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Medicina Legal

DATA DA MORTE
1. Tempo decorrido entre a morte e a sua verificação
2. Dificuldade de precisão
3. Importância deste parâmetro na investigação criminal
DATA DA MORTE PONTOS A ATENDER
1. A data da morte não é sempre coincidente com a data da produção das lesões
2. Sinais de vitalidade dos ferimentos
3. Ponderação dos fatores intrínsecos e extrínsecos
 Agonia
 Causa da morte
 Tratamento instituído
 Peso
 Altura
 Idade
CRONOTANATODIAGNÓSTICO
Sinais aplicáveis ao cadáver recente:

 Sinais paramédicos (relógio, estado de humidade do cadáver)


 Sinais de vida residual (mobilidade dos espermatozoides, reação da pupila à luz,
estimulação elétrica dos músculos da face, excitabilidade das glândulas sudoríparas)
 Sinais derivados da paragem das funções vitais (estado de repleção da bexiga – 6
horas, comprimento do pelo da barba, fase da digestão dos alimentos)
 Sinais de morte molecular (fenómenos cadavéricos abióticos, fenómenos cadavéricos
bióticos)
FENÓMENOS CADAVÉRICOS ABIÓTICOS

 Expressão do resultado do desaparecimento de todo o tipo de vida, obedecendo apenas


às leis físicas que controlam os corpos sem vida
 Podem ter expressão generalizada ou localizada
 Só dependem das condições ambientais que se conhecem e se podem medir
 Desidratação – embaciamento da córnea, tensão ocular, transparências das coroides
 Livores – 0 a 1 horas - pescoço, 1 a 5 horas mudam de posição, 5 a 8 horas -
desaparecem à pressão, deixam vestígios na mudança de posição, 8 a 14 horas – não
mudam de posição e não desaparecem à pressão, > 14 horas – não desaparecem,
infiltrado epitelial
 Arrefecimento – temperatura pós morte = 36,9 - temperatura rectal
0,8

 Rigidez cadavérica
– Contração muscular em anaerobiose, alterações de ATP
 Alterações físico-químicas do sangue
– Estudo do hematócrito, ponto crioscópico, viscosidade, aumento da
permeabilidade do eritrócito
 Alterações bioquímicas
– Fósforo (aumenta), potássio (aumento)
DATA DA MORTE - CADÁVER ANTIGO
Evolução da putrefação
Quatro períodos

 Cromática - dias
 Enfisematoso - dias
 Coliquativo – meses
 Redução a esqueleto – anos (3 a 5 anos)
Entomologia cadavérica
– Insetos depositam os seus óvulos sobre o cadáver (fenda palpebral, comissura
dos lábios, abertura vulvar, 8 grupos de insetos em tempos diferentes)
PUTREFACÇÃO AUTÓLISE
Conjunto de processos fermentativos anaeróbicos que têm lugar no interior das células por
ação das próprias enzimas celulares
Tem dois períodos

 LATENTE – alterações limitam-se ao citoplasma celular, núcleo inalterado


 ANÁRQUICO – picnose nuclear
PROCESSOS DE AUTÓLISE

 Sangue
– Inflamação periférica dos eritrócitos 4 horas
– Pontas afiladas superficiais 12 a 14 horas
– Eritrócitos novamente lisos 2 a 3 dias
– Agregação dos eritrócitos 6 a 8 dias

 Bíle
– Embebição biliosa – cor verde do cadáver

 Pâncreas
– friável, cor vermelha,

 Suprarrenais
- colapsadas

 Timo
– formação de cavidades

 Estômago e esófago
– aumento do volume, fermentações

 Encéfalo
- liquefacção

 Outras estruturas
– rim é resistente à autólise

AUTÓLISE

 Tanatoquímica
– Valores dos fluidos do cadáver
– Colheita
– Valor do diagnóstico
– Evolução pós-morte dos componentes bioquímicos
PUTREACÇÃO
Bacteriologia e putrefacção
Química da putrefacção
Evolução da putrefacção
Condições para alteração da putrefacção
Mancha verde
Fenómenos subseguintes
Auxiliares da putrefacção

CONSERVAÇÃO DE CADÁVERES
Processos naturais
– Mumificação
– Saponificação
– Corificação
– Congelação
Processos artificiais
– Conservação transitória
– Embalsamamento
– Conservação com fins docentes
– Refrigeração
Ambientais
– Calor
– Ar circulante
– Falta de humidade
Individuais
– Idade – crianças
– Sexo - feminino
– Constituição - magreza
– Causa da morte – grandes hemorragias ou diarreias
CARACTERISTICAS GERAIS DAS MÚMIAS

 Perda de peso
 Pele curtida
 Conservação das formas exteriores
 Conservação interna
 Duração dos corpos
MORTE POR ASFIXIA
ASFIXIA MECANICAS
Conjunto de alterações que impedem o ar de atingir o plano alveolar dos pulmões
ANATOMIA DO PESCOÇO
Quando alguém se suicida por enforcamento não se deve retirar a corda do pescoço do sujeito
de modo a verificar-se se a corda coincide com as marcas do pescoço.
MORTE POR ENFORCAMENTO
Por asfixia mecânica
Por inibição
Por obstrução da circulação
Teórica 2
Decreto-lei 11/98, de 24 de janeiro
Artigo 47º - Atos urgentes (pessoas violadas, suspeita de homicídio
1 – Para assegurar a realização de atos urgentes fora do horário normal de funcionamento dos
serviços, os institutos e os gabinetes elaboram e remetem às autoridades judiciais e aos órgãos
de polícia criminal da respetiva área de atuação, até ao dia 15 de cada mês, a escala dos peritos
disponíveis no mês seguinte, da qual constam os seguintes elementos :
A) nome, residência e nº de telefone dos peritos;
B) Período de tempo e área territorial assegurada por cada perito;
C) Forma de contactar cada perito durante o respetivo período de disponibilidade.
2 – Para a realização de atos urgentes a que se refere o nº anterior há um perito de cada instituto
e de cada gabinete permanentemente disponível.
3 – Os peritos constantes da escala prevista no nº 1 tem

Artigo 52
Artigo 13
Óbito verificado for a de instituições de saúde publica e de -

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