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Caso Clínico
M.A.R.F., mulher negra, 26 anos, 1,70 metros de altura, 62 Kg, dá entrada na emergência do H.M.A, no dia
28/09/2022 com queixas de cefaleia aguda, taquicardia e êmese. O clínico faz uma breve anamnese com a paciente
e realiza aferição da PA, identificando que esta 180/95 mmHg e 142 bpm, o médico decide deixá-la em observação
e prescreve captopril 25mg, metoclopramida sol. Injetável EV e solicita ECG e reavaliação após 4 horas. A
reavaliação da paciente, a êmese diminuem, porém não cessam completamente e a PA reduz a níveis normais e o
ECG não demostram alterações consideráveis. O médico decide por dar alta hospitalar e prescreve para
continuidade em residência o uso de Losartana 50mg 1 comprimido de 12/12 h, ondasertrona 8mg 1 comprimido
de 12/12 h e ibuprofeno 600mg 1 comprimido de 12/12 h em caso de cefaleia.
A paciente compra seus medicamentos e fez uso por dois dias e não percebe melhoras em seu quadro e retorna ao
hospital, o médico clínico refaz os mesmos medicamentos, solicita que continue o tratamento e lhe encaminha ao
cardiologista para exames mais detalhados.
A paciente vai na drogaria em que habitualmente faz compras de seus medicamentos e relata o seu mal estar e
motivo pelo qual buscou atendimento hospitalar ao Sr. Francisco (farmacêutico clínico e que atua em seu
consultório na drogaria do bairro que acompanha a sua família em consultas farmacêuticas), o farmacêutico clínico
faz uma anamnese com a paciente, através do breve relato, estranha a alterada PA, uma vez que a paciente não
tem histórico de hipertensão e ser paciente assídua da farmácia, salvo pelo histórico familiar de sua irmã mais velha
que apresentou hipertensão gestacional. O farmacêutico clínico lembra que sua paciente toma seu
anticoncepcional injetável a cada mês e não obedece os dias corretos para uso de seu anticoncepcional injetável. O
farmacêutico pergunta se o médico solicitou um Beta-HCG, e a paciente informa que não. O Sr. Francisco sugere
que a paciente realizasse um teste rápido para suposta gestação e solicita que a paciente voltasse na drogaria para
informar o resultado do teste rápido. A paciente volta e informa o resultado positivo para possível gestação. O
farmacêutico clínico solicita um beta HCG com guia de requisição para o laboratório indicado e percebe um erro de
medicação na prescrição médica, solicita a paciente que informe o nome do hospital, nome do médico que realizou
o atendimento e a prescrição. O farmacêutico clínico faz as devidas anotações e correções se utilizando do sistema
de vigilância e análise por especialista, relatando os erros que o mesmo identificou, sugerindo ao médico clínico que
seja feita mudanças na prescrição do anti-hipertensivo losartana para o metildopa, o ondasertrona, substituir por
dimenidrato+piridoxina e suspender o uso de ibuprofeno, uma vez que seu uso pode ser perigoso nas 6 primeiras
semanas e extremamente prejudicial ao feto nas últimas semanas gestacional, já que o mesmo pode acarretar em
sérias complicações ao feto e nas últimas semanas da gestação pode levar ao fechamento do canal arterial. O
médico solicita a volta prontamente da paciente, corrige o erro de medicação, evitando possíveis problemas
relacionado a medicamentos e resolve deixá-la internada para exames mais detalhados e repassa as informações do
farmacêutico clínico para equipe de multiprofissionais da saúde do hospital que acompanhará a paciente durante a
observação hospitalar. A paciente recebeu alta hospitalar após período em observação e seguiu com a prescrição de
metildopa 250mg 12/12 h, dimenidrato+piridoxina em caso de enjoos e encaminhamento para um ginecologista
obstetra.