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CASOS
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trabalhando em cima de algumas hipóteses, mas ainda faltam muitas definições
(sobre o programa do governo) para que essa decisão esteja tomada.
Quando vocês tomam essa decisão?
Assim que o programa do governo de aviação regional estiver definido.
Qual o tamanho das cidades que a TAM poderá voar?
Depende de como sairá o programa de incentivos (subsídio). Hoje estamos com
avaliações extensas, mas estamos olhando aeroportos médios para cima. Os
aeroportos muito pequenos agregariam uma complexidade grande ao nosso
sistema. Mas existem uma série de aeroportos médios onde hoje a TAM não está
presente, mas que, com um modelo de incentivo, podem fazer sentido.
Por que o voo regional é interessante para a TAM?
Porque boa parte do crescimento da aviação no Brasil vai se dar nas cidades
menores.
Se existe espaço para crescer, por que a TAM reduziu a oferta este ano?
Reduzimos a oferta, mas aumentamos o número de passageiros transportados. A
TAM retirou 11% de capacidade desde o fim de 2011, mas transportou mais
passageiros. A grande mudança na estratégia da TAM foi essa quebra de
paradigma de que a única forma de crescer é adicionando capacidade.
O que mudou?
No fim de 2011 começamos a reavaliar a estratégia para o mercado doméstico. A
primeira coisa que entendemos foi que o nosso ativo estava muito ocioso. O avião
que decola com 30% dos assentos vazios é como uma fábrica que fica um turno
parada. Tivemos um choque de custos na indústria e o combustível se tornou 40%
do custo. Cada vez que um avião decola, carrega esse custo com ele. Então, se o
avião vai decolar, é bom que esteja gerando alguma margem. A estratégia se
tornou maximizar a receita de um avião e só tirar ele do chão quando realmente
fizer sentido.
A TAM tem aviões parados?
A nossa frota reserva é de cinco aeronaves. Quando entrei na TAM, tínhamos
apenas uma. A estratégia de voar com as aeronaves mais cheias nos trouxe um
desafio de regularidade forte, que hoje está perto de 100%. Quando a empresa
trabalha com uma taxa de ocupação de 80%, não dá para cancelar ou fusionar
voos. Isso cria uma cascata de problemas. Para ter regularidade, é preciso ter
uma frota reserva mais robusta.
Em entrevista ao ‘Estado’, no fim de 2012, o Bologna disse que a meta dele
era ter 75% de ocupação nos voos nacionais. Qual é seu número?
Eu luto pelos 80%. Nos mercados mais maduros, como o americano e o europeu,
a taxa média de ocupação nos voos domésticos é acima de 80%. Aqui no Brasil
conseguimos 84% em julho, mas temos trafegado em 70 e muitos por cento.
Acredito que o caminho para a recuperação da indústria seja melhorar o
aproveitamento da aeronave.
A TAM fará novos cortes de oferta?
O corte deste ano já foi feito. Não temos mais nada programado. Para 2014,
prevemos estabilidade. Acho que temos todo o potencial para voltar a crescer em
2015.
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O que você achou da sua indicação à lista de executivos jovens mais
influentes do mundo da Fortune?
Fiquei contente. As pessoas ficaram felizes em ver um brasileiro e uma mulher
nessa lista. É bacana ser um bom exemplo.
http://blogs.estadao.com.br/marina-gazzoni/2013/09/30/tam-pode-usar-aviao-da-
embraer-no-interior/?preview=true
Questão:
Discorra sobre quais conceitos e análises fundamentaram a decisão da TAM
de não operar com voos ociosos
(até uma página)
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vendidos são repostos mais rapidamente e individualmente, não mais com a grade
completa. A Renner também está reformulando o mix da Camicado — suas lojas
de cama e mesa — de forma a aumentar sua produtividade por loja e acelerar sua
expansão. As ações da Renner estão em alta de 15% nos últimos 12 meses.
Enquanto isso, a Marisa tem apresentado os resultados mais fracos dos últimos
anos. O primeiro trimestre deste ano mostrou alguma inflexão, com a empresa
melhorando sua margem bruta e ganhando dinheiro em sua financeira. Apesar
dessa melhora nos resultados, a Marisa teve o menor crescimento de vendas
entre os seus concorrentes. No conceito de vendas nas ‘mesmas lojas’ (aquelas
abertas há mais de um ano), a Marisa cresceu apenas 1%, comparado com os
5,4% da Renner e os 7% da Guararapes, a dona das lojas Riachuelo. Os
resultados mostram que a Marisa preferiu perder vendas a perder margem, dizem
analistas. As ações da Marisa estão em queda de 27% nos últimos 12 meses.
“A Marisa precisa de uma gestão como a da Renner, [mas] o problema é que a
Marisa pertence a uma família”, diz um analista de mercado.
Uma fusão poderia enriquecer os acionistas de ambas as empresas ao colocar a
operação da Marisa, hoje comandada por Marcio Goldfarb, nas mãos do CEO da
Renner, José Galló, de longe o executivo mais admirado do varejo nacional. No
comando da companhia há 22 anos, a trajetória profissional de Galló se confunde
com a transformação da Renner de uma tímida rede familiar e local em uma
cadeia nacional que serve de métrica para todas as empresas do setor.
Assumindo que os dois lados queiram mesmo trocar alianças, talvez o maior
obstáculo para uma fusão seja a governança da nova companhia.
A Renner vale em Bolsa 8,7 bilhões de reais. A Marisa, 2,8 bilhões de reais. Se as
empresas fizessem uma troca de ações a valor de mercado, os acionistas da
Marisa, coletivamente, teriam 24% da nova empresa. Os diversos membros da
familia Goldfarb, que detém 74,6% do capital da Marisa, se tornariam donos de
quase 18% da nova companhia.
“Na governança da nova empresa, a família Goldfarb poderiam ficar com uma
posição de destaque no conselho, só não poderiam subordinar o Galló, até porque
isso seria bizarro: o melhor executivo do setor respondendo a uma família cujo
negócio não está indo muito bem,” diz um banqueiro. “Tenho certeza que o Galló
adoraria ter a Marisa, só não adoraria ter os Goldfarb no pescoço dele.” Em 2008,
a Renner quase comprou as Lojas Leader, seu trampolim para a classe C, mas
Galló recuou na última hora, receoso de endividar muito a Renner no meio de uma
crise financeira global que parecia apocalíptica.
Uma conversa anterior sobre fusão — antes do IPO da Marisa — esbarrou na
vontade dos Goldfarb de receber ações da Renner, o que lhes daria, na época,
senão a maioria do capital, uma posição de controle efetivo na empresa, disseram
fontes com acesso aos dois lados.
Um analista que conhece bem os dois lados diz que a família Goldfarb nem
precisaria pedir um ágio sobre o valor atual de suas ações, pois o mero anúncio
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da fusão faria com que a nova empresa valesse mais do que a soma do valor de
mercado das duas hoje.
Ainda assim, há quem ache que uma fusão neste momento não se encaixa na
narrativa que cada empresa está contando aos acionistas.
“Esse papo de fusão vai contra tudo que a Renner tem dito aos [seus] acionistas,”
diz um gestor. “Ela tem focado muito na simplificação do negócio, estão sempre
batendo nessa tecla. Uma aquisição seria o oposto disso, porque a integração de
uma aquisição não é uma coisa simples.”
Um outro analista diz que entende essa crítica, mas rebate: “A oportunidade de
construir o que a Marisa tem agora… todas essas lojas.. o Galló dificilmente teria.
É só incluir a Marisa no programa de simplificação.”
Por Geraldo Samor
http://veja.abril.com.br/blog/mercados/
04/08/2014
Questão:
Quais seriam os impactos para a operação da Marisa, caso a fusão se
concretizasse e os processos de gestão adotados fossem os implementados
pela Renner. Justifique (até uma página)