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Critérios para

diagnóstico do TEA
Prof. Nágila Guedes Geraldine
Prof. Nágila Guedes Geraldine

Graduação em Psicologia pela UNAERP

Pós-Graduação em Psicopedagogia Faculdade Barão


de Mauá

Especialização em ABA (Análise do Comportamento


Aplicada ao Autismo) pela UFSCar.
Etiologia do TEA
• Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido como uma
síndrome comportamental, que afeta o desenvolvimento
motor e psiconeurológico.
• Etiologia desconhecida, porém o transtorno é considerado
uma síndrome de origem multicausal (fatores genéticos,
neurológicos e sociais).
• Reconhecimento da sintomatologia (dos sintomas) é
essencial para diagnóstico precoce e intervenção por
profissionais competentes.

(PINTO et al., 2016)


Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais (DSM-V)
• Documento criado pela Associação
Americana de Psiquiatria (APA) para
padronizar os critérios diagnósticos das
desordens que afetam a mente e as
emoções.
• DMS-5, publicado em 2013, usado nos
Estados Unidos.
• CID-11: Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados com a Saúde (CID-11),
elaborada pela Organização Mundial da
Saúde (OMS).
Mudanças do CID-11
• Critérios diagnósticos do TEA
semelhantes ao DSM-5.
• Remoção de outras condições como a
Síndrome de Asperger e o Distúrbio
Pervasivo de Desenvolvimento Sem
Outra Especificação.
• Criação de um domínio amplo
denominado Transtorno do Espectro
Autista (TEA).
• Agrupamento dos critérios relacionados
à comunicação e à sociabilidade em
uma única categoria e a inclusão de
sintomas sensoriais.
O diagnóstico não é simples!
Aspectos que retardam o diagnóstico imediato do autismo:
• inexistência de exames específicos para a síndrome;
• variabilidade dos sintomas;
• ausência de treinamentos específicos de profissionais para
lidar com o distúrbio.

“Diagnóstico e tratamento precoce de disfunções


pediátricas são essenciais para a evolução clínica da
criança, pois a viabiliza em alcançar resultados positivos
em nível físico, funcional, mental e social”.
(PINTO et al., 2016)
Diagnósticos pelo DSM-V e CID-11
Novo sistema de diagnóstico:
• padrões de fascinação a comportamentos repetitivos;
• hiper ou hiporeatividade a estímulos sensoriais;
• interesse excessivo por sons, texturas, luzes, objetos que
giram etc.;
• restrição alimentar;
• medo de sons;
• indiferença à dor ou temperaturas extremas.
DSM-V: complemento diagnóstico
• Especificação sobre a existência ou não de comprometimento
intelectual e/ou de linguagem concomitante ao TEA.

CID-11: complemento diagnóstico


• Instruções e códigos distintos para diferenciação entre autismo com
e sem deficiência intelectual, e comprometimento de linguagem
funcional, além da gravidade de cada um.
Estudos Científicos
Estudos de gêmeos monozigóticos:
• Diagnóstico de TEA tem uma herdabilidade estimada de 90%.
• Não segregam como um simples distúrbio mendeliano (causado por
mudanças ou mutações que acontecem na sucessão de DNA de um
único gene).

“Há muito se avalia que os genes desempenham um papel central na


fisiopatologia do autismo e de suas condições relacionadas. Ainda que esses
cálculos tenham sido feitos na ausência do conhecimento dos genes causadores
da doença, os dados são mesmo assim convincentes. Como um todo, a
herdabilidade, que é a proporção de variância fenotípica atribuível a causas
genéticas, é calculada em aproximadamente 90%”.

(GUPTA; STATE, 2006).


Uma pessoa com um transtorno mental é, antes
de tudo, uma “pessoa” e não um “transtorno”!

Um rótulo classificatório realizado através de um


diagnóstico, não é capaz de captar a totalidade
complexa de uma pessoa, nem, muito menos, a
dimensão humana irredutível desta.
“No caso dos indivíduos com TEA, a ampla variação da
expressão sintomática requer a obtenção de informações que
ultrapassem, em muito, o diagnóstico categorial, tais como o
nível de comunicação verbal e não verbal, o grau de habilidades
intelectuais, a extensão do campo de interesses, o contexto
familiar e educacional e a capacidade para uma vida autônoma”.

(BRASIL, 2015, p. 39) - Linha de cuidado para a Atenção às pessoas


com Transtornos do espectro do Autismo e suas famílias na Rede de
atenção psicossocial do Sistema Único de Saúde
Diagnóstico Interdisciplinar
• Diagnóstico é de modo interdisciplinar, incluindo pelo
menos um neuropediatra e um psicólogo com
especialização em distúrbios do desenvolvimento;
• Analisar cada caso conjuntamente, identificando as várias
nuanças do quadro clínico da criança e oferecendo à família
informações detalhadas (como perfil médico, cognitivo e
adaptativo da criança).
(SILVA; MULICK, 2009)
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