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YASMIN LUIZA DE CASTRO BONONI – RGM: 23408189

ATIVIDADE DE APROFUNDAMENTO (AP):

Para uma pessoa ser capaz de lecionar, é necessário que ela tenha
algum grau de formação. Não se faz necessário que o sujeito tenha formação
em pedagogia, por exemplo. Mas é importante, dependendo da área que
pretende dar aulas, que o professor se habilite onde deseja atuar. O
interessante é que independente da área escolhida, é necessário que o
professor trilhe caminhos acadêmicos, ou seja, tenha contato direto com
teorias, pesquisas, livros, tudo que possa acrescentar em seu reportório para
ter um olhar diferenciado do senso comum em relação a educação,
aprendizagem e ao ambiente escolar. Portanto, é imprescindível que os
professores consulte teorias, experimentos, pesquisas exploratórias, teses para
fundamentar o que de fato é ensinado dentro da sala de aula. Como é possível
falar da história de um país sem olhar para teorias que contribuíram
minimamente estarmos hoje aqui? Aos professores que lecionam a matéria de
ciências e biologia, seria possível anular todo o conhecimento que lhe foi
adquirido em sua formação e como uma página em branco, ensinar o que lhe
vem à cabeça?

A partir da Psicologia Institucional, é possível observarmos que dentro


deste ambiente escolar, onde professoras desconsideram a constituição do
saber científico, existe uma forte demanda no que tange ao respeito e o
cumprimento do plano pedagógico da escola, como descreve Minicucci abaixo:

“No sentido etimológico, em latim, instituere é estabelecer,


conseguir, preparar, dispor, ensinar, instruir, educar, seguir normas,
formar. Toda instituição social se apresenta como um sistema de
normas. A escola é regulada por normas referentes a obrigação
escolar, aos horários, ao emprego do tempo. (MINICUCCI. A.
Dinâmica de grupo: teorias e sistemas. São Paulo: Atlas, 2002)

É fato que a escola é um espaço constituído de uma pequena


sociedade, e por esse motivo, é ainda mais importante ressaltar o seu lugar
como instituição social, onde ocorre a mediação entre o indivíduo e a
sociedade. De acordo com BOCK et. al. (2009), é neste local que as crianças
têm seus primeiros contatos e vivências sociais e estabelece a partir daí, a
aprendizagem sobre como a sociedade funciona, como lidar com as
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adversidades diárias e como a escola pode ser um ambiente de preparação


para a vida adulta, como o mercado de trabalho e a assimilação das regras
sociais. Nesse sentido, é indispensável um olhar crítico a conduta de
educadores que não tenham como base um referencial teórico.

Para além dessas questões, se faz necessário discorres sobre a queixa


escolar. Por que a centralização do ensino-aprendizagem está no educando,
quando ele não consegue absorver o que é passado na sala de aula? Por que
a cada dia números de crianças com transtornos mentais e defasagens na
aprendizagem cresce no Brasil? Qual é o lugar da psicologia escolar na
investigação e no papel social com a sociedade, quando um psicodiagnóstico
pode influenciar a vida toda de uma criança, por meio de crenças e diagnóstico
que não lhe compete. Acredito que há um olhar mecanizado a respeito da
absorção do conteúdo passado em sala de aula, é fundamental que a escola
trabalhe em conjunto com órgãos responsáveis, professores e pais. Para que
esse sistema funcione com o foco no olhar individualizado a cada criança,
respeitoso e humanizado.

No que concerne a postura da professora Cristina, acredito que propor


momentos de diálogo junto as professoras e a coordenação para reflexão seria
interessante. A fim de não impor, principalmente por ser uma professora recém-
chegada na escola. Mas de buscar um novo olhar em relação ao papel do
professor. Ajudar a construir ou se já possui um plano pedagógico, de revisitá-
lo para compreender onde é possível ajustar a rota. E o mais essencial:
acreditar no seu papel como educadora para além das opiniões enviesadas.
Ter consigo um olhar humanizado a cada criança, pois isso se trata não
somente de um trabalho, com horário de entrada e saída, mas de contribuir na
formação de um sujeito singular no mundo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BOCK. A.M.B. FURTADO. O. TEIXEIRA. M.L.T., Psicologias: Uma introdução


ao estudo da Psicologia. São Paulo: Saraiva, 2009. Disponível em:
<https://docs.google.com/viewer?
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a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxtb2lzZXN2YXNjb25jZWxvc2Js
b2dzcG90Y29tYnJ8Z3g6Y2Q1ODMzNjI3MzdmMzUy> Acesso em: 17 mai.
2023.

MINICUCCI, Agostinho. Dinâmica de Grupo – teorias e sistemas. São Paulo:


Atlas, 2002.
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