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8 e 9 de junho de 2012

ISSN 1984-9354

UM ESTUDO ACERCA DOS


PROCEDIMENTOS E PRÁTICAS DAS
MADEIREIRAS NA AQUISIÇÃO DE
MADEIRA LEGAL DESTINADAS À
CONSTRUÇÃO CIVIL

Carlos Eduardo de Oliveira


(UFU)
Michele Aparecida Ruiz
(FunBBE)
Vera Mara Scudeleti
(FunBBE)
Lucimara Olivato
(FunBBE)

Resumo
Atualmente existem muitas ocorrências de devastação das florestas.
Uma dessas ocorrências está relacionada com a retirada de madeira
de forma ilegal. Sabe-se que a madeira é utilizada em grande escala na
construção civil, porém, em alguns ccasos, não se pode identificar sua
procedência. Este trabalho aborda a extração de madeira e o seu uso
na construção civil nos municípios de Barra Bonita e Igaraçu do Tietê,
Estado de São Paulo. Para obtenção desses dados, além do
desenvolvimento do referencial teórico, foram realizadas entrevistas
com os gestores de madeireiras da região pesquisada. Como
resultados principais da pesquisa, obteve-se que os gestores das
empresas afirmam adquirir madeiras dentro da legalidade, além de
contribuírem com o plantio voluntário de mudas; apresenta os
principais procedimentos para obtenção da madeira legal, bem como
os documentos necessários no ato da compra para garantir que a
madeira comprada é de origem legal; além das práticas que as
empresas e municípios podem adotar para minimizar a
comercialização irregular. O estudo também apresenta os principais
problemas que a utilização de madeira ilegal pode provocar ao meio
ambiente e consequentemente para as pessoas.

Palavras-chaves: Madeira; Construção Civil; Desmatamento;


Sustentabilidade.
VIII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
8 e 9 de junho de 2012

1 Introdução

A utilização de madeira para a construção de imóveis é realizada em grande escala,


podendo ter uma representatividade considerável no que se refere ao número de árvores
necessárias a este consumo. Isto gera uma necessidade: saber se esta matéria-prima é fruto de
reflorestamento ou proveniente de desmatamento, e se é legal ou não. E mais, quais as
conseqüências do desmatamento para o meio ambiente.

O não conhecimento da origem da madeira utilizada como matéria-prima na


construção civil resulta na incerteza se estes materiais estão de acordo com as condições
legais, e quanto deste consumo afeta no ecossistema. Nota-se que uma das principais causas
do desmatamento é a extração de madeira ilegal.

A madeira de reflorestamento, legalizada, surge como principal item de consumo, já


que se acredita que haja fiscalizações e acompanhamento sobre este assunto. Porém, deve ser
levado em consideração à possibilidade de a madeira consumida ser de origem de
desmatamento, o que pode afetar mais gravemente o ecossistema. Existe ainda a possibilidade
desta madeira de desmatamento ser de origem clandestina, o que agrava ainda mais os
problemas no meio ambiente.

Quando o tema desmatamento é discutido, arremete-se ao pensamento de queimadas


para liberação de terreno para criação de gado ou plantio, ou mesmo, têm-se a imagem de
toneladas de madeira com destino às serralherias para construção de mobiliário. Porém, o
problema está mais próximo das pessoas, que muitas vezes não percebem, contribuindo
assim, a prejudicar o meio ambiente.

A madeira utilizada para construção de imóveis é um bom exemplo do consumo


inconsciente da madeira, no sentido de se ter ciência de sua origem. Percebe-se a grande
importância da realização de estudos que indiquem a origem da madeira utilizada, para se
conhecer o quanto isso influencia no desmatamento, quais as consequências e medidas que
podem ser tomadas.

Para tanto, na região composta pelos municípios de Barra Bonita e Igaraçu do Tietê,
surge a necessidade de se realizar um estudo para buscar tais informações. Dessa forma, este

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artigo tem como principal objetivo apresentar um estudo sobre a utilização de madeira na
construção civil nestes municípios, bem como verificar sua procedência.

2 Metodologia

A estrutura deste trabalho foi desenvolvida com o intuito de se explorar os problemas


apresentados, de maneira lógica e sequencial, através de pesquisa científica. O levantamento
de dados foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, que fornecerá todas as informações
teóricas necessárias, como base para esta pesquisa.

Também foi utilizada a pesquisa de campo, que utiliza como instrumento de coleta de
dados o questionário, com questões relacionadas ao proposto no artigo. Para a preservação
dos gestores e empresas que contribuírem com a pesquisa, e também diminuir os riscos de
respostas incorretas, seus nomes serão omitidos, sendo apenas denominados como empresas.

3 Referencial Teórico

3.1 Histórico da Madeira no Brasil

Antes da chegada dos colonizadores portugueses as terras brasileiras estavam


totalmente cobertas por florestas e por matas praticamente virgens. Os únicos homens que
habitavam esta área eram os índios. Estes usufruíam do espaço de forma muito diferente da
européia. A derrubada de árvores, por exemplo, era em escala muito pequena e em áreas
pequenas, apenas o suficiente para montar a aldeia e cultivar a terra (UFSC, 2009).

A madeira extraída era utilizada nas edificações e nas fabricações dos meios de
transportes. A enorme variedade de espécies arbóreas permitia inúmeros usos, tendo como
principais as tintas, canoas, vigas, pilares, armas de caça, instrumentos musicais e
instrumentos de trabalho.

Com a chegada dos portugueses, a extração da madeira se tornou uma atividade


economicamente rentável, e passou a ser o principal produto de exportação. Além de seu
valor econômico, a madeira passou a ser utilizada pela nova população para elevar seus
municípios e construir seus meios de transportes. A arquitetura inicial era basicamente feita
com madeira, utilizando as técnicas indígenas locais (UFSC, 2009).

A colônia inseriu seus utensílios de trabalho, suas crenças, seus formatos de


municípios, mas manteve o material e as técnicas encontradas nos locais. Com o tempo, a

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extração da madeira além de servir como produto de exportação, passou a servir como matéria
prima para a produção de energia, o que fez com que a devastação fosse bem mais acentuada.

A madeira deixou por um bom tempo de ser utilizada nas construções para ser
queimada nas embarcações que passavam pelo litoral brasileiro. Na arquitetura ficou
rebaixada à estrutura e às casas, tendo o adobe e a taipa, como revestimento (UFSC, 2009).

A madeira pode ser obtida, segundo Zenid (2009) das seguintes fontes:

 Florestas plantadas: que se destinam a produzir matéria-prima para as indústrias de


madeira serrada, painéis à base de madeira e móveis, cuja implantação, manutenção e
exploração seguem projetos previamente aprovados pelo IBAMA;
 Florestas nativas: que são exploradas para atender o mercado de madeiras por meio de
manejo florestal, através da exploração planejada e controlada da mata nativa e por meio
de exploração extrativista, explorando comercialmente apenas as espécies com valor de
mercado, sem projetos de manejo.
O aproveitamento das florestas naturais ou plantadas, através de Projeto de Manejo
Florestal aprovado pelo IBAMA, é a forma correta de utilizar estes recursos naturais, por
partir do princípio de sustentabilidade, ou seja, prevendo uma utilização que permita a
recomposição da floresta de uma determinada área, viabilizando-a econômica, socialmente e
ambientalmente.

3.2 A Utilização da Madeira na Construção Civil

Na construção civil, a madeira pode ser utilizada em várias etapas da obra, tais como
em usos temporários, que englobam as formas para concreto, andaimes e escoramentos, de
forma definitiva, bem como em estruturas de coberturas, esquadrias, como portas, batentes e
janelas; em forros e pisos e decorações (FERREIRA, 2003).

Ferreira (2003) divide a utilização da madeira em seis categorias, com segue:

 Construção civil pesada interna: engloba peças de madeira serrada em forma de


vigas, caibros, pranchas e tábuas utilizadas em estruturas de cobertura;
 Construção civil leve externa e leve interna estrutural: são as peças de madeira
serrada em forma de tábuas e pontaletes empregados em usos temporários como
andaimes, escoramento e fôrmas para concreto, e ripas e caibros utilizadas em
partes secundárias de estruturas de cobertura;
 Construção civil leve interna decorativa: abrange as peças de madeira serrada e

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beneficiada, tais como os forros, painéis, lambris e guarnições, onde a madeira


apresenta cor e desenhos considerados decorativos;
 Construção civil leve interna de utilidade geral: são utilizados em forros, painéis,
lambris e guarnições, porém para madeiras não decorativas;
 Construção civil leve, em esquadrias: abrange as peças de madeira serrada e
beneficiada, como portas, venezianas e caixilhos.

Muitos tipos de madeira foram utilizadas largamente na construção civil e em outras


áreas de forma descontrolada, provocando a extinção de alguns tipos. A seguir estão
apresentadas algumas madeiras que ainda são (em menor escala) ou já foram muito utilizadas
na construção civil e hoje estão em extinção (JARDIM BOTÂNICO, 2009):

 Imbuia: obtida no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nas submatas dos
pinhais, é uma das madeiras mais procuradas para confecção de mobiliário de
luxo, principalmente pela sua beleza. Muito utilizada na construção civil em tacos,
esquadrias, lambris, pontes e moirões, para marcenaria de luxo, laminados e
carpintaria. Sua extração predatória e indiscriminada por ser muito usada na
confecção de mobiliários e construção civil, ameaça à espécie de extinção;
 Jacarandá-da-Bahia: obtida na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro
e São Paulo, na floresta pluvial atlântica, é própria para mobiliário de luxo,
empregada também para acabamentos internos em construção civil, como lambris,
molduras, portas, rodapés, para folhas faqueadas decorativas, entre outros. O corte
indiscriminado feito pelas madeireiras clandestinas, levou a espécie ao risco de
extinção;
 Pinheiro-do-Paraná: obtido em Minas Gerais e Rio de Janeiro até o Rio Grande do
Sul em regiões de altitudes acima de 900m (no sul acima de 500m), é própria para
forros, molduras, ripas, entre outros. A redução da Floresta de Araucária e a
exploração predatória de sua madeira tornaram o Pinheiro-do-Paraná ameaçado de
extinção.

Os produtos de madeiras utilizados na construção variam, como menciona Ferreira


(2003), desde peças com pouco ou nenhum processamento (madeira roliça) até peças com
vários graus de beneficiamento (madeira beneficiada), como está apresentado a seguir:

 Madeira roliça: produto com menor grau de processamento da madeira. Na maior


parte dos casos, sequer se retira à casca. Tais produtos são empregados, de forma

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temporária, em escoramentos de lajes e construção de andaimes;


 Madeira serrada: é produzida em unidades industriais (serrarias), onde as toras são
processadas mecanicamente. As diversas operações pelas quais esta passa são
determinadas pelos produtos que serão fabricados. As serrarias produzem a maior
diversidade de produtos: pranchas, pranchões, blocos, tábuas, caibros, vigas,
vigotas, sarrafos, pontaletes, ripas e outros, os quais são utilizados nas construções;
 Madeira beneficiada: é obtida pela usinagem das peças serradas, agregando valor
às mesmas. No processo de montagem de molduras, são realizados cortes de
encaixes no comprimento para peças destinadas a forros, lambris, peças para
assoalhos, batentes de portas, entre outros. Já no torneamento, as peças tomam a
forma arredondada, como balaustres de escadas.

As madeiras mais utilizadas na construção civil e suas aplicabilidades estão


relacionadas na Tabela 1 a seguir.

TABELA 1: Madeiras mais utilizadas na construção civil.


NOME UTILIZAÇÃO
Angelim utilizado na construção civil em chapas, assoalhos, marcenaria.
Amargoso
Angelim Pedra utilizado na carpintaria, marcenaria, molduras, forros e móveis.
Angelim utilizado como caibros, vigas, ripas, tacos, tábuas para assoalho, batentes de portas e janelas.
Vermelho
Catuaba a madeira é empregada como miolo de portas e painéis, forros e marcenaria.
Cedrinho geralmente usado em construção civil, em esquadrias, móveis, molduras.
Garapeira bastante utilizada em estruturas externas, postes, estacas, vigas, caibros.
Guariuba principalmente utilizada na construção civil em tábuas, ripas, caibros, forros, moldura, parte
interior de móveis.
Ipê geralmente usado em construções internas, portas, molduras, janelas e outros
Ipê Amarelo geralmente usado em construções internas, portas, molduras e janelas
Jatobá é empregada na construção civil em vigas, caibros, ripas, acabamentos internos (marcos de
portas, tacos e tábuas para assoalhos), esquadrias e móveis.
Maracatiara muito utilizada em marcenarias de luxo, artesanato, peças torneadas, tábuas de assoalho,
venezianas, escadas, móveis, folhas faqueadas decorativas.
Mogno acabamentos internos em construção civil como guarnições, venezianas, rodapés.
Peroba do Norte pode ser utilizada em telhados, escoramentos, andaimes.
Pinus em locais que não necessitem de madeira de grande durabilidade e resistência.
Piqui bem utilizada em construções externas, como forros, postes, estacas, vigas, caibros, tábuas
para assoalhos.
Sucupira geralmente usado em móveis, assoalhos, vigas, caibros, ripas e outros
Fonte: ECOLOG, 2009.

3.3 Madeira Legal

Para a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (2010), a madeira legal é
definida como as de espécies nativas que provêm de corte autorizado pelo órgão ambiental e
que possuem os documentos de licença de transporte e armazenamento, acompanhada da Nota

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Fiscal. Para exploração de madeira legal é necessária a Autorização de Exploração (AUTEX),


que pode ter origem a partir de:

 Plano de Manejo Florestal Sustentável;


 Autorização de Desmate para Uso Alternativo do Solo;
 Autorização para Supressão da Vegetação.

Nesses dois últimos, o manejo é o convencional e, apesar de legal nos termos da lei,
não é sustentável. Por outro lado, quando a madeira é extraída de áreas com Plano de Manejo
Florestal Sustentável, o impacto ambiental gerado é muito menor, garantindo assim a
conservação das florestas e a continuidade da disponibilidade de matéria prima.

3.3.1 Procedimentos e Documentos para a Aquisição de Madeira Legalizada

A decisão do consumidor na hora de comprar madeira é fundamental no combate ao


desmatamento. O Estado de São Paulo consome quase um quarto da madeira extraída da
Amazônia. Se todos exigirem que o comerciante de madeira emita alguns documentos na hora
da compra, estará forçando o mercado a atuar na legalidade e, assim, ajudará a diminuir os
desmatamentos irregulares (DE GRANDE, 2008).

Para comprar madeira de origem legal, segundo De Grande (2008), o consumidor deve
exigir que o lojista apresente o Cadastro Técnico Federal e emita um Documento de Origem
Florestal (DOF), além da Nota Fiscal.

Um selo, que tem por objetivo indicar ao consumidor as empresas que vendem
produtos e subprodutos florestais de forma responsável, implantado no Estado de São Paulo, é
uma forma, para Carvalho (2008), de saber se a madeira é legal. Para que a empresa esteja
habilitada a receber o selo, ela deve fazer a adesão voluntária ao Cadmadeira e ser avaliada
pela fiscalização.

O selo atesta que a empresa se encontra em situação regular com os órgãos fiscais e
sem pendências nos órgãos de fiscalização e, principalmente, que só vende produtos
certificados.

No momento da compra da madeira, alguns documentos podem ser exigidos, o que


comprovam a legalidade do material. Estes documentos são:

 Cadastro Técnico Federal (CTF);


 Documento de Origem Florestal (DOF);
 Nota Fiscal;

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 Cadmadeira.

O Cadastro Técnico Federal (CTF) devem possuir as pessoas físicas ou jurídicas que
exerçam atividades que causem impacto ao meio ambiente ou que sejam potencialmente
poluidoras ao meio ambiente são obrigadas a se cadastrarem no Cadastro Técnico Federal -
CTF do IBAMA (PORTAL DA MADEIRA MANEJADA, 2009).

Os planos de manejo florestal devem ser registrados no CTF, por ser uma atividade
que causa impacto ao meio ambiente além de consumir matéria-prima florestal. O registro no
CTF é realizado através do preenchimento de uma ficha disponível na internet no site do
IBAMA, e este só pode ser feito pelo detentor do plano de manejo.

No momento da efetivação do cadastro é gerado um número de registro e uma senha,


onde esta senha será utilizada posteriormente para emissão do Documento de Origem
Florestal – DOF (PORTAL DA MADEIRA MANEJADA, 2009). O CTF é renovado
automaticamente pelo IBAMA a cada três meses caso não haja pendências.

O Documento de Origem Florestal (DOF) é obrigatório para o controle do transporte e


do armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa, contendo as
informações sobre a procedência dos produtos e subprodutos gerados pelo sistema eletrônico
denominado DOF (PORTAL DA MADEIRA MANEJADA, 2009).

Só é possível acessar o DOF através do número do CTF e da senha gerada pelo


sistema no ato da efetivação deste cadastro. No momento do recebimento da Autorização de
Colheita Florestal deverá ser lançado no Sistema DOF a declaração inicial de estoque, ou seja,
as espécies e seus volumes autorizados para corte. Este lançamento irá gerar os créditos
referentes às espécies para geração dos DOFs (PORTAL DA MADEIRA MANEJADA,
2009).

O DOF só poderá ser emitido se houver saldo de volume para a espécie que se deseja
acobertar o transporte e deverá ser emitido um DOF para cada meio de transporte utilizado
para a madeira, porém não é cobrada taxa para emissão (PORTAL DA MADEIRA
MANEJADA, 2009).

A Nota Fiscal, de acordo com a legislação tributária, indica que qualquer operação de
circulação de mercadoria/produto deverá ser acompanhada de nota fiscal (PORTAL DA
MADEIRA MANEJADA, 2009). O transporte da madeira deverá sempre estar acompanhado
da nota fiscal. Para emissão da nota fiscal é necessário ter em mãos as seguintes informações
do vendedor e comprador (PORTAL DA MADEIRA MANEJADA, 2009):

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 Nome e endereço;
 CPF ou CNPJ e Inscrição Estadual (somente para empresas);
 Nome das espécies e quantidade vendida por espécie;
 Valor vendido por espécie.

Para o transporte da madeira é necessário preencher na Nota Fiscal os dados do


transportador, como também o nome e CPF do transportador da madeira e o número do
registro/placa do veículo que será utilizado para o transporte (PORTAL DA MADEIRA
MANEJADA, 2009).

Com o intuito de ordenar o processo e ter um procedimento mais claro na


comercialização legal da madeira de origem Amazônica, foi instituído cadastro dos
comerciantes de produtos e subprodutos da flora nativa brasileira (Cadmadeira), que visa
distinguir, perante aos consumidores, as pessoas jurídicas que comercializam de forma
responsável, produtos e subprodutos florestais (SIGAM/SMA, 2009).

Este decreto cria o cadastro estadual das pessoas jurídicas que comercializam, no
Estado de São Paulo, produtos e subprodutos da flora nativa e estabelece procedimentos na
aquisição destes produtos e subprodutos pelo Governo do Estado (SIGAM/SMA, 2009).

Este cadastro, segundo o SIGAM/SMA (2009), é eletrônico e deverá constituir uma


base de dados consistente da gestão florestal, integrada aos outros sistemas de controle
florestal existentes em São Paulo e na esfera Federal.

3.3.2 Programa de Incentivo: Cidade Amiga da Amazônia - CAA

Para o Greenpeace (2009), o objetivo do programa “Cidade Amiga da Amazônia” é


criar uma legislação municipal a qual elimine a madeira de origem ilegal e de desmatamentos
criminosos de todas as compras municipais e com isso, o programa deve ajudar a criar
condições de mercado para a madeira produzida de forma sustentável na Amazônia.

O programa foi concebido com o intuito de transformar as compras municipais em


política ambiental, adicionando um novo critério aos processos de licitação para as compras
de produtos e serviços que envolvam madeira da Amazônia (GREENPEACE 2009).

Atualmente, a maior parte da madeira amazônica é produzida de forma ilegal além de


predatória. Quem extrai madeira ilegalmente não recolhe os impostos, remunera mal seus
empregados e invade áreas públicas e protegidas para conseguir matéria-prima.

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Essa madeira, proveniente de extração irregular ou de desmatamentos não-autorizados,


é muito mais barata, pois não demandam conhecimento técnico, documentação regular e
responsabilidade social. Assim, a madeira de origem ilegal domina o mercado por sua
abundância e por seu preço baixo, inviabilizando as chances de concorrência da madeira de
manejo (GREENPEACE 2009).

Ao se tornar “Cidade Amiga da Amazônia”, a prefeitura contribuirá de forma concreta


para mudar o cenário, uma vez que deixará de incentivar a indústria madeireira que destrói
ilegalmente a Amazônia e passará a beneficiar os empresários que estão realmente
comprometidos com o desenvolvimento sustentável.

O primeiro passo para um município se tornar uma “Cidade Amiga da Amazônia” é


assinar um termo de compromisso, assumindo as demandas do programa. Em seguida, é
estabelecido um grupo de trabalho que reúne representantes de setores do governo municipal
e da sociedade civil e que estará encarregado de elaborar a legislação municipal e definir o
melhor instrumento jurídico para implementá-la (GREENPEACE 2009).

Todo o conteúdo do CAA é cedido gratuitamente e o investimento fica por conta do


trabalho de elaboração e implementação do projeto de lei municipal.

Segundo o Geenpeace (2009), os municípios do Estado de São Paulo que participam


do programa são: Americana, Araraquara, Barueri, Bauru, Botucatu, Campinas, Conchas,
Diadema, Guarulhos, Lins, Mauá, Osasco, Piracicaba, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra,
Santo André, Santos, São Bernardo, São Caetano, São Carlos, São José dos Campos, São
Manuel, São Paulo e Sorocaba.

Nota-se que os municípios relacionados com esta pesquisa não participam do


programa. Qualquer município que tenha interesse pode participar do programa “Cidade
Amiga da Amazônia”, pois a participação é voluntária. Alguns municípios foram escolhidos
em função de seu tamanho e de seus índices de consumo de madeira; porém o CAA tem
caráter auto-aplicável e pode e deve ser adotado por qualquer município que tenha
consciência que pode ajudar a reverter à tendência de destruição do patrimônio amazônico
(GREENPEACE 2009).

3.3.3 Selo Reposição Florestal

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Segundo SMA (2009), o Selo Reposição Florestal é concedido para pessoas jurídicas
que cumprirem adequadamente o plantio de árvores em volume equivalente ao de produtos ou
subprodutos florestais explorados, utilizados ou transformados no último ano.

Para receber o Selo Reposição Florestal é necessário (SMA, 2009):

 Cadastrar-se no Portal do Sistema Integrado de Gestão Ambiental da Reposição


Florestal;
 Preencher a declaração de consumo;
 Optar por um plano de reposição;
 Pagar a taxa de análise em favor da Secretaria do Meio Ambiente.

As principais vantagens das empresas que obtém este selo, de acordo com o SMA
(2009) são apontadas como o reconhecimento da sociedade, por estar comprometida com o
meio ambiente e a contribuição na diminuição da pressão sobre os ecossistemas naturais por
meio do plantio de espécies adequadas.

O Programa Madeira é Legal, foi lançado no Estado de São Paulo em março de 2009,
com o objetivo de incentivar e promover o uso da madeira de origem legal e certificada na
construção civil no estado e no município de São Paulo. Este programa busca desenvolver
mecanismos de controle como a exigência da apresentação do Documento de Origem
Florestal (DOF) além do incentivo ao uso da madeira certificada nos departamentos de
compras dos setores público e privado, tais como as grandes construtoras, para poder
identificar e monitorar a madeira que está sendo comprada (SINDIM V, 2009).

Este programa pretende influenciar outros estados e municípios a adotar estas e outras
práticas semelhantes para estimular a legalização do uso da madeira. Junto com o programa,
foram lançados os manuais “Seja Legal” e “Madeira: uso sustentável na construção civil, os
quais mostram como é possível desenvolver uma política de compra e como confirmar se o
fornecedor está de acordo com a lei” (SINDIM V, 2009).

3.4 Madeira Ilegal

A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (2010) define como madeira
explorada ilegalmente aquela realizada sem a autorização de exploração e se caracteriza pela
ação rápida, predatória e devastadora de grandes áreas de floresta nativa. Muitas vezes ocorre
até mesmo em Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL), ou seja, em
áreas protegidas por lei.

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A ilegalidade na produção e na comercialização de madeira pode ser encontrada no


sistema de licenciamento do desmatamento ou manejo florestal, como no caminho que a
madeira percorre desde a floresta até o consumidor final (MILLER, 2006).

A Figura 1 ilustra o processo de licenciamento para o manejo florestal junto ao


IBAMA ou organizações estaduais de meio ambiente e as fraudes mais comumente
praticadas.

FIGURA 1 - Processo de licenciamento para o manejo florestal e fraudes. Fonte: Miller (2006).

Antes de ser analisado tecnicamente pelo IBAMA, o plano de manejo deve passar por
uma análise de sua viabilidade jurídica, a Autorização Prévia à Análise Técnica de Plano de
Manejo Florestal Sustentável (APAT), baseada na documentação apresentada pelo proponente
(MILLER, 2006).

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A APAT analisará os documentos quanto à identificação do proponente, comprovação


de regularidade do título do imóvel, sobreposição com unidades de conservação e terras
indígenas e existência de cobertura florestal através de uma imagem de satélite. É um ato
administrativo para evitar a falsificação de documentos e omissão de informação e fraudes
comumente praticadas. Miller (2006) comenta que durante o processo de análise técnica, a
falta de perícia e até mesmo a corrupção acabam por permitir a exploração florestal.

A Figura 2 ilustra o caminho que a madeira percorre e as fraudes associadas.

FIGURA 2 - Caminho percorrido pela madeira e fraudes. Fonte: Miller (2006).

De acordo com levantamentos de dados sobre o mercado de madeira amazônica no


Estado de São Paulo, a maioria dos depósitos (59%) compram madeira diretamente das
serrarias da Amazônia; outros optam por atravessadores (32%) e apenas 9% possuíam
serrarias próprias na região amazônica.

Miller (2006) comenta que depois que deixa a floresta, a madeira é transportada para
serrarias e laminadoras, onde pode acabar sendo misturada com madeira ilegal, possuir
documentação fraudulenta ou até não possuir documentação. Estas serrarias e laminadoras
muitas vezes se utilizam da corrupção de fiscais, dados fictícios e emissão fraudulenta de
documentos para transformar e comercializar a madeira.

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Historicamente, para Miller (2006), o sistema de fluxo de madeira, baseado na


emissão e controle da Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPF), era muito
criticado por sua ineficácia.

A partir do final de 2006, o contexto mudou com a introdução de sistemas


informatizados e baseados na troca de dados por satélite e uso de internet. Foi criado o
Documento de Origem Florestal (DOF) em substituição à Autorização de Transporte de
Produtos Florestais (ATPF). Adicionalmente, os governos estaduais assumiram, por exemplo,
o licenciamento para a produção de madeira de áreas de manejo florestal sustentável,
desmatamento, controle do fluxo da madeira e de produtos não-madeireiros, além do
monitoramento e da fiscalização. O procedimento de fiscalização do transporte da madeira
inclui a checagem on-line das informações apresentadas em papel pelo portador da
mercadoria (MILLER, 2006).

A madeira ilegal é um grave problema no Brasil, e apresenta sérias implicações


ambientais, sociais e econômicas, dentre as quais podem ser destacadas (MILLER, 2006):

 Exploração ilegal de madeira e o desmatamento estão diretamente associados. O


lucro da venda de madeira ilegal geralmente financia o desmatamento;
 Desmatamento e as queimadas contribuem para a liberação de CO2 na atmosfera, o
que agrava o quadro de mudanças climáticas;
 Estimulo à corrupção e as práticas ilegais;
 O corte ilegal de madeira financia a abertura de estradas não-oficiais que
constituem em vias de acesso para ocupação de novas áreas de floresta;
 Constitui-se em barreira para o estabelecimento de empreendimentos sérios, uma
vez que gera concorrência desleal, o que desmotiva gestores potencialmente
comprometidos com as boas práticas;
 Gera perdas de milhões em arrecadação;
 Desrespeita as leis trabalhistas, utiliza trabalho semi-escravo;
 Saqueia recursos de florestas públicas, que deveriam estar gerando benefícios para
a sociedade;
 Gera perda de biodiversidade;
 Intensifica a exaustão a exploração sobre poucas espécies de alto valor, inclusive
áreas protegidas que contenham espécies altamente valiosas, como o mogno,
madeira esta utilizada na construção civil.

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A atividade ilegal, para Miller (2006), é parte de um problema maior, o qual vai muito
além de alguns indivíduos que violam as leis, constituindo-se em esquemas bem-estruturados
com ramificações.

4 Análise dos Resultados

Em entrevistas realizadas com madeireiras nos municípios de Barra Bonita e Igaraçu


do Tietê, foram constatados os seguintes resultados:

 A madeira utilizada é em sua maior parte na construção civil, na cobertura de


imóveis (telhado), portas, batentes e forros;
 A média de venda de madeira para fins da construção civil é acima de 600
toneladas anuais, com maior saída no período de março a setembro,
correspondente ao período de menor volume de chuvas no ano;
 A madeira é trazida principalmente da região do Mato Grosso, e as mais vendidas
são: peroba do norte, cedrinho e pinus;
 Elas são retiradas de áreas legalizadas, ou seja, de áreas autorizadas pelos órgãos
responsáveis. Já no caso do pinus, este é obtido através de reflorestamento, por
este ser de giro rápido;
 Todas afirmaram que obtém a madeira de forma legalizada, e mais,
periodicamente, executam plantio de mudas de árvores em áreas indicadas por
autoridades especializadas, como por exemplo, a polícia florestal. Estas áreas
variam de acordo com a região, porém em sua maioria são encostas de rios ou
áreas de recuperação ambiental;
 Com o passar dos anos, madeiras que eram muito utilizadas, como mogno, embuia,
peroba rosa, entre outras, não são mais encontradas pelo fato de terem sido muito
exploradas de maneira descontroladas, o que levou a poucas ou a nenhuma
reserva;
 O mogno e a cerejeira já foram muito utilizados na região e por um preço muito
acessível, e hoje devido a sua escassez, é de alto custo e quase não utilizados;
 Com relação às sobras de madeira, na maioria das empresas entrevistadas, essas
são repassadas para as cerâmicas para utilização nos fornos, para acabamentos de
peças nas próprias madeireiras e até mesmo as partes menores são vendidas para
diversos fins;
 Todas as empresas que participaram das entrevistas afirmaram que os maiores

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problemas para a falta de madeira são os fatores ambientais, pois muitas vezes,
devido a esses fatores, fica proibida a retirada de madeira, além da lentidão do
IBAMA para aprovar projetos de manejo para retirada de madeira;
 A Tabela 2 mostra as empresas que obtiveram o selo de reposição florestal no
município de Barra Bonita, objeto de estudo, e a quantidade de árvores por ela
plantadas.

TABELA 2 - Empresas que obtiveram o selo de reposição florestal no município de Barra Bonita.

Quantidade de Árvores
Nome/ Razão Social
Plantadas
Empresa A 4.000
Empresa B 10.000
Empresa C 2.500
Empresa D 1.775
Empresa E 500
Empresa F 300
Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados da pesquisa.

Foi apurado que nenhuma madeireira dos municípios estudados possui o selo de
reposição florestal, apenas empresas fabricantes de cerâmicas utilizam madeira como lenha
em seus fornos.

5 Considerações Finais

O consumo de madeira no país atinge volumes consideráveis. Esta nem sempre vem
de empresas que se preocupam com o meio ambiente. Foi possível identificar com esta
pesquisa que uma grande parte da madeira extraída destina-se à construção civil.

Na região pesquisada, cujo consumo ultrapassa as 600 toneladas anuais de madeiras,


segundo as madeireiras, as mesmas afirmam que utilizam métodos adequados para captação
do material, além de contribuírem, por conta própria, com um esporádico plantio de mudas.

Porém, estas mesmas empresas não estão inseridas em programas de incentivos como
o “Madeira é Legal” e o “Selo de Reposição Florestal”, além de os próprios municípios do
estudo não estarem cadastradas no programa “Cidade Amiga da Amazônia”.

Sendo o consumo de madeiras realizado em grande escala, assim como a ilegalidade


nestas práticas quando se projeta em nível nacional, o que pode ser feito, principalmente por
parte da população é exigir a documentação adequada necessária que confirme a legalidade do
produto, além de exigir dos órgãos governamentais, maior rigor.

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Mesmo as madeireiras afirmando que adquirem madeira legal, não foi possível
constatar formalmente, pois o foco do trabalho não foi averiguar documentos comprobatórios
de aquisição e venda.

Os autores agradecem o apoio financeiro recebido da Fundação de Amparo à Pesquisa


do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG.

6 Referências
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<http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/2173>. Acesso em: 26 de dezembro de 2009.

DE GRANDE, A. Você sabe como comprar madeira legal? 2008. Disponível em:
<http://www.fsc.org.br/index.cfm?fuseaction=noticiaImprimir&IDnoticia=54>. Acesso em: 26 de dezembro de
2009.

ECOLOG, 2009. Disponível em: <http://www.ecologflorestal.com.br/>. Acesso em: 12 de julho de 2009.

FERREIRA, O. Madeira: uso sustentável na construção civil. Disponível em:


<http://www.sindusconsp.com.br/downloads/prodserv/publicacoes/manual_madeira_uso_sustentavel.pdf>.
Acesso em: 19 de julho de 2009.

GREENPEACE. Cidade Amiga, 2009. Disponível em:


<http://www.greenpeace.org.br/cidadeamiga/municípios.php>. Acesso em: 09 de janeiro de 2010.

JARDIM BOTÂNICO. Plantas do Jardim Botânico em extinção, 2009. Disponível em:


<http://www.ibot.sp.gov.br/educ_ambiental/plantas_jardim_ext.htm>. Acesso em: 26 de dezembro de 2009.

MILLER, F. Seja legal: boas práticas para manter a madeira ilegal fora de seus negócios, 2006. Disponível
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UFSC. O uso da madeira no decorrer da história, 2009. Disponível em:


<http://www.arq.ufsc.br/arq5661/Madeiras/historia.html>. Acesso em: 05 de julho de 2009.

PORTAL DA MADEIRA MANEJADA. Documentos legais requeridos, 2009. Disponível em:


<http://www.florestavivaamazonas.org.br/2153.php>. Acesso em: 26 de dezembro de 2009.

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO. Madeira legal versus Madeira
ilegal, 2010. Disponível em: <http://www.ambiente.sp.gov.br/madeiralegal/legal_Vs_ilegal.php>. Acesso em:
02 de janeiro de 2010.

SIGAM/SMA. Cadmadeira – cadastro de comerciantes de madeira, 2009. Disponível em:


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Acesso em: 09 de janeiro de 2010.

SINDIM V. Programa Madeira é Legal une esforços de diferentes setores para incentivar o uso de
madeira legal e certificada, 2009. Disponível em:
<http://www.amplamercados.com.br/artigos/sindmov57.pdf>. Acesso em: 09 de janeiro de 2010.

ZENID, G. J. Madeira: uso sustentável na construção civil, 2009. Disponível em:


<http://www.ipt.br/centro_publicacoes_interna.php?Id_publicacao=3&id_unidade=13&qual=publicacoes>.
Acesso em: 14 de novembro de 2009.

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