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Licenciatura em Enfermagem
Universidade Lúrio
Extensão de Nampula
2023
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Universidade Lúrio
Extensão de Nampula
2023
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Índice
Resumo ......................................................................................................................................iii
1. Introdução ............................................................................................................................... 4
1.1 Justificativa ........................................................................................................................... 5
1.2 Problematização.................................................................................................................... 5
1.3 Objectivos ............................................................................................................................. 6
1.3.1 Objectivos Geral ................................................................................................................ 6
1.3.1 Objectivos Específicos ...................................................................................................... 6
1.4 Hipóteses de pesquisa ........................................................................................................... 6
2. Metodologia de pesquisa ........................................................................................................ 8
2.1 Tipo de pesquisa ................................................................................................................... 8
2.2 Método de pesquisa .............................................................................................................. 8
2.3 Instrumentos e técnicas de recolha de dados ........................................................................ 9
2.4 Participantes da pesquisa ...................................................................................................... 9
3. Revisão de literatura ............................................................................................................. 10
3.1 Redes de Apoio as Mães de Recém-Nascidos Prematuros ................................................ 10
3.2 Epidemiologia..................................................................................................................... 11
3.3 Rede de apoio institucional e a maternagem à puérpera .................................................... 11
3.4 Possibilidades de intervenções psicológicas no período pré-natal ..................................... 12
3.5 A rede de apoio da puérpera como peça fundamental ........................................................ 13
3.5.1 Características .................................................................................................................. 13
3.5.2 Tipos de apoio para a puérpera ........................................................................................ 14
3.6 Presença dos familiares como forma de cuidado................................................................ 14
3.7 Técnicas para ser boa rede de Apoio. ................................................................................. 15
3.8 A importância da rede de apoio .......................................................................................... 16
Conclusão ................................................................................................................................. 17
Referências bibliográficas ........................................................................................................ 18
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Resumo
O nascimento de um filho é um período de transição importante no ciclo de vida familiar. Diante de uma
situação de crise aguda, verifica-se a necessidade de oferecer à puérpera um apoio necessário para o seu bem-
estar biopsicossocial. Comummente a função de cuidado recai aos familiares, mas pode ser realizada pelos
profissionais de saúde em uma hospitalização. Torna-se possível cuidar dessa puérpera por acções como: visita à
Unidade Neonatal; contacto com rede social; compreensão da amamentação; orientação sobre auto - cuidado e
cuidados com o recém-nascido; entre outros. Essa oferta de suporte de qualidade significa cuidar das
necessidades integrais dessa mulher, trazendo novas possibilidades acerca do maternar, tanto para a mãe quanto
para o bebé. O apoio é capaz de emponderar a mulher às questões da maternidade, principalmente na
amamentação materna exclusiva. Ademais, a seguridade favorece a criação de vínculo entre o binómio mãe-
bebé, por consequência, diminui a insegurança nos cuidados com o bebé e propicia melhor desenvolvimento
infantil.
Palavras-chave: Prematuridade Período pós-parto, apoio social, Promoção da saúde, puerpério.
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1. Introdução
Rede de apoio é o sistema de relações significativas de uma pessoa, seja a família nuclear ou
extensa ou outros conjuntos de vínculos que agem sobre esse sistema como a escola, trabalho,
amigos e comunidade. Assim, os riscos de vulnerabilidade emocional também se incluem
nessa perspectiva, já que ansiedade, estresse, medo, instabilidade e cansaço são elementos
presentes, junto à adaptação da nova rotina e aos cuidados do neonato. Não obstante, o meio
físico e social em que se convive gera reacções que, dependendo do contexto, podem ser
negativas ou positivas. Além da rede de apoio, o perfil da mulher também modifica a actuação
no papel materno e a saúde da mulher. Para a saúde, o bem-estar da mulher e a eficácia das
relações com o novo integrante da família, a rede de apoio se apresenta com um papel
positivo, o apoio social ajuda a amenizar ou superar as dificuldades e no lidar dos cuidados
com o bebé.
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1.1 Justificativa
A realização dessa pesquisa possibilita melhor compreensão no que concerne a Redes de
Apoio as Mães de Recém-Nascidos Prematuros, uma vez que a prematuridade é um assunto
de extrema importância em todo o mundo, e prioridade de Saúde Pública por se tratar da
causa mais recorrente de morte neonatal e a segunda causa principal de mortalidade em
crianças menores de 5 anos, em países em desenvolvimento, e são necessários estudo cada
vez mais de essência que também visam à intervenção da área de enfermagem nessas
situações, pois irão incentivar o enfermeiro para o apoio e os devidos cuidado de enfermagem.
A escolha do tema deveu-se ao facto de que ultimamente verificar-se grande número de
ausência no acompanhamento e prestação de apoio por parte de profissionais e da família a
mães com recém-nascido prematuro, a motivação surgiu sobre a reflexão da vivência dos
pacientes no processo de transição de doença-saúde e apontar a importância do cuidado de
enfermagem, por parte dos profissionais da área considerados como pioneiros na prestação
dos cuidados.
Relevância da pesquisa
Tendo em conta da realidade que se vive no quotidiano em relação a saúde – doença, a
pesquisa procurará trazer não só respostas da problemática da não prática das actividades de
redes de apoio, na maioria dos hospitais, familiares, profissionais no país, mas também
alternativas que permitirão aos profissionais, familiares e outros fazedores dos cuidados a
realizar o apoio a estas mães com recém -nascidos prematuros.
1.2 Problematização
Sabe-se que os primeiros meses de vida constituem uma das fases mais importantes para a
saúde da criança, pois neste período ocorrem processos vitais no crescimento e
desenvolvimento. Dessa forma, a saúde da criança dependerá de um acompanhamento
cauteloso, visando a prevenir ou atenuar possíveis agravos à sua saúde.
É de grande relevância o papel das redes de apoio na vigilância da saúde das mães com
recém-nascidos prematuros, sobretudo nos serviços de Atenção Primária à Saúde, a fim de
viabilizar o melhor acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança, visto ser
essa uma acção primordial para se obter melhor qualidade de vida para a população infantil.
As acções realizadas neste nível de atenção à criança são fundamentais para as actividades de
prevenção e de intervenção, por ter potencial para detectar precocemente possíveis agravos e
diminuir os riscos de morbimortalidade.
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As redes de apoio podem ser constituídas pela família, amigos, vizinhos, profissionais da
saúde, dentre outros. Engloba-se a família nuclear (marido/companheiro e filhos) e a família
extensa (outros familiares) como um suporte disponível a se recorrer, quem traz significado e
é considerado e quem realmente está presente.
1.3 Objectivos
1.3.1 Objectivos Geral
Compreender a importância das Redes de Apoio na prestação de cuidados a mães com
recém-nascidos prematuros.
nascido prematuro não explicam sobre os factores da atitude dos profissionais de saúde e da
família pela fraca participação no acompanhamento a mães com recém – nascido prematuro.
H1: Pelo menos uma das variáveis explica sobre os factores da atitude dos profissionais de
saúde e da família pela fraca participação no acompanhamento a mães com recém – nascido
prematuro.
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2. Metodologia de pesquisa
2.1 Tipo de pesquisa
A pesquisa irá se apoiar dos seguintes tipos:
Quanto á natureza, a pesquisa é aplicada, pelo facto de esta oferecer conhecimentos para a
aplicação prática dirigida a solução de problemas científicos.
Quanto aos objectivos, a pesquisa é descritiva, visto que ira descrever as atitudes dos
profissionais da saúde e da família em relação a sua fraca participação no acompanhamento a
mães com recém-nascidos prematuros. Além disso, irá descrever as características do
acompanhamento dos profissionais e da família como um processo de rede de Apoio.
Quanto aos procedimentos, definiu-se o tipo de pesquisa como sendo de natureza não-
experimental. “A pesquisa não experimental estuda as relações entre duas ou mais variáveis
de um dado fenómeno ou evento sem manipulá-las” (Köche, 1997).
De acordo com Gil (2008), “uma entrevista é um diálogo efectuado face a face, em que uma
das partes busca colectar dados e a outra se apresenta como fonte de informação” (p.109).
Para o efeito, vai se seguir muito de perto um roteiro de perguntas feitas à todos os
entrevistados de maneira idêntica e na mesma ordem; o que vai permitir uma comparação dos
dados e melhor apuramento das causas que contribuem ao fraco acompanhamento dos
profissionais da saúde e família, pois muitas respostas similares/uniformes serão agrupadas
umas as outras.
3. Revisão de literatura
3.1 Redes de Apoio as Mães de Recém-Nascidos Prematuros
O nascimento de um filho implica sempre, também, o nascimento de uma nova dinâmica na
família, pois leva à necessidade de reformulações nos papéis e regras do funcionamento
familiar, afectando com maior impacto, numa primeira ordem, o núcleo familiar mais
próximo do bebé que nasce, como o pai, a mãe e os irmãos, se existirem, e numa ordem mais
alargada, a restante família como, por exemplo, os avós e tios (Araujo, 2007)(1).
Segundo Brazelton (1989), afirma que a parentalidade começa assim, ainda, durante a
gravidez, momento no qual se inicia a ligação afectiva com o bebé.
Os 9 meses de gravidez, por norma, dão tempo aos pais para se sentirem completos e
preparados, contudo quando este tempo é subitamente interrompido, devido a um parto
prematuro, os pais tendem a sentir-se perdidos e incompletos dando origem a sentimentos de
confusão, angústia e incertezas (Balest, 2022).(2)
Quando nasce um bebé, nasce uma mãe. E, assim como o filho, ela também tem muitas
descobertas a fazer e precisa de apoio nesse processo. É aí que entra a importância da rede de
apoio: aquele grupo de pessoas que pode ajudar não só nas demandas do bebé, mas também
nas da casa e dos pais.
3.2 Epidemiologia
A Organização Mundial da Saúde (OMS) (2018) define que cerca de 15 milhões de crianças
nascem prematuramente em nível mundial e o número de partos prematuros tem aumentado
nos últimos anos. Sendo que as complicações do parto prematuro são a principal causa de
morte em crianças menores de 5 anos. As situações que desencadeiam o trabalho de parto
prematuro (TPP) podem estar associadas a vários factores, entre eles: epidemiológicos,
obstétricos e ginecológicos, além dos factores clínico-cirúrgicos, como as doenças maternas,
infecções geniturinárias e procedimentos cirúrgicos na gravidez.
Isso nos submete que o conceito de maternagem relaciona-se aos recursos psíquicos que a
mãe dirige a seu filho para que esse se constitua quanto sujeito; e uma boa função materna
seria aquela capaz de atender às necessidades do bebé. Rede de apoio é o sistema de relações
significativas de uma pessoa, seja a família nuclear ou extensa ou outros conjuntos de
vínculos que agem sobre esse sistema como a escola, trabalho, amigos e comunidade.
A maternagem suficientemente boa conta com três funções essenciais: holding (sustentação),
handling (manejo) e a apresentação dos objectos. O holding diz respeito à forma, concreta
e/ou simbólica, como o bebé é sustentado no colo da sua mãe. Segurar este bebé com firmeza
e segurança, o acalentando e protegendo num momento de dependência absoluta fundamenta
a sua capacidade de se sentir real e integrado, oferecendo assim o suporte necessário para o
seu desenvolvimento e maturação. Já o handling se caracteriza pelos cuidados ambientais e,
especialmente, pela forma como o bebé é tratado, ou seja, como se maneja os cuidados
referentes ao seu corpo e a seu ser. Por último, a apresentação dos objectos se refere ao
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momento em que a mãe apresenta ao bebé novas relações interpessoais e novos objectos mais
adequados ao seu estágio de maturação.
Este sistema de apoio deve ser composto por pessoas que exercem determinadas funções em
diferentes contextos, oferecendo apoio emocional e instrumental. Cada vínculo dessa rede
pode apresentar uma ou mais diferentes funções, como: A ajuda prática e material, apoio
emocional, executando tarefas domésticas, cuidando dos outros filhos, companhia social,
auxílio informacional, apoio espiritual, entre outros; podendo ser constituída por familiares,
amigos e até mesmo instituições, (Custódio, 2010).
De acordo com Custódio (2016), as mães de bebés pré-termos apresentam uma particular
necessidade de serem acolhidas em sua dor e reasseguradas frente aos cuidados que oferecem
aos filhos posto que compartilham dos cuidados especializados com a equipe da Unidade
Neonatal. A vivência psíquica de um puerpério em uma condição de crise é intensa e pode
despertar na puérpera sentimentos de medo, culpa, ansiedade e solidão.
Considerando que a rede mais íntima e pessoal da puérpera que passa por uma situação de
crise muitas vezes ocupa-se das responsabilidades externas. Quando as puérperas possuem
redes pequenas ou fragilizadas, fica a encargo da rede institucional oferecer o suporte possível
“do lado de dentro” do hospital.
ao que se queria; e à medida que aceitam as perdas das projeções realizadas na gestação vão
conseguindo dar lugar e assumir o bebé que tiveram.
Nem sempre as mães estão nesses primeiros encontros sentindo-se preparadas ou seguras o
suficiente para ofertar os cuidados de maternagem com o recém-nascido. Quando recebe um
bom suporte por parte da família e/ou equipe, a mãe vai se adaptando à rotina do ambiente,
vinculando-se aos profissionais da equipe, e aos poucos vai tocando, conhecendo seu bebé e
sentindo-se apta para oferecer cuidado a ele (Saúde, 2017)
De acordo com Rapoport e Piccinini (2006), “o momento em que o apoio é dado é uma
variável importante, pois uma vez que este é oferecido precocemente, pode auxiliar a família
a criar estratégias pessoais de enfrentamento que facilitem a autonomia futura. Por outro lado,
se este apoio é oferecido tardiamente, podem ser gerados sentimentos de fracasso por parte da
família” (p.56).
Essa rede é representada pelos familiares e amizades íntimas que sejam significativas para
essa puérpera. Ainda, para poder acompanhar a internação de seu filho muitas vezes é
necessário um apoio social ou financeiro para que a puérpera não se preocupe com sua casa,
os outros filhos, contas para pagar, entre outros. No atendimento psicológico aos familiares, é
possível auxiliar essa rede íntima na organização das tarefas e clarear, sob a percepção da
história dessa família, as formas de apoio que podem ser oferecidas à mulher que acompanha
o filho hospitalizado. (Marin A, 2009) (5)
3.5.1 Características
Disponibilidade para atender quando necessário;
Acompanhamento com contacto frequente da mãe e do bebé;
Saber respeitar cada momento da mãe e também suas vontades e decisões;
Proximidade com a família para saber quando estar perto e quando dar espaço;
Habilidades no cuidado de um recém-nascido.
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recém-nascido quanto à puérpera, demais filhos da mesma, e poderão dar continuidade aos
compromissos extra-hospitalares dessa família (Nascimento, 2018).
A avó materna é o membro da rede que, na maioria das vezes, participa de forma mais intensa
pois atribui um cuidado diferenciado à sua filha/puérpera. Dessa forma, a rede de apoio
institucional pode se aliançar à rede de apoio familiar dessa puérpera em vista de que juntas
podem alcançar formas de cuidado mais articuladas e adequadas.
Mesmo que haja uma parceria activa em todas essas funções parentais, ter uma rede de apoio
para além do núcleo familiar continua sendo muito importante. Aliás, vale enfatizar: pai não é
rede de apoio nem “ajuda”, mas sim parceiro no aprendizado dessas novas funções.
A rede de apoio funciona como uma família estendida. São aquelas pessoas, normalmente
parentes e amigos, que dizem “contem comigo”. E com quem os pais sabem que podem
contar mesmo.
7 - Oferecer-se para um passeio com irmãos mais velhos ou animais de estimação, quando for
o caso. Saber que seus outros amores estão bem, tranquiliza os pais a se dedicarem à nova
vida.
8- Ser um bom ouvinte: às vezes a mãe e o pai já têm uma boa rede organizada para as
funções básicas, mas precisa mesmo é de uma boa conversa e companhia. Esteja por perto.
Conclusão
Pode se compreender que a dinâmica das redes de apoio no puerpério contribui para o
desenvolvimento de um olhar ampliado e humanizado sobre as condições de saúde da mulher
e da efectividade da rede de atenção em saúde, a implementação da acção em saúde promove
o aleitamento materno e maior segurança para os cuidados com o bebé, além de sensibilizar
os indivíduos em torno da mulher sobre suas atuais condições de saúde. Possibilita ainda, a
desconstrução da visão biomédica estruturada dentro dos serviços de saúde e exercida sobre a
Rede Materno- Infantil, apoiar o empoderamento da mulher nas questões da maternidade,
principalmente na amamentação materna exclusiva, é preciso que as práticas acolhedoras
sejam estimuladas, estabelecendo a humanização nos serviços de saúde e até mesmo dentro
do suporte social ao redor de uma mulher-mãe. A visita domiciliar é uma forma de cuidado
que possibilita o reconhecimento do contexto familiar, visando as redes de apoio e
direccionando as intervenções de maneira específica para o momento vivenciado por cada
família, especialmente a do neonato.
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Referências bibliográficas
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https://revistaseletronicas.
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