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Aluna: Luísa Trindade Vieira - 72D

Professores: Hudson e Sérgio Cansado


Disciplina: Fisiologia 2
Faculdade Ciências Médicas MG

Neurofisiologia:

O sistema nervos é dividido em 3 partes:


↳ Sistema nervoso central (SNC) → formado por medula
e encéfalo;
↳ Sistema nervoso periférico (SNP) → formado pelos
nervos (45 pares, sendo 12 cranianos);
↳ Sistema nervoso autônomo (SNA) → formado pelo simpático (ergotrófico), parassimpático
(trofotrófico) e sistema nervoso entérico.

Sistema nervoso central (SNC):


• Nível do tronco encefálico e hipotálamo: Sistema
termorregulador do hipotálamo (também é capaz de regular
nossa sede) → Controle da temperatura interna, ocorre de 4
formas: Alteração do tônus simpático adrenérgico para a pele
(Quando fica muito quente, a vascularização cutânea aumenta,
o que faz com que nós fiquemos vermelhos, o que provoca a
próxima alteração), Alteração do tônus simpático colinérgico
para as glândulas sudoríparas (provoca maior
sudorese, em busca de reduzir a temperatura), Alteração da atividade muscular
(abaixa a atividade muscular, visando gerar menos calor) e Alteração na produção
hormonal T3, T4, E, NE (altera a produção de calor, visando diminuir a
temperatura sanguínea);
• Nível da medula: Ocorre a entrada com um procedimento simples para a
execução (reflexos de estiramento e retirada) e a saída com uma resposta.
• Mecanismos de atuação: São 2, um para o mecanismo de atuação para a
estrutura funcional → Neurotransmissores, e o outro para o mecanismo de
atuação de propriedades adaptativas → Plasticidade;
o Neurotransmissores:
ü Norepinefrina;
ü Dopamina;
ü Acetilcolina;
ü Serotonina;
ü Glutamato;
ü GABA e Glicina;
ü Histamina.
o Plasticidade: Capacidade de se acomodar aos estímulos do meio, encaixando-se neles, uma
vez que cessado o estímulo, a transformação persiste por um certo tempo → Ocorrem
mudanças temporárias nas nossas sinapses, fazendo com que os circuitos mais utilizados
fiquem mais facilitados, ou seja, ocorrem sínteses de novos axônios (aumento na teia de
comunicação entre os neurônios) e formação de novas espinhas dendríticas, quando
praticamos algo.
↳ Lei do uso e desuso se aplica ao conceito de plasticidade, quanto mais você pratica algo,
mais você fica eficiente ao que vem sendo praticado! Se você ficar sem praticar algo por
certo tempo, você perde a prática naquilo e torna-se algo esquecido.
↳ Nós temos um tempo para o aprendizado (alfabetização, aprendizado de línguas.. ) →
ÉPOCAS CRÍTICAS DA PLASTICIDADE.
• Aspectos relacionados a memória humana: Para uma informação que recebemos se torne
armazenada e consolidada, ela deve ser recebida em momentos de atenção

Visão geral da fisiologia do sistema nervoso:

• .Conceitos Fundamentais:
↳ Reflexo: Podem ser simples ou complexos (controlados por nossa vontade);
↳ Automático: Ações que não precisamos pensar para fazer → Núcleo caudado e putâmen
são as estruturas responsáveis por essa automaticidade;
↳ Decisões: Pensamentos para se resolver algo;
↳ Impulsividade: Realização das coisas sem pensar para depois vir a pensar no que fez.
• Desafios fundamentais:
↳ Como manter os sistemas vitais:
→ Sistema respiratório dorsal: Funciona por meio do acúmulo de CO2 no organismo,
resultando na diminuição do pH sanguíneo. Ocorre a ativação do centro bulbo dorsal para
aumentar a frequência (alteração do tempo de estímulo para os músculos inspiratórios) e a
intensidade respiratória (Recrutamento dos músculos acessórios). Um paciente com acidose
metabólica possui uma respiração intensa;
→ Controle da água no organismo: Ocorre por meio das alterações da fração filtrada nos
glomérulos, além das alterações nos níveis de aldosterona, na concentração da atriopeptina e
nas alterações na secreção de ADH, que resultam no aumento da reabsorção de sódio, e
consequentemente, o aumento da reabsorção de água;
→ Controle da osmolaridade: Hipotálamo (núcleos supra-ópticos e paraventricular) alteram o
grau de sede, consequentemente alterando a ingestão hídrica, além de promover alterações na
produção de ADH (hormônio responsável por aumentar a absorção de água nos rins), que
promovem consequentemente alterações na eliminação de água.
↳ Como realizar movimentos harmônicos:
Cerebelo é o órgão responsável por essa função. É esse órgão que contra a ação e
intensidade dos músculos agonistas contraídos e antagonistas relaxados → Esse controle se da
pelo fuso muscular (na aula de fisiologia da motricidade esse conceito será aprofundado).
↳ Como se manter em vigília e se recuperar:
→ Estado de vigília: Em alerta. Ele se da por meio de uma ajuda excitatória (atividade física,
atividade com demanda intelectual, Luz e claridade, ruído, frio.. ) + o sistema reticular ascendente.
→ Recuperação: Sono/descanso. Para que ocorra é necessário que tenha baixa luminosidade,
repouso, olhos fechados, silêncio, conforto térmico, música suave..
↳ Funcionamento do pensamento e da inteligência:
→ Biblioteca de possíveis comportamentos: Ser humano cria valores para a educação (esses
valores são importantes para a vida pessoal, e ficam “armazenados” no lobo frontal no
hemisfério esquerdo);
→ Biblioteca de experiências relevantes: Conhecimento acerca do mundo (esses
conhecimentos se “armazenam” no lobo parietal, no hemisfério esquerdo).
***Livre arbítrio faz com que as duas bibliotecas entrem em conflito, e os interesses de uma
biblioteca, pode mudar a outra. Se esses conflitos entre as bibliotecas forem muito rápidos,
pode ser gerada a impulsividade.
↳ Como fazer o segmento de um dia para o outro:
→ Circuitos fundamentais da memória: Para que uma memória seja adquirida, deve-se ter
atenção:
- Memória de trabalho: É uma memória volátil, por isso os indivíduos devem ter o seu próprio
esquema para resolver/guardar as coisas utilizadas;
→ Consolidação: Ocorre no hipocampo;
→ Armazenamento: Ocorre no córtex (possui traços bioquímicos, as memórias mais recentes
vão sendo perdidas primeiro no alzhaimer);
→ Faxina noturna: Memórias/informações, não marcantes, que são excluídas no momento do
sono
→ Áreas encefálicas da memória:
- Tálamo: Atenção;
- Núcleo caudado: Habilidades instintivas;
- Putâmen: Habilidades procedimentais;
- Hipocampo: Onde as experiências se tornam memória;
- Cerebelo: Processos motores não-automáticos e automáticos.

→ Tipos de memórias:
- Memória episódica;
- Memória processual;
- Memória semântica.
↳ Como manter a atenção e o foco:
→ Atenção involuntária: Quando algo estimula sua atenção, como alarmes, toques telefônicos..
→ Atenção voluntária: Pode ser de vários tipos, focalizada, sustentada, concentrada, dividida, difusa
e alternada

Neurofisiologia da dor:
A sensação de dor é uma é uma das mais primitivas modalidades sensoriais, e
pode ser modulada com um conjunto de fatores, além de poder ser produzida
por diversos estímulos: químicos, mecânico e térmico. Além disso, ela é um
mecanismo protetor, surgindo sempre na presença de tecidos lesionados,
fazendo com que o indivíduo reaja para remover o estímulo doloroso.
❃ Os receptores para dor são terminações nervosas livres → Nociceptores. **É necessária a
interpretação desses estímulos nociceptivos, pois os nociceptores não possuem estruturas
sensoriais destinadas a transdução de estímulo, fator que permite a pessoa fique ciente da
presença de estímulo lesivo, enquanto a dor persistir. Essas terminações nervosas possuem seu
corpo celular nos gânglios das raízes dorsais espinais ou no gânglio trigeminal, e compõem
diferentes classes de fibras aferentes, encontradas na pele e também em tecidos profundos;
❃ A excitação dos nocioceptores fica progressivamente maior, à medida que os estímulos
dolorosos persistem, e esse aumento da sensibilidade dos receptores para dor é chamado de
HIPERGESIA;
❃ O estímulo químico da dor pode ser desencadeado por diversas substâncias, sendo algumas
delas: Bradicinina, Serotonina, Histamina, Íons potássio, ácidos, acetilcolina e enzimas proteolíticas.;
❃ As prostaglandinas e a substância P aumentam a sensibilidade das terminações nervosas, mas
não excitam diretamente essas terminações;
❃ As substâncias químicas são importantes para a estimulação do tipo de dor lenta e persistente
que ocorre após lesão tecidual;
❃ É provável que os impulsos dolorosos que chegam na \formação reticular do tronco cerebral,
do tálamo e outras regiões inferiores do encéfalo causem percepção consciente da dor.
Entretanto, acredita-se que o córtex desempenhe papel importante na interpretação da qualidade
da dor, mesmo que a percepção da dor seja função principalmente dos centros inferiores.
Classificação tradicional dos tipos de dor:
• Dor rápida: Em agulhada, dor aguda, dor
elétrica → A-delta-mielina, e é sentida cerca
de 0,1 segundo após a aplicação de estímulo
doloroso;
↳ Esse tipo de dor é sentida quando
agulhas são introduzidas na pele, quando a pele é cortada por faca, em queimaduras agudas
e quando a pele é submetida ao choque elétrico;
↳ Esse tipo de dor, não é sentida nos tecidos mais profundos;
↳ Dores rápidas no geral são desencadeadas pelos estímulos mecânicos e térmicos;
↳ Os estímulos periféricos são transmitidos pelos nervos periféricos para a medula espinhal,
por meio de fibras A-Delta do tipo pequeno, com velocidade entre 6 e 30 m/s;
• Dor lenta: Em queimação, persistente, pulsátil,
nauseante → C-não mielina, e é sentida somente
após 1 segundo, ou mais, após a aplicação do
estímulo doloroso, aumentando lentamente
durante vários segundos/minutos.
↳ Esse tipo de dor geralmente está associado à destruição tecidual, podendo levar ao
sofrimento prolongado e quase insuportável;
↳ Esse tipo de dor pode ocorrer na pele e em quase todos os órgãos ou tecidos
profundos;
↳ Pode ser desencadeada pelos 3 tipos de estímulo: Térmico, mecânico ou químico;
↳ As substâncias químicas são importantes para a estimulação do tipo de dor lenta e
persistente que ocorre após lesão tecidual.
↳ Essa dor lenta é transmitida para a medula espinhal por fibras tipo C com velocidades
entre 0,5 e 2 m/s.
***As vias de cada tipo de dor é diferente e cada uma delas tem qualidades específicas → devido
esse sistema duplo de inervação para a dor, um estímulo doloroso súbito, causa sensação dolorosa
dupla, sendo inicialmente gerada pelo estímulo rápido, de dor pontual (avisa a pessoa rapidamente
sobre o “perigo”) transmitido para o cérebro por meio das fibras da via A-Delta, seguida por uma
dor lenta por uma fibra da via C.
Intensidade da lesão tecidual como estímulo para dor:
A intensidade da dor está intimamente ligada à intensidade do dano tecidual, diante de calor,
infecções bacterianas, isquemia de tecidos, contusão.. além disso, ela se correlaciona também com
o aumento da [ ] do íon K+ ou no aumento da [ ] de enzimas proteolíticas (atacam diretamente as
terminações nervosas, as deixando + permeáveis aos íons).
❃ A bradicinana é a substância que parece induzir a dor de modo mais acentuado que as outras
substâncias. Diversos pesquisadores afirmam que ela é a principal responsável pela indução da dor,
após dano tecidual.
Isquemia tecidual como causa de dor:
Quando o fluxo sanguíneo dos tecidos é interrompido, os tecidos ficam muito doloridos. Um dos
fatores que podem gerar a dor é a produção de ácido lático pelos tecidos, diante da respiração
anaeróbica gerada pela falta de recebimento de oxigênio, pela falta de fluxo sanguíneo no local.
Além disso, é provável que agentes químicos como a bradicinina e enzimas proteolíticas diante da
lesão tecidual, resultando juntamente com o ácido lático na estimulação das terminações nervosas
para a dor.
Espasmo muscular como causa de dor:
Essa dor provavelmente resulta em partes, do efeito direto do espasmo muscular na estimulação
mecânica dos nociceptores. Além disso, a contração muscular gera a compressão dos vasos
sanguíneos, resultando em isquemia, fazendo com que ocorra a produção do ácido lático pelos
tecidos que foram afetados pelo não recebimento de sangue.

Vias duplas para dor na medula espinhal e


no tronco cerebral:
Quando os estímulos para dor rápida e
lenta entram na medula espinhal, vindas
pelas raízes espinhais dorsais, as fibras da
dor terminam em neurônios nos cornos
dorsais. Dai em diante, são duas vias
diferentes para o processamento dos sinais
dolorosos em seu caminho para o encéfalo.
Sendo elas:
• Trato neuroespinotalamico, para Dor
Rápida;
• Trato palioespinotalamico, para a dor
lenta.
Trato neuroespinotalamico (dor rápida):
• As fibras dolorosas A-Delta (tipo rápida),
terminam em sua maioria na lâmina marginal
dos cornos dorsais da medula, e excitam os
neurônios de segunda ordem do trato
neuroespinotalamico;
• Esses neurônios dão origem a fibras longas
que cruzam para o lado oposto da medula
pela comissura anterior e depois ascendem
para o encéfalo nas colunas anterolaterais;
• Algumas fibras do trato neuroespinotalamico
terminam nas áreas reticulares do tronco
cerebral, mas a maioria segue até o tálamo;
• No tálamo, essas fibras terminam no complexo ventrobasal junto com o trato da coluna
dorsal-lemnisco mediai para sensações táteis;
• Algumas fibras terminam no grupo nuclear posterior do tálamo;
• Dessas áreas talâmicas, os sinais são transmitidos para outras áreas basais no encéfalo,
como o córtex somatossensorial;
• A dor pontual rápida pode ser localizada com muita precisão nas diferentes partes do corpo
se ocorrer a excitação simultânea dos receptores táteis e dos nociceptores. Se esses
receptores táteis não foram estimulados simultaneamente com os nociceptores, a dor pode
ser mal localizada dentro de 10cm da área estimulada;
• O Glutamato é o neurotransmissor mais envolvido na transmissão da dor rápida para o SNC.

Trato Paleoespinotalamico (dor lenta):


• As fibras periféricas dolorosas C (tipo lentas), terminam na
lâminas I e III (substância gelatinosa) dos cornos dorsais da
medula;
• Em seguida, a maior parte dos sinais passa por um ou mais
neurônios de fibra curta, dentro dos cornos dorsais, antes de
entrar, principalmente na lâmina 5, que também se localiza no
corno dorsal medular;
• Os últimos neurônios dão origem a axônios longos que se
unem, em sua maioria, as fibras da via de dor rápida, passando
pela comissura anterior, para o lado oposto da medula e depois
para cima em direção ao encéfalo (pela via anterolateral);
• A via paleoespinotalamica termina de maneira difusa no
tronco cerebral, sendo que somente 1/10 a 1/4 de fibras
ascendem até o tálamo;
• A maioria das fibras terminam nos núcleos reticulares
(bulbo, ponte e mesencéfalo), na área tectal do mesencéfalo
(profundamente até os colículos superior e inferior), ou na
região cinzenta periaquedutal (circunda o aqueduto de Sylvius).
**Essas regiões basais são importantes para o tipo de sofrimento da dor. Vários neurônios de fibras
curtas transmitem sinais ascendentes da dor pelos núcleos intralaminar e ventrolateral do tálamo
em direção de certas regiões do hipotálamo e outras regiões basais do encéfalo.
• O SNC tem um a capacidade muito baixa de localizar precisamente a fonte de dor
transmitida pela via lente, pois há uma conectividade multissináptica difusa dessa via;
• A substância P é liberada mais lentamente que o glutamato pelos neurotransmissores do
tipo C na medula espinhal, sendo essa substância a relacionada com a dor crônica lenta (A
sensação dupla de dor é diante dessa diferença de tempo para serem liberadas as
substâncias na medula, sendo sentidas então, primeiramente a dor rápida, estimulada pelo
glutamato e posteriormente a dor lenta, estimulada pela substância P);
• As áreas reticulares do tronco cerebral e os núcleos intralaminares do tálamo tem um forte
efeito de alerta sobre a atividade neural de todo o encéfalo. Diante disso, constata-se que é
quase impossível uma pessoa com dor grave dormir.

Interrupção cirúrgica das vias dolorosas:


Quando um paciente apresenta dor grave e intratável, é necessário que essa dor seja aliviada. Para
isso, as vias neurais da dor podem ser cortadas em vários pontos. Se ela se localizar na parte
inferior do corpo, a CORDOTOMIA (medula espinhal no lado oposto da dor é parcialmente cortada
em seu quadrante anterolateral), interrompendo a via sensorial anterolateral, permitindo então o
alívio temporário da dor, diante da dor retornar meses depois, em partes, como resultado da
sensibilização de outras vias (vias esparsas da medula espinhal dorsolateral). Esse procedimento
nem sempre é bem sucedido, pois muitas fibras dolorosas da parte superior do corpo não cruzam
a medula para o lado oposto, até que tenham atingido o encéfalo, logo a cordotomia não secciona
estas fibras.

Sistema de supressão da dor - ANALGESIA - no encéfalo e na


medula espinhal:
O grau de reação à dor varia muito de pessoa para pessoa. Tais
diferenças são resultado da capacidade do próprio encéfalo de
suprimir as aferências de sinais dolorosos para o sistema nervoso,
pela ativação do sistema de analgesia.
Esse sistema consiste em 3 componentes:
• Áreas, paraventricular e da substância cinzenta pariaquedutal
do mesencéfalo e região superior da ponte (circundam o
aqueduto de Sylvius e porções do terceiro e do quarto
ventrículo) → Os neurônios dessa área enviam sinais para:
• Núcleo Magno da Rafe (delgado núcleo da linha média,
localizado nas regiões inferiores da ponte e superiores do
bulbo) e para o núcleo reticular (localizado lateralmente no
bulbo) → Desses núcleos os sinais de 2ª ordem são transmitidos pelas colunas dorsolaterais
da medula espinhal para:
• Complexo inibitório da dor (localizado nos cornos dorsais da medula espinhal) → Local onde
os sinais de analgesia podem bloquear a dor antes de ela ser transmitida para o encéfalo.
**A estimulação elétrica na área cinzenta pariaquedutal e no núcleo magno da rafe, podem
suprimir muitos sinais de dor forte que entram pelas raízes espinhais dorsais. Além disso, o
estímulo de áreas encefálicas, ainda mais altas, sendo elas: Núcleos paraventriculares do hipotálamo
(localizados na região adjacente ao terceiro ventrículo) e fascículo prosencefálico mediai (localizado
no hipotálamo) podem suprimir a dor diante de excitar a substância cinzenta pariaquedutal.
No sistema de analgesia, são vários os neurotransmissores envolvidos, mas destaca-se em especial,
a encefalina e a serotonina.
• Muitas fibras nervosas derivadas dos núcleos paraventriculares e da substância cinzenta
pariaquedutal secretam encefalina por suas terminações. Além disso, várias fibras no núcleo
magno da rafe, liberam encefalina quando estimuladas;
• As fibras nervosas dessa área, enviam sinais aos cornos dorsais da medula espinhal para a
secreção de serotonina em suas terminações, que faz com que os neurônios locais da
medula também secretem encefalina.
**Esse sistema de analgesia também pode bloquear muitos reflexos locais na medula espinhal que
são resultado de sinais dolorosos, especialmente os reflexos de retirada.

Inibição da transmissão da dor por sinais sensoriais táteis simultâneos:


Com a estimulação das grandes fibras sensoriais originadas nos receptores táteis periféricos, é
possível reduzir a transmissão dos sinais de dor originados da mesma área corporal, pois ocorre a
inibição lateral local na medula espinhal. Diante disso, pode-se explicar o porque a acumpuntura e a
massagem são eficazes para aliviar dores locais.

Dor referida:
Quando o paciente sente dor em uma parte do
corpo que está distante do tecido causador da dor.
Em várias doenças viscerais o único sinal clínico é
a dor referida (dor nos órgãos viscerais que é
referida à área na superfície do corpo). O
mecanismo para que isso ocorra se da devido os
ramos das fibras para a dor visceral fazerem
sinapse nos mesmos neurônios de segunda ordem
que recebem os sinais de estímulos dolorosos da
pele, o que faz com que os sinais dolorosos
viscerais, serem conduzidos por alguns dos
mesmos neurônios que conduzem os sinais
dolorosos da pele, resultando na sensação de dor
na pele propriamente dita.

**Para que ocorra dor visceral grave, é necessário


que se tenha estimulação difusa das terminações
nervosas para a dor, ou seja, várias fibras nervosas
de dor devem ser estimuladas ao mesmo tempo
para que se tenha a dor visceral grave.
Sensações Térmicas:
O ser humano pode perceber diferentes graduações de frio e calor: Frio congelante, gelado, frio,
indiferente, morno, quente e muito quente. Essas graduações térmicas são discriminadas por 3
tipos de receptores: frio, calor e dor (possui receptores para dor destinados ao frio e receptores
para dor destinados ao calor), sendo que os receptores para dor são acionados somente pelas
sensações de frio congelante e calor extremo.
Os receptores de frio (terminação nervosa fina, mielinizada do tipo A-Delta) e calor (fibras nervosas
do tipo C) são encontrados logo abaixo da pele em pontos separados discretos, sendo que os
receptores de frio estão presentes em maior quantidade do que os receptores de calor.
• Em uma região muito fria, abaixo dos 10º, apenas as
fibras para dor-frio serão estimuladas, e se a pele é
resfriada ainda mais, essas fibras não recebem
estímulo além, resultando em uma captação parcial
do frio sentido, ou seja, não é sentido + frio além do
frio máximo ativador dos estímulos frio congelante
(10º);
• Os impulsos para dor frio são interrompidos quando
as temperaturas ultrapassam 10º a 15º, porém os
receptores para frio começam a ser estimulados;
• Ao se atingir os 24º, o estímulo para frio começa a
diminuir levemente até os 40ºC;
• Ao se atingir os 30º as fibras para calor começam a ser estimuladas, e deixam de ser
estimuladas quando a temperatura atinge 49º;
• À partir dos 45º as fibras para dor-calor começam a ser estimuladas pelo calor. Além disso,
diante das lesões das terminações para o frio geradas pelo calor excessivo, algumas fibras
para o frio começam a ser novamente estimuladas também.
**Graus extremos tanto de frio como de calor podem ser dolorosos e gerar sensações muito
parecidas. Além disso, quando a temperatura de uma pessoa está abaixando muito rapidamente,
ela sente muito mais frio do que sentiria se o corpo estivesse constantemente gelado, da mesma
forma que ocorre quando a temperatura sobe muito rápido, fazendo então co que a pessoa sinta
muito mais calor do que se estivesse com a temperatura alta constantemente.
• A detecção da variação térmica se da pela estimulação química das terminações nervosas
modificadas pela temperatuta;
• Somação espacial das sensações térmicas: Diante da baixa quantidade de terminações
nervosas para frio e para calor na pele, quando uma pequena área é estimulada pela
graduação de temperatura, é difícil que essa diferença de temperatura seja avaliada. Porém,
quando grande parte da pele passa pela variação de temperatura, os sinais térmicos de toda
a área corporal com essa alteração SE SOMAM.
Transmissão dos sinais térmicos no sistema nervoso: Os sinais térmicos em geral são transmitidos
por vias paralelas às vias da dor:
• Ao entrar na medula espinhal, os sinais cursam por alguns segmentos de modo ascendente
e descendente no trato de Lissauer, terminando principalmente nas lâminas I, II e III dos
cornos dorsais;
• Após seu processamento, os sinais seguem por longas fibras ascendentes que cruzam para
o trato sensorial anterolateral oposto, e terminam em áreas reticulares e no complexo
ventrobasal do tálamo. Alguns sinais térmicos são retransmitidos para o córtex
somatossensorial do complexo ventrobasal do tálamo.

Fisiologia do sistema medular:


A medula é a estrutura + frágil do nosso organismo,
sendo ela apresentada como um chicote elétrico. Os
tratamentos em busca de restauração da medula
após o seu seccionamento (gerando paraplegia ou
tetraplegia) são muito falhos. Sem os circuitos
neuronais especiais da medula não é possível gerar
qualquer movimento muscular intencional, pois os
circuitos para os movimentos estão na medula
espinhal, e o encéfalo apenas envia sinais de
comando para a medula, visando a realização do
movimento.

Organização das funções motoras da medula


espinhal: Medula é formada pela massa cinza
(composta pelos neurônios) e a massa branca. Na
medula, possui o H medular, que é mais largo na
parte anterior, por possuir > densidade neuronal,
-

diante dessa ser a que controla a via motora. Já a


parte < é a parte posterior, composta pela via
sensitiva.
❃ As principais funções da via sensitiva são:
→ Exterocepção: Sensações que vem do externo. O estímulo entra pela medula, sobe até o
tálamo e depois para o córtex, local onde o estímulo será interpretado;
→ Propriocepção consciente: Não depende de sensação externa para realizar a ação. A sensação
vem de receptores externos e das articulações, e essas informações sobem pelo córtex
espinotalamico, e são interpretados nos tubérculos grácil e cuneiformes;
→ Propriocepção inconsciente: Fuso muscular detecta o grau de contração e o órgão tendinoso
de Golgi tensão do músculo para nos dar estabilidade de movimento e equilíbrio, porém nós não
tomamos consciência do nível que está contraído/relaxado;
• Após a entrada na medula, cada sinal sensorial trafega por duas vias separadas: um ramo
dos nervos sensoriais termina na substância cinzenta da medula, que provoca os reflexos
espinhais segmentares locais e outros efeitos locais e o outro ramo transmite sinais para
níveis superiores na própria medula, no tronco cerebral e para o córtex cerebral;
• Neurônios motores anteriores: Neurônios maiores que a maioria dos outros, localizados nos
cornos anteriores da medula. Esses neurônios dão origem às fibras nervosas que deixam a
medula pelas raízes ventrais e inervam as fibras musculares. Esses neurônios são de 2 tipos:
Ø Neurônios motores alfa: Dão origem a fibras nervosas
motoras grandes do tipo A alfa. Essas fibras se
ramificam várias vezes após chegarem nos músculos,
e elas inervam as grandes fibras musculares
esqueléticas. O estímulo de 1 fibra nervosa alfa, ocorre
a excitação de diversas fibras musculares → UNIDADE
MOTORA;
Ø Neurônios motores gama: Possuem a metade do
tamanho dos neurônios motores alfa, e inervam as
fibras intrafusais, que constituem o centro do fuso
muscular, que auxilia no controle do “tônus” muscular
básico, ou seja, amortecem os movimentos
abrutalhados das células alfa.
**Os neurônios motores alfa e gama passam por um processo denominado co-ativação, ou seja,
sempre que os sinais são transmitidos, do córtex motor ou de qualquer outra área do encéfalo,
para os neurônios motores alfa, os neurônios motores gama são estimulados simultaneamente, o
que faz com que tanto as fibras esqueléticas extrafusais, como as fibras intrafusais do fuso
muscular contraiam ao mesmo tempo.

Interneurônios: Estão presentes em toda a substância cinzenta medular (cornos dorsais, cornos
anteriores e áreas entre eles). Essas células são aproximadamente 30x mais numerosas do que os
neurônios motores anteriores, sendo pequenas e muito excitáveis. Os interneurônios apresentam
diversas interconexões entre si e muitas delas fazem sinapse diretamente com os neurônios
motores anteriores e essas conexões são responsáveis pela maioria das funções integrativas da
medula espinhal. Todos os diferentes tipos de circuitos neuronais são encontrados no conjunto dos
interneurônios das células da medula.
**Quase todos os sinais sensoriais aferentes são transmitidos para os interneurônios onde são
processados e depois transmitidos para os neurônios motores anteriores.

Receptores Sensoriais Musculares e suas funções no controle muscular:


O controle adequado da função muscular requer o feedback contínuo da informação sensorial de
cada músculo a cada instante para a medula espinhal, ou seja, qual é o comprimento do músculo,
qual a tensão instantânea e qual a velocidade de variação de seu comprimento e tensão. Para que
essas informações sejam repassadas dos músculos para o SNC, eles são supridos abundantemente
por duas estruturas, que se localizam no ventre e nos tendões musculares:
• Fusos musculares: Se localizam nos ventres
musculares, repassando informações sobre o
comprimento muscular e sobre a velocidade de
variação desses comprimentos. Eles são compostos por
fibras intrafusal (fibra muscular esquelética muito
pequena, que não contem filamentos que actina e
miosina, o que faz com que essa parte não se contraia
quando a parte extrafusal se contrair, e diante disso, ela
realiza o papel de receptor sensorial) e extrafusais.
- INERVAÇÃO SENSORIAL: A porção intrafusal, fica excitada de duas formas: ou é à partir do
aumento do comprimento do músculo, fazendo com que a região central do fuso se estire
excitando o receptor ou pela contração das regiões terminais das fibras intrafusais (sem alteração
do comprimento muscular), que provocam o estiramento da região central do fuso, excitando
também o receptor intrafusal.
❃ São encontrados 2 tipos de terminações sensoriais na região central:
- Receptores primários (terminações primárias): Receptor anulo espiral, fibra nervosa do tipo “ia”,
sendo uma grande fibra sensorial que envolve a parte central de cada fibra intrafusal, que transmite
sinais para a medula em uma velocidade de 70 a 120m/s.
- Receptores secundários (terminações secundárias): Fibra nervosa sensorial menor, sendo fibras
do tipo II, e inerva a região receptora em 1 ou nos 2 lados da terminação primária e às vezes ela
envolve as fibras intrafusais do mesmo modo que os receptores anuloespirais, mas no geral ela se
espalha como ramos de um arbusto.
❃ Existem também 2 tipos de fibras intrafusais no fuso muscular, sendo elas as fibras musculares
com saco nuclear e as fibras com cadeia nuclear.
Resposta estática: As terminações nervosas continuam transmitindo sinais por vários minutos se o
fuso muscular permanecer estirado;
Resposta dinâmica: Quando o comprimento do fuso aumenta ou diminui rapidamente, os
receptores anulo espirais são fortemente estimulados, enviando essa mudança do estado do fuso
rapidamente por meio de sinais intensos para a medula espinhal.
**Os fusos musculares podem enviar tanto sinais positivos (quantidade aumentada de impulsos,
indicando estiramento do músculo), como sinais negativos (quantidade de impulsos abaixo do
normal, indicando que o músculo não está estirado) para a medula;
❃ Reflexo de estiramento: Quando o músculo é rapidamente
estendido, fazendo com que os fusos musculares sejam
excitados gerando a contração reflexa das fibras extrafusais do
próprio músculo estirado.
- Circuito neuronal do reflexo de estiramento: A via do reflexo
de estiramento é monossináptica, o que permite com que o
sinal reflexo retorne ao músculo, com o menor atraso possível,
após a excitação do fuso. O que ocorre nesse processo é a
transmissão do sinal dos receptores anulo espirais que entram
na medula pela raiz dorsal, e que após a ramificação dessa fibra,
o estímulo segue para o corno anterior da medula fazendo
sinapse diretamente com os os neurônios motores anteriores
que enviam fibras nervosas motoras para o mesmo músculo, de
onde as fibras do fuso muscular se originaram.
O reflexo de estiramento pode ser dividido em 2:
- Reflexo de estiramento dinâmico: É provocado por um sinal potente, transmitido pelos
receptores anulo espirais, causado pelo estiramento ou encurtamento rápido dos músculos,
promovendo uma contração ou redução dela, reflexa, forte e instantânea. Esse reflexo é sempre
gerará o movimento oposto do que está sendo realizado (se o músculo está muito contraido, o
reflexo faz ele descontrair), e ele termina em fração de segundos, pós a mudança de estado do
músculo.
↳ O reflexo de estiramento dinâmico ocorre apenas quando o movimento é indesejado!!
- Reflexo de estiramento estático: É provocado por sinais contínuos dos receptores estáticos. E
ele é um sinal mais fraco e continua por um período prolongado. Esse reflexo é importante, pois é
ele quem mantém o grau de contração muscular razoavelmente constante, a não ser quando o
sistema nervoso da pessoa determina que seja diferente.
↳ O vídeo mais famoso dos Beatles (TOMBO NA NEVE) → Porque eles caíram? Porque eles
quiseram, ou seja, o sistema nervoso deles determinou que era para eles caírem, diminuindo então
o grau de contração muscular constante, permitindo então a queda proposital!!
**Os fusos musculares permitem com que os movimentos sejam
amortecidos no momento da contração muscular, ou seja, quando
os fusos musculares não estão funcionando a contração é
brusca/não uniforme. O gráfico ao lado foi retirado do guyton, em
que demonstra em vermelho a contração muscular em músculos
com fusos musculares normais, e em verde a contração muscular
em músculos em que os fusos musculares não possuem inervação.

• Órgão tendinoso de golgi: Se localizam nos


tendões musculares e repassam informações
sobre a tensão do tendão e a velocidade de
alteração da tensão do músculo. Eles são
estimulados quando o tendão é tensionado pela
contração ou pelo estiramento do músculo.
Assim como os fusos musculares o órgão
tendinoso de golgi também possui resposta
dinâmica e resposta estática:
- Resposta dinâmica: Quando a tensão no músculo aumenta com rapidez, mas diminui em fração
de segundos para o estado de repouso;
- Resposta estática: Quando a tensão do músculo aumenta lentamente e diminui lentamente até o
estado de repouso.
Quando órgão tendinoso transmitem sinais para áreas da medula espinhal e após fazer sinapse no
corno dorsal da medula por vias de fibras longas, o sinal local da medula excita o interneurônio
inibitório, sendo este, o único que inibe o neurônio motor anterior, o que faz com que o próprio
músculo seja inibido, diretamente, sem afetar músculos adjacentes → Por esse reflexo ser
inteiramente inibitório, ele é um mecanismo de feedback negativo, que impede o desenvolvimento
de tensão excessiva do músculo.
❃ Reação de alongamento: Quando a tensão muscular está extrema e é gerado um relaxamento
instantâneo de todo o músculo, diante do efeito inibitório do órgão tendinoso ter sido
extremamente grande levando a uma reação rápida na medula espinhal → Mecanismo de
proteção contra rompimento do músculo e de separação do tendão de seus ligamentos no osso.

**Os sinais desses dois receptores são direcionados para o controle intrínseco do músculo, e eles
operam em nível subconsciente, enviando as informações para a medula espinhal, cerebelo e
córtex cerebral para o controle da contração muscular (modulação do movimento).
Reflexo Flexor e Reflexos de retirada:
• Reflexo Flexor: Contração dos músculos flexores gerada por estímulos sensoriais cutâneos
em um de seus membros com o afastamento do membro do objeto estimulador. Ele é
provocado, mais fortemente, pela estimulação das terminações para dor, e por isso,
também é chamado de reflexo nociceptivo/reflexo à dor.
• Reflexos de retirada: Parte do corpo, sem ser os membros,
que é estimulada dolorosamente e é afastada do estímulo, não
se restringindo apenas aos músculos flexores.
**Os sinais de excitação do músculo entram na medula e passam por
um conjunto de interneurônios e depois, de forma secundária,
passam para os neurônios motores anteriores, ou seja, esses
estímulos não vão diretamente para os neurônios motores
anteriores.

Reflexo Extensor cruzado:


Após o estímulo provocar o reflexo flexor em um membro, o
membro oposto começa a se estender com o objetivo de empurrar
o corpo para longe do objeto estimulador de dor. Esse ato de
estender o membro oposto do estimulado é denominado Reflexo
extensor cruzado.
• Os sinais dos nervos sensoriais (do estímulo do membro) cruzam a medula espinhal para
excitar os músculos extensores. Nesse processo, possuem muitos interneurônios envolvidos
entre os neurônios sensoriais aferentes e os neurônios motores anteriores do lado oposto
da medula.

Fisiologia da motricidade:
Os sinais motores são transmitidos diretamente do córtex para a medula espinhal, pelo trato
corticoespinhal (piramidal) e por múltiplas vias acessórias: Núcleos da base, Cerebelo e Núcleos do
tronco cerebral.
Córtex motor: Situado prioritariamente no giro pré-central,
local onde estão presentes os neurônios gigantes de Betz. →
Esses neurônios constituem o trato corticoespinhal/piramidal.
• Neurônio motor superior, localizado no córtex (cápsula
interna → Alta [ ] de neuronios motores, e uma ruptura de
pequenas artérias/hematomas nessa região pode resultar em
pequenas lesões);
• Neurônio motor inferior, localizado no encéfalo, na medula
cervical, nos nervos dos braços, das pernas e nos ramos
sacrococcigeos da medula;
Trato corticoespinhal (piramidal):
É a via de saída mais importante do córtex motor.
❃ Sinequanon → Sem o qual não há movimentos voluntários;
↳ Apesar de ser um trato fundamental para a existência de movimentos
voluntários, é necessária a presença de outro trato para que ocorra a
modulação dos movimentos, ou seja, para que os movimentos se tornem
táxicos (sejam amortecidos).

Trato Extrapiramidal:
Nossos movimentos são muito precisos, diante da presença dessa via
que os amortece/os modulam → Movimentos táxicos;
- A Área Reticular do Bulbo (ARB), gera o Trato bulborreticulo-espinhal
→ inibe o neurônio motor gama;
- A Área Reticular da Ponte (ARP), gera o Trato pontorreticulo-espinhal
→ excita o neurônio motor gama;
**Esses dois tratos, realizam uma descarga, que é uma espécie de
balanço, nas fibras intrafusais, que fazem maior ou menor estímulo, das
fibras da extremidade do fuso. Quando ocorrem maior estímulo,
(pontorretículo-espinal) o músculo fica mais contraído (gera tensão →
Tensão em excesso/asiedade, pode gerar dor em cabide - pescoço e
ombros - por conta da produção > de ácido lático devido a a
compressão de vasos sanguíneos diante da forte contração muscular).
Já com menor estímulo, ocorre um processo de relaxamento,
promovendo o alongamento muscular desejado (não ocorrerá reflexo
de estiramento);
• É o cerebelo, de forma inconsciente (para a gente), que realiza
a modulação dos nossos movimentos;
• Ele recebe a informação da intenção do comando por uma via
colateral do corticoespinal, sendo ela a via corticocerebelar, ou
seja, a ordem para a realização do movimento é informada para
o cerebelo antes do comando do corticoespinal ser mandado
para os motoneurônios alfa;
• Cerebelo faz a comparação do estado de contração dos músculos agonistas e
antagonistas, além de realizar os ajustes necessários para que seja realizado o
movimento desejado;
• O estado de contração desses músculos é informado por meio dos fusos musculares
(informação proprioceptiva inconsciente);
• As informações dadas pelos fusos sobem por um trato denominado espinocerebelar, em
alta velocidade → dos fusos, para a medula, e da medula para o cerebelo;
• Cerebelo realiza 3 ajustes no movimento:
↳ Alteração na frequência de descarga da via piramidal: Ocorre alteração na quantidade
de estímulo para o motoneurônio alfa → A ordem que seria abrutalhada, passa a ser
moderada desde o início;
↳ Alteração no tônus do motoneurônio gama do músculo agonista → O pontorreticulo-
espinhal modula o motoneurônio gama, a partir de comandos dados pelo cerebelo, e ao ser
modulado, o gama estimula os fusos musculares dos agonistas a se colocarem posicionados
na posição final do movimento desejado, promovendo assim o grau de contração correto
para amortecimento da ação desejada;
↳ Alteração do tônus do motoneurônio gama dos agonistas → Relaxamento dos músculos
antagonistas ao movimento → Motoneurônio gama do músculo antagonista é inibido, pelo
trato bulborreticulo-espinhal, gerando o relaxamento desses músculos, permitindo então que
não ocorra o reflexo de estiramento;
**É importante ressaltar, os neurônios motores alfa e gama,
correm um ao lado do outro, sendo que os alfas terminam
na placa motora e os gama nos fusos muscularas. Porém, os
estímulos para o motoneurônio alfa, vem do córticoespinal, e
o estímulo dos motoneurônios gama vem do cerebelo e
dos tratos pontorretículo-espinhal e bulborretículo-espinhal,
controlando, assim, os fusos musculares, permitindo então a
modulação dos movimentos;
↳ Esse mecanismo de controle das fibras musculares, promovendo um movimento preciso e
veloz é denominado Servo-mecanismo.
❃ Além disso, o globo pálido e a substância negra,
também estão sob o comando do cerebelo, para que o
movimento ocorra de forma + harmônica possível;
• Globo pálido e substância negra atuam sobre o
motoneurônio alfa dos músculos agonistas,
fazendo com que eles já estejam com um valor
mínimo de tensão, para a situação que o
movimento irá precisar → NÍVEL ÓPTIMO DE
TENSÃO
↳ Descarga sobre os motoneurônios alfa e gama dos agonistas;
• Eles também são controlados para realizar o papel de predomínio de inibição no nível de
tronco cerebral → Globo pálido há uma conexão com os núcleos da base (principalmente
o corpo estriado, núcleo caudado e putâmen), fazendo com que essas estruturas inibam a
área pontorretículo-espinhal, possibilitando então que não ocorra o reflexo de estiramento
(se ocorresse um problema nessa área, os movimentos seriam “duros”, a realização dos
movimentos ficaria dificultada).

Áreas motoras secundárias:


• Área da palavra falada: Unilateral, e normalmente está na área do hemisfério dominante →
A lesão nessa área pode levar a dificuldade de falar;
• Área dos movimentos de habilidades;
• Área da escolha das palavras;
• Área da fixação visual.
**Os estímulos dessa área descem e estimulam os neurônios motores inferiores, que pode estar
situado tanto no encéfalo, como na medula no corno anterior.
Movimentos automáticos:
São movimentos que ocorrem sem que nosso encéfalo utilize energia para que eles aconteçam,
ou seja, depois que um movimento está automatizado, ele não ocupa mais um espaço de tensão
do córtex para que ele ocorra. São duas áreas dentro dos nossos núcleos subcorticais, que
armazenam as ordens, que ao se iniciar não é necessário que sejam colocadas ações neuronais
para pensar, pois elas já estão todas programadas.
Essas ações são: Andar, correr, escrever (letra cursiva), dançar, digitar, artes marciais, tocar
instrumento musical, dirigir, fluência em língua estrangeira e tarefas manuais.
❃ As áreas específicas para as ações automatizadas são:
• Núcleo Caudado: Inscrição das habilidades instintivas → Andar,
correr..
• Putâmen: Inscrição das habilidades procedimentais → Dirigir,
aprender uma nova língua, digitar.. (essas áreas vieram com circuitos
disponíveis para fazer com que o aprendizado se torne automático,
ou seja, a coisa é aprendida e se torna automática)
❃ O cerebelo também possui a memória para as ações dos
movimentos automatizados, sendo ele o responsável por inscrever os
circuitos nessas áreas → circuitos automatizados;
• Quando a ordem de realização de alguma ação chega para ser produzida, o córtex realiza a
checagem do corpo estriado (núcleo caudado e putâmen), para verificar se existe o padrão
automatizado para as ações desejadas. Se existir essa automatização, o córtex se desliga do
processo, e ele será realizado pelo núcleo caudado e pelo putâmen

Sustentação do corpo contra a gravidade:


Quando o indivíduo está de pé, imóvel, o córtex motor entende
que não há necessidade de ele utilizar seus recursos, para o
mantimento de um padrão motor “simples” (ficar imóvel, em pé).
Com isso, a ordem vem pelo motoneurônio alfa, com um
reforço de tônus do globo pálido e da substância negra,
entregando assim o tônus básico para o motoneurônio alfa
(tônus òptimo de tensão). Associado a isso, há a ação da área
reticular da ponte e do trato pontorretículo-espinhal, estimulando
tanto os músculos agonistas, como os músculos antagonistas,
fazendo com que o fuso muscular fique tenso, resultando, assim,
na tensão muscular simultânea.
↳ Conclui-se que o córtex não atua no ato de ficar de pé,
imóvel, e quem atua nessa ação é o trato pontorretículo-
espinhal, acionando os motoneurônios gama dos agonistas e dos
antagonistas, contraindo assim os fusos musculares, e diante
disso, os alfas são estimulados a contrair o músculo,
promovendo então a possibilidade do indivíduo ficar de pé.
**Quando vamos andar, o mecanismo muda, utilizando então os
circuitos presentes no núcleo caudado (movimentos
automáticos).
Ataxias + frequentes:
• Ataxia cerebelar: Falência do sistema de coordenação. Com isso estão presentes, a
incapacidade de modulação Do estímulo cortical, incapacidade de programar a sequência de
atuação das áreas corticais e incapacidade de comparar o estado dos músculos envolvidos
com o estado necessário para o movimento. → O indivíduo apresentará marcha atáxica,
dismetria, hipermetria, tremor de ação, hipertonia muscular, rebote (reflexos de estiramento
não acontece, resultando no rebote dos músculos realizadores do movimento),
disdiadococinesia (incapacidade de realizar movimentos rápidos). Esses sintomas não agravam
ao fechar os olhos, mas também não melhoram de olhos abertos;
• Ataxia cerebral: Lesão do corticoespinhal, sendo geralmente originados por paralisia cerebral
ou por acidentes vasculares encefálicos (AVE) → Corticoespinal é o SINEQUANON, ou seja,
essa ataxia vem com incapacidade total de realizar um movimento (lesão em nível das fibras
corticais), ou uma incapacidade parcial (lesão em nível cortical). Além disso, ocorrem
desbalanceamentos das influências sobre os motoneurônios do corno anterior da medula
(lesões desse tipo, vem com atrofia muscular importante). Os pacientes com esses quadros,
podem apresentar: Hipertonia, hiper-reflexia (descarga muito grande nos motoneurônios
gama, resultando em uma alta reflexia), clonus, sinal de babinsky, e conforme o
comprometimento de plegia, ele pode apresentar, ou espasticidade, ou deformidade;
• Ataxia de comprometimento de automatismo dos movimentos: Lesão do Núcleo Caudado
e do putâmen, resultando na perda dos movimentos automáticos e o surgimento dos
movimentos anormais → Coréia, Atetose e Hemibalismo;
• Ataxia pelo não desbloqueio do músculo antagonista durante o movimento: Lesões do
globo pálido e da substância negra, resulta em movimentos realizados apenas de forma
lenta (hipocinesia), devido a presença desses movimentos serem possíveis, sem resultar no
reflexo de estiramento indesejado. Além disso, há uma rigidez muscular do agonista e do
antagonista, tremores, dificuldades na fala, fácies amímicas e ausência de balanço do corpo
(mecanismos de amortecimento estão lesados).

Fisiologia do equilíbrio:
Um dos pontos mais importantes para manter o nosso
diferencial competitivo natural de ser bípedes. O nosso
organismo é bastante adaptado com o ato de ficar de pé,
sendo que o nosso gasto energético para essa ação, nos
músculos, é pequeno, diante das nossas curvaturas e
ligamentos da coluna.

- Cerebelo tem um importante papel nessa


fisiologia, sendo responsável por 2 de 4
componentes do equilíbrio;
❃ O equilíbrio possui 4 componentes:
• Propriocepção inconsciente: Comparação do estado de
contração e tensão dos músculos, realizados pelo cerebelo,
por meio dos fusos musculares e dos órgãos tendinosos de
golgi, para que sejam feitos os movimentos desejados de
forma precisa → Eles são denominados propriocepção
inconsciente, pois nós não tomamos conhecimento que o
cerebelo realiza essa modulação, por meio da regulação das
descargas nos motoneurônios gama (para controlar as fibras
intrafusais), realizadas pelo trato pontorretículo-espinhal, a
comando do cerebelo, de acordo com o estado de
contração muscular naquele momento;
• Propriocepção proveniente do aparelho vestibular: Essa
propriocepção é, geralmente, inconsciente, porém nos quadros de
labirintite, ela se torna consciente (vertigem).
Essa sensação vem do labirinto → Constituído por 3 canais semi-
circulares (anterior, posterior e horizontal) que possuem seus
receptores na crista da ampola, que serão deformados pelo
movimento da endolinfa, substância gelatinosa, que movimenta os
cílios presentes nas estruturas a medida que a cabeça se movimenta..
Além disso, ele é composto pelo trículo e pelo sáculo (nessas
estruturas, possuem a mácula do trículo e do sáculo).
As sensações vindas do aparelho vestibular, vem pelo nervo vestibulo-coclear (8º par
craniano), até os núcleos vestibulares, que possuem uma grande conexão com o cerebelo,
além de descer fibras para a medula, formando o trato vestibulo-espinal. **Os neurônios que
fazem parte desse trato, influenciam o motoneurônio gama, além de ter reflexos próprios,
especialmente relacionados ao equilíbrio (não permitindo que a pessoa caia).
Funções das estruturas:
- Utrúculo e Sáculo: Relacionados ao reflexo de
estiramento, envolvendo mudanças súbitas e
inesperadas do posicionamento da cabeça e do
pescoço → Reflexos importantes na preservação da
integridade da face (correção do corpo, quando a
cabeça desequilibrar de forma não prevista. Quando
o movimento é desejado, o reflexo de estiramento
não ocorre).
- Canais semi-circulares: Envolvidos na predição da variação do posicionamento do corpo,
diante de movimentos acelerados da cabeça → A crista da ampola, presente nessas
estruturas, se movimentam a medida que a cabeça muda de posição, gerando uma
mudança na posição dos cílios, diante da presença da endolinfa, que é uma substância
gelatinosa, que, por ter densidade alta, demora a se mover com a mudança de posição da
cabeça. Essa movimentação ciliar, pode resultar no aumento - quando os cílios se
aproximam do kinocilio - ou na diminuição - quando os cílios se afastam do kinocilio - do
potencial de ação., que gera a percepção de posição;
• Propriocepção Consciente: Também é chamada de
cinestesia e consiste na percepção de sensações próprias, de
maneira consciente (de olhos fechados colocar os dedos na
ponta do nariz, por exemplo).
Ela ocorre em nível cortical, por ser consciente, e ela vem
de receptores das articulações (sensíveis a ângulos
extremos), receptores musculares (não são os fusos, mas
sim de receptores de membranas que envolvem os
músculos) e de receptores de tato e pressão especializados,
localizados no subcutâneo (Meissner, Merkel, Iggo e Ruffini)
→ Esses receptores mandam essas percepções, por meio
de uma via especializada, dos fascículos grácil e cuneiforme,
que correm no corno posterior da medula, sobrem, se
constituem na medula oblonga no lemnisco medial (sistema
muito fino, que localiza exatamente onde está cada parte do
corpo e de onde vem cada estímulo → ESQUEMA
CORPORAL), sobem + ainda, cruzam e vão até o complexo
ventrobasal do tálamo. No processo ventrobasal do tálamo,
ocorrem a irradiação cortical no giro pós-central;
• Visão: Tem um papel de certa forma limitado no
equilíbrio, pois quando os indivíduos com cegueira
total, tem um bom funcionamento dos primeiros
mecanismos, ele possui o equilíbrio preservado,
desde que não hajam situações com fatores
limitantes, como:
- Alterações dos padrões de movimentos do cerebelo:
O cerebelo tem o tamanho do passo que ele sabe dar,
se há desnivelamento no chão, alteração de tamanho
de degraus.. o cerebelo será “enganado” e não possuirá
o auxílio da visão, para que o equilíbrio ocorra de maneira adequada;
- Previsão de obstrução: A visão permite com que enxerguemos os obstáculos que estão por
vir (paredes, árvores, portas fechadas.. ), sem ela, o cerebelo não consegue prever quando
devemos diminuir o tamanho dos passos, e muito menos parar de dar passadas para não atingir
o obstáculo;
- Acertos do equilíbrio propiciados pela visão: A visão possui uma conexão com o cerebelo, via
fascículo longitudinal medial, além da presença dos músculos da visão, permitindo com que a
nossa posição no espaço tenha um acompanhamento dinâmico da visão. Com isso, sem a sua
presença esse acompanhamento dinâmico não ocorrerá, e estaria prejudicada.
**O indivíduo cego, compensa essa ausência da visão, com o aumento da sensibilidade nos pés
(exterocepção plantar) → Sinalização podotátil, indicando a hora de parar, por possuir
obstáculos, ou o início da rua, onde passam carros, ou a entrada em algum local.. e onde pode-
se seguir em frente. Além disso, também ocorre o aumento da sensibilidade auditiva →
Sinalização nos sinais por meio de sons diferentes, que indicam quando se pode atravessar a
rua, e quando deve-se ficar parado.
Fisiologia da audição:
Audição é um sentido que possui uma característica
especial, que é a presença de um movimento oscilatório
(onda mecânica) que atinge o nosso aparelho auditivo, e
passa por uma transformação de energia mecânica para
energia elétrica. Essa energia passa por 12 passos até que
ela seja percebida, sendo que é no passo 6, que ela
passa pela transformação de mecânica para elétrica.
Passos (1 a 12):
• Passo 1: Entrada do som no nosso pavilhão auditivo externo;
• Passo 2: Condução da onda, pelo conduto auditivo externo, até o passo 3;
• Passo 3: Som faz com que a membrana timpânica vibre;
• Passo 4: Vibração timpânica é transmitida para uma cadeia oscicular (menores ossos do
corpo humano) → Martelo, bigorna e estribo, sendo que o estribo realiza uma onda de
pressão não cóclea (passo 5);
• Passo 5: Movimento na cóclea, em que a pressão colocada nela, exerce pressão na peri-
linfa, que exerce pressão na endo-linfa, podendo encontrar um ponto de ressonancia no
órgão de corte, que ao ser encontrado, é percebida a audição, ocorrendo assim a
transdução → Transformação de energia mecânica em energia elétrica (passo 6);
• Passo 6: Local onde ocorre a transdução, transmitindo a energia para o nervo vestibulo-
coclear (passo 7);
• Passo 7: Energia é conduzida pelo nervo vestibulo-coclear até o tronco cerebral, nos
núcleos cocleares (passo 8);
• Passo 8: Entrada da energia no tronco cerebral (núcleos cocleares), que é transmitida até os
colículos (passo 9);
• Passo 9: Entrada de energia nos colículos, e posteriormente é transmitida para as olivas
(passo 10);
• Passo 10: Energia é recebida nas olivas e transmitindo os estímulos até o tálamo (passo 11);
• Passo 11: Energia chega no tálamo e é transmitida para o córtex (passo 12);
• Passo 12: Energia chega ao córtex e o estímulo é percebido..

Propriedades físicas do som:


São duas propriedades fundamentais, sendo elas a frequência e a
F
intensidade do som;
• Frequência: Nos da a tonalidade do som (grave e agudo),
sendo ela percebida em ciclos por segundo (HERTZ). Os
seres humanos são capazes de ouvir sons de 20Hz até
20.000Hz, sendo a faixa abaixo de 20Hz denominada infra-
som (percebida como vibração), e acima de 20.000Hz
denominada ultra-som. A nossa conversação está entre
500Hz a 2.000Hz, mas possuem pessoas de voz mais
grave com voz abaixo de 500Hz e pessoas de voz mais fina, acima de 2000Hz;
• Intensidade (nível de pressão sonora): Força com que a onda sonora atinge a nossa
membrana timpânica. A diferença entre a intensidade do sussurro e do ruído que nos
provoca dor é de 10 elevado a 12, e diante dessa grande diferença, foi criada a unidade
DECIBEL. O som confortável para o ouvido humano, é aquele que vai até 65 decibéis, e
sons que pode causar prejuízo (redução da audição/surdez) é aquele acima de 80 decibéis.
**entre 65 decibéis e 80 decibéis, o som é desconfortável, mas não é lesivo;
O som possui algumas outras propriedades físicas, sendo elas: Timbre (Voz + aguda = Tenor para
homens e soprano para mulheres, Voz intermediária = barítona para homens e mesossoprano
para mulheres e Voz + grave = baixo para homens e contralto para mulheres), Velocidade
(expressa em m/s, e no ar, a condução é lenta, sendo 344m/s → A velocidade do som, aumenta
proporcionalmente à velocidade), Comprimento de onda (distancia entre 2 pontos máximos de
amplitude) e Reverberancia (volume em relação ao coeficiente de absorção do som).
❃ A medição do som é feita por aparelhos denominados sonometros!!

Função das orelhas: Discriminar frequência dos sons, Identificar


intensidade dos sons, Localizar a fonte dos sons, Comprimir o amplo
espectro de sons que chega ao ouvido, Decodificar os sinais e
transmiti-los ao cérebro e Amplificar os sons desejados e filtrar os
não desejados (conseguimos prestar atenção em apenas uma
conversa em locais barulhentos, pois a orelha filtra o que você
escuta).
Orelhas: A orelha é dividida em orelha interna, orelha externa e
orelha média. O que divide a orelha externa da orelha média é a
membrana timpânica, e o que divide a orelha média da orelha
interna é a janela oval, local onde o estribo, exerce uma pressão
sobre a peri-linfa no labirinto membranoso.

• Orelha externa: Composta pela concha, pelo pavilhão auditivo (possui diversas partes que o
constitui) , o conduto auditivo externo e a membrana timpânica → O ouvido humano capta
o som de forma AZIMUTE, ou seja, se o som estiver perpendicular ao homem, será difícil a
identificação de onde está o som. Porém, se o som vier de uma determinada angulação, a
intensidade em um ouvido será maior que a outra, permitindo então que a localização de
origem do som seja percebida.
↳ Otoscopia: Técnica em que podemos observar o conduto auditivo externo, a membrana
timpânica e a sombra dos ossos presentes na janela oval, por meio do aparelho otoscópio.
• Orelha média: Tem um papel primordial, tendo uma série frequente de problemas, como as
otites médias. Tem um mecanismo de 3 ossos muito bem
encadeados (martelo, bigorna e estribo), que realizam a
passagem da onda sonora, por meio da recepção da
vibração timpânica e transmissão em forma de pressão
para a cóclea.
- Quando a membrana timpânica vibra, o martelo age
tracionando a bigorna, que exerce uma onda de pressão sobre
o estribo, que com essa pressão, ele empurra a peri-linfa para
a cóclea, para que o processo de transmissão da onda sonora
continue no organismo;
- Junto aos ossos, temos 2 músculos importantes, sendo eles de proteção (evita que sons
muito intensos, que podem causar danos, gerem muita pressão sobre as estruturas),
denominados, tensor do tímpano (com a onda de pressão muito intensa ele tensiona, fazendo
com que se passe menor intensidade de som para a cadeia dos ossinhos) e estapédio (traciona
a base do estribo) → É um mecanismo bom para ruídos intermitentes, mas funcionam muito
mal para ruídos de impacto, pois o ruído de impacto desaparece por um tempo, e o
mecanismo para de funcionar, e quando vier outro impacto, esse mecanismo não vai estar
ativado, fazendo com que o som passe em alta intensidade.
**Para que esse organismo funcione, é necessário que se tenha a
permeabilidade da trompa de eustáquio (trompa que liga a
nasofaringe a orelha média), e se não houver obstrução, é
possível que haja a vibração livre do tímpano. Porém, se houver
obstrução, nossa audição fica em partes comprometida.
**OTITES MÉDIAS: Fazem com que haja um mecanismo residual
de edema entre os ossos da orelha média, fazendo com que
ocorra uma incapacidade desses ossos exercerem sua função,
fazendo com que, se resulte em uma perda auditiva.

• Orelha interna: É constituída pela cóclea, que


compartilha espaço com os canais semicirculares.
Pelo formato de caracol da cóclea, ou seja um espiral
de duas voltas e meia, é gerado um gânglio, onde as
sensações provenientes do órgão de corte vão ser
coletadas e vão passar pelo vestíbulo coclear.
- Após o estribo empurrar a peri-linfa, conforme a frequência, será encontrado o ponto
adequado de ressonância, que depende da textura basilar, que irá acionar o mecanismo de
vibração das células ciliadas do órgão de corti.
- São 3 camadas/rampas presentes na cóclea, sendo elas: Escala vestibular (de cima), Escala
média (do meio), Escala timpânica (de baixo);
- A membrana basilar, membrana de grande importância, se localiza entre a escala média e a
escala timpânica. Essa região é onde está situado o órgão de corti;
- O órgão de Corti tem um formato espiral, e é composta por
células ciliadas, que ficam presas à membrana tectória, sendo esse o
local responsável por realizar a transdução do som (transformação
de energia mecânica, para energia elétrica);
- Os pontos de ressonância são encontrados na cóclea de
acordo com sua frequência, e quanto > a frequência, +
próximo do início do espiral está o seu ponto adequado de
ressonância (região basal → membrana basilar + fina e
rígida), quanto < a frequência, + distante do começo da
cóclea (ápice) estará o seu ponto adequado de ressonância
(cúpula → membrana + espessa e flácida) e frequência
médias encontrarão seu ponto de ressonância no meio da
cóclea → ONDA VIAJANTE DA MEMBRANA BASILAR
- Com a localização do ponto de ressonância, ocorre a detecção da
pressão pela ressonância da onda de pressão que chega na
membrana tectória, que abrigam as células ciliadas, que são divididas
em 2 tipos: CAMADA EXTERNA (13.000 células → se contraem
para melhorar a amplitude e a seleção de frequência que funciona
como um filtro, ou seja, capta apenas o que é de interesse seu para
ouvir, e um amplificador coclear) e CAMADA INTERNA (4.000 células
→ Função de transdução, são elas que “escutam”);
- As célula ciliadas passam por um processo de vibração, que
desencadeiam um potencial de ação, que será percebido e
recolhido, pelo nervo vestibulo coclear, e enviado para as estruturas
cerebrais;
**Como é percebido um nível de ruído + alto ou + baixo? A amplitude de vibração da membrana
ciliar, fazendo com que as células ciliadas excitem as terminações nervosas de forma + rápida,
juntamente com o recrutamento de + células ciliadas na margem da porção ressonante e com a
estimulação das células ciliadas externas, enviando uma “notificação” para o cérebro que o som é
de alta intensidade.

As vias nervosas da audição: Potencial de ação percorre o nervo


vestíbulo coclear, até chegar ao nível da percepção, que é no córtex
auditivo, no giro temporal, superior transverso.
A cóclea, manda seus estímulos para os núcleos supra-cocleares,
localizados no tronco cerebral. Nessa localização, ocorre a ajuda da
percepção da localização do som, por meio da chegada do potencial
de ação + rápido da orelha esquerda ou direita, segundo a posição da fonte origem de som, após
isso, o estímulo sobe para os núcleos olivares, e depois para o tálamo, onde acontece a
percepção da frequência, da intensidade, da qualidade e significado. Do tálamo, o estímulo segue
para o giro temporal superior transverso, onde será feito o aperfeiçoamento da audição.
- Os córtex possuem papéis diferentes na adição:
• Córtex esquerdo: Relacionado ao significado e identificação do som;
• Córtex direito: Relacionado à qualidade do som.
Audiometria: A pessoa que será testada para capacidade auditiva
é colocada dentro de uma cabine com isolamento acústico, e o
examinador diminui a intensidade de um som, que está sendo
perfeitamente ouvido pelo paciente, de 5 em 5 decibéis, até que
o indivíduo não escute mais, sendo assim identificado o limiar de
audição. Após a realização do exame, o examinador completa o
gráfico de audiometria tonal. O normal, é que uma pessoa escute
até cerca de 25 decibéis e caso o indivíduo consiga escutar
apenas valores > que 25, é realizado o teste de via óssea, em
que é colocado um diapasao na mastóide, e é emitido um som de
frequencia conhecida e o indivíduo vai sinalizando o que ele ouviu.
**Se o problema for no órgão de corti (cóclea), o indivíduo terá problema, principalmente, nas
células ciliadas externas, e com isso, a membrana basilar fica + suscetível a vibrações, fazendo com
que ela vibre + do que normalmente. Com isso, o som transmitido pela onda sonora vindo do ar
não fica audível, mas, o som transmitido por meio da vibração óssea, gerado pelo diapasao é
escutado.
**Se a lesão for em nível encefálico, o uso do diapasao não gerará melhorias do quadro de
audição.

Transtornos causados pela exposição ao ruído: O fator ruído se constitui em um dos fatores mais
importantes ao se tratar de qualidade de vida nos centros urbanos. Além disso, trabalhos em
centros ruidosos, geram perda de audição a longo prazo.
A contaminação por ruído pode ser por:
• Ruído recreativo: Fones de ouvido com música muito alta, competições de fórmula 1..
• Ruído urbano: Passagem de aviões no céu, carros buzinando e caminhões em ladeiras;
• Ruído ocupacional: Trabalho em locais de muito ruído, como obras, e fábricas.
HIPOACUSIA POR RUÍDO → Quadro que se origina quando a pressão sonora no trabalho é > que
85 decibéis, por um tempo prolongado (+ que 8 horas).

Cóclea normal Cóclea exposta ao ruído


excessivo

Exposição ao ruído
Fisiologia da visão:
A visão representa cerca de 80% da nossa
cognição (percepção do ambiente).
O olho humano possui um espectro de luz
visível, que é sensibilizado por fótons (luz) e
que varia em torno de 370nm (violeta) a
750nm (vermelho). Abaixo disso, possuímos o
infravermelho (não e visível) e ultravioleta
(também não é visível);
↳ Os receptores para a luz (fotorreceptores)
estão localizados em diferentes porções no
nosso olho, sendo distribuídos na nossa retina,
e podem responder a visão a cores e a visão
monocromática (cones e bastonetes).

Anatomia Ocular: Na parte + externa, está presente a


córnea, e entre a córnea e a íris, está localizada a
câmara anterior, que é preenchida por humor aquoso.
Dentro da íris, possui a formação da pupila, que é o
local onde a luz irá entrar dentro do nosso olho, e atrás
da pupila, está localizada a lente interna do olho, o
cristalino, que é suspenso por ligamentos zônulares, em
que o músculo ciliar, se relaciona. Quando o músculo
ciliar se contrai, o cristalino se altera (é isso que
determina a acomodação visual). Já na câmara
posterior do olho, terá um preenchimento pelo humor
vítreo, que é uma espécie de gel, que faz com que a
nossa retina, que possui os fotorreceptores, cones e
bastonetes, que perceberão os fótons que entraram
pela pupila, fique bem fixada nas estruturas posteriores
do olho. Posteriormente da captação da luz pelos
fotorreceptores, a informação será encaminhada para
o córtex cerebral, por meio do nervo óptico (agregado
de filamentos nervosos que vem da retina). Nessa
região (do nervo óptico), estão presentes a artéria
central e a veia central da retina, que se ramificam nas
arcadas superior e inferior, e essas arcadas vasculares
são utilizadas no estudo do fundo de olho. Nesse estudo, são observados além das arcadas
vasculares, o nervo óptico e o brilho macular.
↳ Para que se tenha uma visão normal, a luz deve passar por todos os meios citados
anteriormente, e ter o foco na retina. Caso esse foco não se localize na retina, podendo estar
antes ou depois dessa estrutura, será ocasionado o fenômeno de ametropia.
**O humor aquoso é mais líquido, e preenche a câmara anterior, sendo produzido no corpo ciliar,
e ele possui um mecanismo de entrada e saída, formando pressão (pressão intra-ocular, é essa
pressão do mecanismo de entrada e saída do humor aquoso), e para medirmos a pressão, é
utilizado um aparelho denominado tonometro, no qual ele é encostado na córnea. A pressão
normal do olho é de 12mmHg a 20mmHg, e se estiver muito abaixo ou muito acima desses
valores, podem ser inferidos problemas nesse mecanismo do humor aquoso.
↳ GLAUCOMA: Doença em que a pressão do olho está aumentada, podendo gerar repercussões
no nervo óptico.

❃ Tanto o humor vítreo, quanto o humor aquoso devem ser transparentes, pois a luz precisa de
passar por esses meios para atingir a retina.

Índice Refrativo: Reflete um valor que os raios de luz tem quando eles atravessam os meios.
Quando eles atravessam o ar, o índice refrativo do ar, será 1, porém esses índices se alteram de
meio para meio. Com isso, percebe-se que são diferentes índices refrativos na passagem da luz,
para os nossos meios oculares.
Índices refrativos das estruturas:
• Córnea: 1,38;
• Humor Aquoso: 1,33
• Cristalino: 1,40
• Humor Vítreo: 1,34

**Algumas doenças tem capacidade de fazer a mudança do índice refrativo.


↳ DIABETES MELLITUS TIPO 1: Quando está em descontrole, ela altera o índice refrativo do
humor aquoso, pois a glicose acumula nesse meio, alterando seu índice refrativo, gerando um
processo de miopzação (visão equivalente a de um indivíduo com miopia). Ficar em alerta, pois se
não procedermos com uma conversa adequada/anamnese adequada do paciente, ele dirá que não
está enxergando de longe, e será prescrita uma lente para uma miopia que não existe, pois o real
problema é a alteração do índice refracional, determinado pela diabetes descontrolada.
ESTRUTURAS COM PODER REFRACIONAL/PODER DIÓPTRICO → Córnea (40 a 45 dioptrias) e o
cristalino (capacidade de acomodação de 12 a 14 dioptrias).

Emetropia: A luz deve estar sendo focada na retina → VISÃO NORMAL;

Ametropia: Vícios refracionais → Miopia (imagem é formada antes da


retina → Adiciona uma lente negativa/divergente, diminui o poder
dióptrico do olho), Hipermetropia (imagem é formada posteriormente
à retina → É adicionada uma lente positiva/convergente, para
aumentar o poder dióptrico) e Astigmatismo (dois planos serão
afetados, formando uma imagem fantasma/desfocada, pois terá a
formação de 2 imagens → a correção é realizada por meio de uma
lente cilíndrica, que corrige a distorção da córnea, nos dois planos,
formando então apenas 1 imagem).
Acuidade Visual: Grau de precisão que os detalhes e os contornos dos objetos podem ser
identificados. Ela é testada pela determinação da distancia mínima entre dois pontos (ângulo
mínimo de resolução → Capacidade de distinguir dois pontos próximos).
Ela depende de:
• Fatores dióptricos: Ametropias, pupila (devido a entrada de luz), a composição da luz (que
tipo de luz);
• Estímulos: Contraste, iluminação adequada, tempo de exposição adequado;
• Fatores neurais: Cones (segmentos externo que contém os fotopigmentos) e Bastonetes
(segmentos externos que contém rodopsina → substância);
↳ Essas estruturas possuem localização específica, sendo a periferia com maior
quantidade de bastonetes, sendo uma visão + relacionada ao escuro. Já os
cones, são localizados na parte central, e são relacionados com a percepção
de detalhes
Nos exames oftálmicos, há uma analogia de imagem para o que está dentro do olho, na retina,
devido a acuidade visual ser dependente do espaçamento dos fotorreceptores da retina e da
precisão de refração do olho humano.
↳ Examinador fica a uma distancia de 6 metros da pessoa que está
sendo examinada (ao lado da tabela), e pede para que as pessoas
leiam as letras que estarão apresentadas na tabela. Se a pessoa for
analfabeta, são colocados números, e se a pessoa não conhecer
também os números, a letra “E” é representada de diversas formas
(de pé, pro lado direito, esquerdo.. ) e deve-se pedir para que a
pessoa diga para qual lado está a letra “E”.
Medida da visão para longe:
• Tabela de Snellen, posicionada a 6 metros (20 pés) e traduz a medida do ângulo de visão
(distancia entre 2 fotorreceptores);
• É testado cada olho separadamente, sendo padronizado, primeiro
o olho direito, depois o olho esquerdo (o olho que não está sendo
examinado fica tampado). Após ser testado separadamente, são
testados os dois juntos, para se afirmar a acuidade visual do
indivíduo;
• ABREVIATURAS IMPORTANTES:
ü AV: Acuidade Visual;
ü AO: Ambos os olhos;
ü OD: Olho direito;
ü OE: Olho esquerdo;
ü SC: Sem correção óptica (sem lente, ou seja, sem grau);
ü CC: Com correção óptica (com a lente necessária para melhoria das possíveis
ametropias existentes).
• Linha 20/20 → Pessoa consegue ler em uma distancia de 20 pés (6 metros). Essa é a
melhor visão possível, e pode ser encontrada também na representação 1,0;
• Linha 20/200 → Pessoa não consegue enxergar a maior letra de todas. É realizado o CD
(contagem de dedos), e se a pessoa for capaz de responder a pessoa tem uma visão de
CD a 6 metros. Porém se o examinador abrir as mãos a 6 metros e o paciente não
conseguir enxergar a mão, serão dados passos até que a pessoa enxergue e será descrito,
CD a X metros (X = quantidade de metros que a pessoa levou para enxergar a quantidade
de dedos levantados);
• Se a pessoa estiver com uma visão ruim a ponto de não enxergar a quantidade de dedos
mesmo próximo dela, o examinador passa a realizar movimentação de mãos, e se a pessoa
visualizar a passagem de vultos, a anotação se torna MM (movimento de mãos);
• PL → Visão + baixa do que o MM, o indinvíduo enxerga apenas percepção de luz (PL);
• S/PL → Não percebe mais nem a luz (glaucoma é uma doença que não dói, é silenciosa, e
a pessoa perde a visão sem que ela perceba);
• 20/30 → A melhor visão do paciente que já utliza óculos (grau), ou seja, o indivíduo
consegue enxergar com o óculos e a uma visão de 20 pés (o indivíduo de visão normal
EMETROPIA conseguiria enxergar a 30 pés essa visão que o indivíduo com AMTROPIA tem
com 20 pés)
↳ X/Y → X = A quantos pés a pessoa com problema de visão enxerga determinado
objeto. Já Y = A quantos pés, a pessoa sem problema de visão enxerga o objeto

Mecanismos da acomodação visual: Para enxergamos para longe,


nós temos um comportamento diferente do nosso olho, do que
para enxergarmos para perto → MECANISMO DE ACOMODAÇÃO.
O foco visual deve mudar, quando observamos algo de longe e algo
de perto:
• Músculo ciliar se contrai, fazendo com que os ligamentos zonulares fiquem frouxos. Os
ligamentos zonulares, são relacionados com a cápsula que envolve o cristalino, o que faz
com que, consequentemente, ela deixe de ser tensionada, fazendo com que a estrutura
interna do cristalino fique + espessa (+ gordinha, rs) → Aumenta o poder refracional,
fazendo com que o foco seja trazido pra perto. Ocorre quando mudamos nossa visão do
longe para perto.
↳ Para que a acomodação ocorra, é necessário que esse mecanismo de contração dos
músculos ciliares, promovendo o relaxamento dos ligamentos zonulares e gerando o
espessamento da estrutura interna do cristalino → Aumenta a refringência do cristalino, que
passa a permitir que foquemos para perto;
CRISTALINO P/ PERTO: + Espesso → Músculo ciliar contraído, ligamentos zonulares e
cristalino relaxados;
CRISTALINO P/ LONGE: - Espesso → Músculo ciliar relaxado, ligamentos zonulares e
cristalino tensionados;
PONTO REMOTO: Ponto mais distante no qual um objeto pode ser visto claramente;
PONTO PRÓXIMO: Ponto mais próximo que um objeto pode ser visto claramente;
**A capacidade de acomodação vai sendo perdida após os 40 anos. Para que isso seja solucionado,
a oftalmologia entrega a lente para o concertar a acomodação danificada
↳ Porque ocorre essa perda de acomodação com a idade
(PRESBIOPIA)? Depois dos 40 anos de idade as pessoas começam a
perder a capacidade dióptrica, diante da perda de elasticidade da cápsula,
e do aumento da substância do cristalino, gerando rigidez, não
permitindo a sua movimentação, com isso é necessário que se afaste
os objetos para que ocorra o foco, ou que seja prescrito um óculos com o grau correto, para
gerar foco.
O teste de presbiopia consiste em uma tabela, denominada tabela de
Jagger, que assim como a de Snellen, possui linhas, mas com números e a
cada linha o tamanho desses números vão diminuindo. Ela é posicionada a
37cm de distancia do rosto do paciente.
Sobre a tabela:
• J1: Indivíduo com visão normal, ou seja, consegue visualizar os números a
uma distancia de 37cm;
• Indivíduos présbitas não são capazes de visualizar os 14 optotipos
(números) do nível J1;
***CATARATA: Lente do cristalino se torna OPACA com o passar dos anos, logo, todas as
pessoas, a medida que a expectativa de vida aumentar, terão problemas de catarata e presbiopia.

Neurofisiologia da visão:
• No fundo de olho, temos uma região denominada mácula, que possui muitos
fotorreceptores concentrados e essa região é a de precisão do nosso olho. Além disso,
nessa estrutura, nós possuímos a fóvea (depressão na mácula), que possui no seu interior a
fovéola, que possui > [ ], de cones nessa região que é onde o foco da visão é formado.
↳ Existem algumas doenças que desorganizam essa
região, sendo uma das mais frequentes a DMRI (Doença
Macular Relacionada a Idade), que afeta a porção da
fovéola, relatando então uma visão borrada, sem
correção óptica.
• Nessa região, do fundo do olho, também pode ser
observado o nervo óptico, que possui sua borda externa,
denominada diâmetro do disco óptico e uma parte
interna, denominada escavação do disco óptico → Existe uma relação oftálmica, que é
composta pelo tamanho do diâmetro do disco óptico, com o tamanho da escavação do
disco óptico (E/D), que deve ser = a 0,2 ou 0,3, e se essa relação estiver aumentada, é
provável que o paciente esteja com glaucoma (destrói as fibras nervosas da retina, por
meio do aumento dessa relação).
CONES: São encontrados, principalmente, na retina central, em um raio de 10º a
partir da fóvea;
BASTONETES: Estão ausentes na fóvea, e são encontrados principalmente na
retina periférica. Eles transmitem informações relacionadas a reconhecimento de
objetos no escuro.
**Daltonismo: Doença recessiva genética relacionada ao cromossomo X.
Visão de profundidade: Uma das características de evolução da visão da nossa espécie. Nós só
conseguimos enxergar objetos com percepção de profundidade, diante da nossa binocularidade,
ou seja, existe uma convergência dos campos visuais, direito e esquerdo, permitindo então que
essa percepção ocorra → PARALAXE: Percepção da posição de determinado objeto em 3ª
dimensão.
Turvação do humor vítreo: Gerado por um processo inflamatório, denominado
uveíte, em que o agente causador da doença é um PARASITA, denominado
TOXOPLASMA GONDI.
↳ Um dos sintomas da UVEÍTE é o olho ficar vermelho!!
Perda da delimitação do nervo óptico e aumento de estrutura dos vasos de
fundo de olho: Gerado pelo aumento excessivo da pressão arterial, resultando
no aparecimento da PAPILA EDEMA, que é o edema da papila do nervo
óptico.
↳ Em quadros mais graves de PAPILA EDEMA, pode ocorrer
extravasamento de líquidos/sangue para dentro do olho do indivíduo que
apresenta o quadro.
Aumento da escavação do disco óptico: Gerado pelo GLAUCOMA, resultando
no aumento da relação oftálmica descrita anteriormente. Se o quadro for mais
grave, pode ter a ocorrência de buracos no nervo óptico, que pode ser
observado por meio da deflexão dos vasos, e de uma hemorragia em chama
de vela.
Pontos de sangramento no fundo do olho, com afilamento dos vasos:
Gerado por diabetes descontrolada, diante do acúmulo da glicose na
corrente sanguínea, com consequente obstrução dos vasos. Diante da
baixa entrada de sangue nos tecidos oculares, é gerado um processo de
angiogênese dos vasos, que resultam em problemas vasculares em tecido
nervoso. Com isso, a luz não consegue atingir os fotorreceptores (diante
da alta [ ] de vasos), resultando na perda de visão.

Fisiologia do sono:
O sono é um estado de inconsciência, do qual uma pessoa pode ser
despertada, diante formação de um estímulo, ou seja, ele é um estado
facilmente reversível. Ele serve para restaurar atividades sensitivas
quanto o equilíbrio normal, entre diferentes partes dos sistema nervoso
central.

Estado de vigília: O sistema reticular ascendente: Mandam


constantemente estímulos para o córtex, para o tálamo, para nos
manter acordados/em estado de vigília → Ao se romper/ser retirada
o sistema reticular ascendente de uma pessoa, ela entra em coma.
O processo de vigília:
• Núcleo do prosencéfalo basal: Núcleo formado por neurônios, que são estimulados pela
acetilcolina e pelo glutamato. Esses neurônios se projetam diretamente para o córtex,
estimulando e promovendo a vigília, sendo que parte dessas conexões passam pelo tálamo,
antes de ir para o córtex;
• Núcleo do pedúnculo pontino do tegmento: Localizado na ponte, e é estimulado,
principalmente, pelo glutamato. Os neurônios desse núcleo estimulam o núcleo do
prosencéfalo basal, que excita o tálamo e córtex para manter o estado de vigília;
↳ A luz influencia na diminuição da produção da MELATONINA,
pois ela entra no nosso olho, e posteriormente entra em
contato com a retina, que possui fotorreceptores e os que
possuem células ganglionares que não fomam imagem, são
estimulados a produzir melanopsina (foto-pigmento), que
quando produzida, induz potenciais de ação que percorrem o
trato retino-hipotalâmico, até o núcleo supraquiasmático.
Quando esse núcleo recebe esse estímulo, ele induz a inibição
do núcleo paraventricular, que faz com que não ocorra
ativação da via para a produção da melatonina (núcleo
paraventricular → corno posterior da medula → gânglio
supracervical → glândula Pineal → MELATONINA).
↳ QUANDO NÃO HÁ LUZ, NÃO HÁ A PRODUÇÃO DA MELANOPSINA, PERMITINDO
ASSIM QUE OCORRA A ATIVAÇÃO DA VIA PARA A PRODUÇÃO DE MELATONINA.

INSÔNIA: A principal causa é o estímulo de luz (pode ser mínimo), resultando na diminuição da
melatonina. Além disso, o excesso de pensamento (OVERTHINKING), faz com que não ocorra o
processo de relaxamento que é essencial para que aconteça o limiar de sono.
↳ Se as pessoas não dormem, elas devem buscar um tratamento para dormir (pílulas para dormir).

Ondas do sono: Quando estamos com o cérebro ativo na vigília, possuem ondas especiais no
nosso encéfalo, geradas pela atividade elétrica cerebral, sendo elas:
• BETA: Onda de atividade, quando estamos em
alerta/trabalhando → Ondas rápidas, acima dos 14Hz;
• ALFA: Onda que indicam > relaxamento, quando
entramos em processo de sonolência → estado de
vigília calmo em repouso, que varia de 8Hz a 13Hz;
• THETA: Ondas que indicam alguns estados do sono
→ São ondas que variam entre 4Hz e 7Hz, sendo
ondas lentas;
• DELTA: Ondas de amplitude maior, ondas longas,
que indicam o sono profundo → são ondas < do que 4Hz;

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