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10/02/2022

Terapia conduzida pelo Enfermeiro

 Não vem recebendo importância devido ante o rigor


com que deve ser tratado

 Destaca-se o risco somente para diabéticos, e não para


todos pacientes de UTI

 Estresse orgânico
→ Pós-operatório
→ Trauma
→ Sepse
→ Outras patologias (estresse físico e emocional)

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Necessário, independente da história


pregressa de Diabetes Mellitus

Redução da
mortalidade

 Aumento da gliconeogênese
 Glicogenólise
 Resistência periférica à insulina
 Secreção de hormônios contrarreguladores
(Glucagon, Cortisol, GH)
 Ação de citocinas inflamatórias

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 Redução da imunidade
 Retardo da cicatrização
 Aumento de fatores inflamatórios
 Aumento do estresse oxidativo

Sofrimento neuronal

• Disfunção
• Lesão

• Alterações do NDC
(Sonolência → torpor → coma)

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 Até há pouco eram admitidas glicemias de até


215mg/dl

 Conceito: “melhor hiper do que hipoglicemia”

 Evidências derrubaram estes conceitos

 IAM

- Pior prognóstico
 Cirurgia cardiovascular
- Maior mortalidade
 AVE

 TCE

Diener JRC et al. Rev Bras Ter Intensiva. 2006. 18:3:268-275

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 Van den Berghe e cols., 2001:

- O controle do nível de glicemia por meio de


insulina endovenosa levava à queda da
mortalidade e da morbidade em pacientes
cirúrgicos em UTI sob ventilação mecânica

- MANTIVERAM A GLICEMIA ENTRE 80 E 110MG/DL

 Van den Berghe e cols., 2001:

- Outras vantagens da terapia insulínica EV:

- Redução da morbidade de patologias (infecções na


corrente sanguínea, insuficiência renal dialítica,
polineurioatia do paciente grave)

- Menor propensão à VM

- Diminuição da internação prolongada

- Menor número de mortes por Disfunção de Múltiplos


Órgãos

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 Van den Berghe e cols., 2001:

- Controle da glicemia realizado por enfermeiros


com frequência até a estabilização do paciente,
quando se iniciava suporte nutricional ou glicose
exógena

- Foram acompanhados 1.548 pacientes


(cirurgia/trauma, em VM)
- grupo com controle convencional: mortalidade: 8%
- grupo com terapia insulínica EV: mortalidade: 4,6%

 Van den Berghe e cols., 2006:

- Redução apenas da morbidade


- Redução da taxa de insuficiência renal
- Redução do tempo de desmame ventilatório
- Redução do tempo de internação em UTI

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 Van den Berghe e cols., 2006:

- Redução da mortalidade apenas no subgrupo que


se beneficiou do uso da insulina por mais de 3 dias

- Tempo menos do que 3 dias: aumento da


mortalidade → suscitou questionamentos sobre o
assunto

- Apesar disto: vale ressaltar que “ a hiperglicemia é


um marcador de gravidade de doença no paciente
crítico”

 Estudo Nice-Sugar, 2005:

- 4.500 pacientes (clínicos e cirúrgicos)

- Forneceu nível de evidência real quanto à


importância do controle glicêmico com a terapia
com insulina endovenosa, com monitoração
intensiva da glicemia realizada por enfermeiro

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 Glicemia capilar deve ser realizada a cada 30 a


60min (há estudos que fundamentam esta prática)

 De modo regular a cada 4h assim que as


concentrações de glicose tenham estabilizado

 Monitorização da glicemia capilar → dados


intermitentes do controle metabólico → impede visão
completa do perfil glicêmico

 Monitorização contínua da glicose → permite avaliar


com precisão as variações glicêmicas → intervenções
rápidas e eficazes, otimizando o controle

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Surviving Sepsis Campaign (SSC)

Surviving Sepsis Campaign (SSC)

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Surviving Sepsis Campaign (SSC)

Medo

- Atentar para...
- taquicardia
- sudorese

- Iniciar precocemente terapia nutricional

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 Estudo alemão, 2005:

- Revelou a efetividade e segurança por


meio da inclusão de 112 pacientes em
um protocolo de controle glicêmico

- Apenas 3 pacientes desenvolveram


hipoglicemia grave, com média
glicêmica de 150mg/dl

 Van den Berghe – utilizou mensuração com sangue


arterial

 Brasil: uso de glicosímetro (glicemia capilar, “ponta de


dedo”)

 Há questionamentos quanto a acurácia da glicemia


capilar de pacientes sépticos → difere da glicemia
laboratorial (sangue venoso)

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Rev. bras. ter. intensiva [online]. 2010, vol.22, n.4, pp. 351-357. ISSN
0103-507X

Análise Análise c/
laboratorial glicosímetro

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Hemodinâmica Ht  25
instável ( pode ser
usado 25-55%)
Uso de Drogas Edema em
Vasoativas extremidades

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 Considerar

 Frequência em sua realização


 Desconforto / dor
 Fazer rodízios
 Monitorização pelo Enfermeiro

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 Considerar

 Necessidade de teinamento da equipe

 Uso de paracetamol

 Alterações : gota inadequada, temperatura


e umidade do ambiente, presença de água
ou álcool no sítio de punção, manuseio
incorreto do aparelho

Considerar necessidade de:

 Supervisão direta pelo Enfermeiro


 Avaliar a estabilidade da insulina
 Avaliar os frascos e equipos
utilizados
 Controles rigorosos

Resultados discrepantes em pouco tempo podem ser


falseados por erros no glicosímetro, que deve estar
sempre calibrado

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Considerar necessidade de:


 Protocolo nutricional
 Treinamentos

 Rodízio das falanges (glicemia capilar)

Complicações locais:
- Diminuição da perfusão / Isquemia
- Necrose

- Fornecimento individualizado de
carboidratos

-Dieta enteral contínua


(também auxilia na profilaxia de
translocação bacteriana no paciente séptico)

- Oferecer lipídeos diariamente - oxidação da


glicose está limitada em pacientes sépticos?

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10/02/2022

Enfermagem em Terapia Intensica: práticas e vivências, Artmed, 2011

Enfermagem em Terapia Intensiva: práticas e vivências, Artmed, 2011

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10/02/2022

Enfermagem em Terapia Intensiva: práticas e vivências, Artmed, 2011

Enfermagem em Terapia Intensiva: práticas e vivências, Artmed, 2011

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