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Neurofisiologia:
• .Conceitos Fundamentais:
↳ Reflexo: Podem ser simples ou complexos (controlados por nossa vontade);
↳ Automático: Ações que não precisamos pensar para fazer → Núcleo caudado e putâmen
são as estruturas responsáveis por essa automaticidade;
↳ Decisões: Pensamentos para se resolver algo;
↳ Impulsividade: Realização das coisas sem pensar para depois vir a pensar no que fez.
• Desafios fundamentais:
↳ Como manter os sistemas vitais:
→ Sistema respiratório dorsal: Funciona por meio do acúmulo de CO2 no organismo,
resultando na diminuição do pH sanguíneo. Ocorre a ativação do centro bulbo dorsal para
aumentar a frequência (alteração do tempo de estímulo para os músculos inspiratórios) e a
intensidade respiratória (Recrutamento dos músculos acessórios). Um paciente com acidose
metabólica possui uma respiração intensa;
→ Controle da água no organismo: Ocorre por meio das alterações da fração filtrada nos
glomérulos, além das alterações nos níveis de aldosterona, na concentração da atriopeptina e
nas alterações na secreção de ADH, que resultam no aumento da reabsorção de sódio, e
consequentemente, o aumento da reabsorção de água;
→ Controle da osmolaridade: Hipotálamo (núcleos supra-ópticos e paraventricular) alteram o
grau de sede, consequentemente alterando a ingestão hídrica, além de promover alterações na
produção de ADH (hormônio responsável por aumentar a absorção de água nos rins), que
promovem consequentemente alterações na eliminação de água.
↳ Como realizar movimentos harmônicos:
Cerebelo é o órgão responsável por essa função. É esse órgão que contra a ação e
intensidade dos músculos agonistas contraídos e antagonistas relaxados → Esse controle se da
pelo fuso muscular (na aula de fisiologia da motricidade esse conceito será aprofundado).
↳ Como se manter em vigília e se recuperar:
→ Estado de vigília: Em alerta. Ele se da por meio de uma ajuda excitatória (atividade física,
atividade com demanda intelectual, Luz e claridade, ruído, frio.. ) + o sistema reticular ascendente.
→ Recuperação: Sono/descanso. Para que ocorra é necessário que tenha baixa luminosidade,
repouso, olhos fechados, silêncio, conforto térmico, música suave..
↳ Funcionamento do pensamento e da inteligência:
→ Biblioteca de possíveis comportamentos: Ser humano cria valores para a educação (esses
valores são importantes para a vida pessoal, e ficam “armazenados” no lobo frontal no
hemisfério esquerdo);
→ Biblioteca de experiências relevantes: Conhecimento acerca do mundo (esses
conhecimentos se “armazenam” no lobo parietal, no hemisfério esquerdo).
***Livre arbítrio faz com que as duas bibliotecas entrem em conflito, e os interesses de uma
biblioteca, pode mudar a outra. Se esses conflitos entre as bibliotecas forem muito rápidos,
pode ser gerada a impulsividade.
↳ Como fazer o segmento de um dia para o outro:
→ Circuitos fundamentais da memória: Para que uma memória seja adquirida, deve-se ter
atenção:
- Memória de trabalho: É uma memória volátil, por isso os indivíduos devem ter o seu próprio
esquema para resolver/guardar as coisas utilizadas;
→ Consolidação: Ocorre no hipocampo;
→ Armazenamento: Ocorre no córtex (possui traços bioquímicos, as memórias mais recentes
vão sendo perdidas primeiro no alzhaimer);
→ Faxina noturna: Memórias/informações, não marcantes, que são excluídas no momento do
sono
→ Áreas encefálicas da memória:
- Tálamo: Atenção;
- Núcleo caudado: Habilidades instintivas;
- Putâmen: Habilidades procedimentais;
- Hipocampo: Onde as experiências se tornam memória;
- Cerebelo: Processos motores não-automáticos e automáticos.
→ Tipos de memórias:
- Memória episódica;
- Memória processual;
- Memória semântica.
↳ Como manter a atenção e o foco:
→ Atenção involuntária: Quando algo estimula sua atenção, como alarmes, toques telefônicos..
→ Atenção voluntária: Pode ser de vários tipos, focalizada, sustentada, concentrada, dividida, difusa
e alternada
Neurofisiologia da dor:
A sensação de dor é uma é uma das mais primitivas modalidades sensoriais, e
pode ser modulada com um conjunto de fatores, além de poder ser produzida
por diversos estímulos: químicos, mecânico e térmico. Além disso, ela é um
mecanismo protetor, surgindo sempre na presença de tecidos lesionados,
fazendo com que o indivíduo reaja para remover o estímulo doloroso.
❃ Os receptores para dor são terminações nervosas livres → Nociceptores. **É necessária a
interpretação desses estímulos nociceptivos, pois os nociceptores não possuem estruturas
sensoriais destinadas a transdução de estímulo, fator que permite a pessoa fique ciente da
presença de estímulo lesivo, enquanto a dor persistir. Essas terminações nervosas possuem seu
corpo celular nos gânglios das raízes dorsais espinais ou no gânglio trigeminal, e compõem
diferentes classes de fibras aferentes, encontradas na pele e também em tecidos profundos;
❃ A excitação dos nocioceptores fica progressivamente maior, à medida que os estímulos
dolorosos persistem, e esse aumento da sensibilidade dos receptores para dor é chamado de
HIPERGESIA;
❃ O estímulo químico da dor pode ser desencadeado por diversas substâncias, sendo algumas
delas: Bradicinina, Serotonina, Histamina, Íons potássio, ácidos, acetilcolina e enzimas proteolíticas.;
❃ As prostaglandinas e a substância P aumentam a sensibilidade das terminações nervosas, mas
não excitam diretamente essas terminações;
❃ As substâncias químicas são importantes para a estimulação do tipo de dor lenta e persistente
que ocorre após lesão tecidual;
❃ É provável que os impulsos dolorosos que chegam na \formação reticular do tronco cerebral,
do tálamo e outras regiões inferiores do encéfalo causem percepção consciente da dor.
Entretanto, acredita-se que o córtex desempenhe papel importante na interpretação da qualidade
da dor, mesmo que a percepção da dor seja função principalmente dos centros inferiores.
Classificação tradicional dos tipos de dor:
• Dor rápida: Em agulhada, dor aguda, dor
elétrica → A-delta-mielina, e é sentida cerca
de 0,1 segundo após a aplicação de estímulo
doloroso;
↳ Esse tipo de dor é sentida quando
agulhas são introduzidas na pele, quando a pele é cortada por faca, em queimaduras agudas
e quando a pele é submetida ao choque elétrico;
↳ Esse tipo de dor, não é sentida nos tecidos mais profundos;
↳ Dores rápidas no geral são desencadeadas pelos estímulos mecânicos e térmicos;
↳ Os estímulos periféricos são transmitidos pelos nervos periféricos para a medula espinhal,
por meio de fibras A-Delta do tipo pequeno, com velocidade entre 6 e 30 m/s;
• Dor lenta: Em queimação, persistente, pulsátil,
nauseante → C-não mielina, e é sentida somente
após 1 segundo, ou mais, após a aplicação do
estímulo doloroso, aumentando lentamente
durante vários segundos/minutos.
↳ Esse tipo de dor geralmente está associado à destruição tecidual, podendo levar ao
sofrimento prolongado e quase insuportável;
↳ Esse tipo de dor pode ocorrer na pele e em quase todos os órgãos ou tecidos
profundos;
↳ Pode ser desencadeada pelos 3 tipos de estímulo: Térmico, mecânico ou químico;
↳ As substâncias químicas são importantes para a estimulação do tipo de dor lenta e
persistente que ocorre após lesão tecidual.
↳ Essa dor lenta é transmitida para a medula espinhal por fibras tipo C com velocidades
entre 0,5 e 2 m/s.
***As vias de cada tipo de dor é diferente e cada uma delas tem qualidades específicas → devido
esse sistema duplo de inervação para a dor, um estímulo doloroso súbito, causa sensação dolorosa
dupla, sendo inicialmente gerada pelo estímulo rápido, de dor pontual (avisa a pessoa rapidamente
sobre o “perigo”) transmitido para o cérebro por meio das fibras da via A-Delta, seguida por uma
dor lenta por uma fibra da via C.
Intensidade da lesão tecidual como estímulo para dor:
A intensidade da dor está intimamente ligada à intensidade do dano tecidual, diante de calor,
infecções bacterianas, isquemia de tecidos, contusão.. além disso, ela se correlaciona também com
o aumento da [ ] do íon K+ ou no aumento da [ ] de enzimas proteolíticas (atacam diretamente as
terminações nervosas, as deixando + permeáveis aos íons).
❃ A bradicinana é a substância que parece induzir a dor de modo mais acentuado que as outras
substâncias. Diversos pesquisadores afirmam que ela é a principal responsável pela indução da dor,
após dano tecidual.
Isquemia tecidual como causa de dor:
Quando o fluxo sanguíneo dos tecidos é interrompido, os tecidos ficam muito doloridos. Um dos
fatores que podem gerar a dor é a produção de ácido lático pelos tecidos, diante da respiração
anaeróbica gerada pela falta de recebimento de oxigênio, pela falta de fluxo sanguíneo no local.
Além disso, é provável que agentes químicos como a bradicinina e enzimas proteolíticas diante da
lesão tecidual, resultando juntamente com o ácido lático na estimulação das terminações nervosas
para a dor.
Espasmo muscular como causa de dor:
Essa dor provavelmente resulta em partes, do efeito direto do espasmo muscular na estimulação
mecânica dos nociceptores. Além disso, a contração muscular gera a compressão dos vasos
sanguíneos, resultando em isquemia, fazendo com que ocorra a produção do ácido lático pelos
tecidos que foram afetados pelo não recebimento de sangue.
Dor referida:
Quando o paciente sente dor em uma parte do
corpo que está distante do tecido causador da dor.
Em várias doenças viscerais o único sinal clínico é
a dor referida (dor nos órgãos viscerais que é
referida à área na superfície do corpo). O
mecanismo para que isso ocorra se da devido os
ramos das fibras para a dor visceral fazerem
sinapse nos mesmos neurônios de segunda ordem
que recebem os sinais de estímulos dolorosos da
pele, o que faz com que os sinais dolorosos
viscerais, serem conduzidos por alguns dos
mesmos neurônios que conduzem os sinais
dolorosos da pele, resultando na sensação de dor
na pele propriamente dita.
Interneurônios: Estão presentes em toda a substância cinzenta medular (cornos dorsais, cornos
anteriores e áreas entre eles). Essas células são aproximadamente 30x mais numerosas do que os
neurônios motores anteriores, sendo pequenas e muito excitáveis. Os interneurônios apresentam
diversas interconexões entre si e muitas delas fazem sinapse diretamente com os neurônios
motores anteriores e essas conexões são responsáveis pela maioria das funções integrativas da
medula espinhal. Todos os diferentes tipos de circuitos neuronais são encontrados no conjunto dos
interneurônios das células da medula.
**Quase todos os sinais sensoriais aferentes são transmitidos para os interneurônios onde são
processados e depois transmitidos para os neurônios motores anteriores.
**Os sinais desses dois receptores são direcionados para o controle intrínseco do músculo, e eles
operam em nível subconsciente, enviando as informações para a medula espinhal, cerebelo e
córtex cerebral para o controle da contração muscular (modulação do movimento).
Reflexo Flexor e Reflexos de retirada:
• Reflexo Flexor: Contração dos músculos flexores gerada por estímulos sensoriais cutâneos
em um de seus membros com o afastamento do membro do objeto estimulador. Ele é
provocado, mais fortemente, pela estimulação das terminações para dor, e por isso,
também é chamado de reflexo nociceptivo/reflexo à dor.
• Reflexos de retirada: Parte do corpo, sem ser os membros,
que é estimulada dolorosamente e é afastada do estímulo, não
se restringindo apenas aos músculos flexores.
**Os sinais de excitação do músculo entram na medula e passam por
um conjunto de interneurônios e depois, de forma secundária,
passam para os neurônios motores anteriores, ou seja, esses
estímulos não vão diretamente para os neurônios motores
anteriores.
Fisiologia da motricidade:
Os sinais motores são transmitidos diretamente do córtex para a medula espinhal, pelo trato
corticoespinhal (piramidal) e por múltiplas vias acessórias: Núcleos da base, Cerebelo e Núcleos do
tronco cerebral.
Córtex motor: Situado prioritariamente no giro pré-central,
local onde estão presentes os neurônios gigantes de Betz. →
Esses neurônios constituem o trato corticoespinhal/piramidal.
• Neurônio motor superior, localizado no córtex (cápsula
interna → Alta [ ] de neuronios motores, e uma ruptura de
pequenas artérias/hematomas nessa região pode resultar em
pequenas lesões);
• Neurônio motor inferior, localizado no encéfalo, na medula
cervical, nos nervos dos braços, das pernas e nos ramos
sacrococcigeos da medula;
Trato corticoespinhal (piramidal):
É a via de saída mais importante do córtex motor.
❃ Sinequanon → Sem o qual não há movimentos voluntários;
↳ Apesar de ser um trato fundamental para a existência de movimentos
voluntários, é necessária a presença de outro trato para que ocorra a
modulação dos movimentos, ou seja, para que os movimentos se tornem
táxicos (sejam amortecidos).
Trato Extrapiramidal:
Nossos movimentos são muito precisos, diante da presença dessa via
que os amortece/os modulam → Movimentos táxicos;
- A Área Reticular do Bulbo (ARB), gera o Trato bulborreticulo-espinhal
→ inibe o neurônio motor gama;
- A Área Reticular da Ponte (ARP), gera o Trato pontorreticulo-espinhal
→ excita o neurônio motor gama;
**Esses dois tratos, realizam uma descarga, que é uma espécie de
balanço, nas fibras intrafusais, que fazem maior ou menor estímulo, das
fibras da extremidade do fuso. Quando ocorrem maior estímulo,
(pontorretículo-espinal) o músculo fica mais contraído (gera tensão →
Tensão em excesso/asiedade, pode gerar dor em cabide - pescoço e
ombros - por conta da produção > de ácido lático devido a a
compressão de vasos sanguíneos diante da forte contração muscular).
Já com menor estímulo, ocorre um processo de relaxamento,
promovendo o alongamento muscular desejado (não ocorrerá reflexo
de estiramento);
• É o cerebelo, de forma inconsciente (para a gente), que realiza
a modulação dos nossos movimentos;
• Ele recebe a informação da intenção do comando por uma via
colateral do corticoespinal, sendo ela a via corticocerebelar, ou
seja, a ordem para a realização do movimento é informada para
o cerebelo antes do comando do corticoespinal ser mandado
para os motoneurônios alfa;
• Cerebelo faz a comparação do estado de contração dos músculos agonistas e
antagonistas, além de realizar os ajustes necessários para que seja realizado o
movimento desejado;
• O estado de contração desses músculos é informado por meio dos fusos musculares
(informação proprioceptiva inconsciente);
• As informações dadas pelos fusos sobem por um trato denominado espinocerebelar, em
alta velocidade → dos fusos, para a medula, e da medula para o cerebelo;
• Cerebelo realiza 3 ajustes no movimento:
↳ Alteração na frequência de descarga da via piramidal: Ocorre alteração na quantidade
de estímulo para o motoneurônio alfa → A ordem que seria abrutalhada, passa a ser
moderada desde o início;
↳ Alteração no tônus do motoneurônio gama do músculo agonista → O pontorreticulo-
espinhal modula o motoneurônio gama, a partir de comandos dados pelo cerebelo, e ao ser
modulado, o gama estimula os fusos musculares dos agonistas a se colocarem posicionados
na posição final do movimento desejado, promovendo assim o grau de contração correto
para amortecimento da ação desejada;
↳ Alteração do tônus do motoneurônio gama dos agonistas → Relaxamento dos músculos
antagonistas ao movimento → Motoneurônio gama do músculo antagonista é inibido, pelo
trato bulborreticulo-espinhal, gerando o relaxamento desses músculos, permitindo então que
não ocorra o reflexo de estiramento;
**É importante ressaltar, os neurônios motores alfa e gama,
correm um ao lado do outro, sendo que os alfas terminam
na placa motora e os gama nos fusos muscularas. Porém, os
estímulos para o motoneurônio alfa, vem do córticoespinal, e
o estímulo dos motoneurônios gama vem do cerebelo e
dos tratos pontorretículo-espinhal e bulborretículo-espinhal,
controlando, assim, os fusos musculares, permitindo então a
modulação dos movimentos;
↳ Esse mecanismo de controle das fibras musculares, promovendo um movimento preciso e
veloz é denominado Servo-mecanismo.
❃ Além disso, o globo pálido e a substância negra,
também estão sob o comando do cerebelo, para que o
movimento ocorra de forma + harmônica possível;
• Globo pálido e substância negra atuam sobre o
motoneurônio alfa dos músculos agonistas,
fazendo com que eles já estejam com um valor
mínimo de tensão, para a situação que o
movimento irá precisar → NÍVEL ÓPTIMO DE
TENSÃO
↳ Descarga sobre os motoneurônios alfa e gama dos agonistas;
• Eles também são controlados para realizar o papel de predomínio de inibição no nível de
tronco cerebral → Globo pálido há uma conexão com os núcleos da base (principalmente
o corpo estriado, núcleo caudado e putâmen), fazendo com que essas estruturas inibam a
área pontorretículo-espinhal, possibilitando então que não ocorra o reflexo de estiramento
(se ocorresse um problema nessa área, os movimentos seriam “duros”, a realização dos
movimentos ficaria dificultada).
Fisiologia do equilíbrio:
Um dos pontos mais importantes para manter o nosso
diferencial competitivo natural de ser bípedes. O nosso
organismo é bastante adaptado com o ato de ficar de pé,
sendo que o nosso gasto energético para essa ação, nos
músculos, é pequeno, diante das nossas curvaturas e
ligamentos da coluna.
• Orelha externa: Composta pela concha, pelo pavilhão auditivo (possui diversas partes que o
constitui) , o conduto auditivo externo e a membrana timpânica → O ouvido humano capta
o som de forma AZIMUTE, ou seja, se o som estiver perpendicular ao homem, será difícil a
identificação de onde está o som. Porém, se o som vier de uma determinada angulação, a
intensidade em um ouvido será maior que a outra, permitindo então que a localização de
origem do som seja percebida.
↳ Otoscopia: Técnica em que podemos observar o conduto auditivo externo, a membrana
timpânica e a sombra dos ossos presentes na janela oval, por meio do aparelho otoscópio.
• Orelha média: Tem um papel primordial, tendo uma série frequente de problemas, como as
otites médias. Tem um mecanismo de 3 ossos muito bem
encadeados (martelo, bigorna e estribo), que realizam a
passagem da onda sonora, por meio da recepção da
vibração timpânica e transmissão em forma de pressão
para a cóclea.
- Quando a membrana timpânica vibra, o martelo age
tracionando a bigorna, que exerce uma onda de pressão sobre
o estribo, que com essa pressão, ele empurra a peri-linfa para
a cóclea, para que o processo de transmissão da onda sonora
continue no organismo;
- Junto aos ossos, temos 2 músculos importantes, sendo eles de proteção (evita que sons
muito intensos, que podem causar danos, gerem muita pressão sobre as estruturas),
denominados, tensor do tímpano (com a onda de pressão muito intensa ele tensiona, fazendo
com que se passe menor intensidade de som para a cadeia dos ossinhos) e estapédio (traciona
a base do estribo) → É um mecanismo bom para ruídos intermitentes, mas funcionam muito
mal para ruídos de impacto, pois o ruído de impacto desaparece por um tempo, e o
mecanismo para de funcionar, e quando vier outro impacto, esse mecanismo não vai estar
ativado, fazendo com que o som passe em alta intensidade.
**Para que esse organismo funcione, é necessário que se tenha a
permeabilidade da trompa de eustáquio (trompa que liga a
nasofaringe a orelha média), e se não houver obstrução, é
possível que haja a vibração livre do tímpano. Porém, se houver
obstrução, nossa audição fica em partes comprometida.
**OTITES MÉDIAS: Fazem com que haja um mecanismo residual
de edema entre os ossos da orelha média, fazendo com que
ocorra uma incapacidade desses ossos exercerem sua função,
fazendo com que, se resulte em uma perda auditiva.
Transtornos causados pela exposição ao ruído: O fator ruído se constitui em um dos fatores mais
importantes ao se tratar de qualidade de vida nos centros urbanos. Além disso, trabalhos em
centros ruidosos, geram perda de audição a longo prazo.
A contaminação por ruído pode ser por:
• Ruído recreativo: Fones de ouvido com música muito alta, competições de fórmula 1..
• Ruído urbano: Passagem de aviões no céu, carros buzinando e caminhões em ladeiras;
• Ruído ocupacional: Trabalho em locais de muito ruído, como obras, e fábricas.
HIPOACUSIA POR RUÍDO → Quadro que se origina quando a pressão sonora no trabalho é > que
85 decibéis, por um tempo prolongado (+ que 8 horas).
Exposição ao ruído
Fisiologia da visão:
A visão representa cerca de 80% da nossa
cognição (percepção do ambiente).
O olho humano possui um espectro de luz
visível, que é sensibilizado por fótons (luz) e
que varia em torno de 370nm (violeta) a
750nm (vermelho). Abaixo disso, possuímos o
infravermelho (não e visível) e ultravioleta
(também não é visível);
↳ Os receptores para a luz (fotorreceptores)
estão localizados em diferentes porções no
nosso olho, sendo distribuídos na nossa retina,
e podem responder a visão a cores e a visão
monocromática (cones e bastonetes).
❃ Tanto o humor vítreo, quanto o humor aquoso devem ser transparentes, pois a luz precisa de
passar por esses meios para atingir a retina.
Índice Refrativo: Reflete um valor que os raios de luz tem quando eles atravessam os meios.
Quando eles atravessam o ar, o índice refrativo do ar, será 1, porém esses índices se alteram de
meio para meio. Com isso, percebe-se que são diferentes índices refrativos na passagem da luz,
para os nossos meios oculares.
Índices refrativos das estruturas:
• Córnea: 1,38;
• Humor Aquoso: 1,33
• Cristalino: 1,40
• Humor Vítreo: 1,34
Neurofisiologia da visão:
• No fundo de olho, temos uma região denominada mácula, que possui muitos
fotorreceptores concentrados e essa região é a de precisão do nosso olho. Além disso,
nessa estrutura, nós possuímos a fóvea (depressão na mácula), que possui no seu interior a
fovéola, que possui > [ ], de cones nessa região que é onde o foco da visão é formado.
↳ Existem algumas doenças que desorganizam essa
região, sendo uma das mais frequentes a DMRI (Doença
Macular Relacionada a Idade), que afeta a porção da
fovéola, relatando então uma visão borrada, sem
correção óptica.
• Nessa região, do fundo do olho, também pode ser
observado o nervo óptico, que possui sua borda externa,
denominada diâmetro do disco óptico e uma parte
interna, denominada escavação do disco óptico → Existe uma relação oftálmica, que é
composta pelo tamanho do diâmetro do disco óptico, com o tamanho da escavação do
disco óptico (E/D), que deve ser = a 0,2 ou 0,3, e se essa relação estiver aumentada, é
provável que o paciente esteja com glaucoma (destrói as fibras nervosas da retina, por
meio do aumento dessa relação).
CONES: São encontrados, principalmente, na retina central, em um raio de 10º a
partir da fóvea;
BASTONETES: Estão ausentes na fóvea, e são encontrados principalmente na
retina periférica. Eles transmitem informações relacionadas a reconhecimento de
objetos no escuro.
**Daltonismo: Doença recessiva genética relacionada ao cromossomo X.
Visão de profundidade: Uma das características de evolução da visão da nossa espécie. Nós só
conseguimos enxergar objetos com percepção de profundidade, diante da nossa binocularidade,
ou seja, existe uma convergência dos campos visuais, direito e esquerdo, permitindo então que
essa percepção ocorra → PARALAXE: Percepção da posição de determinado objeto em 3ª
dimensão.
Turvação do humor vítreo: Gerado por um processo inflamatório, denominado
uveíte, em que o agente causador da doença é um PARASITA, denominado
TOXOPLASMA GONDI.
↳ Um dos sintomas da UVEÍTE é o olho ficar vermelho!!
Perda da delimitação do nervo óptico e aumento de estrutura dos vasos de
fundo de olho: Gerado pelo aumento excessivo da pressão arterial, resultando
no aparecimento da PAPILA EDEMA, que é o edema da papila do nervo
óptico.
↳ Em quadros mais graves de PAPILA EDEMA, pode ocorrer
extravasamento de líquidos/sangue para dentro do olho do indivíduo que
apresenta o quadro.
Aumento da escavação do disco óptico: Gerado pelo GLAUCOMA, resultando
no aumento da relação oftálmica descrita anteriormente. Se o quadro for mais
grave, pode ter a ocorrência de buracos no nervo óptico, que pode ser
observado por meio da deflexão dos vasos, e de uma hemorragia em chama
de vela.
Pontos de sangramento no fundo do olho, com afilamento dos vasos:
Gerado por diabetes descontrolada, diante do acúmulo da glicose na
corrente sanguínea, com consequente obstrução dos vasos. Diante da
baixa entrada de sangue nos tecidos oculares, é gerado um processo de
angiogênese dos vasos, que resultam em problemas vasculares em tecido
nervoso. Com isso, a luz não consegue atingir os fotorreceptores (diante
da alta [ ] de vasos), resultando na perda de visão.
Fisiologia do sono:
O sono é um estado de inconsciência, do qual uma pessoa pode ser
despertada, diante formação de um estímulo, ou seja, ele é um estado
facilmente reversível. Ele serve para restaurar atividades sensitivas
quanto o equilíbrio normal, entre diferentes partes dos sistema nervoso
central.
INSÔNIA: A principal causa é o estímulo de luz (pode ser mínimo), resultando na diminuição da
melatonina. Além disso, o excesso de pensamento (OVERTHINKING), faz com que não ocorra o
processo de relaxamento que é essencial para que aconteça o limiar de sono.
↳ Se as pessoas não dormem, elas devem buscar um tratamento para dormir (pílulas para dormir).
Ondas do sono: Quando estamos com o cérebro ativo na vigília, possuem ondas especiais no
nosso encéfalo, geradas pela atividade elétrica cerebral, sendo elas:
• BETA: Onda de atividade, quando estamos em
alerta/trabalhando → Ondas rápidas, acima dos 14Hz;
• ALFA: Onda que indicam > relaxamento, quando
entramos em processo de sonolência → estado de
vigília calmo em repouso, que varia de 8Hz a 13Hz;
• THETA: Ondas que indicam alguns estados do sono
→ São ondas que variam entre 4Hz e 7Hz, sendo
ondas lentas;
• DELTA: Ondas de amplitude maior, ondas longas,
que indicam o sono profundo → são ondas < do que 4Hz;