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Nº7 | 12ºF
Orientada pelo
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Introdução
O clarinete surgiu no final do século XVII e foi aprimorado ao longo do período
clássico, período este em que teve uma crescente reputação.
Carl Stamitz foi um dois primeiros compositores a explorar as capacidades
musicais deste instrumento, escrevendo onze concertos para clarinete e dois
duplos concertos para violino e clarinete e para clarinete e fagote.
Com base nestas duas premissas, o meu trabalho tem como objetivo analisar a
obra Concerto nº1, para Clarinete e Orquestra, de Carl Stamitz, obra esta que
irei tocar no meu Recital de 8.º Grau.
Para isso, o trabalho será dividido em dois capítulos: Contextualização
Histórica e O Concerto nº 1 em Fá Maior, para Clarinete e Orquestra, de Carl
Stamitz. O primeiro capítulo apresentará uma visão geral do contexto histórico
em que a obra foi criada. Já o segundo capítulo trará uma análise interpretativa
da obra de Carl Stamitz e a biografia do mesmo.
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Índice
INTRODUÇÃO 11
1. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA 13
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CONCLUSÃO 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 37
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Índice de Figuras
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Índice de Tabelas
Tabela 1 – Repertório composto por Carl Stamitz, tendo o clarinete como instrumento
solista........................................................................................................................................28
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Introdução
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1. Contextualização Histórica
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A Primeira Escola de Viena foi a principal referência do período Clássico. Caracterizava-se
por aplicar e desenvolver as características da Escola de Mannheim, mas de forma mais
complexa e com a aplicação do estilo Sturm and Drang, que significa tempestade em aperto.
Neste contexto, o princípio estético prima não só pela exaltação da emoção e da textura, mas
também pela condução melódica, sendo estes conduzidos pela profundidade dos sentimentos.
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A primeira fase é denominada de Pré-clássico. Esta, é caracterizada
pela ligação ainda muito afetiva ao período Barroco, não só pela sua
extravagância, ornamentação, polifonia, contraponto ou extensão rarefeita, mas
também pela grande utilização do cravo. Neste contexto, destacam-se os
compositores Johann Gottlieb Graun (1703 – 1771) e Carl Philipp Emanuel
Bach (1714 – 1788), pertencentes à Escola de Berlim. Nesta escola, a
transição para o período clássico observa-se lenta porque são 20 anos de
experimentação enquanto o período barroco ainda decorre.
A citação que estava aqui sobre escola de Berlim estava errada porque
na verdade se referia á escola de Viena, por isso retirei-a.
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Por fim, a terceira fase é conhecida como o final do Classicismo e a
passagem para o Romantismo. Durante esta fase, os compositores começaram
a explorar a expressão emocional através da música, incorporando técnicas
como cromatismo, modulação e variação temática. As obras tornaram-se mais
complexas e abrangentes, com um maior foco na emoção e no drama, em vez
da estrutura e equilíbrio do período Clássico. Compositores como Ludwig van
Beethoven ou Franz Schubert (1797 – 1828), produziram obras que
representaram a transição entre o período Clássico e o período Romântico, que
surgiria posteriormente. Como por exemplo: Sinfonia nº 9 (1824), em Ré
menor, Op. 125, de Ludwig van Beethoven; e a Sinfonia nº 8 (1822), em Si
menor, D. 759, também denominada de Sinfonia Inacabada, de Franz
Schubert.
1.2.1. Iluminismo
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um luxo inocente, pelo que era desnecessária à nossa existência, embora
fosse proveitosa e agradável ao sentido auditivo (Grout e Palisca, 2007). Neste
contexto, a diferença de pensamentos destes dois compositores evidencia a
evolução do pensamento que ocorreu ao longo do século XVIII e que teve
impacto em todos os aspetos da vida.
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Tratado que pôs fim à guerra da independência dos Estados Unidos da América.
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primeira Constituição, a 17 de setembro de 1787, sendo ratificada a 21 de
junho de 1788.
Rever! Penso que as datas que referes e a Guerra dos Sete anos não
contribui de uma forma lógica para o que pretendes com a redação do
texto. Porque não falar, se houver informação, da sua importância no
desenvolvimento das Artes?
Durante a Revolução Americana, a música foi uma forma de motivar os
soldados e unir as colonias. Uma das músicas mais conhecidas dessa época é
a "Yankee Doodle", que foi originalmente uma canção popular britânica, mas
que os americanos adaptaram e cantaram para denunciar o colonialismo
britânico. Durante a Revolução Americana, compositores como William Billings
e Francis Hopkinson criaram obras musicais patrióticas que celebravam a
independência da América. Algumas dessas músicas incluem "Chester",
composta por Billings, e "Hail, Columbia", composta por Hopkinson.
Em suma, Nunes (2012) defende que a Revolução Americana teve um
impacto direto na Revolução Francesa, uma vez que os cidadãos franceses
forma impulsionados pelos valores de liberdade e encorajados pela
propaganda divulgada por Benjamin Franklin (1706 – 1790), considerado como
um dos fundadores dos Estados Unidos da América e o primeiro embaixador
desta República Federal em França.
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1.2.3. Revolução Francesa
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9 de novembro de 1799 – Golpe de Estado liderado por Napoleão
Bonaparte: é encerrada a fase mais radical da Revolução Francesa,
sendo estabelecido um novo regime político, conhecido como
Consulado.
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Segundo Grout e Palisca (2007), no final do século XVIII, a Sinfonia e
outros géneros musicais foram, paulatinamente, deixando o baixo contínuo de
parte, entregando assim as vozes principais a instrumentos melódicos. Por
conseguinte, com o desaparecimento do cravo, o papel de liderança passou
para o primeiro violino.
Em relação ao tamanho da Orquestra Sinfónica na época, Grout e
Palisca (2007) defendem que ela era muito menor do que a atual. Por exemplo,
em 1756, a Orquestra de Mannheim era composta por: vinte violinos, quatro
violas, quatro violoncelos, quatro contrabaixos, duas flautas, dois oboés, dois
fagotes, quatro trompas, um trompete e dois timbales; um agrupamento
excecionalmente numeroso para a época, e na qual, em 1758, apareceu pela
primeira vez o naipe de clarinetes inserido numa Orquestra Sinfónica. Por outro
lado, a Orquestra Sinfónica de Joseph Haydn, entre 1760 e 1785, contava com
menos de vinte e cinco executantes, incluindo instrumentos de cordas, flauta,
dois oboés, dois fagotes, duas trompas e um cravo, aos quais, ocasionalmente,
se juntavam trompetes e timbales (Nunes, 2012).
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oportunidades para publicar as suas obras. Como refere Nunes (2012): “(...)
das tipografias dos editores parisienses brotava um fluxo constante de
sinfonias, muitas vezes sob a forma de Symphonies périodiques ou “sinfonias
do mês” (p. 29).
Segundo Nunes (2012), um dos compositores estrangeiros mais
proeminentes em Paris foi o belga François-Joseph Gossec (1734 – 1829) que,
tendo chegado à cidade em 1751, viria a suceder o compositor francês Jean-
Philippe Rameau (1683 – 1764) como maestro da Orquestra La Pouplinière. As
suas primeiras sinfonias foram publicadas em 1754, seguidas pelos seus
primeiros quartetos de cordas, em 1759. Posteriormente, viria a dedicar-se à
composição de óperas cómicas, tornando-se um dos compositores mais
populares durante a Revolução e um dos primeiros diretores do Conservatório
de Música de Paris3.
Para Grout e Palisca (2007), outro compositor notável da época foi
Joseph Boulogne Saint-Georges (1745 – 1799). Violinista e compositor
prolífico, destacou-se no desenvolvimento de um novo género musical: a
Sinfonia Concertante. Neste contexto, destacou-se igualmente o compositor
italiano Giovanni Giuseppe Cambini (1746 – 1825).
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Denominação dada a esta instituição entre 1795 e 1806. Desde 2009 que é denominada de
Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris.
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Formada, essencialmente, por músicos oriundos da Boémia (antiga
Checoslováquia), estes, segundo Nunes (2012), não englobavam apenas
executantes de elevada qualidade artística, mas ainda compositores, como era
o caso do violinista virtuoso Johann Stamitz (1717 – 1757). Este, tendo-se
tornado seu maestro aos 24 anos, tornou-a famosa não só pelas suas
inovações musicais, mas também pelo aumento do naipe dos instrumentos de
sopro, introduzindo os clarinetes em 1758 (Rice, 2007).
Entre as técnicas musicais que ficaram famosas e foram associadas à
Orquestra de Mannheim estão o "foguete" de Mannheim, o "suspiro" de
Mannheim, os "pássaros" de Mannheim, o "clímax" de Mannheim e o “rocket”
de Mannheim. Essas técnicas incluíam: passagens ascendentes rápidas com
crescendo; acentuação na primeira de duas notas ligadas descendentes;
ornamentos simples para imitar o canto dos pássaros; secções de muita
energia que envolviam todos os instrumentos; um acorde que parte do registo
mais grave até a linha mais agudo do soprano. – caderno de HCA
Neste contexto, Nunes (2012) refere que: “(...) nesta época, a Orquestra de
Mannheim tornou-se célebre, ao desenvolver uma sonoridade própria, passado
a ser conhecida pela sua precisão de conjunto e disciplina, tanto nos aspetos
de sincronia de ataques e arcadas, como em afinação e sonoridade” (p. 28).
Por outro lado, como sinónimo da excelência musical e reputação da mesma, o
compositor inglês Charles Burney descreve-a como “(...) um exército de
Generais, tão capazes de planear uma batalha (musical) como de a executar”
(Nunes, 2012, p. 27).
Toda a informação que queiras adicionar neste ponto tem de trazer
algo de construtivo ao texto, sendo fundamentado!
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estado mais primitivo, era um pequeno tubo de cana com seis orifícios, mais
um para o polegar e com uma palheta cortada na própria cana (idioglot) na
extremidade superior” (pp. 6 – 7).
Figura 3 – Chalumeau.
Para autores como Kurt Birsak (1991) ou Anthony Baines (1991), foram
realizados vários aperfeiçoamentos neste instrumento ao longo do tempo, na
sua maioria pelo construtor alemão Johann Christoph Denner (1655 – 1707).
Alguns deles foram: a introdução de duas chaves de metal opostas na parte
superior – uma na frente para a nota Lá3 e outra atrás, denominada de chave
de registo, possibilitando a obtenção de notas mais agudas; a adição de um
orifício para o dedo mindinho da mão direita; e a adição de uma boquilha no
qual era atada uma palheta de cana (Pinto, 2006).
“Por estes factos se diz que o trabalho de Müller foi decisivo, pois dele
derivaram os dois sistemas mais utilizados:
a) O Sistema-Oehler, utilizado pelos clarinetistas alemães,
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Segundo Brymer (1990), este sistema surgiu a partir do trabalho do
flautista Theobald Boehm (1794 – 1881), que tentou construir uma flauta
transversal com os orifícios posicionados de uma forma, acusticamente,
correta. Das suas invenções, destacam-se: a colocação de um sistema de
chaves que desse a possibilidade de fechar dois orifícios ao mesmo tempo; e a
utilização de uns anéis de metal que proporcionassem um maior controlo nas
diferentes chaves, ou seja, deixando de ser necessário deslocar os dedos das
posições iniciais. Neste contexto, Pinto (2006) refere:
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2. O Concerto nº 1 em Fá Maior, para Clarinete e
Orquestra, de Carl Stamitz
Carl Stamitz (1745 – 1801), filho mais velho de Johann Stamitz e irmão
de Anton Stamitz (1750 – 1796), desde cedo mostrou um talento inato para a
música, começando a estudar violino com o seu pai.
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reportório, contribuindo com a composição de onze concertos para clarinete e
orquestra, e dois duplos concertos (violino, clarinete e orquestra, e clarinete,
fagote e orquestra).
Tabela 1 – Repertório composto por Carl Stamitz, tendo o clarinete como instrumento solista.
Obra Instrumentação
Concerto em Fá Maior, Op. 1 Clarinete e Orquestra
Concerto em Si Bemol Maior, Op. 2 Clarinete e Orquestra
Concerto em Si Bemol Maior, Op. 3 Clarinete e Orquestra
Concerto em Sol Maior, Op. 8 Clarinete e Orquestra
Concerto em Si Bemol Maior, Op. 10 Clarinete e Orquestra
Concerto em Mi Bemol Maior, Op. 13 Clarinete e Orquestra
Concerto em Si Bemol Maior, Op. 29 Violino, Clarinete e Orquestra
Concerto em Mi Bemol Maior, Op. 34 Clarinete e Orquestra
Concerto duplo em Mi Bemol Maior, Op. 35 Clarinete, Fagote e Orquestra
Concerto em Dó Maior, Op. 41 Clarinete e Orquestra
Concerto em Si Bemol Maior, Op. 47 Clarinete e Orquestra
Concerto em Fá Maior, Op. 50 Clarinete e Orquestra
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2.2. Análise interpretativa
2.2.1. Allegro
Introdução: c. 1 ao c. 52;
Exposição: c. 53 (com anacruse) ao c. 65;
Desenvolvimento: c. 66 ao c. 176;
Reexposição: c. 177 (com anacruse) ao c. 239 (com cadência);
Coda final: c. 239 até ao fim.
Introdução
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Todas as figuras apresentadas, no âmbito da análise interpretativa do Concerto nº1, em Fá
Maior, de Carl Stamitz, terão como recurso a redução da partitura para clarinete e piano.
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Exposição
Desenvolvimento
Reexposição
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Entre os compassos 190 e 239, até chegar à cadência, o clarinetista é
desafiado a interpretar vários motivos rítmico-melódicos que confluem em
longos movimentos virtuosísticos, como se pode verificar na figura 11.
Por sua vez, a cadência, apresentada na figura 12, precede a coda final,
realizada pela orquestra.
2.2.2. Adagio
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O segundo andamento encontra-se em Mi menor e começa com uma
introdução, realizada pela orquestra entre os compassos 1 e 10, que serve
como ponto de partida para o tema 1. Este, é apresentado à tónica, entre os
compassos 11 e 16 (figura 13), seguido de três variações do mesmo: c. 17 a c.
20, c. 21 a c. 27 e c. 27 a c. 35; que são ainda desenvolvidas entre os
compassos 42 e 54.
2.2.3. Rondó
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Em seguida, entre os compassos 112 e 119, é apresentado novamente
o refrão, seguido da estrofe 2 (figura 16), entre os compassos 154 e 231.
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Por fim, entre os compassos 306 e 360, é realizado o desenvolvimento
das estrofes 1 e 2, sendo apresentado depois o refrão pela última vez
(compassos 361 a 368).
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Conclusão
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Referências Bibliográficas
Grout, Donald J. & Palisca, Claude V. (2007). História da Música Ocidental (5ª
Edição). Lisboa: Gradiva.
https://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/9858/1/DM_IdilioNunes_2012.pdf
Music for the classical clarinet | The Clarinet in the Classical Period | Oxford Academic de
Albert R. Rice 2007
Kennedy, M. (1994). The Oxford Dictionary of Music. Oxford: Oxford University Press.
BRYMER, Jack. Clarinet, London, Kahn & Averill, (1ª ed., Macdonald & Co Ltd, 1976), 1990.
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