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Estágios no enfrentamento da terminalidade – Kübler-Ross (1926)

Negação e Raiva Barganha Depressão Aceitação


isolamento
• Paciente procura • Interrupção dos • Tentativa de adiar • Impacto da doença • Coincide com o
provar que houve planos e da própria a morte como sobre o indivíduo e período de maior
um engano vida prêmio por bom família e as desgaste físico
• Necessário tempo • Ressentimento e comportamento alterações sofridas • Mais difícil viver
para absorção da inveja dos que • Promessas de por ela que morrer
ideia estão saudáveis novas atitudes e • Impacto financeiro, • Sentimentos
• Necessário estilos de vida, na afastamento dos desvanecem
empatia. Não esperança de filhos • Paciente pode
evitar o paciente prolongar a vida • Reativa: em função querer falar sobre
• Adoecimento do que perdeu seus sentimentos
como castigo (abordagem
multidisciplinar)
• Preparatória: o
doente se dá conta
de que perderá
tudo o que ama

Fonte: Sobre a Morte e o Morrer – Kübler-Ross. Tradução Paulo


VIDA : ENCARGO OU PATRIMÔNIO
Em 2011 , enfermeira australiana, Bronnie Ware publicou o livro: “Top
Cinco: Arrependimentos daqueles que estão para morrer”, com o 5
maiores arrependimentos:

✓ 1) Deixar de fazer o que queria, para fazer o que o outro queria,


✓ 2) Não ter trabalhado tanto (se houve sentido é diferente),
✓ 3) Expressar os sentimentos,
✓ 4) Ter mantido contato com os amigos,
✓ 5) Ter se deixado ser mais feliz (resumo de todos).

A vida para você ? É encargo ou patrimônio?


Comunicação em Cuidados Paliativos
Técnicas e estratégias de comunicação interpessoal pelos profissionais
de saúde é medida terapêutica comprovadamente eficaz.

Permitem ao paciente compartilhar medos, dúvidas e sofrimento

Contribuem para diminuição do estresse psicológico

Garantem a manifestação da autonomia do paciente


Comunicação em Cuidados Paliativos

Dor física

O paciente em
cuidados paliativos conflitos existenciais
sofre por:

necessidades que
fármacos e aparelhos
não podem suprir
Comunicação em Cuidados Paliativos
• Além de compartilhar seus medos e anseios relacionando-se com seus
pares, estes pacientes necessitam sentir-se cuidados, amparados,
confortados, compreendidos pelos profissionais de saúde que deles
cuidam.
• Expressões de compaixão e afeto na relação com o paciente trazem a
certeza de que ele é parte importante de um conjunto e ocasionam
sensação de consolo, conforto e paz interior.
• Mais do que habilidades técnicas para diagnosticar e tratar e além de
informações sobre a doença e tratamento, os pacientes que vivenciam a
terminalidade esperam que a relação com os profissionais de saúde seja
alicerçada na compaixão, humildade, respeito e empatia.
Metas para comunicação ao final da vida

Conhecer os problemas, anseios, temores e expectativas do


paciente.

Facilitar o alívio de sintomas de modo eficaz e melhorar


sua autoestima.

Oferecer informações verdadeiras, de modo delicado e


progressivo, de acordo com as necessidades do paciente.
Metas para comunicação ao final da vida

Identificar o que pode aumentar seu bem-estar.

Conhecer seus valores culturais, espirituais e oferecer


medidas de apoio.

Respeitar/Reforçar a autonomia.
Metas para comunicação ao final da vida

Tornar mais direta


Melhorar as
e interativa a
relações com os
relação profissional
entes queridos.
de saúde-paciente.

Detectar
necessidades da
família.
Metas para comunicação ao final da vida

Dar tempo e oferecer


oportunidades para a
resolução de assuntos Fazer com que o paciente se
pendentes (despedidas, sinta cuidado e
agradecimentos, acompanhado até o final.
reconciliações).

Auxiliar o paciente no bom


Diminuir incertezas. enfrentamento e vivência do
processo de morrer.
Comunicação verbal
• Ocorre por meio de palavras
• Objetivos: expressar pensamento, clarificar um fato, validar a
compreensão de algo
• É insuficiente
• Necessita da complementação da comunicação não verbal para
conferir sentimentos, emoções, adjetivos.
• Compreensão não apenas do sentido das palavras, mas do sentimento
envolvido
Comunicação não verbal
• Permite a demonstração e compreensão dos sentimentos envolvidos nos
relacionamentos interpessoais

Gestos que
acompanham o Olhares e
Jeito e tom de voz Postura corporal
expressões faciais
discurso

Distância física Roupas, acessórios


que uma pessoa e características
mantem da outra físicas
Comportamento empático envolve
Manter contato com os olhos durante, aproximadamente, 50% do tempo da interação.

Ouvir atentamente.

Permanecer em silêncio enquanto o outro fala, utilizando meneios positivos.

Utilizar sorrisos.

Manter tom de voz suave.

Voltar o corpo na direção de quem fala e manter membros descruzados.

Utilizar, eventualmente, toques afetivos nos braços, mãos ou ombros.


Estratégias para comunicação ao fim da vida

Fonte: ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos), 2012


Estratégias para comunicação ao fim da vida

Fonte: ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos), 2012


Estratégias para comunicação ao fim da vida

Fonte: ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos), 2012


Comunicação em Cuidados Paliativos
• Além de compartilhar seus medos e anseios relacionando-se com seus
pares, estes pacientes necessitam sentir-se cuidados, amparados,
confortados, compreendidos pelos profissionais de saúde que deles
cuidam.
• Expressões de compaixão e afeto na relação com o paciente trazem a
certeza de que ele é parte importante de um conjunto e ocasionam
sensação de consolo, conforto e paz interior.
• Mais do que habilidades técnicas para diagnosticar e tratar e além de
informações sobre a doença e tratamento, os pacientes que vivenciam a
terminalidade esperam que a relação com os profissionais de saúde seja
alicerçada na compaixão, humildade, respeito e empatia.
Metas para comunicação ao final da vida

Conhecer os problemas, anseios, temores e expectativas do


paciente.

Facilitar o alívio de sintomas de modo eficaz e melhorar


sua autoestima.

Oferecer informações verdadeiras, de modo delicado e


progressivo, de acordo com as necessidades do paciente.
Metas para comunicação ao final da vida

Identificar o que pode aumentar seu bem-estar.

Conhecer seus valores culturais, espirituais e oferecer


medidas de apoio.

Respeitar/Reforçar a autonomia.
Metas para comunicação ao final da vida

Tornar mais direta


Melhorar as
e interativa a
relações com os
relação profissional
entes queridos.
de saúde-paciente.

Detectar
necessidades da
família.
Metas para comunicação ao final da vida

Dar tempo e oferecer


oportunidades para a
resolução de assuntos Fazer com que o paciente se
pendentes (despedidas, sinta cuidado e
agradecimentos, acompanhado até o final.
reconciliações).

Auxiliar o paciente no bom


Diminuir incertezas. enfrentamento e vivência do
processo de morrer.
Comunicação verbal
• Ocorre por meio de palavras
• Objetivos: expressar pensamento, clarificar um fato, validar a
compreensão de algo
• É insuficiente
• Necessita da complementação da comunicação não verbal para
conferir sentimentos, emoções, adjetivos.
• Compreensão não apenas do sentido das palavras, mas do sentimento
envolvido
Comunicação não verbal
• Permite a demonstração e compreensão dos sentimentos envolvidos nos
relacionamentos interpessoais

Gestos que
acompanham o Olhares e
Jeito e tom de voz Postura corporal
expressões faciais
discurso

Distância física Roupas, acessórios


que uma pessoa e características
mantem da outra físicas
Estratégias para comunicação ao fim da vida

Fonte: ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos), 2012


Estratégias para comunicação ao fim da vida

Fonte: ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos), 2012


Estratégias para comunicação ao fim da vida

Fonte: ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos), 2012


Notícias difíceis
• Grande desafio para profissionais de saúde
• Evitar falar sobre o tema gera uma situação conhecida como “cerca” ou
“conspiração do silêncio”
• Transmissão de mensagens ambivalentes, nas quais o discurso verbal
otimista e focado em assuntos diversos e superficiais é contradito pela
linguagem não verbal, que expressa claramente o agravamento da situação.
• Profissionais e familiares evitam falar sobre a terminalidade para poupar o
paciente
• O paciente, visando proteger as pessoas queridas, também evita falar sobre
o assunto.
• Dúvidas, sentimentos e angústias comuns, não compartilhados.
Notícias difíceis
• “Devo ou não devo contar ao paciente?” passa a ser substituída por
“como devo informar?”
• Mentira piedosa substituída por sinceridade prudente e progressiva.
• Informar de modo gradual, atentando para a capacidade de o paciente
suportar as informações. Observar sinais não verbais.
• Ao comunicar notícias difíceis, é importante que o profissional mostre
atenção, empatia e carinho com seu comportamento e sinais não
verbais. A expressão facial, o contato visual, a distância adequada e o
toque nas mãos, braços ou ombros ajudam a demonstrar empatia,
oferecer apoio e conforto.
Estratégias para comunicação progressiva de notícias
difíceis

Fonte: ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos), 2012


Estratégias para comunicação progressiva de notícias
difíceis

Fonte: ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos), 2012


Necessidades espirituais expressas de modo verbal e/ou não verbal
e estratégias de comunicação úteis para o cuidado ao fim da vida.

Fonte: ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos), 2012


Necessidades emocionais expressas de modo
verbal e/ou não verbal e estratégias possíveis de
comunicação úteis para o cuidado ao fim da vida.

Fonte: ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos), 2012


Ações comunicativas no apoio familiar

Presença mais frequente.

Verbalização de disponibilidade, compaixão e pesar pela perda.


Perguntar o que ela precisa ou o que você pode fazer para ajudá-la naquele momento.

Respeitar crenças, rituais e expressão de sentimentos; se puder, participar junto.

Utilizar o toque afetivo.

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