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Agente da passiva:
Na gramática de Evanildo Bechara, na obra "Moderna Gramática Portuguesa" (2009),
o autor aborda o agente da passiva e as vozes do verbo. Ele enfatiza que o agente da passiva é
opcional e sempre introduzido pela preposição "por". Por exemplo, na frase "O livro foi
escrito (por ela)", o agente da passiva é opcional, mas é sempre introduzido pela preposição
"por", de acordo com a definição de Bechara.
Na gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra, na obra "Nova Gramática do
Português Contemporâneo" (2017), os autores também discutem o agente da passiva e as
vozes do verbo. Eles afirmam que o agente da passiva é opcional e pode ser introduzido pela
preposição "por" ou não. Por exemplo, na frase "A casa foi vendida (por ele)", o agente da
passiva é opcional e pode ser expresso ou não, sendo introduzido pela preposição "por"
quando presente.
Rocha Lima, na obra "Gramática Normativa da Língua Portuguesa" (2011), também
aborda o agente da passiva e as vozes do verbo. Ele concorda que o agente da passiva é
opcional e pode ser expresso ou não, sendo introduzido pela preposição "por". Por exemplo,
na frase "O trabalho foi realizado (por nós)", o agente da passiva também é opcional e
introduzido pela preposição "por", em conformidade com a visão de Rocha Lima.
Ao comparar as três gramáticas, podemos observar que tanto Cunha e Cintra quanto
Rocha Lima concordam com a opcionalidade do agente da passiva e sua introdução pela
preposição "por". Já Bechara destaca a introdução obrigatória do agente pela preposição
"por". Por exemplo, enquanto Cunha e Cintra permitem a frase "A casa foi vendida (por ele)"
ou "A casa foi vendida", Bechara defende que a preposição "por" deve sempre estar presente:
"A casa foi vendida por ele". Essa é uma diferença significativa entre as abordagens dos
autores.
Vozes do Verbo:
Em relação às vozes do verbo, os três autores apresentam definições semelhantes.
Eles concordam que na voz ativa o sujeito pratica a ação, na voz passiva o sujeito sofre a
ação e na voz reflexiva o sujeito pratica e sofre a ação simultaneamente. Por exemplo, nas
frases "Ele comeu o bolo" (voz ativa), "O bolo foi comido por ele" (voz passiva) e "Ele se
machucou na queda" (voz reflexiva), os três autores concordam sobre a ação realizada pelo
sujeito em cada voz do verbo.
Em resumo, as gramáticas de Evanildo Bechara, Celso Cunha e Lindley Cintra, e
Rocha Lima apresentam definições semelhantes em relação às vozes do verbo. As diferenças
estão mais evidentes na questão da introdução do agente da passiva, em que Bechara enfatiza
a introdução obrigatória pela preposição "por", enquanto Cunha e Cintra oferecem maior
flexibilidade, permitindo a omissão do agente e sua introdução com ou sem a preposição
"por".
Referências bibliográficas:
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. rev., ampl. e atual. conforme o
novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
LIMA, Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2011.
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