
completamente. Se na posição totalmente aberto houver um acionamento do botão NA, o
portão deverá ser fechado. Durante a abertura ou fechamento é importante que um sinal
sonoro seja acionado.
2. Elevador de dois pavimentos

Um elevador de cargas de dois pavimentos é acionado por um motor de indução trifásico.


O acionamento deve ser realizado por meio do comando adequado de contatores. O motor,
quando acionado em um sentido, faz o elevador subir, no outro sentido, faz o elevador
descer. O sistema é controlado por duas botoeiras de chamada NA, uma posicionada no
pavimento 1 e outra posicionada no pavimento 2. Além disso, o elevador possui uma porta
pantográfica com um sensor de posição de fechamento NA, que só permite a movimentação
do elevador se a porta estiver fechada. A abertura e fechamento da porta é realizada
manualmente. Há um sensor de posição NA para sinalizar que o elevador chegou ao
pavimento 1 e um sensor de posição NA para sinalizar que o elevador está no pavimento 2.
Enquanto o elevador se movimenta de um pavimento ao outro, o pressionamento das
boteiras é ignorado.

3. Sistema de mistura e condicionamento de resinas

Um tanque é abastecido manualmente com uma mistura de polímeros e reagentes para a


produção de uma resina. Esse tanque possui duas bóias sensoras NA: uma que detecta que
o tanque está vazio e uma que detecta que o tanque está cheio. Na parte inferior do tanque
há uma eletroválvula cuja bobina, quando acionada, faz a drenagem do conteúdo do tanque.
O tanque inicia sua operação vazio, com a eletroválvula desenergizada. Após carregamento
manual dos insumos, um operador aciona um botão de partida, que inicia o processo se for
detectado que o tanque está cheio. O tanque é aquecido por uma resistência de 10,0 kW de
potência, monofásica, e agitado por um misturador ligado a um motor de indução trifásico,
durante três minutos. O acionamento da resistência e do motor deve ser realizado por meio
do comando adequado de contatores. Após o tempo estipulado, a resistência e a agitação são
desligadas, e o sistema descarrega o conteúdo do tanque até que o tanque se esvazie
completamente. Durante a operação, a botoeira de partida do ciclo é ignorada.

4. Sistema de comando de prensa pneumática

Uma prensa hidráulica é acionada por um operador manualmente por uma de suas mãos. O
operador possui um painel de comando com dois botões: abertura da prensa (NF) e
fechamento da prensa (NA). Na área de segurança ao redor da prensa, há também dois
botões de emergência retentivos (NF). Enquanto estiver pressionada a botoeira para fechar,
deve ser acionado cilindro pneumático dupla ação C1 avançando o êmbolo. Enquanto estiver
pressionada a botoeira para abrir, deve ser acionado o cilindro C1 para a recolha do êmbolo.
O avanço e recolha do cilindro é comandado pelas eletroválvulas EV1 e EV2,
respectivamente. Caso ambos os botões sejam pressionados, a precedência deve ser do
comando de abertura. Qualquer movimentação de fechamento da prensa só pode ocorrer
se ambos os botões de emergência não estiverem sensibilizados e se um sensor de apoio de
mão (NA) detectar que a outra mão do operador está posicionada sobre esse sensor. Um
alarme deve soar se qualquer botão de emergência estiver pressionado.

5. CCM de drenagem de cisterna

Uma cisterna é responsável pela drenagem de infiltrações na barragem de uma pequena


central hidroelétrica. Trata-se de um tanque, de alta capacidade, que possui uma bóia sensora
NA na cota correspondente à cisterna vazia, uma bóia sensora NA na cota correspondente
à cisterna cheia, e duas bombas (bomba 1 e bomba 2) para drenagem e recalque dos efluentes
para o fluxo à jusante da barragem. As duas bombas são ligadas ou desligadas em um painel
de CCM (centro de controle de motores) através de botoeiras de partida e parada (não
retentivas, um par de botões para cada bomba), ou automaticamente através de uma
indicação de cisterna cheia. Quando acionada automaticamente, a bomba 1 é utilizada para a
drenagem da cisterna. Após acionadas, cada bomba permanece operando continuamente até
que seja parada pelo operador, ou até que a bóia sensora indique que a cisterna está vazia.
Em nenhuma hipótese as bombas podem operar simultaneamente ou operar com a cisterna
vazia. Cada bomba é um motor trifásico de indução acionado por meio do comando
adequado de contatores.

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