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P1 – TÉCNICAS DE COLHEITAS

DE AMOSTRAS E DIAGNÓSTICO
ESCOLA SUPERIOR DE TURISMO E TECNOLOGIA DO MAR
BIOLOGIA MARINHA E BIOTECNOLOGIA
PATOLOGIA
ANO LETIVO 2022-2023
DAMIANA PIRES E TERESA BAPTISTA
OBJETIVOS

Aprender a recolher amostras

Conhecer técnicas de recolha


de amostras e diagnóstico

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1. NECROPSIA
1. Extração do globo ocular da órbita
2. Separação do opérculo e observação das brânquias
3. Abertura da cavidade abdominal

Abertura da cavidade Incisão ventral Incisão lateral Incisão na zona do


abdominal cérebro

4. Observação da cavidade abdominal


5. Abertura do crânio e exposição do sistema nervoso central
6. Observação da musculatura 3
1.2. RECOLHA DE ÓRGÃOS
Análise Análise
Biomarcadores
microbiológica Histológica

Fígado Imunes
Cérebro Baço
Baço
Coração Rim anterior
Rim
Brânquias Muco
Fígado Plasma
Intestino (anterior e
posterior) Stress oxidativo
Fígado
Músculo

Metabolismo
Plasma
Fígado 4
1.2. RECOLHA DE ÓRGÃOS
Coração
• Regimes de produção
diferentes
• Análise histológica
Fígado • Localizado no ponto 2
Separado em 3 alíquotas
distintas:
Ordem de recolha • Stress oxidativo (alíquota 1)
• Cérebro • Metabolismo (alíquota 2)
• Rim cranial • Análise histológica (descartar)
• Brânquias
• Fígado
• Baço
• Vesícula biliar
• Coração
• Intestino ( anterior e posterior)
• Músculo

Nota:
Iniciar a amostragem com os peixes assintomáticos e depois os peixes com sintomatologia. 5
2. TESTES DE DIAGNÓSTICO RÁPIDOS

Observação à lupa binocular e/ou microscópio


ótico dos órgãos através de:

o Esfregaços de pele
o Preparação fresca da brânquia
o Impressão da brânquia e de tecidos
o Preparações de líquido biliar e ascítico
o Preparações da musculatura
o “Squashes” de tecido
o Imprints de tecido

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2. TESTES DE DIAGNÓSTICO RÁPIDOS
Teste de diagnóstico Objetivo Procedimento
rápidos
Esfregaços de pele Detetar a presença 1. Raspar a superfície do corpo e as barbatanas do peixe
de ectoparasitas usando uma lâmina de bisturi ou uma lâmina de vidro.
2. Colocar e espalhar bem o material obtido numa lâmina e
cobrir com lamela.
3. Com uma pipeta, introduzir por capilaridade solução salina
ou soro fisiológico até que ocupe a totalidade do espaço
debaixo da lamela.
4. Observar ao microscópio, trabalhando com o condensador
muito fechado
Preparações das Detetar a presença 1. Tirar um arco branquial e separar parte dos filamentos do
brânquias de ectoparasitas e eixo do arco.
de bolha gasosa 2. Dividir os filamentos numa lâmina, cobrir com lamela e
colocar solução salina como anteriormente.
3. Observar ao microscópio com o condensador muito
fechado.
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2. TESTES DE DIAGNÓSTICO RÁPIDOS

Teste de diagnóstico Objetivo Procedimento


rápidos
Preparações de líquido Líquido ascítico: presença de 1. Retirar líquido ascítico da zona abdominal, com o
ascítico e biliar células inflamatórias,
auxílio de uma seringa.
macrófagos com bactérias, 2. Numa lâmina colocar o líquido recolhido e cobrir
bactérias livres, fungos, etc. com uma lamela.
3. Observar ao microscópio com o condensador
Bílis: presença de parasitas muito fechado.
(sobretudo mixosporídeos) e
alguns microrganismos.

Preparações da Avaliar a presença de quistos 1.Pressionar a amostra de músculo entre duas


musculatura de parasitas, nematodes, etc. lâminas de vidro.
2. Observar a preparação à lupa.

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Análise
3. ANÁLISES bacteriológica
COMPLEMENTARES Preparações
frescas Virologia

Radiologia
Micologia
Órgãos
e
Tecidos
Testes
de Histopatologia
stress

Análise
molecular Hematologia
Análise
imunológica
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3. ANÁLISES COMPLEMENTARES

Análise
bacteriológica Virologia Micologia
Deteção e identificação da Deteção e identificação da Diagnóstico de fungos
presença de microrganismos presença de patógenos virais patogénicos para peixes
(geralmente bactérias)
Exemplares vivos ou Esfregaços de pele
Peixes moribundos ou amostras de peixes mortos Squashes de tecido
sintomáticos, mortos refrigerados, como rim, baço,
recentemente etc Histopatologia

Cultivo em TSA e TCBS Alevins são considerados


Antibiogramas como órgãos
Galerias API20

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3. ANÁLISES COMPLEMENTARES
Análise
Histopatologia Hematologia imunológica
Observar em seções de tecido Recolha de sangue – veia Uso de anticorpos específicos
lesões causadas em diferentes caudal; do coração; da seção do para demonstrar a presença de
processos patológicos pedúnculo caudal um agente viral, bacteriano,
parasitário, etc.
Órgão alvo: diversos Hematócrito
Esfregaços de sangue Soro
Amostras fixadas em formol Hemograma
tamponado e depois Bioquímica do sangue Aglutinação
transferidas e mantidas em Serologia
etanol a 70% ELISA
Imunofluorescência direta ou
Valores para comparação indireta
Imunohistoquímica
Pouco significado para o
diagnóstico
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3. ANÁLISES COMPLEMENTARES

Análise molecular Teste de stress Radiologia


Deteção da presença de Malformações de juvenis
Comprovar a resistência
DNA do agente dos peixes a condições
patogénico através da extremas
sua multiplicação do
DNA ou RNA
Órgãos alvo: Fígado
Órgão alvo: Rim anterior,
baço Durante a recolha
colocar em azoto líquido.
Manter em RNA later No fim, retirar do azoto
durante a noite a 4ºC e líquido e conservar a
depois conservar a -80ºC até a sua utilização
-80ºC
Fonte: Malformações esqueléticas IPMA

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DESAFIO 1

Numa aquacultura em regime intensivo, um dos tanques de


cultivo está com uma mortalidade acumulada de 10%. Os
peixes apresentam um peso médio de 150g e uma
sintomatologia que consiste em corpos hemorrágicos, caudas e
barbatanas hemorrágicas.

Que técnicas devem ser utilizadas para efetuar o diagnóstico


deste tanque?

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DESAFIO 2

Considere uma aquacultura sem maternidade própria, recebe


alevins nas suas instalações. O técnico do laboratório vai
recolher amostras após a receção destes animais.

Que técnicas podem ser feitas para verificar a existência de


patologias?

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