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CONSTITUCIONAL I
AULA 5
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CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988 (TÍTULOS I E II)
INTRODUÇÃO
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HISTÓRIA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
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BRASIL INDEPENDENTE
• Constituição escrita
CONSTITUCIONALISMO • Liberal (direitos)
• Separação de Poderes (organização estatal)
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APÓS A INDEPENDÊNCIA, O BRASIL ENTROU NA “MODA DAS CONSTITUIÇÕES”,
PASSANDO POR DIFERENTES REGIMES POLÍTICOS QUE DETERMINARAM A
EDIÇÃO DE UM NOVO MARCO CONSTITUCIONAL DEMARCADOR DOS IDEAIS
PREDOMINANTES DE CADA RUPTURA DE ETAPA:
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS:
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CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DE 1824
-OUTORGADA – 25/03/1824
- FORMA DE ESTADO: UNITÁRIO – regido através do Império (províncias não possuíam
autonomia administrativa e financeira)
- FORMA DE GOVERNO: IMPÉRIO
- INFLUÊNCIAS: “espírito liberal”
- DIVISÃO DE PODERES: QUADRIPARTITE – PODER MODERADOR (NÃO HAVIA
INDEPENDÊNCIA AOS 3 PODERES) -
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CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA DE 1891
- PROMULGADA – 24/02/1891
- ESTADOS UNIDOS DO BRASIL – União perpétua e indissolúvel das províncias (vedada a
secessão)
- FORMA DE ESTADO: FEDERAL
- FORMA DE GOVERNO – REPÚBLICA – presidencialismo
- TRIPARTIÇÃO DE PODERES – Extinto o poder moderador
- Início do sistema BICAMERAL no Congresso Nacional
- Abolição da pena de morte
- etc.
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CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA DE 1934
Com a Revolução de 1930, pelas lutas populares por melhores condições sociais e
de trabalho, influenciada ainda pela crise econômica de 1929, é instalado
novamente um Governo provisório, sob o comando de Getúlio Vargas, para que
uma nova Constituição seja elaborada.
-PROMULGADA – 16/07/193
“um documento de compromisso entre o
liberalismo e o intervencionismo” (SILVA, p. 82)
- PRINCIPAIS MODIFICAÇÕES:
1) Voto secreto e universal
2) Justiças especializadas – criação da justiça eleitoral e militar
3) Temas sociais (potente legislação trabalhista e previdenciária)
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CARTA CONSTITUICIONAL DE 1937
- CARACTERÍSTICAS:
a) Supremacia ao poder executivo
b) Desaparecimento do senado
c) Limitação dos direitos individuais (principalmente liberdade de expressão, pensamento)
d) Criação do ESTADO DE EMERGÊNCIA – quando houver agitação, insegurança no país,
fecha-se a casa e evita-se a procura pelo judiciário
-PROMULGADA – 18/09/1946
- TRIPARTIÇÃO DE PODERES
- REPÚBLICA E FEDERAÇÃO
- CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
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Com recortes das constituições de 1891 e 1934, ela não teve identidade com a
realidade histórica, cumprindo apenas com a certeza de uma etapa de
redemocratização. Isso favoreceu o desenvolvimento nacional, porém não evitou as
sucessivas crises políticas.
-CARACTERÍSTICAS:
a) SEGURANÇA NACIONAL – Justificativa para centralização do poder e limitação de direitos
b) CENTRALIZAÇÃO – Fortalecimento do executivo – demais poderes satelizados – ou eram a
favor ou “se davam mal”
c) REDUÇÃO DOS DIREITOS INDIVIDUAIS
d) JULGAMENTO DE CIVIS PELA JUSTIÇA MILITAR (quando necessário à segurança nacional) –
imparcialidade – golpe ao constitucionalismo
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CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988
- PROMULGADA
- REDEMOCRATIZAÇÃO
- REPÚBLICA
-FEDERALISMO
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PRINCIPAIS INOVAÇÕES DA CONSTITUIÇÃO DE 1988
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PREÂMBULO
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Momento onde o constituinte originário enuncia de modo solene:
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TÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (art. 1º ao 4º)
“Os princípios são ordenações que se irradiam e imantam os sistemas de
normas, são [como observam Gomes Canotilho e Vital Moreira] ‘núcleos de
condensações’ nos quais confluem valores e bens constitucionais” (SILVA, p. 92)
APRESENTAÇÃO FORMAL
PRINCÍPIOS POLÍTICO-CONSTITUCIONAIS DO ESTADO BRASILEIRO
FORMA DE ESTADO E FORMA DE GOVERNO (art. 1º Cáput)
PROIBIÇÃO DE DISSOLUÇÃO DO VÍNCULO FEDERATIVO (art. 1º Cáput)
FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA BRASILEIRA (art. 1º incisos)
PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO (art. 1º Parágrafo único)
SEPARAÇÃO DE PODERES (art. 2º)
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS (art. 3º)
PRINCÍPIOS DE REGÊNCIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS (art. 4º) 17
FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (arts. 1º a 4º)
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
≠ Estado Unitário
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COMO PODE SER FORMADA UMA FEDERAÇÃO – BREVE HISTÓRICO
Nos EUA havia várias colônias. Cada uma das treze colônias ganhou unitariamente sua
própria independência. No entanto, decidiram se unir para se fortalecer diante uma
tentativa de reconquista pela Inglaterra e também visando prosperar economicamente.
No caso do Brasil, a federação se formou de forma diferente. Quando nós nos tornamos
independentes, foi mantida a monarquia. A primeira forma de organização do nosso
Estado foi UNITÁRIA (Constituição de 1824). Todo o poder era centralizado. No entanto,
durante todo o Império, houve luta por parte das províncias por autonomia (rebeliões).
Com a proclamação da República, o primeiro Decreto da República transformou as
províncias em Estados. A Constituição de 1891, inspirada na Constituição dos Estados
Unidos estabeleceu como forma de Estado a Federação. Adotou-se a partir de então a
Federação. Havia um Estado único com poder centralizado que entregou para os Estados
que se formavam autonomia. Houve um movimento centrífugo, de desagregação.
Federação – Forma de Estado caracterizada por:
• Autonomia dos entes;
• Repartição de competências;
CLÁUSULA PÉTREA
Art. 60. § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
OBSERVAÇÃO:
c) Autoadministração:
Competências tributárias (fonte de renda própria) + competências administrativas por
meio da prestação dos serviços que cabem a cada ente
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
(FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA)
I - a soberania
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III - a dignidade da pessoa humana
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PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO
Artigo 1º,
CLÁUSULA PÉTREA
Art. 60. § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a
abolir: III - a separação dos Poderes;
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
NORMAS PROGRAMÁTICAS
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PRINCÍPIOS DE REGÊNCIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.