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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS - DELL/VdC


Curso de Letras Vernáculas - 2022.2 (Maio/2023)
Disciplina: DELL0752 / Variação e Mudança Linguística
Docente: Prof.ª Dr.ª Valéria Viana Sousa
Discente(s): Beatriz Vieira e Maria Raquel

Agente da passiva:
Na gramática de Evanildo Bechara, na obra "Moderna Gramática Portuguesa" (2009),
o autor aborda o agente da passiva e as vozes do verbo. Ele enfatiza que o agente da passiva é
opcional e sempre introduzido pela preposição "por". Por exemplo, na frase "O livro foi
escrito (por ela)", o agente da passiva é opcional, mas é sempre introduzido pela preposição
"por", de acordo com a definição de Bechara.
Na gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra, na obra "Nova Gramática do
Português Contemporâneo" (2017), os autores também discutem o agente da passiva e as
vozes do verbo. Eles afirmam que o agente da passiva é opcional e pode ser introduzido pela
preposição "por" ou não. Por exemplo, na frase "A casa foi vendida (por ele)", o agente da
passiva é opcional e pode ser expresso ou não, sendo introduzido pela preposição "por"
quando presente.
Rocha Lima, na obra "Gramática Normativa da Língua Portuguesa" (2011), também
aborda o agente da passiva e as vozes do verbo. Ele concorda que o agente da passiva é
opcional e pode ser expresso ou não, sendo introduzido pela preposição "por". Por exemplo,
na frase "O trabalho foi realizado (por nós)", o agente da passiva também é opcional e
introduzido pela preposição "por", em conformidade com a visão de Rocha Lima.
Ao comparar as três gramáticas, podemos observar que tanto Cunha e Cintra quanto
Rocha Lima concordam com a opcionalidade do agente da passiva e sua introdução pela
preposição "por". Já Bechara destaca a introdução obrigatória do agente pela preposição
"por". Por exemplo, enquanto Cunha e Cintra permitem a frase "A casa foi vendida (por ele)"
ou "A casa foi vendida", Bechara defende que a preposição "por" deve sempre estar presente:
"A casa foi vendida por ele". Essa é uma diferença significativa entre as abordagens dos
autores.
Vozes do Verbo:
Em relação às vozes do verbo, os três autores apresentam definições semelhantes.
Eles concordam que na voz ativa o sujeito pratica a ação, na voz passiva o sujeito sofre a
ação e na voz reflexiva o sujeito pratica e sofre a ação simultaneamente. Por exemplo, nas
frases "Ele comeu o bolo" (voz ativa), "O bolo foi comido por ele" (voz passiva) e "Ele se
machucou na queda" (voz reflexiva), os três autores concordam sobre a ação realizada pelo
sujeito em cada voz do verbo.
Em resumo, as gramáticas de Evanildo Bechara, Celso Cunha e Lindley Cintra, e
Rocha Lima apresentam definições semelhantes em relação às vozes do verbo. As diferenças
estão mais evidentes na questão da introdução do agente da passiva, em que Bechara enfatiza
a introdução obrigatória pela preposição "por", enquanto Cunha e Cintra oferecem maior
flexibilidade, permitindo a omissão do agente e sua introdução com ou sem a preposição
"por".

Referências bibliográficas:
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. rev., ampl. e atual. conforme o
novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 7. ed.,


reimpr. Rio de Janeiro: Lexikon, 2017.

LIMA, Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2011.
Livros didáticos

Os livros didáticos são uma importante fonte de conhecimento e aprendizado


para os estudantes da Educação Básica. Com isso, iremos analisar as diferentes
definições e exemplos de Agente da Passiva e Vozes do verbo encontradas no
seguintes livros didáticos:
● Gramática - Texto, Reflexão e Uso, William Roberto Cereja e Thereza Cochar
Magalhães.
● Português: Língua, Literatura e Produção de texto, Maria Luiza Abaurre,
Marcela Nogueira e Tatiana Fadel, Volume único.

Agente da Passiva, no livro didático “Gramática - Texto, Reflexão e Uso” de


William Roberto e Thereza Cochar, é definido, na página 335, como o termo
presente na oração que, na voz passiva, indica a entidade ou ser responsável por
executar a ação recebida pelo sujeito. Para os autores, o agente da passiva, em sua
forma mais comum, é introduzido pelas preposições "por" e “per” e suas
contratações “pelos” e “pelas”, bem como também pela preposição “de”.
Além disso, os autores também, na página 334, apresentam as vozes do
verbo: voz ativa, quando quem age, ou pratica a ação expressa pelo verbo, é o
sujeito da oração; voz passiva, quando o sujeito da oração sofre a ação; voz
reflexiva, quando o sujeito da oração pratica e ao mesmo tempo recebe a ação do
verbo. Os autores demonstram essas definições por meio de exemplos,que estão
expostos nas mesmas páginas das definições.
As autoras Maria Luiza Abaurre, Marcela Nogueira e Tatiana Fadel, no livro
didático “Portugês: Língua, Literatura e Produção de texto”, aborda a definição de
Agente da Passiva, na página 257, como o termo que indica, nas estruturas da voz
passiva analítica, o agente da ação do verbo, sofrida pelo ser que ocupa a posição
de sujeito da oração. As autoras apresentam dois exemplos ainda na mesma
página, 257, para melhor definir o conteúdo.
Ademais, as autoras também apresentam, na página 233, as vozes do
verbo, inicialmente, elas define o termo voz verbal e, em seguida, mostra as três
vozes verbais: voz ativa, quando o processo verbal é visto como ação ou atividade
que, no enunciado linguístico, tem como agente o sujeito sintático; voz passiva,
quando o sujeito é o paciente do processo expresso pelo verbo. Voz reflexiva
quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente do processo expresso pelo
verbo.
Diante do que foi exposto, as definições de agente da passiva e vozes do
verbo, apresentam definições semelhantes em ambos os livros, ambos possuem
exemplos para mostrar de uma forma mais clara e de melhor entendimento para os
alunos.

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