Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO 3
2
1. INTRODUÇÃO
𝑚𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = 𝑚𝑠𝑎í𝑑𝑎
Deste modo, o fluxo de massa do sistema pode ser calculado como o quociente da
variação de massa pela variação do tempo:
∆𝑚 ρ·∆𝑉 ρ·𝐴·∆𝐿
𝑞 = ∆𝑡
= ∆𝑡
= ∆𝑡
= ρ·𝐴· 𝑢
𝑞𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = 𝑞𝑠𝑎í𝑑𝑎
Onde:
𝐴𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = 𝐴 e 𝐴𝑠𝑎í𝑑𝑎 = ε · 𝐴
Deste modo:
𝐴 · 𝑢𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = ε · 𝐴 · 𝑢𝑠𝑎í𝑑𝑎
3
Sendo:
● 𝑞 = 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
● 𝐴 = á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
● ε = 𝑝𝑜𝑟𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
● 𝑢 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
● ρ = 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑑ℎ
𝑉𝑏𝑠 = 𝑑𝑡
A segunda forma é através do fluxo de água medido na saída pela proveta (4).
Considera-se o quociente entre a variação de volume de água medido na proveta em um
intervalo infimo de tempo dividida pela área transversal da coluna:
4
1 ∆𝑉
𝑉𝑏𝑠 = 𝐴
· ∆𝑡
A perda de carga dos leitos pode ser calculada pela equação de Ergun,
amplamente utilizada na engenharia química:
2
150*µ𝑓*𝑣0*𝐿 (1−ε)
2 1,75*ρ𝑓*𝑣0 *𝐿 (1−ε)
∆𝑃 = 2 * 3 * 𝐷𝑝
* 3
𝐷𝑝 ε ε
Rearranjando:
∆𝑃 𝐷𝑝 ε
3
150
2 * 𝐿
* (1−ε)
= 𝑅𝑒
+ 1, 75
ρ𝑓*𝑣0
∆𝑃
Sabendo-se que 𝑙𝑤𝑓 = ρ
3
𝑙𝑤𝑓*𝐷𝑝*ε 150
2 = 𝑅𝑒
+ 1, 75
𝑣0 *𝐿*(1−ε)
3
𝑙𝑤𝑓*𝐷𝑝*ε
𝑓𝑝 = 2
𝑣0 *𝐿*(1−ε)
Deste modo:
150
𝑓𝑝 = 𝑅𝑒
+ 1, 75
𝑚𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = 𝑚𝑠𝑎í𝑑𝑎
𝐴 * 𝑢𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = ε * 𝐴 * 𝑢𝑠𝑎í𝑑𝑎
5
Para o diâmetro equivalente tem-se a seguinte relação:
ε
𝐷𝑒𝑞 = 4 * (1−ε)*𝑎𝑠
6
onde para partículas esféricas 𝑎𝑠 = 𝐷𝑝
. Deste modo:
4 ε
𝐷𝑒𝑞 = 6
* (1−ε)
* 𝐷𝑝 (2)
2 2
𝑃1 𝑣1 𝑊 𝑃2 𝑣2 𝐸𝑓
ρ𝑓*𝑔
+ 𝑍1 + 2*α*𝑔
+ 𝑔
= ρ𝑓*𝑔
+ 𝑍2 + 2*α*𝑔
+ 𝑔
Onde:
● 𝑍1 = 0
2
𝑣1
● 2*α*𝑔
= 0
𝑊
● 𝑔
= 0
● 𝑍2 = 0
2
𝑣2
● 2*α*𝑔
= 0
Deste modo:
∆𝑃 𝐿 2
ρ𝑓
= 𝐸𝑓 = 2 * 𝑓𝐹 * 𝐷𝑒𝑞
* 𝑢𝑠𝑎í𝑑𝑎 (3)
2
𝑓𝑝*ρ*𝐿*𝑣𝑏𝑠 *(1−ε)
ρ * 𝑙𝑤𝑓 = 3
ϕ*𝐷𝑝*ε
Equivalente a:
6
2
∆𝑃 𝑓𝑝*𝐿*𝑣𝑏𝑠 *(1−ε)
𝐿
= 3
ϕ*𝐷𝑝*ε
Porosidade 0,46
Esfericidade 1
7
Já para a areia fina, as características eram:
Porosidade 0,4
Esfericidade 0,88
Para a areia fina não foi possível realizar a mesma análise de diâmetro da
partícula, Dp, por meio do papel milimetrado, já que a dimensão das partículas de areia
fina eram de ordem de grandeza muito menor do que o milímetro. Como pode-se
observar na figura abaixo:
tempo e para a areia grossa utilizou-se a diferença finita de volume em relação ao tempo,
dividindo-se esse resultado pela área da secção transversal do tubo.
Deste modo, com o equacionamento presente no ítem 3 foi possível se relacionar a
velocidade superficial de cada tipo de areia com suas respectivas perdas de carga.
Para a areia fina obteve-se os seguintes resultados:
8
Vbs Vbs
Tempo Altura Perda de
(deltaH/deltaT) (deltaH/deltaT) - Reynolds fp
(seg) (cm) Carga [Pa/m]
- [cm/s] [m/s]
82 40 0,012 1,18E-04 0,03 4.651 846
167 39 0,012 1,19E-04 0,03 4.596 856
250 38 0,012 1,21E-04 0,03 4.514 872
332 37 0,012 1,16E-04 0,03 4.733 831
423 36 0,011 1,12E-04 0,03 4.897 803
511 35 0,011 1,08E-04 0,03 5.088 773
609 34 0,009 9,39E-05 0,03 5.826 675
724 33 0,011 1,06E-04 0,03 5.143 765
797 32 0,011 1,15E-04 0,03 4.760 827
898 31 0,010 9,80E-05 0,03 5.580 705
1.001 30 0,009 9,17E-05 0,03 5.963 660
1.116 29 0,008 8,47E-05 0,02 6.455 609
1.237 28 0,009 9,13E-05 0,03 5.990 657
1.335 27 0,009 9,01E-05 0,02 6.072 648
1.459 26 0,008 8,10E-05 0,02 6.756 582
1.582 25 0,008 7,97E-05 0,02 6.866 573
1.710 24 0,008 7,72E-05 0,02 7.084 555
1.841 23 0,007 7,38E-05 0,02 7.412 531
1.981 22 0,007 6,97E-05 0,02 7.850 501
2.128 21 0,006 6,47E-05 0,02 8.452 465
2.290 20 0,006 6,33E-05 0,02 8.643 455
2.444 19 0,006 6,37E-05 0,02 8.588 458
2.604 18 0,006 5,92E-05 0,02 9.245 425
2.782 17 0,006 5,52E-05 0,02 9.901 397
2.966 16 0,005 5,33E-05 0,01 10.256 383
3.157 15 0,005 5,10E-05 0,01 10.721 367
3.358 14 0,005 4,96E-05 0,01 11.022 357
3.560 13 0,001 7,08E-06 0,00 77.226 51
6.182 12 0,000 3,81E-06 0,00 143.402 27
9
Gráfico 1 - Perda de Carga em função da velocidade superficial para areia fina
Para a areia grossa as medições foram realizadas em duplicatas para que assim
houvesse uma maior precisão o mesmo procedimento pode então ser emprego e obteve-se
os seguintes resultados:
1 DUPLICATA
DeltaV proveta/
Tempo Volume Perda de
Delta T - [mL/s = Vbs [cm/s] Vbs [m/s] Reynolds fp
(s) Proveta (mL) Carga [Pa/m]
cm3/s]
0 22 4,50 0,38 0,0038 13 13 302
2 31 5,00 0,42 0,0042 14 12 340
5 47 6,00 0,50 0,0050 17 10 420
7 61 5,20 0,44 0,0044 15 12 356
10 73 4,60 0,39 0,0039 13 13 309
12 84 4,80 0,40 0,0040 14 13 325
15 97 4,33 0,36 0,0036 12 14 289
18 110 3,83 0,32 0,0032 11 15 252
21 120 3,67 0,31 0,0031 11 16 240
24 132 3,50 0,29 0,0029 10 17 228
29 148 2,89 0,24 0,0024 8 20 185
10
33 158 2,63 0,22 0,0022 8 22 166
37 169 2,40 0,20 0,0020 7 24 151
43 182 1,92 0,16 0,0016 6 29 119
50 194 1,60 0,13 0,0013 5 34 98
58 206 1,20 0,10 0,0010 3 45 73
70 218 0,86 0,07 0,0007 2 63 51
86 230 0,75 0,06 0,0006 2 71 45
2 DUPLICATA
DeltaV proveta/
Tempo Altura Perda de
Delta T - [mL/s = Vbs [cm/s] Vbs [m/s] Reynolds fp
(s) Proveta (mL) Carga [Pa/m]
cm3/s]
0 0 7,50 0,63 0,0063 22 9 547
2 15 5,83 0,49 0,0049 17 11 406
6 35 5,29 0,44 0,0044 15 12 362
9 52 5,80 0,49 0,0049 17 11 403
11 64 5,00 0,42 0,0042 14 12 340
13 72 4,40 0,37 0,0037 13 14 294
16 86 4,50 0,38 0,0038 13 13 302
19 99 4,17 0,35 0,0035 12 14 277
22 111 3,83 0,32 0,0032 11 15 252
25 122 3,83 0,32 0,0032 11 15 252
28 134 3,67 0,31 0,0031 11 16 240
31 144 2,86 0,24 0,0024 8 20 182
35 154 2,38 0,20 0,0020 7 24 149
39 163 2,44 0,20 0,0020 7 23 154
44 176 2,27 0,19 0,0019 7 25 142
50 188 1,54 0,13 0,0013 4 36 94
57 196 1,43 0,12 0,0012 4 38 87
64 208 1,20 0,10 0,0010 3 45 73
77 220 0,90 0,08 0,0008 3 60 54
84 226 0,86 0,07 0,0007 2 63 51
A partir das médias da velocidade superficial e perda de carga das duas duplicatas
pode-se construir o gráfico da perda de carga em função da velocidade superficial para a
areia grossa:
11
Gráfico 2 - Perda de Carga em função da velocidade superficial para areia grossa
12
Gráfico 3 - Perda de Carga em função da velocidade superficial para ambas as partículas
6. PERMEABILIDADE DO LEITO
𝑉𝑏𝑠 =
𝑘
µ
· ( −∆𝑃
𝐿 )
Em que,
● 𝑉𝑏𝑠 : velocidade superficial
13
Observa-se que ao plotar a velocidade superficial em função da perda de carga,
obtém-se uma curva em que o coeficiente angular será a razão entre o coeficiente de
permeabilidade e a viscosidade do fluido.
Com isso, através dos dados obtidos em laboratório, calcula-se a velocidade e a
perda de carga em cada ponto de acordo com as equações apresentadas nos itens 2 e 3.
14
Gráfico 05 - Curva da velocidade superficial em função da perda de carga para a
areia fina
A partir das equações obtidas e seus respectivos coeficientes angulares, calcula-se
o coeficiente de permeabilidade (k) para ambas as condições, dado que o fluido é água e
−3
possui viscosidade 10 N/m2:
Areia Grossa:
−5 𝑘 −5 −3
𝐶𝑜𝑒𝑓 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 = 1, 16 · 10 = µ
→ 𝑘 = 1, 16 · 10 · 10
−8
𝑘 = 1, 16 · 10 𝑚/𝑠
Areia Fina:
−8 𝑘 −8 −3
𝐶𝑜𝑒𝑓 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 = 1, 39 · 10 = µ
→ 𝑘 = 1, 39 · 10 · 10
−8
𝑘 = 1, 39 · 10 𝑚/𝑠
3 2
ε *(𝑑𝑝*ϕ)
𝑘= 2
150*(1−ε)
15
Os respectivos resultados para areia fina e grossa são apresentados abaixo, bem
como, seus respectivos erros relativos:
16
No entanto, o cálculo do diâmetro da partícula depende da esfericidade da mesma,
visto que, considerar a partícula como uma esfera é uma simplificação realizada para fins
de cálculo. Dessa forma, é útil analisar como a porosidade varia com a esfericidade da
particula.
Através do gráfico abaixo obtido pela literatura [1], observa-se que a relação entre
esfericidade e porosidade é inversamente proporcional, ou seja, quanto maior a
porosidade menor a esfericidade.
A capacidade de um filtro com dois leitos pode ser calculada utilizando a equação de
Ergun.
⎡ 150 ⎤ 3𝐿 𝑢2𝑏𝑠
𝑙𝑤𝑓 = ⎢ + 1, 75⎥ (1 − ε)
⎢
⎣ ( 4 𝐷𝑒𝑓 𝑢𝑏𝑠ρ
6µ ( ))
1
1−ε
⎥ 𝐷𝑒𝑓ε3
⎦
17
Para isso, é necessário dispor de parâmetros como esfericidade das partículas, altura
da coluna e propriedades do fluido, os quais são tabelados abaixo:
⎣ 𝑏𝑠 ⎦
Resolvendo essa equação, obtemos uma velocidade de:
−5 3 2
𝑢𝑏𝑠 = 1, 159 × 10 𝑚/𝑠 = 0, 04175 𝑚 /(𝑚 . ℎ)
Nota-se que o valor encontrado para a velocidade média superficial está dentro do
esperado, visto que o leito composto possui uma quantidade maior de sua altura
constituída de areia fina, influenciando na perda de carga. Por isso, o valor de 𝑢𝑏𝑠
esperado para o leito composto deve ser menor que o do leito de areia fina mas da
mesma ordem de grandeza.
9. CONCLUSÃO
A partir dos dados obtidos em laboratório, realizou-se o tratamento de dados
referentes a perda de carga e permeabilidade para as condições de leito com areia fina
e com areia grossa.
Através do levantamento das curvas para ambas as condições, observou-se que a
perda de carga para o leito de areia fina é maior, resultado compatível com o da
literatura, visto que, em um leito de areia fina o fluido perde uma quantidade maior de
energia devido a caminhos mais estreitos e tortuosos que deve percorrer.
Os valores de coeficiente de permeabilidade foram obtidos experimentalmente
e comparados com os obtidos através de equações teóricas. Nesse caso, observou-se
um desvio considerável, essa discrepância pode estar associada à maneira de como os
18
diâmetros das partículas foram calculados, bem como, os parâmetros associados à
mesma.
Para a análise do leito composto, encontrou-se uma capacidade de escoamento
razoável de 0,04175 m3 de água a cada seção transversal do tubo, que corresponde a
41,75 litros de água a cada seção de tubo.
10. BIBLIOGRAFIA
[3] Fogler, H.S.; Elements of Chemical Reaction Engineering, Pearson Education Inc,
New Jersey - USA, 4th Ed. (2006). - Froment, G. F., Bischoff, K. B. Chemical
Reactor Analysis and Design (Wiley Series in Chemical Engineering), 1990.
19