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TIPOGRAFIA

No texto anterior, falamos como a tipografia era importante no trabalho do


designer gráfico. Agora iremos falar deste caminho e o porquê de sua importância.
A tipografia é um conjunto de símbolos numéricos e alfabéticos a fim de montar
um texto. Existem dois tipos de tipografia, aquela de leitura contínua que é usada em
livros, revistas, jornais, manuais etc., e aquela considerada efêmera ou de impacto,
usada em cartazes, capas, logotipos, embalagens e anúncios. O termo tipografia é
voltado para a impressão dos tipos de grafias, que antigamente era muito comum, hoje
com o uso de softwares para o desenvolvimento de arte gráfica, temos a tipologia, que é
o estudo do desenvolvimento dos tipos.
Sabemos que cada letra (ou fonte) possui uma família, a essas famílias
denomina-se “tipo”. Cada família possui um desenho de fonte, que conhecemos por
meio dos termos itálico, negrito, light. Cada tipo de grafia possui um desenho de fonte
seja ele alfabético ou numérico. Reunindo toda essa informação, a tipografia é utilizada
a fim de que o leitor possa ter uma leitura agradável e um fácil entendimento do texto.
Uma tipografia que não possa ser lida e entendida por todo mundo, se torna em algo
inútil. Para uma boa tipografia, a legibilidade é tudo, e somente se encontra a
legibilidade por meio de uma boa organização das letras.
Quando observamos uma fonte, podemos classificá-la como sem serifa, com
serifa, cursiva e as dingbats (geralmente apresentadas por meio de símbolos). Ex.:
CLASSIFICAÇÃO DAS LETRAS

As letras também possuem suas anatomias, cada família possui seu desenho de
fonte que será explicado nas imagens abaixo:

LETRAS E SUAS ANATOMIAS


ANATOMIA DAS LETRAS

ANATOMIA DAS FONTES

Para organizar um texto, existem formas de composição, que são as seguintes:


ORGANIZAÇÃO TEXTUAL

Vale salientar que estudos comprovaram que desvios em excesso ao longo do


texto causam certa falta de atenção dos leitores e menos entendimento do assunto lido.
O formato das fontes também tem história, e algumas famílias foram sendo
desenvolvidas ao longo dos séculos. Segue o exemplo abaixo do livro A Type Primer de
John Kane:

HISTÓRICO DE FAMÍLIA DE FONTES


É importante salientar que quanto mais atemporal a leitura melhor. Portanto, o
uso das letras clássicas pode dar ao leitor a legibilidade no hoje ou daqui a cem anos,
isso sim se resume a uma boa tipologia.

GRAVURA

DESIGN EDITORIAL

http://mertsuhaonerva301.wordpress.com

Tentar fazer um “link” entre texto e gravura/imagem não é tarefa fácil. Muitos
layouters procuram sempre trabalhar com um fotógrafo profissional, ou estudam
fotografia para que suas imagens possam realmente transmitir aquilo que está na alma
do texto. A imagem é a representação visual do que o escritor está sentindo ao escrever
uma ação, ou contar uma história.
É a gravura que faz com que o leitor se interesse ainda mais pelo texto. Puxando
a sua atenção para o exemplo visual que o texto traz. Antigamente com a dificuldade de
se colocar gravuras ao lado dos textos, as imagens eram colocadas em páginas
separadas, mas hoje com a tecnologia e os softwares
isso já é possível, fazendo com que a imagem separada sirva apenas para fins visuais, e a que
fica próxima ao texto sirva para fins de compreensão textual.

COMPUTAÇÃO GRÁFICA

CAPA DO JOGO GOD OF WAR PARA PLAY STATION 3

Com a necessidade de novos efeitos para filmes, propagandas e jogos, o


mercado para a área da computação gráfica aumentou consideravelmente, e a procura
por bons profissionais está cada vez maior no mercado de trabalho.
A computação gráfica trabalha com o desenvolvimento de linguagens visuais
(como gráficos, imagens, símbolos, desenhos) voltados para a web como sites e portais,
podendo trabalhar em agências, e empresas do meio televisivo desenvolvendo seus
sites, criando e editando imagens, desenvolvendo aplicativos, jogos e identidades
visuais.
Com o mundo digital invadindo cada vez mais o mundo real, o universo da
computação gráfica vem crescendo cada vez mais e se atualizando com softwares e
ferramentas inovadoras a fim de transformar o digital em algo mais real e mais palpável.
Considerada uma ciência para muitos e arte para tantos outros, a computação
gráfica desenvolve imagens complexas com a perfeição do brilho e da sombra,
variações de cores e movimentos dentro de um pano de fundo de tirar o fôlego por meio
de imagens que chegamos a duvidar se é mesmo ficcional.
Os filmes mais famosos do ano de 2012 e 2013 que concorreram ao Oscar e que
lotaram salas de cinema do mundo todo giram em torno da computação gráfica que traz
efeitos visuais e sonoros para o divertimento dos telespectadores. Filmes como O
Hobbit, As Aventuras de Pi, A Era do Gelo 3 e os mais conhecidos do público como
Procurando Nemo, Toy Story e Up renderam milhões a seus produtores em razão de
suas façanhas de computação gráfica no desenvolvimento de cenas e personagens que
vão além da nossa imaginação.
Com o crescimento de adeptos que usufruem de games para Play Station e
XBox, os jogos como God Of War, Call Of Duty e jogos de futebol como o PES 2013,
transportam os jogadores para uma realidade muito nítida de guerra, mitologia, e
campos de futebol, com uma perfeição de imagens que faz do jogo um verdadeiro filme
onde o jogador participa de toda a trama. Dribles, chutes, os uniformes, o rosto dos
jogadores e até mesmo o grito da torcida são de uma perfeição surreal que deixam os
aficionados por games cada vez mais impressionados a cada atualização do jogo.
Desenvolver um personagem para o universo dos games, ou até mesmo para um
filme, não é uma tarefa fácil. Da criação do personagem no papel para as telas e jogos,
pode levar meses e até anos de trabalho, afinal de contas o jogador ou o telespectador
quer se identificar com o personagem e para acontecer essa identificação o personagem
precisa ter vida, movimentos e expressões quase reais.
Detalhes que fazem do trabalho da computação gráfica uma verdadeira arte em
3D.
FILME AS AVENTURAS DE PI

http://www.dailynews.com

CENAS DO FILME AS AVENTURAS DE PI. UM DOS PERSONAGENS


PRINCIPAIS DA TRAMA, O TIGRE RICHARD PARKER, FOI TODO FEITO POR
COMPUTAÇÃO GRÁFICA
http://www.cgmeetup.net

ÁREAS DO DESIGN GRÁFICO

Quando entramos no curso de design e começamos a estudar as disciplinas,


notamos as opções que temos ao nosso redor. São tantas as disciplinas, das mais
diversas áreas de atuação, que chegamos a nos questionar no meio do curso sobre que
caminhos mais se parecem conosco para seguirmos nosso estilo profissional.
Trabalhar com arte é isso, é se especializar e entender as mais diversas áreas
para nos auxiliar no desenvolvimento de um bom projeto.
Dessa forma, o profissional da área possui vários caminhos a serem seguidos,
mas escolhe um ou dois para trabalhar como profissional na área. Então, vamos
selecionar alguns campos de atuação para um design gráfico já formado e explicar cada
um deles:

Design Editorial: Com a necessidade de comprar um objeto pelo apelo visual,


as editoras estão investindo cada vez mais no trabalho de designer para poder vender
seus livros tanto pela capa, quanto pelo miolo. Antigamente, os livros tinham o trabalho
de um designer apenas na capa, com um papel diferenciado, um detalhe colorido, uma
tipografia diferente, mas o miolo era deixado cada vez mais de lado, sendo oferecido
para o público um trabalho feito pela metade e que não rendia um bom retorno do
público. Agora, preocupados com o que os leitores estão levando para casa e com o
mundo do livro digital crescendo cada vez mais, as editoras estão investindo pesado em
mão de obra, a fim de proporcionar uma leitura diferenciada para o seu público, fazendo
uso de capas com bom acabamento, uma organização textual diferenciada, um papel
melhor, e imagens muito mais trabalhadas. Afinal de contas, cada publicação possui um
formato diferenciado para um público diferenciado, pois existe livro que apenas irá
servir de enfeite para uma mesa na sala, outro que vai ser usado por uma criança que irá
colocá-lo no chão, livros de bolso, livros de viagem etc. Cada um com o seu
diferencial. Este é o
papel do design editorial, entender o tipo de livro, saber identificar o seu público-alvo e
proporcionar experiências para o leitor por meio de uma leitura confortável e com uma
estética infalível.

Design Promocional: Geralmente o trabalho de um designer promocional


está voltado a desenvolver um produto que esteja vinculado a uma empresa e
geralmente este produto sirva para acomodar outros produtos, envolver outros produtos,
ou seja, ele geralmente precisa exercer uma função diferenciada, fazer a propaganda de
uma determinada empresa e precisa ter a cara da empresa em questão. Precisa falar
dos mesmos princípios que a empresa fala. Dessa forma, o designer precisa saber
exatamente quem é o seu cliente, e para quem ele irá desenvolver este novo produto,
que pode ser desde um cartaz a um brinde de fim de ano.

Web Design: Trabalha com toda a parte da criação, desenvolvimento de


imagens e edição de imagens, organização textual, mas tudo voltado para o mundo
virtual, tendo os sites como pano de fundo. O designer de web desenvolve toda a parte
estrutural do site, desde fontes a layouts. Pode ser um site de uma empresa ou de uma
banda, o importante é passar a mensagem que o cliente quer passar, e como o site irá
funcionar de forma diferenciada. A leitura deve ser facilitada, cliques e botões com fácil
manuseio e fáceis de encontrar e tarefas interativas para chamar a atenção das pessoas
que visitam o endereço na web.

Identidade Corporativa e Identidade Visual: Trabalhar com criação de


identidade visual para uma empresa é tarefa que a grande maioria dos designers gráficos
fazem. Pensar na empresa, no nome, sua forma de trabalho e sua maneira de pensar e
unir tudo isso a um símbolo e um trabalho de bom gosto é tarefa para poucos. O
designer que desenvolve identidades tem que conhecer muito bem o seu cliente, e a
forma como ele pensa.

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