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Sumário
Neonatologia em grandes animais ...................................................................................................................... 4
Onfalopatias (umbigo) ............................................................................................................................. 8
Tríade neonatal...................................................................................................................................... 11
Septicemia neonatal .............................................................................................................................. 11
Isoeritrólise neonatal............................................................................................................................. 14
Podologia equina ............................................................................................................................................... 16
Dermovilite ............................................................................................................................................ 16
Infecção ascendente da linha branca .................................................................................................... 17
Ferimentos perfurantes ......................................................................................................................... 18
Osteíte podal ......................................................................................................................................... 19
Pododermatite asséptica difusa (Laminite) ........................................................................................... 21
Síndrome do navicular ........................................................................................................................... 27
Afecções podais em bovinos ............................................................................................................................. 29
Úlcera de sola ........................................................................................................................................ 32
Dermatite digital.................................................................................................................................... 33
Hiperplasia interdigital, gabarro, tiloma ............................................................................................... 34
Enfermidades Endócrinas e Metabólicas em Equinos....................................................................................... 35
Síndrome de Cushing ............................................................................................................................. 35
Hiperparatireoidismo secundário nutricional ....................................................................................... 37
Tetania da lactação em éguas ............................................................................................................... 38
Enfermidades musculares em equinos.............................................................................................................. 40
o Miopatias – problema comum .............................................................................................................. 41
o Rabdomiólise esporádica de esforço..................................................................................................... 41
o Rabdomiólise de esforço recidivante .................................................................................................... 43
o Miopatia por acúmulo de polissacarídeo (PSSM).................................................................................. 43
o Paralisia periódica hipercalêmica (HYPP) .............................................................................................. 46
o Miopatia nutricional .............................................................................................................................. 47
Enfermidades do sistema digestório de equinos .............................................................................................. 48
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o Função do colostro:
Fornecer alta concentração de energia, proteínas, vitaminas e outros
nutrientes;
Tem função laxativa e estimula o desenvolvimento do sistema digestivo;
Fornecer imunidade passiva, através das Igs do nascimento até próximo aos 6
meses de idade enquanto o sistema imune se desenvolve.
o A imunidade passiva depende da qualidade do colostro, volume, e tempo após o
nascimento que é ingerido.
o Qualidade do colostro:
A qualidade é determinada pela concentração de Igs;
Colostro que contém acima de 49,8 mg/mL é considerado de qualidade;
Geralmente a produção de colostro inicia-se nas ultimas 4 a 6 semanas de
gestação;
Ideal é que seja da própria mão.
o Imunoglobulinas:
IgG (70-80%): identificar e destruir os patógenos;
IgM (10-15%): primeira defesa em casos de septicemia;
IgA (10-15%): protege as mucosas (intestinal).
o Importante que a gestante seja colocado no local do parto algumas semanas antes de
parir ter Ac contra os patógenos daquele local no colostro.
o Tempo de ingestão do colostro:
Ideal que seja ingerido o quanto antes;
Absorção ideal até 6 a 8h de vida;
Após 24h de nascimento não ocorre mais absorção.
o Quando de colostro precisa ser ingerido?
10% do peso vivo.
o Testes de absorção:
Laboratorial:
Teste de imunodifusão radial em pratos de agarose;
Fracionamento de proteínas por eletroforese;
Teste de aglutinação em látex;
Mensurar proteína total no soro (refratometro – 5,2 g/dL);
Método de turvação em sulfato de zinco (quanto mais
imunoglobulinas, mais turvo fica);
Cromatogradia para detecção de IgG sérica (vencofarma).
Avaliar:
Teste de proteína total, avaliar quantidade de imunoglobulinas.
Cuidados durante a transfusão:
Fazer acompanhamento do animal nos primeiros 15min de transfusão,
velocidade bem lenta, ver se vai ter urticária, se aumenta FC e FR, se
mucosa tem reação.
Não faz teste de compatibilidade na maioria das vezes no campo.
Dificilmente terá um animal 100% compatível com outro.
Mesmos cuidados de transfusão sanguínea total.
Pode dar reação também.
o Colostro em pó:
Comercializado há uns 3 anos.
Nenhum colostro é tão bom quanto o da própria mãe, mas serve.
Vai diluir em água morna e fornecer.
Não é produzido no Brasil (Igs diferentes).
o Retenção de mecônio:
Mecônio = primeiras fezes eliminadas pelo animal.
É bem pegajoso.
Mais comum em cavalo;
Causa mais comum de cólica no potro recém-nascido;
Mais comum em potros devido ao canal pélvico estreito;
Geralmente impactado no reto ou cólon menor (no reto é mais tranquilo –
enema resolve);
Geralmente 1 a 2h após mamar o colostro o animal já defeca;
No máximo 12h após parto deve ser eliminado;
Principal causa é a demora na ingestão de colostro.
Mas não necessariamente animal tem que mamar para liberar o mecônio, pode
liberar antes de mamar.
Neonatos de partos distócicos podem liberar durante o parto.
Sinais clínicos:
Tentativas repetidas de defecar;
Agitação da cauda;
Inquietação;
Desconforto abdominal – leve progressivo.
Deita, rola, levanta a cauda.
Tendência ir aumentando.
Se não intervir, pode vir a óbito.
Animal pode forçar muito para defecar e ter prolapso de reto.
Diagnósticos diferenciais:
Atresia anal (tem que olhar se o animal tem ânus) (pode ter atresia de
reto ou se cólon também);
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Onfalopatias (umbigo):
o Anatomia:
Consiste em 3 estruturas que sofrem modificações funcionais e anatômicas ao
nascimento.
o Cordão umbilical demora um dia +- para regredir, durante esse tempo ele funciona
como porta de entrada de bactérias.
Se o animal não tiver com uma imunidade boa (mamou colostro de qualidade
adequadamente), essas bactérias que entram pelo umbigo podem causar uma
infecção ascendente e levar até a septicemia.
o Infecção do umbigo:
Onfalite = inflamação das estruturas externas umbilicais (artérias, veia, úraco e
tecido adjacente)
Onfaloflebite = inflamação da veia umbilical;
Onfaloarterite = inflamação das artérias umbilicais;
Uraquite = inflamação do úraco;
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o Úraco persistente:
Definição: é a persistência após o nascimento da conexão tubular entre a
bexiga e o umbigo.
Durante a prenhez o úraco esvazia a bexiga dentro da bolsa alantoidea.
Após o nascimento o úraco deve estar fechado e a urina ser expelida pela
uretra.
Fica pingando urina pelo umbigo.
Normal logo após o nascimento, mas deve parar logo.
Etiologia:
Congênita: torção cordão umbilical com dilatação do úraco;
Rompimento precoce ou ligadura do cordão umbilical;
O ideal é que o cordão rompa sozinho;
Toda vez que a gente liga ele, a chance do animal ter
persistência de úraco é muito maior.
Infecção (umbilical vai atrapalhar na remissão desse úraco);
Manipulação excessiva (neonato) (estresse).
Sinais clínicos:
Pelos úmidos ao redor do umbigo;
Observação de urina proveniente do umbigo.
Diagnóstico diferencial:
Onfalites.
Tratamento:
Tratamento conservador (monitoramento);
Cauterização com iodo ou bastões de nitrato de prata (aplicados
dentro do úraco) (cauterização química);
Na maioria das vezes isso vai resolver.
Cirúrgico.
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Tríade neonatal
o Hipotermia hipoglicemia desidratação (conjunto dessas três alterações).
o Não é uma doença, é uma condição;
o Acomete praticamente todas as espécies domésticas;
o Mais comum em cordeiros e leitões;
o Potros e bezerros mais resistentes;
o Associada com a não ingestão de colostro;
o Nascimento em locais inadequados.
o Hipotermia:
A termorregulação em neonatos é ineficaz nos primeiros dias de vida;
Leitões deve ser fornecida uma fonte externa de calor nas primeiras semanas
de vida;
Suínos ambiente separado (temperatura ideal neonato 32º e mãe 18º);
Auxiliar o controle de temperatura:
Fluidoterapia aquecida;
Deixar ambiente que facilite a não perda de calor (aquece água e
coloca perto dos grandes vasos);
Importante aquecer o animal de dentro pra fora;
Fornecer alimento, dar glicose.
o Hipoglicemia:
Sempre avaliar o estado glicêmico dos animais neonatos.
Analisa se está dentro do intervalo de referencia para a espécie.
Glicose baixa;
Tratamento: glicose 4mg/kg/h.
Se fizer muito rápido, vai causar diurese!
o Desidratação:
Neonato 80% do seu peso é agua.
Manutenção neonato: 100mL/kg/dia;
Avaliar se animal tem diarreia (perdas futuras);
Olhar níveis de potássio, cloro, cálcio.
Septicemia neonatal:
o Septicemia: infecção generalizada, que começa em uma determinada região do corpo
e através da corrente sanguínea se espalha para outras regiões.
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Devido ao aumento da permeabilidade dos vasos o animal pode começar a ter edema.
Efeito cascata: leva o animal a uma situação irreversível.
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o Sinais clínicos:
Dependem da intensidade e duração da infecção microbiana e da resposta do
hospedeiro.
Letargia e depressão;
Perda do reflexo de sucção;
Hiperemia das mucosas e esclera;
Taquicardia e taquipneia;
Hiper ou hipotermia;
Diarreia;
Convulsões.
o Diagnóstico:
Sinais clínicos;
Hemograma – leucócitos aumentados ou diminuídos;
Fibrinogênio aumentado > 400 mg/dL;
Fala se tem inflamação.
Sobe com 72h depois do quadro de infecção instalado.
Ferro é a primeira coisa que cai quando tem infecção/inflamação
aguda.
Lactato também pode ser dosado (vai estar alto na sepse) e pode ser
usada uma medição sérica para monitorar o quadro, o lactato mostra de
há algum estresse celular.
Hipoglicemia <60 mg/dL;
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Níveis de IgG;
Cultura sanguínea.
o Tratamento:
Antibioticoterapia
De amplo espectro e que pegue bactérias gram-;
Tempo de administração variável dependendo da gravidade, variando
de 1 a 4 semanas;
Potros penicilina potassica 40.000 UI a cada 6 horas, associado com
amicacina 10 mg/kg a cada 12 horas (é a penicilina que tem a ação
praticamente imediata, todavia tem ação mais curta);
Bezerros enrofloxacina 5mg/kg SID, Ceftiofur 2,2 mg/kg SID.
Tratamento suporte é fundamental.
Fluidoterapia 40 a 80ml/kg/hora
Colóides (plasma);
Cristalóides dependendo do caso cristalóides hipertônicos;
Concomitante a fluidoterapia solução de glicose (infusão lenta) (animal
hipoglicêmico).
Flunixim meglumine 0,25mg/kg a cada 8 horas (diminui radicais livres, etc.);
Plasma hiperimune (20 a 40 ml/kg/PV);
Oxigenioterapia (2 a 10 L/min);
Ambiente limpo e tentar estimular o animal a mamar (cuidados intensivos).
Tratamento com polimixina B, mais caro, dose baixa (bem menor que a
terapêutica), neutraliza as toxinas, pode causar efeitos colaterais como
alterações neuro e renais.
Prognóstico reservado a desfavorável.
Isoeritrólise neonatal:
o Anemia hemolítica causada pela destruição das hemácias do potro por anticorpos
produzidos pela mãe e absorvidos via colostro.
o Raro em bovinos.
o Durante a gestação a mãe (ou durante o parto) (ela entra em contato com o sangue do
potro – placentite, trauma, problema no parto, etc.) é sensibilizada por anticorpos que
estão presentes no potro, ai quando ele nascer e mamar o colostro, lá vai ter
anticorpos contra as hemácias dele.
Geralmente terá problema nas próximas gestações.
o Sensibilização:
Exposição ao sangue do potro durante o parto;
Transfusão sanguínea;
Contaminação placentária precoce com eritrócitos fetais, na prenhez em curso
(rara);
O potro da prenhez em curso deve herdar do pai os antígenos para qual a
fêmea foi sensibilizada.
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o Prevalência:
1 a 2% em equinos;
10% em muares (Pai Jumento e mãe égua) (filhotes não são compatíveis com
a égua filhote tem o “fator jumento”);
Maioria dos casos estão associados aos grupos sanguíneos Aa e Qa (tem
capacidade de gerar uma resposta imunológica maior).
o Sinais clínicos:
Potros nascem saudáveis - sinais de IN com 24 a 36 horas de vida;
Apatia e fraqueza são sinais precoces (animal começa a entrar em um quadro
de anemia);
Mucosas pálidas seguida por icterícia;
Taquicardia;
Taquipneia;
Hemoglobinúria;
Morte (muitas vezes evolui para o óbito).
o Patologia clínica:
Anemia (Vg entre 5 e 19%);
Hemoglobinemia e hemoglobinúria;
Bilirrubina aumentada;
Testar colostro da mãe contra hemácias do potro antes da ingestão do colostro
(Teste direto: pega 6 tubos, coloca 1mL de solução fisiológica em todos, 1mL
de colostro no segundo tubo e homogeniza, pega 1 mL desse tubo e passa para
o segundo, e assim por diante até o último tubo, depois pega uma gota de
sangue do potro e coloca em todos os tubos, homogeniza e centrifuga por
3min a 5mil rpm, espera um tempinho, abre os tubos e derrama o conteúdo,
deve escorres o sangue em todos os tubos, se tiver tido reação, o sangue terá
aglutinado e não irá escorrer, fica um botãozinho parado no fundo do tubo,
faço várias diluições pois se ocorrer reação no segundo ou terceiro tubo até da
pra arriscar e dar o colostro, a partir do quarto tubo já não pode dar de maneira
alguma, o ideal é que se tiver qualquer reação não se deve usar o colostro)
(Teste de aglutinação rápida: pinga colostro + sangue na lâmina e vê se
aglutina menos específico, da muito falso positivo);
Teste de Coombs.
o Achados de necropsia:
Tecidos pálidos com ou sem icterícia*;
Esplenomegalia*;
Nefrose;
Necrose hepática.
* mais comum de ser encontrado.
o Mais importante: prevenção!
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o Tratamento:
Retirar o potro da égua (primeiras 24 horas, depois de 24h pode voltar pois já
não está mais na janela de absorção);
Manter o potro em repouso;
Fluidoterapia (diminuir efeito da hemoglobina nos rins) (melhorar perfusão e
eliminar essa hemoglobina que foi liberada);
Avaliar a necessidade de transfusão sanguínea:
Melhor hemácias da mãe (lavadas – retirou o plasma e lavou com
solução fisiológica umas 3x);
Não utilizar o pai como doador (mesmos Ag que o potro).
o Prognóstico:
Varia dependendo da quantidade de anticorpos ingerido, rapidez do
aparecimento dos sinais (quanto mais rápido aparecerem os sinais, pior o
prognóstico) e grau de anemia;
Casos hiperagudos podem morrer antes do diagnóstico;
Potros que desenvolvem mais lentamente a doença tem melhor prognóstico;
No geral o prognóstico é de reservado a desfavorável.
Podologia equina
Dermovilite:
o Mau do casco.
o DEFINIÇÃO:
Condição degenerativa da ranilha – observa-se principalmente nos sulcos
central e lateral;
Caracterizada por presença de exsudato necrótico escuro;
Mais comum em membros pélvicos.
Sulco da ranilha mais fechado favorece o acúmulo de sujeira.
Talão contraído favorece também.
Ferrageamento não feito ou inadequado propicia.
o ETIOLOGIA:
Condições úmidas;
Falta de higiene das baias;
Falta de cuidado com os cascos – limpeza;
Contração dos talões;
Não tem agente específico;
Fusobacterium necrophorum (comumente isolado).
o SINAIS CLÍNICOS:
Umidade aumentada e secreção escura nos sulcos da ranilha;
Secreção com odor pútrido;
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o SINAIS CLÍNICOS:
Claudicação;
Nem sempre vai estar presente, principalmente no início não tem.
Pinçamento do casco – localizar lesão;
Áreas do casco que quando batidas parecem ocas;
Manchas negras na linha branca – sondagem;
Drenagem de abcesso na banda coronária.
o DIAGNÓSTICO:
Clínico;
Fistulografias.
Pra ver gravidade da lesão.
Coloca uma sonda no espaço e tira um raio-X, pode-se até injetar um
contraste no local.
o TRATAMENTO:
Retirar a ferradura;
Lavagem do casco – explorar;
Na sola: abrir o local para facilitar a drenagem;
Pedilúvio com permanganato de potássio;
Bandagem protetora;
Antibiótico;
Perfusão regional de antibiótico (antibiose).
Amicacina ou ceftriaxona.
Anti-inflamatório;
Só se tiver com dor ou no dia que mexeu na ferida.
Profilaxia contra o tétano.
Extremamente importante.
o PROGNÓSTICO:
FAVORÁVEL – diagnóstico precoce tratamento adequado;
RESERVADO – processo crônico com extensa parte do casco acometida.
Ferimentos perfurantes:
o Perfuração da sola por corpo estranho.
o Classificações:
Superficiais: somente tecido córneo – resultado abcesso subsolear;
Profundas: podendo levar a infecção do TFDP (tendão flexor digital
profundo), AIFD (articulação interfalangeana distal), navicular.
o Sinais Clínicos e Diagnóstico:
Profundidade X Localização X Cronicidade;
Prognóstico mais apurado.
Aumento da temperatura do casco;
Presença de pulso digital;
Indica infecção.
Dor localizada no pinçamento do casco;
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Osteíte podal:
o Definição = condição inflamatória que resulta desmineralização da falange distal.
o Etiologia:
Temperatura, pulso...
o DIAGNÓSTICO:
Sinais clínicos;
Raio X (oblíquas – dorso-palmar) Sempre a clínica compatível com sinais
radiográficos;
Não séptica:
Desmineralização;
Alargamento dos forames nutrícios na margem solear dorsal.
Séptica:
Irregularidade da margem solear;
Alargamento canais vasculares;
Densidade de gás no osso adjacente;
Sequestro ósseo.
o TRATAMENTO SÉPTICA:
Debridamento cirúrgico e a remoção do osso infectado;
Drenagem do abcesso (se presente);
Após procedimento colocar bandagem protetora;
Trocar curativo diariamente;
Antibióticos sistêmicos (perfusão regional) (até formação da camada de tecido
de granulação);
Metronidazol – recomendado em todos os casos (via oral devido a dose alta).
o PROGNÓSTICO:
Não séptica:
Favorável se a condição é primária e duração curta;
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Quando o cavalo come muito carboidrato, aumenta as bactérias produtoras de ác. Lático, o que
diminui o pH e desfavorece as bactérias gram-, o que aumenta as endotoxinas (devido a morte dessas
bactérias), o que gera dano na mucosa cecal, ai as endotoxinas conseguem cair na corrente sanguínea
devido a esse dano na mucosa, na circulação essas endotoxinas geram trombos que podem para em
capilares e comprometer a irrigação em um local isquemia.
Dependendo da situação que o casco estiver, essas artérias dilatam e atrapalham a chegada do sangue
em determinadas partes do casco (o sangue arterial é desviado pela anastomose) pode acontecer
por vários motivos: excesso de exercício, quadro infeccioso, etc.
A constrição dessas veias digitais fazem com que ocorra uma diminuição da permeabilidade do
liquido que ta fora do vaso, fazendo com que ele não possa entrar dentro dos vasos e se acumule na
região de interstício, mas ali tem muito pouco espaço livre para este liquido se acumular, então
quando tem edema nessa região a irrigação é toda comprometida isquemia.
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Destruição da lâmina basal ativada por enzimas que degradam estruturas que tenham colágeno,
elastina, etc., o que diminui bastante a irrigação local isquemia.
Laminite crônica: prognóstico reservado rotação de terceira falange perfura casco infecções.
o FATORES PREDISPONENTES:
Condições inflamatórias do trato gastrointestinal;
Sobrecarga de grãos;
Retenção de placenta;
Metrite;
Pleuropneumonia;
Sepse;
Apoio prolongado de peso em um só membro;
Da pra fazer uma liga de apoio e/ou limpar a cama pra ele deitar.
Doença de Cushing.
o CLASSIFICAÇÃO:
Subaguda: sinais clínicos menos graves, sem rotação da 3° falange;
Entra com tratamento e animais responde rápido.
Começou a aparecer pulso.
Aguda: sinais clínicos graves, não responde tão rapidamente ao tratamento,
pode ocorrer rotação 3° falange;
Animal relutando em se movimentar, pulso e temperatura aumentados,
dificuldade de tirar o membro do chão para analisar.
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o DIAGNÓSTICO:
SINAIS CLÍNICOS + RADIOGRAFIA.
o TRATAMENTO:
Objetivos:
Prevenir o desenvolvimento da laminite;
Reduzir a dor;
Evitar o dano laminar permanente;
Melhorar a perfusão digital;
Prevenir a rotação da 3° Falange ou prevenir que ela continue
rotacionando.
AINES – fenilbutazona, flunixim, cetoprofeno;
DMSO – anti radicais livres;
Anti-inflamatório, ajuda na estabilidade de membrana.
2 ou 3 dias SID, diluído em soro, não mais que 10% se for mais que
isso gera anemia hemolítica.
Sempre q for utilizar antibiótico, só usa DMSO se for muito
necessário, pois ele auxilia o antibiótico a atravessar barreiras (como
hematoencefálica), porém ele diminui a meia vida dos antibióticos e
não se sabe o quanto ele diminui.
Terapia vasodilatadora:
(acepromazina 0,05 mg/kg/TID, isoxsuprina 1,2 mg/kg/BID,
Nitroglicerina – essa já não acha mais para comprar);
Visa melhorar a irrigação local;
Vou tirar quando não tiver mais pulso.
Crioterapia (gelo):
Quando utiliza o gelo quando tem chance de ter laminite.
72h de gelo.
Depois que vira laminite aguda não usa mais.
Terapia anticoagulante:
Aspirina – 10 a 20 mg/kg/VO em dias alternados;
Heparina – 40 a 80 UI/kg IV ou SC - TID ou BID (+ cara);
Visa evitar a formação e mais trombos.
Suplementação com metionina e biotina:
Melhora a qualidade e quantidade do crescimento do casco –
importante na recuperação – quadros agudos pouco efeito.
o FERRADURAS:
Papel importante no tratamento de laminite;
Ferraduras com barra em formato de coração, ferraduras invertidas com
palmilhas, ferraduras com barra em formato oval, Sistema de sustentação de
dígito;
Ferradura invertida.
o PROGNÓSTICO:
Grau de rotação de falange:
Até 5,5o favorável;
Mais que 11,5o desfavorável.
Graduação de Obel:
Danos nas lâminas do casco não são completamente reversíveis;
Ficam mais susceptíveis a novos episódios.
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Síndrome do navicular:
o Enfermidade degenerativa e crônica que acomete o osso sesamóide distal, bursa do
navicular e TFDP;
o Causa comum de claudicação intermitente (4 e 15 anos);
o Função do osso navicular: as angulação para o tendão se inserir na terceira falange.
o Membros torácicos mais acometidos.
o Etiologia:
Desconhecida
Teoria biomecânica
Alterações degenerativas dentro do navicular devido a forças não
fisiológicas exercidas sobre o osso e seus ligamentos.
Concussão entre tendão e o osso causa rarefação óssea com alterações
na superfície flexora.
Causas: Quartela vertical, patas pequenas, talão curto e pinça
Teoria vascular
Teoria da trombose e isquemia;
Trombose das artérias digitais ou artérias do navicular, necrose necrose
isquêmica do osso – claudicação.
o Fatores predisponentes:
Hereditário;
Conformação vertical (do casco);
Trabalhos em superfícies duras;
Patas e cascos pequenos;
Pinça longa e talão curto e baixo;
Casqueamento inadequado.
o Histórico:
Claudicação progressiva de membros torácicos, crônica, uni ou ou bilateral -
início agudo.
o Sinais Clínicos:
Claudicação intermitente uni ou bilateral;
Claudicação assimétrica em 95,5% dos casos;
Pinça desgastada;
Encurtamento da fase cranial do passo;
Dor ao pinçamento: região central e terço cranial da ranilha;
Estreitamento do casco;
Podem ser responsivos a flexão falangeana.
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o Diagnóstico:
Bloqueio do nervo digital palmar;
Bloqueio da AIFD;
Raio – X (mínimo 3 projeções):
1. 60o dorsopalmar;
2. Lateromedial;
3. Pálmaro-proximal / pálmaro distal.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES:
1. Alterações no forame distal;
2. Alterações císticas;
3. Alongamento e formação de entesófitos nas bordas proximal
e distal do osso navicular;
4. Defeitos no cortex (perda da distinção corticomedular);
5. Calcificação da superfície flexora do osso navicular;
6. Fraturas.
Pinçamento;
Bursografia do navicular;
Injetar contraste na Bursa.
RM;
TC.
o Tratamento:
Repouso;
AINES;
Conforto e diminuição da dor.
Casqueamento e ferrageamento corretivo;
Grosagem da pinça, elevação dos talões;
Vasodilatadores: isoxsuprime 0,66mg/kg BID, VO, tempo variado (geralmente
umas 21 semanas, 2x por dia, ai diminui para um dia sim e um dia não 1x dia
mais 15 dias);
Corticoides – bursa ou AID – Prednisolona ou betametasona;
Tratamento com biofosfonatos:
Muito caro e não tem legalizado no país;
Diminuem a ação dos osteoclastos;
Em cavalo jovem não pode usar aumenta muito chance deles terem
fraturas;
70-75% dos casos melhoram.
Tratamento Cirúrgico:
Casos que não respondem aos tratamentos conservativos;
Neurectomia digital palmar:
Dessensibiliza o terço caudal da metade da região palmar da
pata e a sola, se estendendo dorsalmente até a pinça;
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Casco saudável:
o Liso;
o Poucas reentrâncias;
o Brilhante;
o Crescimento de 5mm ou 0,5cm a partir da banda coronária;
o Teor de água no tecido córneo de 20 a 25%.
Formol 3 a 5% diminui a umidade (pedilúvio).
Composto de Bar sistema muito bom para casco, desde que bem manejado.
Não casquear.
o Linhas horizontais à coroa linhas de estresse parada momentânea da produção
do casco que foi causada por algum fator estressante (doença, mudança de manejo,
etc.).
o Corion laminar
Circulação
Doenças podais:
o Doença multifatorial:
o Durante a lactação a condição corporal cai (fisiológico), mas só pode perder 0,5 ponto
de escore.
Quando perde mais que 0,5 (comum) perde amortecedor do casco.
o Vacas leiteiras pós parto:
Perda de ECC (casco);
Cetose;
Concentrado (acidose);
Infecções uterinas;
Mastites;
Confinamento.
A maior parte das doenças de vaca leiteira acontece no pós-parto!!!
Úlcera de sola
o No pós-parto tem uma lipólise fisiológica que faz o animal perder tecido adiposo da
região do coxim digital, que serve como amortecedor dessa vaca, tendo redução do
talão, associado a um casqueamento inadequado, levando a uma distribuição
inadequada do peso do animal a região da terceira falange conhecida como
tubérculo flexor começa a fazer uma pressão maior na região de cório, podendo levar
à úlcera de sola.
o Doença que ocorre na maioria das vezes no pós-parto devido ao não casqueamento
adequado, associado a uma perda do tecido adiposo, acomete mais vacas confinadas
umidade maior que facilita que haja um desgaste maior da região do talão.
o Isquemia da região de cório nutrição inadequada da região, rompimento dos vasos
região de necrose e formação da úlcera.
o Bem circular.
o Bem pontual.
o Causa muita dor e desconforto ao animal.
o A lesão sem formar a úlcera ainda apresenta pontos avermelhados/hemorrágico, na
região entre talão e sola.
o Mais comum nos membros pélvicos, na unha lateral (maior pressão do peso).
o Prevalência alta – bovinos leiteiros confinados.
o Primeiros quatro meses pós-parto.
o Relacionado:
Perda de ECC;
Estresse traumático;
Acidose crônica e laminite subclínica.
Casqueamento inadequado.
o Tratamento:
Apara/casqueamento corretivo;
Retirada do tecido de granulação ao lado da ulcera (realizar anestesia
intravenosa);
Aplicação de tamanco (taco) de madeira, borracha, etc. (máximo 6 semanas);
Curativo local (antibiótico local, antibiótico intravenoso);
Evita-se hoje, pois deixa resíduo no leite, mesmo o local.
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Dermatite digital:
o Dermatite digital papilomatosa (DDP);
o Enfermidade contagiosa;
o Tem fator infeccioso;
o Morbidade 90%; mortalidade baixa;
o Tem formato de morango;
o Doença multifatorial: ambiente, bactérias (Treponema), manejo, idade e nível de
imunidade;
o Gera muita dor ao apoiar;
o Gera queda da produção leiteira;
o Fatores predisponentes:
Lama;
Umidade;
Pouca higiene.
o Tratamento:
Local: limpeza, remoção de tecido necrosado e se necessário apara dos cascos;
Tratamento tópico: uso de antibióticos, ex. Aerosol – principio tetraciclina;
Avaliar o uso de bandagem;
Grandes propriedades: uso de pedilúvios (5-6g de oxitetraciclina/L de água).
Indicado apenas nos surtos.
Muitos animais podem se tornar portadores.
o Pedilúvio terapêutico:
Com pouco liquido
Usar antibiótico por 2 dias consecutivos e repetir após 3 a 5 dias.
Considerações importantes:
Antibióticos não devem ser usados mais de duas vezes por ano – evitar
resistência;
34
o Dermatite interdigital:
Dermatite superficial caracterizada por leve erosão, com localização frequente
entre os talões, podendo se estender até a parte anterior do espaço interdigital.
Tratamento:
Local: limpeza, remoção de tecido necrosado e uso de antibiótico
bacteriostático local;
Sulfa ou tetraciclina + sulfato de cobre + talco;
Tratamento sistêmico com antibiótico: pouco efeito local;
Descarte de leite (período de carência);
Casqueamento.
o Flegmão interdigital:
Síndrome de Cushing
o Adenoma hipofisário (hipertrofia, hiperplasia adenomatosa ou adenomas funcionais
do lobo anterior/intermédia da hipófise).
Aumento de volume da paraintermedio da hipófise.
o Doença caracterizada principalmente por produção e secreção excessiva de
adrenocorticotropina (acth), ou seja, em equinos leva a um aumento de ACTH,
levando ao aumento de alguns hormônios.
36
o Epidemiologia:
Principalmente equinos idosos: 19 anos (7-40); a partir dos 15 anos idoso;
Não há predisposição por sexo;
Não há predisposição por raça.
o Sinais clínicos:
Hirsutismo (alteração na troca do pelo):
Animal para de trocar o pelo, ou demora muito tempo para trocar o
pelo, fazendo com que esses pelos fiquem muito longos; na região da
mandíbula e jugular o pelo fica maior primeiro; e quando esse pelo cai,
demora para crescer o pelo novo, gerando áreas de alopecia
temporária;
Apresentam pelos espessos longos e anelados;
Em alguns animais os pêlos não são substituídos;
Atraso da muda dos pêlos na primavera;
Crescimento precoce de pêlos do inverno no outono;
Alopecia temporária localizada.
Escore corporal – normal – obeso – magro (associa geralmente a obeso, mas
não é uma regra);
Poliúria hiperglicemia diurese osmótica inibição ADH;
Compressão da parte nervosa da hipófise pelo aumento de volume da
outra parte gera a inibição do ADH
Polidipsia;
Hiperhidrose;
Sudorese excessiva;
*Pesquisar anidrose (cavalo que para de suar).
Laminites frequentes;
Relacionada principalmente com a liberação de cortisol (pode gerar
vasoconstrição).
Abcessos de sola (pode ter também afundamento de banda coronária,
aparecimento de pulso, temperatura aumentada).
37
o Diagnósticos diferenciais:
Insuficiência renal (poliúria e polidipsia);
Diabetes (raro em grandes animais, mas pode acontecer, hiperglicemia,
poliúria, polidipsia);
Hiperglicemia secundária: destruição pancreática (extremamente rara).
o Patologia clínica:
Hemograma e bioquímico normais;
Hiperinsulinemia (devido ao aumento de cortisol).
o Diagnóstico:
Sinais clínicos compatíveis;
Teste da supressão com dexametasona;
0,2mg de dexametasona para cada 45kg de peso, 8h depois faz a
primeira coleta e depois a cada 4h até das o horário que foi feita a
aplicação mas no dia seguinte, num animal positivo o cortisol
continuará alto, ele não fará feedback negativo, em um animal negativo
o cortisol cairá.
Necropsia (aumento de volume da hipófise);
Normal 1 a 3 g – adenoma 3,4 a 16,6 g.
o Tratamento:
Suporte (alimentação, dentes, vermifugação e cascos);
Manter casqueado e com ferradura confortável;
Alimentação de boa qualidade.
Pergolida (agonista da dopamina);
0,002 mg/kg/VO/SID.
Droga inibidora do ACTH (ciproeptadina);
0,25g/kg VO durante 8 semanas.
Garanhões ou éguas doadoras de embriões (alto valor zootécnico).
Animal pode ter recidivas.
o Sinais clínicos:
Claudicação;
Relutância em movimentar-se (dor);
Decúbito;
Aumento de volume mandibular e maxilar;
Perda de peso.
o Diagnóstico:
Clínico;
Histórico de ingestão inadequada de cálcio (dieta rica em grãos com feno de
gramíneas).
Exemplo milho.
o Tratamento/ prevenção:
Manejo nutricional adequado – mudança de pasto – leguminosa;
Manter equilíbrio Ca:P em 2:1;
Tratamento Ca:P em 6:1 (animal com sinais clínicos).
o Etiologia:
Éguas boas produtoras de leite:
Pico de lactação (60 a 100 dias);
10 dias pós parto.
Após transportes prolongados e exercícios extenuantes:
Pode ocorrer em éguas secas e em machos.
Dietas com pouca quantidade de Ca e Mg.
o Sinais clínicos:
Dependem dos níveis de cálcio circulante (normal +- 10 a 11mg/dL Ca):
Cálcio total, se analisar cálcio ionizado (Hemogasometria) 1,3
mgdL é o normal;
8 mg/dL Ca ---- aumento da excitabilidade;
5 a 8 mg/dL Ca ---- espasmos tetânicos ligeira incoordenação;
< 5 mg/dL Ca ------ decúbito e inconsciência.
Taquicardia;
Sudorese;
Andar rígido;
Trismo mandibular;
Dificuldade de deglutição;
Dilatação das narinas;
Cauda ligeiramente embandeirada;
Fluter diafragmático sincrônico (soluço);
Se não tratado: morte 24 a 48 horas – após inicio dos sinais.
o Diagnóstico:
Sinais clínicos;
Dosagem de Ca sérico;
Terapêutico.
o Diagnóstico diferencial:
Tétano:
Sem hiperestesia a sons.
Laminite:
Dor, calor, pulso.
o *Relacionar com parto, desmama, transporte ou exercício intenso.
o Tratamento:
Borogluconato de cálcio 150 mg/kg IV:
Infusão lenta (dentro de 10 minutos)
Recuperação rápida e completa (geralmente após a recuperação o animal
elimina um grande volume de urina).
40
Exame físico:
o Inspeção à distância:
Tamanho, forma, simetria dos grupos musculares e tremores;
o Anormalidades de marcha;
o Palpação:
Tônus, consistência, sensibilidade e temperatura.
Patologia clínica:
o Avaliação da CK – excelente indicador de necrose muscular;
o Normal inferior a 250 UI/L 400 a 500 UI/L inicío de treino, resposta a exercício
moderado;
o Exercícios intensos (ex. enduro 3 dias) – 1.000 a 5.000 UI/L.
Não refletem miopatia grave – 24 a 48 h após.
o Avaliação da AST auxilia na identificação de necrose muscular;
o Eleva mais lentamente que a CK;
o Meia vida da AST maior que a da CK.
*AST normal 226 a 236 UI/L.
Outros exames:
o Urinálise;
Mioglobinúria (urina escura).
o Testes físicos de exercício;
o Eletromiografia;
Avalia as cargas elétricas da musculatura tanto com o animal em repouso,
tanto com o animal em movimento.
Em algumas enfermidades, mesmo com animal em repouso, a musculatura
está trabalhando.
41
o Biopsia muscular;
Avalia a fibra muscular e vê se tem algumas características que são
compatíveis com algumas enfermidades.
o Dosagem de vitaminas e minerais;
Mais conhecida é deficiência de vitamina E e selênio (doença do musculo
branco).
o Teste genético.
Enfermidades musculares:
o Miopatias – problema comum;
Termos como:
Mal da segunda feira;
Tying – up;
Mioglobinúria paralítica;
Rabdomiólise.
*Pensou-se durante muito tempo, ser uma entidade única, porém trata-se de
uma síndrome que possui múltiplas etiologias.
Patogenia:
Situação de anaerobiose diminui vascularização local aumenta ácido láctico que vai acumular
nos tecidos gerando acidose muscular local, gerando destruição muscular local (rabdomiólise)
liberação de mioglobina (casos graves) mioglobinúria a mioglobina em excesso vai ser
metabolizada pelos rins lesão renal uremia óbito.
Sinais clínicos:
Rigidez muscular/ dor em grandes músculos principalmente/ tremores;
Sudorese profusa (avaliar desidratação) (muito relacionada com dor);
Urina marrom avermelhada/ preta (mioglobinúria);
Micção inibida / IR / uremia;
Decúbito e morte.
Patologia clínica:
Aumento de CK e AST;
Tem que fazer seriada, repetir de 12 em 12h para saber se é
lesão muscular ativa ou não, se não tiver como, faz depois de
24h.
Mioglobinúria;
Biopsias musculares (mionecrose das fibras tipo II).
Quando não tem histórico muito preciso.
Diagnóstico:
Sinais clínicos;
Aumento CK e AST soro;
Quanto tá com essas enzimas normais e casos recorrentes, ver
se é genético.
Teste genético PSSM.
Tratamento:
Repouso absoluto;
Fenilbutasona 2,2 mg/kg/bid (para tirar a dor);
É um AI, tem injetável (aumenta pH) e oral dar preferencia
para o oral.
Se fizer fora do vaso quando IV pode dar flebite devido a
diferença de pH.
Miorrelaxantes;
Até pode usar sedativos como xilazina, mas pelos efeitos
colaterais melhor os mais específicos.
Coltrax – Tiocolchicosídeo;
43
Controle:
Programas de exercícios regulares;
Alimentação balanceada;
Sal mineralizado;
Para repor os eletrólitos que precisa.
Diminuir quantidade de grãos na dieta.
O carboidrato não estrutural como o milho, é degradado muito
rápido, ele faz com que se acumule uma quantidade muito
grande de glicogênio de maneira rápida dentro da célula, se o
animal está em exercício e não pode usar o glicogênio, acaba
lesionando a musculatura.
Não é que não pode comer, só que deve-se cortar quando
estiver em crise.
Patogênese:
Mutação no gene GYS1 excesso do glicogênio nas fibras 2A e 2X
lesão muscular após esforço ou até mesmo em repouso;
Ainda não está completamente compreendida:
Causa proposta:
Aumento de sensibilidade a insulina + dieta rica em
carboidratos aumento captação de glicose
acumulo de glicogênio.
Epidemiologia:
Não tem predileção por sexo ou idade;
Diagnostico histopatológico realizado em 35 raças;
Mutação no gene GYS1 encontrada em 17 raças.
Sinais clínicos:
Podem ser assintomáticos;
Nos animais em que a doença se manifesta os sinais podem variar em
intensidade;
Incluem:
Rigidez muscular;
Sudorese;
Dor e relutância em se movimentar;
Fasciculações musculares;
Fraqueza e atrofia muscular;
Andar rígido;
Sinais de cólica;
Mioglobinúria;
Decúbito;
*geralmente os animais acometidos apresentam mais de 1 sinal
clínico;
Os animais podem apresentar os sinais clínicos quando conduzidos:
Ao passo;
Trote;
Galope.
45
Patologia clínica:
Aumento da CK
Aumento de AST
(mesmo em repouso).
Diagnóstico:
Sinais clínicos;
Aumento de CK e AST;
Histórico de miosite recorrente;
Teste genético para PSSM1;
Pode ser feito com amostra de pelo;
No histórico de crise recorrente a indicação é que faça o teste
genético.
Biópsia muscular.
Dar mais atenção para os músculos smitendineo,
semimembranáceo, glúteos;
Coloca a musculatura biopsiada em nitrogênio liquido, corte
com criostato e vai corar com PAS.
Tratamento:
Tratamento de suporte:
Fluidoterapia – correção equilíbrio hidroeletrolítico e ácido
básico;
AINES (cuidado pois são metabolizados nos rins);
Relaxante muscular;
Sedativos;
Vitamina E e selênio;
Dietas especiais e exercícios programados são as melhores
ferramentas para a redução dos sinais clínicos nos cavalos
acometidos.
Prognóstico:
Não tem cura;
Animais sempre susceptíveis a desenvolver os sinais clínicos;
Sinais podem ser controlados com manejo e alimentação adequada;
Episódios recorrentes – desfavorável quanto ao desempenho atlético.
46
Diagnóstico:
Sinais clínicos compatíveis;
Teste genético (mutação gene SCN4A);
Pode só ter aumento discreto de CK e AST.
Diagnóstico diferencial:
Rabdomiólise;
Cólica;
PSSM.
Tratamento:
Não é necessário em casos esporádicos e crises brandas (se recupera
sozinho);
Gluconato de cálcio e dextrose IV (facilita a entrada de K na célula);
47
o Miopatia nutricional:
Deficiência de vitamina E e Selênio;
Doença miodegenerativa de curso sub agudo a hiperagudo que atinge as
musculaturas esqueléticas e cardíacas;
Vit. E e Se – agem como protetor antioxidante das membranas plasmáticas
(deixa as células mais susceptíveis a radicais livres);
Acomete animais pecuários, principalmente bezerrros, cordeiros, cabritos e
potros jovens – baixa ingestão de Se durante a gestação.
Sinais clínicos:
Forma cardíaca:
Depressão;
Dispneia;
Taquicardia;
Ritmo cardíaco irregular;
Sopros cardíacos;
Morte repentina.
Forma esquelética:
Fraqueza muscular e andar rígido;
Decúbito com incapacidade de levantar;
Tremores musculares;
Dor à palpação;
Disfagia (língua);
Dispneia;
Morte repentina.
Diagnóstico:
Clínico histórico;
Dosagem de CK;
A CK é muito alta neste caso.
Avaliação dos níveis de Se na dieta;
Necropsia.
48
Tratamento:
Forma cardíaca – lesão miocárdica geralmente incompatível com a
vida;
Forma esquelética:
Suplementar com vit. E e Se;
Vit. E – 600 a 1800 mg por animal;
Tratamento de suporte.
Prevenção e controle:
Suplementar com “Se” 0,3 ppm;
Suplementação das éguas prenhas em regiões deficientes;
Suplementação durante a lactação – aumenta a concentração no leite.
Anatomia:
o Flexuras são locais de estrangulamento.
o Lembrar no exame, do ligamento nefro-esplênico.
Mastigação:
Animais tem preferencia por mastigas de um lado;
Desgaste uniforme do dente (busca equilíbrio);
Movimento maior para um lado, volta, movimento mais curto para o
outro lado;
Sempre observar animal comendo;
Para quebrar ração peletizada animal muda forma de mastigação
reduz desgaste.
49
Inspeção:
Lesões e aumentos de volume exteriores;
Quando animal tem ponta de esmalte, ele acumula comida no local
buscando conforto.
Espéculo bucal:
Muito importante para a realização de boa inspeção.
Exame de cavidade oral:
Observar corpos estranhos também.
Pontas dentárias:
Às vezes ainda não cortou a mucosa, mas é possível se observar a
impressão destas pontas.
Dente de lobo:
Não confundir com o canino;
1º pré-molar;
Discussão sobre extração;
Geralmente extrai (extração simples), e pode causar problemas
(inflama, freio pega nele);
Geralmente superior, mas pode ocorrer na inferior também.
Tratamento:
Retirar a causa;
Ajuste de oclusão;
Corrigir aos poucos, não desgastar mais do que o dente cresce
ao ano, não expor pupas.
Os equinos devem ser avaliados anualmente e os problemas dentários
devem ser corrigidos.
O ideal é a prevenção, não esperar aparecer os sinais clínicos.
Exames complementares:
Raio-X:
Excelente auxílio no tratamento adequado das enfermidades
dentárias;
Indicação: Qualquer suspeita de infecção dentária, erupção
inadequada, ou dor na cavidade bucal de origem desconhecida.
Distúrbios de esôfago:
o Esôfago:
Conecta faringe até o estomago;
3 porções:
Cervical (até entrada do tórax);
Torácica (até diafragma);
Abdominal (após diafragma).
Localização: dorsal à traqueia até o terço médio do pescoço, quando passa
para a esquerda.
52
o Obstrução esofágica:
Distúrbio mais comum observado em equinos:
Animal desidratado devido atividade física, não faz salivação adequada enquanto come, alimento
fica mais seco, mais chance de parar no esôfago.
Locais mais comuns: entrada da faringe, entrada do tórax, na base do coração, passagem pelo
diafragma.
Sinais clínicos:
Inquietação;
Pescoço estendido;
Buscando conforto.
Boca aberta e mímica de vômito;
Cavalo não vomita devido ao cárdia, a não ter centro do vomito
desenvolvido e palato mole muito alongado.
Secreção nasal espumosa;
Ptialismo;
Disfagia;
Pneumonia aspirativa.
Diagnóstico:
Sinais clínicos compatíveis;
Palpação esofágica (no terço cervical consegue palpar muitas vezes);
Sondagem;
Tenta chegar até estomago (se chegar é porque não ta com
obstrução de esôfago);
Se a sonda travar, tenta passar sonda menor, não tentar
empurrar o que está obstruindo.
Raio X;
53
Tratamento:
Primeiramente tentar descobrir o que está obstruindo;
Redução do espasmo esofágico (acepromazina 0,05mg/kg IV, Xilazina
0,5mg/kg IV e instilação esofágica de lidocaína 30 a 60 ml);
Deixar animal mais calmo, pois a obstrução indomoda, dói (a
dor aumenta a contração).
Lavagem esofágica com sonda e água;
Quando não sabe o que é, tenta tirar com lavagem;
Lembrar que cabe quantidade pequena de água (200 a 300 mL);
Fazer devagar, cuidado para animal não aspirar e ter pneumonia
aspirativa.
Esofagotomia;
Complicada, muito contaminada, possível deiscência de pontos;
Mesmo que bem realizada, restará uma área de estenose.
Sucralfato 20 mg/kg VO a cada 6 horas (úlceras esofágicas);
Antibióticos de amplo espectro no caso de aspiração.
o Esofagite:
O termo esofagite refere-se a uma síndrome clínica de inflamação esofágica
que pode ou não ser ulcerativa.
Pode ser causada por diversas situações.
Causas:
Trauma (Corpos estranhos, sonda nasogástrica);
Infecção (abcessos);
Lesão química;
Esofagite por refluxo relacionada ao retardo no esvaziamento
gástrico, refluxo e lesão de mucosa esofágica.
Sinais clínicos:
Estímulo de regurgitação;
Desconforto na deglutição;
Sialorreia;
Bruxismo;
Anorexia;
54
Diagnóstico:
Sinais clínicos e exame endoscópico;
Pode-se observar: úlceras difusas, irregulares ou lineares.
edema e hiperemia
Distúrbios congênitos:
o Exemplo: persistência do quarto arco aórtico.
Distúrbios do estômago:
o Estômago:
Localização: dorsal a cavidade abdominal;
2 esfincters: cárdia e o piloro;
Capacidade volumétrica de 8 a 20 litros.
Distúrbios de estomago em cavalos é emergencial não vomita;
Muitas vezes é a causa principal da síndrome cólica em equinos (ou está
envolvido com a causa principal);
Por isso a sondagem nasogástrica é essencial nesta suspeita.
Acesso semiológico indireto (sonda naso, endoscopia), não consegue
auscultar;
o Ulceração gástrica:
Causas multifatorais (AINES, estresse, alimentação, animais enfermos);
Inibidores não seletivos para cox-2 inibem cox-1;
Exemplo alimentos muito fermentáveis diminui pH.
55
Alta produção de ác. Clorídrico, bicarbonato não consegue neutralizar e as células superficiais são
deterioradas, ai as células profundas são expostas e começam a levar o H+ pra dentro da célula
morte celular úlcera. (mucosa escamosa).
Mucosa glandular alguma coisa começa a atrapalhar a dinâmica da barreira (ex. anti-inflamatório
atrapalhando a liberação de somatostatina e prostaglandina E).
Potro: possui epitélio mais frágil e mais permeável, no primeiro mês começa a descamar o epitélio
para separa as camadas superficiais protetoras.
Sinais clínicos:
Apetite caprichoso – geralmente não comem toda a refeição;
Depressão;
Mudança de comportamento;
Queda de desempenho no esporte;
Cólica de leve a moderada;
Perda de peso;
Bocejos constantes;
Nenhum sinal clínico é patognomônico;
Potros: bruxismo, mamada interrompida, salivação excessiva, diarreia
e cólica.
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Diagnóstico:
Sinais clínicos;
Endoscopia;
Resposta ao tratamento.
Tratamento:
Retirar a causa;
Inibir a secreção de ácido clorídrico;
Sucralfato 20 mg/kg – Tid;
Proteção na superfície da mucosa;
Vem em pó;
Forma um filme em cima da úlcera para maximizar a
cicatrização;
Primeiro 15 dias pelo menos, mas pode fazer durante todo o
período de tratamento com omeprazol.
Omeprazol 4 mg/kg VO – Sid;
Tratamento durante 30 dias;
Cimetidina 6,6 mg/kg IV – Quid;
Ranitidina 1,5 mg/kg IV – Tid;
Não usa cimetidina e ranitidina junto (essas usa-se por 72h).
Prognóstico:
Bom – sucesso em 95% dos casos;
Geralmente em 4 a 5 dias já melhora;
Importante que o animal volte a comer o quanto antes.
o Compactação gástrica:
Animal por algum motivo ingeriu uma quantidade de alimento que não
progrediu e ficou compactada no estômago;
Acumulo de alimento no estomago que é diferente de sobrecarga;
Geralmente farelo de milho, de trigo, cevada;
Esvaziamento do estomago comprometido;
Reduzida ingestão hídrica;
Alimento seco.
Sinais clínicos:
Inapetência;
Quadro agudo – dor moderada a intensa;
Sinais de cólica.
Tratamento:
Lavagem do estômago – sonda nasogástrica;
Tem que ser bem feita;
57
o Ruptura gástrica:
Ocorre como sequela da distensão gástrica por ingesta, fluído ou gás;
Equino adulto estômago dilatado capacidade máxima 20 a 25 l;
Geralmente o animal está com muita dor e tem um alívio imediato após a
ruptura;
Tratamento na maioria das vezes impossível devido a contaminação da
cavidade peritoneal.
Geralmente eutanásia.
Animal que chega é sempre bom tentar ver se tentaram passar sonda na
fazenda, fazer uma abdominocentese, pois o funcionário pode ter tentado
passar sonda e ter rompido o estomago do animal.
Diagnóstico de ruptura é histórico mais abdominocentese.
o Estômago muito dilata: cárdia inverte não consegue passar sonda.
Lesões intestinais:
o Duodenite ulcerativa:
Acomete potros e em menor grau equinos por volta de 1 ano de idade;
Raramente acomete equinos mais velhos;
Ulceras nessa região;
Associado a alta produção de HCl;
Geralmente estomago também está lesionado úlcera gástrica;
58
Fisiopatologia:
Menos compreendida que a ulceração gástrica;
Considera-se que ocorre devido a exposição excessiva a HCL e
pepsina;
Na maioria dos casos a inflamação é generalizada;
Alguns casos associados com infecção por E. coli.
Sinais clínicos:
Sinais semelhantes a de úlcera gástrica grave (geralmente está
associado);
Febre;
Desconforto abdominal;
Diarreia.
Diagnóstico:
Sinais clínicos;
Ulceração gástrica grave – alerta para úlceras duodenais;
Avaliação do líquido peritoneal (sempre);
Bioquímico GGT e FA (pode dosar AST também);
Colangite e hepatite ascendente.
Hemograma leucocitose por neutrofilia no início, depois pode ter
até quadro de neutropenia;
Muitas vezes é diagnóstico de necropsia.
Tratamento:
Cimetidina 6,6 mg/kg/ IV a cada 6 horas;
Betanecol 0,02 mg/kg/ SC a cada 8 horas;
Parasimpatomimético, agonista de receptores muscarínicos,
tem função de estimular motilidade intestinal tentar acelerar
o trânsito.
Omeprazol 4 mg/kg/VO;
Sucralfato 20 mg/kg/VO;
Corticóides: discutível, usado para diminuir a inflamação para
melhorar a cicatrização, mas ao mesmo tempo pode gerar vários
59
o Duodenojejunite proximal:
Síndrome clínica caracterizada por inflamação e edema do duodeno e do
jejuno proximal, intensa secreção de fluido e eletrólitos para o lúmen do
intestino delgado e refluxo enterogástrico.
Quando passa a sonda nasogástrica, o cheiro que vem do estômago é bastante
característico, de intestino, substancia amarronzada, pH alto.
Manter animal sondado durante todo o período de tratamento.
Sinais clínicos:
Dor abdominal de intensidade moderada a grave;
Borborigmos intestinais diminuídos;
Refluxo enterogástrico (sondagem);
Distensão de ID na palpação retal;
Febre e intensa apatia;
Mucosas congestas;
Taquicardia e taquipnéia e TPC aumentado;
Desidratação 8 a 10%;
Devido ao refluxo intenso.
50 a 70% dos casos morrem nas primeiras 24 horas.
Achados clinicopatológicos:
Vg e proteína aumentados (hemoconcentração);
Devido à desidratação.
Líquido peritoneal com contagem de células elevadas;
Leucocitose devido à neutrofilia;
Acidose metabólica (hemogasometria).
Tratamento:
Descompressão gástrica cada 1 ou 2 horas (sondagem);
Anotar quanto coletou cada vez.
Fluidoterapia (reposição de eletrólitos, correção acidose);
Dose anti endotóxica de Flunixim meglumine (0,25 mg/kg IV a cada 6
horas);
Antibiótico de amplo espectro (questionável);
Não sabe se realmente tem bactéria envolvida com isso ou não,
mas como existe suspeita pode ser utilizado.
Nutrição parenteral (caro).
Dependendo do valor zootécnico, sentimental, dinheiro do
proprietário;
Aminoácido, proteína, vitamina, tudo via endovenosa;
500 a 700 reais por dia.
Complicações:
Peritonite;
Pneumonia por aspiração;
Animal sondado o tempo todo;
Cárdia dilatado pela sonda.
Aderências de intestino delgado;
Devido à inflamação.
Laminite;
Insuficiência renal (excreção de medicamentos) e/ou cardíaca (débito
cardíaco).
Infecção que pode atingir o órgão (coração).
Hoje já temos animais recebendo dietas de 90% de concentrado, e os animais tiveram que se
adaptar a isso.
Hoje o animal não tem mais a parte social (confinamento, só anda com animais de mesma idade).
Restrição de exercício animal levanta pouco, come muito mais incidência maior de
doenças do sistema digestório.
Retículo:
o Retículo: 6 a 8ª costelas à esquerda da linha média ventral (linha Alba) (porção maior
do lado esquerdo).
o Mucosa tipo favo de mel.
o Cárdia: passagem do esôfago, fica no limite entre reticulo e rumem.
o Logo a frente do reticulo temos diafragma e pericárdio.
o Goteira esofágica faz com que o leite ingerido pelo filhote não caia no rumem
(fermentação), fecha no adulto.
61
o Afecções do retículo:
Alta incidência em bovinos;
Causa mais comum de dor abdominal anterior em bovinos;
Afecções relacionadas, na maioria dos casos, com traumas por corpos
estranhos perfuro-cortantes;
Muito comum em bovinos de leite;
Fatores predisponentes:
Exposição;
A corpos estranhos.
Problemas relacionados a cercas.
Incidência maior em fazendas com divisa com estradas.
Por os animais no local sem uma inspeção antes, para ver se
tem alguma coisa que pode ser ingerida pelo animal.
Máquinas que misturam ração, picam capim velhas, com
baixa manutenção, etc.
Comida (feno principalmente) comprada e de baixa qualidade.
Particularidades alimentares (mastigação improdutiva);
Usa a língua para coletar o alimento e não faz uma mastigação
produtiva acaba ingerindo o corpo estranho.
Retículo (contrações bifásicas, mucosa do retículo);
Corpo estranho chega ao retículo e tem altas chances de se
alojar na mucosa, ai quando contrai, a chance de perfurar é
muito maior.
Todo corpo estranho vai para o retículo.
Forma e consistência do corpo estranho ingerido;
Perfuro-cortante.
Estágio de gestação (pressão do útero);
Não é fator tão importante.
Segundo a literatura, quando tem estágios avançados (terço
final), faz com que o útero comprima rumem e retículo,
diminuindo o lúmen do retículo e o corpo estranho teria maior
chance de perfurar.
Parto (contrações abdominais).
Não é fator tão importante.
Contrações reduzem espaço do retículo, aumentando a chance
do corpo estranho perfurar.
62
Fator determinante:
Ingestão do corpo estranho perfuro-cortante
Inicialmente vai para o rumem;
Depois vai para o retículo.
Localização preferencial: parede crânio-ventral do retículo, em
especial na metade direita.
Reticulite traumática simples
Reticulo-peritonite traumática
Reticulo-pericardite traumática
o Retículo-peritonite traumática:
Prognóstico de reservado a mau;
Perfura mucosa, perfura muscular, perfura serosa, perfura peritônio visceral;
Inflamação causada pelo trauma + liberação de bactérias no peritônio;
Peritonite no equino laminite;
Forma abscesso na região peritonite circunscrita (não difusa);
63
o Retículo-pericardite traumática:
Sinais de pericardite:
Efusão pericárdica, depois efusão pleural (insuficiência cardíaca
congestiva direita, pode dar esquerda também);
Interferência na função miocárdica, comprometimento da inervação
cardíaca;
Sinais de ICC direita costumam ser muito mais evidentes:
Edema periférico (em bovino peito e barbela);
Ascite.
Dor, cansaço;
Prova de estase positiva;
Pulso jugular positivo.
Depressão;
Anorexia;
Decúbito prolongado;
Devido à dor.
Perda de peso;
Pode não ser perceptível evento muito rápido até o óbito.
Diarreia ou fezes escassas;
Ranger dos dentes e salivação;
Dorso arqueado e os cotovelos em abdução;
Posição anti-álgica.
Movimentos respiratórios: abdominais, superficiais, frequência
aumentada, acompanhados de gemidos;
Reflexos dolorosos nas provas de sensibilidade;
Óbito frequente;
Pode levar a sepse;
Sinais variam bastante;
Prova de estase positiva;
Pericardite ICC direita.
Pulso de jugular positivo;
Pericardite ICC direita.
Exames complementares:
Provas de sensibilidade;
Prova da cernelha, do bastão, percussão dolorosa, palpação
dolorosa. Subir e descer o morro, prova de Kalchschmidt
(hiperalgesia da região cutânea da cernelha sensibilizada em
consequência de dores abdominais).
Anti-inflamatório pode mascarar a dor e a cronicidade também.
US;
RX;
Detector de metais;
Punção abdominal;
Cuidado porque o corpo pode circunscrever o foco
inflamatório;
Região de virilha.
Hematologia;
Láparo-rumenotomia.
o Tratamento:
Terapia de suporte (hidratação, eletrólitos, energia, antimicrobiano, AINES);
Reticulite.
Sondas magnéticas;
Retículo-peritonite.
Cirúrgico láparo-rumenotomia.
Tratamento de eleição.
Na pericardite fica muito limitado a tratamento clínico.
o Profilaxia:
Evitar ingestão de corpos estranhos; passagem de sondas imantadas
periodicamente; administração oral de imãs permanentes.
o Prognóstico:
Retículo-pericardite mau
Reticulite reservado-bom;
Retículo-peritonite reservado.
Depende de:
Aderências reticulares – função comprometida;
Lesões nervo-vago;
Lesões em outros órgãos adjacentes.
o Tronco ventral (união dos ramos ventrais) – inerva a parte medial e cranial do
retículo, o omaso e abomaso;
o Tronco dorsal (união dos ramos dorsais)
Continuação acidose
o Patogenia – quadro de acidose
o Produção de ácidos e pH de suco de rúmen durante a ALR
Patologia clinica
o Exame de suco de rúmen
o pH urina
Vai ta ácido
o pH fezes
Vai ta acido também
o Hematócrito
Vai tá alto
o Hemogasometria
pH vai estar ácido;
Bicarbonato estará diminuído;
Acidose de origem metabólica organismo para compensar pO2 estará
provavelmente alto e o pCO2 diminuído (FR aumentada para eliminar CO2).
Como tratar?
o Correção acidose ruminal
Elevar pH
Máxima retirada de suco de rúmen (sonda)
Muito difícil, retirar máximo possível
Transplante/transfusão de suco de rúmen
Transfaunação
Animais até 300kg: 3L
> 300kg: 5L
67
Vacas de corte:
o Fase de adaptação
o Entrada de animais em confinamento.
Sinais ou sintomas:
o Redução ou inconsistência da ingestão;
o Diminuição da produção leiteira;
o Redução da concentração de gordura do leite;
Limitante de pagamento pela qualidade do leite.
o Baixo ECC, apesar de correto balanceamento nutricional da dieta.
Gordura no leite:
o Vacas acidóticas têm menos gordura no leite que grupo controle aos 15, 45 e
90 dias.
o Origem: AG do sangue (principal: acético), gorduras corpóreas e corpos
cetônicos.
o Acidose:
Relação acetato:propionato diminui;
Propionato: anticetogênico (diminui a síntese de corpos cetônicos
como o beta-hidroxibutirato)
pH do rúmen:
o Colheita de suco de rúmen
Cuidar com contaminação da saliva
Quando alimentação: TMR colheita 5 a 8h após a alimentação.
TMR concentrado e volumoso junto (ração total misturada).
Quando separado: concentrado – volumoso
2 a 5h do concentrado
Separar grupos de mínimo 10 animais
Animais até 60 dias pós-parto
o 30% dentro de um subgrupo tiverem:
pH < ou = a 5,5 (rever manejo alimentar);
5,6 < pH < 5,8 (limite);
pH > 5,8 (normalidade).
Deslocamento de abomaso
Abamasopexia percutânea;
Abomasopexia/omentopexia pelo flanco esquerdo;
Omentopexia pelo flanco direito;
Abomaso paramediana ventral direita.
Prognóstico:
o Depende do tempo, da evolução.
o Se for torção, deve-se avaliar os danos aos órgãos.
o Sem torção geralmente o prognóstico é bom.
Cortisona
Hidrocortisona
Massagem com DMSO carrear outras drogas, muito bom, serve como
fisioterapia também
o Piso e cama adequado
o Ato de levantar ou rolar o animal
o Hidromassagem
o Estrutura, pessoal, boa vontade.
Garrotilho
Adenite equina
Afecção respiratória causada pelo Streptococcus equi (Gram +) em equídeos
o Uma das bactérias mais presente em doenças de quinos.
Ocorre principalmente em animais até 5 anos de idade
o Porem existem casos descritos de animais bem mais velhos animal que
provavelmente não teve contato antes, ai quando entrou em contato pegou, mas
geralmente os animais tem contato logo cedo por ser endêmica.
Geralmente é uma doença endêmica de alta morbidade e baixa letalidade
O equino se contamina ao inalar ou ingerir secreções mucopurulentas de animais doentes
o Compartilhamento de instrumentos
Patogenia:
72
O linfonodo retrofaríngeo que quando aumentado causa o estrangulamento, aumento esse devido ao
alto recrutamento de células de defesa na região.
Proteínas S e M inibem a fagocitose.
Linfonodo fica bastante firme e dolorido, até supurar.
Sinais clínicos:
o Febre (1º sinal clínico)
o Descarga nasal mucopurulenta
o Linfadenopatia (inchaço) dos linfonodos submandibulares, e/ou
retrofaríngeos (linfonodos ficam firmes e doloridos, com o tempo ficam
flutuantes e podem se romperem e liberar secreção purulenta)
Tem muita discussão entre se tratar ou não o garrotilho quando
já ta na fase de supurar não tem mais necessidade de tratar pois
animal já passou pela fase crítica, mas quando ta com começo de
aumento de volume e febre é importante se tratar.
o Depressão
o Inapetência
o Os primeiros sinais clínicos são observados três a 12 dias após a exposição
a um equino infectado
Diagnóstico:
o Observação dos sinais clínicos (linfadenopatia, abscedação e ruptura
subsequentes)
Na maioria dos casos já identifica só com exame clínico
o Cultivo das secreções para o isolamento do Streptococcus equi (nem
sempre é possível)
Identificou como garrotilho, já trata como garrotilho
o Sorologia
o PCR
Sorologia e PCR são para confirmar mesmo o caso
o A norma prática é: “Se isso lembra garrotilho, trate isto como garrotilho”.
Na duvida sempre faz a abordagem como sendo garrotilho.
Tratamento:
o A maioria dos casos se recuperam sem antibióticos e desenvolvem resposta
imune fortemente protetora
o Antibióticos: Penicilina G procaína de 20.000 a 40.000 UI/kg, IM, BID,
durante 5 a 7 dias.
Penicilina G benzatina 22.000 UI/Kg/IM a cada 48 horas 4
aplicações
Tem meia vida mais longa, mas tem trabalhos que mostram
que ela não tem uma concentração mínima adequada na
espécie equina, mas funciona.
Se houver rompimento dos linfonodos realizar curativos locais.
o Antinflamatórios: em caso de febre aplicar Dipirona 22/mg/kg a cada 12
horas.
73
Influenza equina
Problema seríssimo em equinos
Quando for fazer uma GTA tem que fazer uma declaração de que o animal não teve
problema respiratório nos últimos 30/60 dias
Para participar de provas o animal deve ter sido vacinado contra influenza
Se alastra muito rápido
Animal fica indisposto, para de comer, desempenho atlético cai muito e depois animal
tem que se recondicionar
Causada pelos vírus Aequi 1 e Aequi 2
74
Pneumonias
Pode ser causada por bactéria, virus, fungo (animal imunossuprimido), parasita
(Dictyocaulus arnfield), aspirativa
Comum em cavalos: infecção bacteriana causada por Rodococcus equi
Acomete animais jovens até 6 meses de idade
Tem vários locais que são endêmicos, bactéria fica no ambiente e é difícil de ser
controlada, é bastante resistente
Pode afetar outros sistemas, como oftálmico (uveíte), intestinos (diarreia)
Causa abscessos no pulmão e aquele local fica afuncional, ai ou fica incompatível com a
vida ou o animal fica mais debilitado, com baixo desempenho
Quando tem rodococcus na fazendo já começa a monitorar os animais com
ultrassonografia desde as primeiras semanas de vida e no primeiro sinal de abscesso que
tiver já entra com tratamento
Dificuldade: antibiótico penetrar na cápsula do abscesso
Período de tratamento é bastante longo na maioria das vezes
Pneumonia por Rodococcus equi
75
o TRATAMENTO
Associação dos antibióticos: Claritromicina 7,5 mg/kg/VO/ a cada 12
horas e Rifampicina 10 mg/kg/VO a cada 12 horas
Longo tempo de tratamento 6 a 8 semanas
Ao invés de claritromicina pode usar eritromicina, mas usa pouco porque a
eritromicina tem um efeito termogênico (aumenta muito a temperatura do
animal hipertermia)
TRATAMENTO DE SUPORTE (serve para todos os casos de pneumonias):
o Antiinflamatórios: Flunixina Meglumina, Meloxicam, Dipirona
Melhorar a questão respiratória
o Broncodilatadores (usar quando houver sibilos): Clembuterol (Pulmonil)
Sibilo significa uma estone se brônquios, bronquíolos
o Mucolíticos (auxilia na eliminação das secreções): N acetil-cisteína (Pulmonil
Plus), Bromexina (Bisolvon, Aliv V)
Não é muito característico observar secreção nasal em rodococcus, mas em
alguns casos aparece
o Oxigenioterapia
o Inalação
Cuidado que o inalador de humano não é compatível asfixia
Pode usar meio de lado desde que deixe a respiração do cavalo
livre
o Instalações adequadas (livres de corrente de vento, limpas, secas, bem arejadas e
aquecidas, com água e alimentação de boa qualidade)
Impedir outras complicações
o Nutrição forçada quando necessário
Porque a maioria vai perder o apetite
Às vezes tem que passar sonda lactentes
o Fluidoterapia adequada
Lavado traquobronquico:
o Visa identificar o agente
o Muito usado
o Seda animal, tricotomia em região de traqueia, insere cateter em carina da
traqueia, injeta solução fisiológica, recupera conteúdo, faz citologia, cultura e
antibiograma
o Pode fazer até 1mL/Kg de solução fisiológica, mas geralmente se usa menos
Broncodilatador
Usar sempre que o animal tiver sibilo
Inalação quando há muita secreção
Eliminar secreção
Em casos de infecção bacteriana secundária deve-se utilizar antibióticos
Ai tem que ver que tipo de animal que está trabalhando.
O manejo correto dos equinos é o mais importante
Sangue fica na região de alvéolos e vias aéreas e dependendo da quantidade pode prejudicar a
respiração
Sinais Clínicos
o Tosse
o Dificuldade respiratória
o Deglutição excessiva
o Epistaxe
o 95% dos casos animal apresenta somente queda de desempenho
Diagnóstico
o Exame endoscópico (no máximo 30 a 90 min. após a corrida)
Se passar desse período o sangue já pode ter sido absorvido
o A hemorragia pode ser classificada de 0 a 5 (no exame endoscópio):
78
Dermatofilose
o Enfermidade bacteriana muito comum;
o Acomete bovinos, equinos, caprinos, ovinos e suínos
o Agente etiológico: Dermatophilus congolensis – bactéria Gram + Potencial zoonótico
79
Dermatofitose
Infecção superficial de tecidos queratinizados por fungos do gênero Dermatófito
Também conhecida como “TINHA”
Distribuição mundial: preferência por climas quentes e úmidos
Animais jovens mais acometidos
ETIOLOGIA
o (Fungos Tricophyton e Microsporum spp)
Equinos: T. equinum, M.equinum, M. gypseum, T. mentagrophytes
Bovinos: T. verrucosun , T. mentagrophytes, T. megninii
Ovinos: T. verrucosun , T. mentagrophytes, M. canis
Caprinos: T. verrucosun
Suínos: T. verrucosun , T. mentagrophytes, M. canis
EPIDEMIOLOGIA
o Animais portadores fonte de contaminação
Contato direto
Fômites
Animais estabulados são mais susceptíveis
Bovinos 10 a 100% rebanho acometido (morbidade alta)
o Fungo tem capacidade de chegar em um animal hígido e causar lesão
SINAIS CLÍNICOS
o Áreas cutâneas alopécicas circunscritas
Formato circular
Coalescem emendam uma na outra sempre procurar lesões mais
recentes e mais isoladas
o Crostas espessas fragmentáveis acinzentadas (bovinos)
o Áreas sem pêlo e brilhantes (equinos)
81
o Achados Histológicos
o Teste intradermico com vários insetos incluindo culicóides
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
o Atopia
Tem que ir descartando as possibilidades até fechar em atopia
Atopia é bem raro em cavalos
o Infecções bacterianas secundárias devido à formação de crosta
Ver se tem prurido
o Dermatofitose avaliar a epidemiologia (geralmente um animal só)
Prurido bem menos intenso
TRATAMENTO
o Medicamentoso e manejo
Medicamento para diminuir prurido corticoide
Não pode dar para garanhão
10 a 15 dias de uso pode levar a laminite (termo de ciência para
o proprietário assinar)
Tela na baia
Repelente no cavalo
Controlar insetos no ambiente
o Evitar a exposição do animal ao inseto
Capa para o animal, às vezes coloca até máscara
o Minimizar os efeitos da hipersensibilidade
Ptiose
Doença micótica denominada também como ficomicose
Infecção contagiosa
Pitiose: Pythium insidiosum
A doença ocorre em diferente faixas etárias
Causa prurido
Sem predileção de sexo ou raça
Potencial de contágio devido ao ambiente
Ambiente ótimo para proliferação dos fungos
o Quente
o Úmido
o Matéria orgânica
o Áreas alagadas
85
Habronemose
Ferida de verão e esponja
Geralmente vários animais na propriedade acometidos
Agentes etiológicos
o Habronema muscae
o Habronema micróstoma
o Draschia megastoma
Mosca faz parte do ciclo evolutivo do parasita
Ciclo biológico
87
DMSO 50 ml
Pomada base 250g
* aplicar sobre a lesão 2 X ao dia
o PREVENÇÃO
Vermifugação periódica
Moxidectin
Ivermectina
Exames coprológicos periódicos
Método de Faust – (Centrífugo-flutuação)
Rotação das pastagens
Redução das moscas
Baias e camas limpas
Ambiente limpo (remoção das fezes)
Manejo adequado das fezes
Neoplasias
o Sarcoides
o Melanomas
o Carcinoma de Células Escamosas
o Papilomas
o Placa Aural
o Sarcóide equino
o O número de lesões é bastante variável o mesmo animal pode ter várias lesões
o Multiplicação das lesões é bastante comum.
Porque teve uma nova lesão que ocorreu ali
Isso pode ocorrer de forma rápida
o Outras lesões podem permanecer estáticas por anos, mas podem se expandir de
forma súbita e “sem motivo aparente”
o Classificação
Importante para definir a abordagem terapêutica e o prognóstico
(tratamentos são diferentes para cada tipo)
Oculto
Verrucoso
Nodular
Fibroblástico
Maligno
Misto
o Lesões podem ser únicas
o Um animal pode possuir mais de um tipo de sarcóide
o Lesões devem ser classificadas individualmente e tratadas de acordo com seu
tipo
o Pode haver um tipo predominante de sarcóide
o Um tipo de sarcoide por evoluir para outro tipo após trauma ou biópsia
o Alguns indivíduos apresentam regressão espontânea e completa das lesões
o Em alguns casos as lesões desaparecem após trauma acidental ou intencional
(biópsia)
o Sarcóide Oculto
Áreas alopécicas
pele mais fina no local
tendem a ser circulares
Geralmente contém pequenos nódulos ou algumas áreas levemente
espessadas (pequenos grânulos, parecidos com grãos de areia
Em torno da boca e olhos, pescoço, região medial de membros torácicos e
coxas
Crescimento lento
pode evoluir para as formas verrucosa ou fibroblástica em caso de injúria
o Sarcóide Verrucoso
Lesões alopécicas (descamação)
No local da lesão, a pele fica mais grossa, forma crostas firmes, em volta a
pele fica mais espessa e pelos ficam mais finos
Áreas extensas podem ser acometidas
Geralmente são cercadas por pele espessada ou modificada, com pelos
mais finos que o normal
Crescimento geralmente é lento
91
o Sarcóide Nodular
Nódulos subcutâneos, bem definidos e firmes
Afeta principalmente as pálpebras, virilha e prepúcio
Tamanho, complexidade e localização variados
animal pode apresentar vários nódulos
pode confundir com verrucoso, mas se ficar palpação consegue diferenciar
Duas categorias: sem (A) e com (B) o envolvimento da pele sobre os
nódulos, se nódulo ta bonitinho fechado, ou aberto
o Sarcóide Fibroblástico
Aparência exofítica fibrovascular
Nódulo macio
lembra tecido de granulação
Infecções bacterianas secundárias são comuns: exsudato seroso e
hemorragias decorrentes de pequenos traumatismos
axilas, virilha, região periocular e áreas previamente feridas
o Sarcóide Maligno
Geralmente há histórico de repetidas interferências cirúrgicas e
administração de medicamentos inapropriados a outros tipos de sarcóide
Lesões localmente invasivas:
Características nodulares e fibroblásticas
Comum na região da mandíbula e cotovelo
A maioria dessas lesões se concentra localmente, mas é possível que
ocorra invasão dos vasos linfáticos
Formações de cordões de tumores ao longo do trajeto dos vasos linfáticos
o TRATAMENTO
Fatores que afetam a escolha da forma de tratamento
1. Não há tratamento universal
92
Variação individual
2. Localização do sarcóide vai afetar tratamento
Exemplo: se for na pálpebra a excisão cirúrgica fica em último
plano
3. Tipo de sarcóide
Excisão cirúrgica:
Frequentemente empregada
Alta taxa de recorrência
Maior que 70% de chance (6 meses) de recidiva se usada como
única técnica de tratamento, exceto naquelas bem definidas e
restritas
Geralmente as lesões se tornam mais agressivas e numerosas nesses
casos
Eletrocauterização:
Bom efeito nas margens da lesão
Mínimo sangramento
Sua eficiência depende da extensão e da localização do tumor
Criocirurgia: associa às outras técnicas, remove o restante de célula que
pode ter ficado
12mm de margem de segurança, seja para remoção ou uso de criocirurgia
BCG (imunomodulação):
BCG = bacillus Calmette-Guérin
Repetidas injeções intralesionais de material protéico reconstituído
ou da bactéria viva liofilizada
Necrosa região do sarcóide e lesão cai e desaparece após algumas
aplicações
Intervalos de 15 dias
Apenas lesões pequenas
Difícil de achar para comprar
Prognóstico reservado a bom: lesões nodulares e algumas lesões
fibroblásticas, especialmente nas pálpebras e em torno delas
O prognóstico pode ser pior quando a técnica é aplicada a outras
áreas
Lesões fibroblásticas localizadas nos membros podem ser
agravadas
Não indicado para sarcóides verrucosos, ocultos e mistos pois sua
distribuição difusa dificulta a aplicação são difusos
Há risco de choque anafilático
Olhar disponibilidade e ver se a lesão é nodular ou fibroblástica e
pequena
Causa imunomodulação no local
93
Imiquimod:
Usado para tratar papilomas genitais em humanos compra com
facilidade em farmácia humana
Pomada tópica
Modificador de resposta imune com propriedades anti-virais e
antitumorais
80% das lesões apresentaram 60-75% de melhora
Sequelas do tratamento:
Alopecia parcial (7/9)
Despigmentação (6/9)
Cicatriz (3/9)
Hiperpigmentação (3/9)
Leucotriquia (1/9)
Aplicações com intervalo de 48h
Depois de algumas aplicações animal começa a ficar muito
incomodado dói muito e fica sensível
1 cx tem 12 sachês (0,25g)
1 sache por aplicação (tumor de 80 cm²)
1 cx por mês => R$ 100,00/ mês
16 semanas => 4 x 100,00 = R$ 400,00
Observar custo
Lesões pequenas
Pálpebras
Começa a descamar e depois cicatrizar, quando começa a cicatrizar
para de usar
Cisplatina:
Facilidade de comprar
Ação muito boa em lesões pequenas, iniciais
>93% das lesões menores que 5 cm de diâmetro se resolvem com
este método
Lesões maiores podem exigir debridamento cirúrgico prévio
Método é mais adequado para pequenas lesões fibroblásticas e
nodulares
São necessárias repetidas injeções intralesionais
Tem amplo espectro de ação contra células tumorais epiteliais e
fibroblásticas
Recomenda-se a aplicação de 1 mg de cisplatina por cm³ de tumor
Se associar com eletroquimioterapia, diminui a dose
94
o Prognóstico
O prognóstico é reservado em todos os casos
Nenhum caso pode ser considerado completamente curado mesmo que
haja aparente sucesso pós-tratamento
Novas lesões e recorrência em áreas previamente afetadas devem ser
esperadas ao longo da vida do animal
o Melanoma
Neoplasia maligna dos melanócitos
Representou cerca de 14% dos casos de neoplasias cutâneas em equinos
Esta ocorrência pode ser subestimada, pois muitos veterina´rios de campo
fazem diagnóstico clínico
Mais comum em pelagem tordilho
Muito comum em base de causa na região perianal
Causa desconhecida, discussão sobre genética
Distúrbio no metabolismo dos melanócitos, gerando novos melanoblastos e
uma superprodução de melanina
Equinos adultos (> 6 anos)
Sem predileção de sexo
Pelagem tordilha e variações mais acometidos
Melanomas congênito são raras
Localização
Base da cauda e região perianal (comum)
Orelha, lábios e periorbital (menos comum)
Lesões firmes, hiperpigmentadas e nodulares
Podem ser pedunculados ou verrucosos
Lesões únicas são incomuns
Ulceração e alopecia pode ser observada
Muitos cavalos podem apresentar melanoma, nunca apresentar nada, morrer
de outras causas, assim como em outros o melanoma pode aumentar muito
Dificilmente animal tem um tumor só, geralmente são vários melanomas
Padrão de crescimento:
Lento (anos) sem metástase
Lento no início (anos), seguido por crescimento rápido e metástase
Rápido e alto grau de malignidade desde o início
Metástase:
Sinais neurológicos (metástase)
70% dos animais tem achados de metástase na necrópsia, sem ter
demonstrado sinais clínicos
As alterações dependem do local que migrou
Diagnóstico:
Clínico
Animal tordilho com esse tipo característico de lesão
95
Citológico
Melanócitos pleomórficos e atípicos
O estimulo da cito pode fazer com que a lesão que não ia
crescer, cresça.
Histopatológico
Variedade de padrões celular (melanócitos em forma de ninhos,
folhas ou cordão)
Tratamento:
Excisão cirúrgica completa
Quanto possível, varia de local, de quantidade de tumores
Criocirurgia
Excisão + crioterapia
Cimetidina
2,5mg/kg TID ou 5 mg/kg BID, por 3 meses, VO
Manda manipular, abre a cápsula e coloca na ração
Efeito imunomodulador
Relatos de completa remissão, interrupção do crescimento e
redução do tamanho
Depois vai para 1,2mg/kg para o resto da vida, principalmente
em animais mais velhos
Cisplatina intratumoral (até 3 cm de diâmetro)
Poucos nódulos
Parafimose persistente
Animal não consegue expor o pênis e acumula mais smegma, o
acúmulo de smegma leva ao aparecimento de carcinoma.
Higiene do prepúcio
Animais castrados acumulam mais esmegma
Pode estimular o desenvolvimento de carcinoma por irritação crônica e
balanite
Em ratos: o smegma é um potencial carcinogênico
Em humanos: CCE tem sido associado a falta de higiene genitalia e
balanite
o Lesões pré-cancerosas
Pequenas placas ou ulcerações superficiais que não cicatrizam
o Lesões típicas
Lesões ulceradas, únicas (frequentemente) ou múltiplas
Massas em forma de couve-flor com áreas de ulceração, necrose e
hemorragia
o Lesões
Genitália externa
Localmente invasivas
Comum metástase em linfonodo inguinal
Baixo grau de malignidade
Tende a permanecer localizada
Infiltração nos corpus cavernosum do pênis
disseminação via hematógena ou para os linfonodos
inguinais
pode ocorrer metástase (pulmão, coração)
o Tratamento
Excisão cirúrgica
Lesão pequena e única
Sempre avaliando se consegue associar com alguma coisa, pois se
fizer só excisão sem tirar uma margem grande, a chance de recidiva
é muito alta, e geralmente está localizado em locais que não
consegue retirar uma margem grande
Associado a criocirurgia
Cuidado!!!
Remoção incompleta pode recidivar a lesão com aumento da
agressividade
Cimetidina
Remissão completa ou mais comum uma redução de cerca de 50%
do tamanho e número de lesões
97
o Papilomavírus
o Acomete várias espécies de mamíferos
o Bovinos e equinos
o Família Papillomaviridae
o Vírus pequenos
o Não envelopados
o Resistente às condições do meio ambiente
o Doença infecto contagiosa
o Altamente espécie/tecido-específicos
o Propriedade oncogênica: produção de lesões tumorais benignas e malignas nos
epitélios cutâneo e mucoso
o 13 tipos de vírus descritos para bovinos:
PVB1: Fibropapilomas no pênis, tetos e pele
PVB2: Fibropapiloma cutâneo, ruminal e esofageano
PVB3: Papiloma cutâneo epitelial
PVB4: Mucosa do trato alimentar (dificuldade de deglutição e/ou
eructação)
PVB5: Fibropapilomas nos tetos e úbere
PVB6: Papiloma epitelial nos tetos e úbere
PVB7 e PVB8: Cutâneo e tetos
PVB9 e PVB10: tetos
PVB11: cutâneo
PVB12: Epitélio lingual
PVB13: Cutâneo (orelhas)
o Equinos:
Equus caballus papillomavirus 1 a 7 (EcPV-1 a 7)
EcPV-1 – cutânea
EcPV-2 e 7 – genital
EcPV – 3,4,5 e 6 – Placa aural
o No geral, requer alguma lesão na pele prévia
trauma, ectoparasitas ou até mesmo luz UV
98
o Placa Aural
Variante da papilomatose cutânea
acomete principalmente a superfície interna dos pavilhões auriculares
Afeta pelo menos 22% dos equinos
Muito muito comum
Não apresentam prurido e dor mais questão estética e incômodo
Inicialmente as lesões são:
Pequenos pontos brancos que vão aumentando em número e se
juntando
Pequenas
Elevadas
Bem demarcadas
Despigmentadas
rosadas, acinzentadas ou esbranquiçadas
Superfície plana
Base eritematosa e brilhante
As lesões tendem a coalescer e ocupar quase toda a superfície interna das
orelhas
Podem ser uni ou bilaterais
Maioria bilateral
Crostas podem ser facilmente removidas da superfície das lesões
Animais de todas as idades (raro nos < 1 ano)
Transmissão por contato direto ou fômites (cabresto)
Simulídeos (insetos)
vetores mecânicos para o vírus
lesões cutâneas pela picada
Também pode ocorrer na região ventral do abdômen, medial das coxas e
períneo/prepúcio
Tratamento
As lesões dificilmente regridem espontaneamente
Os tratamentos geralmente podem causar maiores problemas
Vacinas autógenas
Imiquimod 5%
Modulador de resposta imune
Potente ação anti-viral e anti-tumoral
Trabalho:
16 animais foram submetidos ao tratamento
Aplicação tópica - 3 vezes por semana (dias alternados)
Tratamento variou de 1,5 a 8 meses (média de 3,5)
Remissão total das lesões em todos os animais
imediatamente após o final do tratamento
88 % dos animais apresentaram resolução completa do
quadro a longo prazo
100
Nervo tibial
Causa comum de paralisia: injeções mal aplicadas e decúbito
prolongado
Sinais clínicos:
Jarrete hiperflexionado;
Membro cai repentinamente no final da passada
Nervo obturador
Causa comum de paralisia: compressões pós parto, pisos escorregadios
Mais comum em bovinos por possuírem acetábulo raso e ligamento
fracamente desenvolvido
Mais comum em animais com ruptura de ligamentos
Sinais clínicos:
Emboletamento
Incapacidade de sustentar o peso
Abdução exagerada dos membros
Luxação coxofemoral
o Sinais clínicos podem ser sempre os mesmo, independente do tipo da lesão.
Mas vendo melhora, força, sensibilidade, da pra descartar a neurotmese.
o Importante saber a clinica, saber as opções de tratamentos.
o Tratamento das paralisias de nervos periféricos: se baseia em reduzir inflamação e
retirar a dor
Traumas agudos AIE
Lesões mais crônicas AINE
Maxican
Dexametasona
Vitamina B1 auxilia no tratamento e proteção dos nervos
Duchas frias alivia irritação e inflamação (2 a 3x dia)
Massagem local (pomadas com DMSO) diminui edema e melhora
circulação
Talas (período inicial diminui atrofia e auxilia na fisioterapia, 2 a 3 dias) e
bandagens
Acupuntura e eletroacupuntura
Fisioterapia
Lesões encefálicas
o Principais encefalopatias
o Todo animal com alteração neurológica deve-se suspeitar de raiva até que se feche o
diagnóstico
o Raiva
Viral infecciosa, afeta SNC de pessoas e de quase todas as espécies de
mamíferos
Transmitida pelo morcego hematófago, mordedura de animais infectados
Pode ocorrer também por contato com mucosas de animais infectados
103
Notificação obrigatória
Uma das enfermidades que mais gera prejuízo econômico
Transmissão na maioria dos casos por mordedura de animais infectados, mas
pode ocorrer transmissão também por contato com mucosas de animais
infectados
100% dos casos que apresentam sinais clínicos evoluem para a morte
Morbidade entre 10 a 30% perguntar se na propriedade morreu algum
animal, se tem mais animais com clínica semelhante
Não tem predisposição por sexo, raça idade
Ocorre em praticamente todos os meses do ano
Sinais clínicos são muito variáveis, muitos deles são comuns em outras
enfermidades, também depende da concentração do inóculo viral,
patogenicidade da cepa, distancia entre o local da inoculação e o encéfalo,
estado imune do animal
Período de incubação de 2 semanas a 6 meses
Local da picada difícil de visualizar (cicatrizado)
Sinais clínicos são sinais de alterações encefálicas comportamento, postura,
nível de consciência
Forma paralítica e furiosa
Paralítica:
Incoordenação dos MP, paresia e paralisia, relaxamento do
esfíncter anal, tremores de cabeça, Opistótono, Bruxismo,
Diminuição da visão, Salivação (abundante e espumosa), Fezes
ressequidas e escassas, Incontinência urinária.
Furiosa:
Mugidos constantes, Agressividade, Hiperexcitabilidade,
Hiperestesia, Prurido intenso, Manifestações de irritação
cutânea.
104
Etc.
Não tem vacina específica, mas tem vacinas que contem cepas de outros tipos
de herpes que geram imunidade cruzada
Vacina inativada contra a Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR),
Diarréia Viral Bovina (tipos 1 e 2), Parainfluenza tipo 3, Vírus
Sincicial Respiratório Bovino (BRSV) e Leptospirose Bovina
Em bovinos, aplicar uma dose de 5 ml por via subcutânea ou
intramuscular
Repetir 28 dias depois, reforço anual
Vacina relativamente cara dependendo de quantos animais tem no
rebanho
Diagnóstico diferencial:
Raiva, HVB-5, intoxicação por chumbo, listeriose
Diagnóstico: clínico (anamnese – amprólio), resposta positiva ao tratamento
com tiamina, análise do líquor (normal ou um pouquinho amarelado, encontra
macrófago), dosar gás sulfídrico no rúmen, dosagem de enxofre na dieta (máx
0,3 ppm para ruminantes), necropsia, histopatológico
Necropsia:
Achados variam com a gravidade e duração dos SC
Evolução rápida:
Edema
Diminuição da consistência do cérebro
Mais difícil de perceber
Curso prolongado:
Depressão com achatamento das circunvoluções
Córtex com consistência diminuída e coloração
amarelada
Pem pode ser evidenciada pela autofluorescência
(ultravioleta) vê necrose
Histopato:
Necrose laminar nas circunvoluções cerebrais
Neurônios apresentam citoplasma eosinofílico e podem parecer
degenerados
Edema pericelular
Cromatólise nuclear e vacuolização
Neurônio degenera, fica necrótico, fica com edema em volta dessa
região
Tratamento:
Deficiência de B1
Vitamina B1 10 mg/kg/IM durante 3 dias
Suplemento energético
Tiamina
Tem vários protocolos na literatura
Dexametasona 0,2 mg/kg/IM
Controverso
Se animal tiver com clínica grave faz para diminuir
edema, se tiver mais leve só vit B1
Não se tem certeza se funciona ou não
Na maioria das vezes faz
Enxofre
Retirar da alimentação a fonte com excesso de enxofre
Vitamina B1
Suplemento energético
Uma das sequelas é cegueira ou déficit visual
107
Prevenção:
Evitar mudanças bruscas na alimentação
Porque muda a microbiota do rúmen, levando à uma deficiência
de tiamina secundária
Análogos da tiamina (amprólio, plantas produtoras de tiaminase)
Compete com a tiamina, ou quebra a tiamina
Samambaia, cavalinha plantas que produzem tiaminase
Remover os animais de locais onde existam fontes com alto teor de
enxofre (Água e pastagem)
Analisar o teor de enxofre nos alimentos para prever condições em que
os níveis de S estejam acima do tolerado
Tolerado 0,3ppm no máximo
Dosagem do H2S ruminal
Vê se tem excesso de enxofre na dieta
o Meningoencefalite bacteriana:
Não é tão comum se o homem não fizesse intervenções que predispõem à
quebra da barreira hematoencefálica e consequentemente a entrada de
bactérias nesse sistema
Inflamação das membranas que envolvem o SNC: meningite bacteriana
Inflamação do encéfalo: encefalite bacteriana
Etiopatogenia:
Pode ser causada por diversas bactérias:
Streptococcus spp., Enterococcus spp., Pseudomonas
aeroginosa, Listeria monocytogenes (esta última presente em
silage, na anamnese ver se animal come silagem)
Com exceção da listeria, todas precisam de uma porta de
entrada ou situação que favoreça elas atingirem o SNC
Muitos são organismos oportunistas que podem ser encontrados na
flora normal de vários tecidos
Meningoencefalite bacteriana:
4 vias de entrada:
Hematógena (+ comum)
Trauma, onfalite, infecção ascendente
Invasão neurógena através dos axônios (L.
monocitogenes)
Mucosa olfativa
Mais difícil
Disseminação direta (traumas, otites, descorna)
Mais frequente em pequenos ruminantes (corte
de cauda deixa SNC exposto)
Meningite bacteriana:
Principalmente animais jovens
108
Morbidade é baixa
Letalidade próxima a 100%
Decorrência de onfaloflebites
Corte de cauda em ovinos
Colostragem adequada pode evitar muitas causas
Sinais clínicos:
Depende do local afetado e local de infecção e incluem:
Convulsões
Febre
Incoordenação
Letargia
Coma
Hiperestesia
Diagnóstico:
Anamnese e exame clínico
Análise de líquor (aumento de proteinas, turbidez, alteração de cor,
pleocitose e bactérias)
Consegue fechar o diagnóstico
Hemograma com leucocitose (neutrofilia fase aguda)
Muitas vezes ta normal
Cultivo e antibiograma do líquor
Tratamento:
Depende do agente etiológico envolvido
Antibióticos de amplo espectro
Sulfa eq e rum: 30 mg/kg/IV bid
Florfenicol eq e rum: 20 mg/kg/IM a cada 48 horas
Em equinos não tem muita indicação pode dar colite
(diarreia)
Ceftriaxona eq: 20 mg/kg IV Quid
AINES
DMSO
Auxilia no transporte do antibiótico pela barreia
hematoencefálica
Prognóstico reservado a desfavorável
Controle e profilaxia:
Certificar que o recém nascido ingeriu colostro
Cuidados com a desinfecção do umbigo
Cuidados com o corte da cauda em ovinos
Vacinas (colibacilose, salmonelose)
Locais com ambiente muito contaminado
109
o Leucoencefalomalacia em equinos:
Amolecimento substancia branca do encéfalo
Equinos são mais susceptíveis
Doença neurológica multifocal - ingestão de alimentos contaminados com a
toxina fumonisina B1
Micotoxina
Produzida pelo fungo Fusarium verticillioides (antigo F. moniliforme)
Milho é um dos cerais mais vulneráveis ao aparecimento de fungos
toxigênicos (conhecida como doença do milho) (fungo tem predileção por
milho)
Animais acometidos apresentam sinais neurológicos, devido a necrose e
liquefação da substância branca do SNC
Sinais clínicos:
Depende do local acometido (animal pode estar desde apático até
hiperxcitado e se mutilar)
Pressão de cabeça contra objetos
Fasciculações musculares
Ptose auricular, palpebral e labial
Hipoalgesia da face
Diminuição ou ausência de ruídos gastrointestinais
Convulsões
Coma
Morte
O período de manifestação dos sinais clínicos varia de 2 a 72 horas
A maioria dos animais afetados morrem em um período de 6 a 24
horas após o aparecimento dos sinais clínicos neurológicos
A maior parte morre durante ataques convulsivos
Diagnóstico:
Hemograma
Geralmente sem alterações
Análise de líquor
Pode estar normal ou com um aumento de celularidade
Dosagem de fumonisina na ração ( >10ppm tóxico para equino)
Pode acontecer que a amostra que está sendo avaliada não é
representativa
Se der baixo não exclui a doença
Necropsia
Amolecimento da substância branca
Exame histopatológico
Geralmente diagnóstico fecha aqui
Necropsia:
Macro:
Presença de necrose e liquefação da substância branca
110
Causa problemas respiratórios, abortos e problemas neurológicos (este último menos frequente)
A forma neurológica resulta de uma mutação do vírus
A forma eurológica é uma sequela das outras formas
Epidemiologia:
Mais comum em adultos > 3 anos
Surtos
Problemas respiratórios
Abortos
Morte neonatal
Mieloencefalopatia
Sinais neurológicos:
Febre
Ataxia e paresia simétrica dos membros pélvicos
Paralisia de bexiga
Hipotonia de cauda e retenção de fezes
Sinais encefálicos
Diagnóstico:
Exame do líquor
Aumento [ ] de proteína
Amarelado
Poucas células nucleadas
Sorologia pareada (10 dias intervalo 4x maior)
Isolamento viral
Melhor no sangue ou swab nasal
Necropsia
Vasculite – malacia
Tratamento:
Aciclovir 20 mg/kg/Bid durante 5 dias
DMSO 1g/kg/IV diluído 10%
Manitol 0,25 a 1g/kg/IV
112
Aspirina 15 mg/kg/VO
Diminui a incidência de liquido livre
Betanecol 0,04 mg/kg TID
Auxiliar na bexiga (animal com dificuldade de urinar)
Corticóide (vasculite)
Suporte – alimentação e hidratação
Prognóstico reservado
Morte
Sequelas
Alguns se recuperam totalmente
Manejo em surtos:
Isolar os animais (30 dias)
Funcionários que manejarem animais doentes não entrar em contato
com outros
Monitorar a temperatura 2 x ao dia de todos os animais
Desinfectar as instalações
Profilaxia:
Vacinação:
Não protege contra a forma neurológica
Lesões medulares
o Mieloencefalite protozoária equina (EPM):
Doença neurológica de equinos causada pelo protozoário Sarcocystis neurona
Neospora caninum e Neospora hughesi (outros países)
Hospedeiro definitivo (Gambá):
Didelphis albiventris América Central; América do Sul
Didelphis virginiana Gambá Norte-americano
Contamina o ambiente com as fezes
Hospedeiros intermediários:
Tatu;
Gato doméstico;
Guaxinim;
Cangambá.
Cavalos hospedeiros aberrantes.
Ingere o protozoário que tem uma predisposição para migrar para o
SNC e dependendo de onde ficar encistado vai causar inflamação e a
clínica será de acordo com o local em que ele estiver, e o local mais
comum dele ficar é na medula espinhal
Raro alterações encefálicas (mais de 95% das vezes medular)
Incoordenação é assimétrica
Fatores de risco:
Sistema de proteção de água e alimentos
113
Tratamento:
Específico:
Agem no cloroplasto do parasita e não apresentam efeitos
colaterais, já vem associado com vitamina E e Selênio
Geralmente vê qual que tá mais barato
Diclazuril 10 mg/KG/VO SID 30 a 60 dias
Toltrazuril 5 a 10mg/kg/VO SID 30 a 60 dias
Não tem indicação para equinos, mas funciona bem
Auxiliar:
AINES (Flunixim)
DMSO
Usa só em casos mais graves
Corticoides
Geralmente quando começa o tratamento, animal piora
no 5º dia, que é quando os protozoários começam a
morrer, e ai gera uma inflamação grande, começam até
a querer deitar, por isso muitas vezes usa corticoide
nesse momento
Vitamina E 8.000 UI dia e Selênio
Melhora estado geral do animal
Fisioterapia/reabilitação
Muito importante para a recuperação
Acupuntura
Acelera recuperação dos animais
Prevenção:
Extremamente difícil
Impedir acesso dos gambás aos alimentos e água fornecida aos
animais.
O que fazer com os animais que estão a PASTO
Controlar a população de vetores nas baias
Estudos recentes com baixas doses de coccidiostáticos
Em locais endêmicos, em animais de risco, entra com doses
baixas (um décimo da dose, todo dia durante os meses de
gestação, por exemplo)
Evita que animal apresente clínica na queda de imunidade
Traumas e abscessos:
o Traumas:
Incidência
Caprinos e Ovinos
Animais brigam dando cabeçadas
Equinos
Manejo inadequado de cabresto, animal empina e bate a cabeça
em local baixo
Idade
Reprodutiva
Machos
Agudo e estacionário
Intervenção o mais rápido possível para evitar que o edema aumente
Sinais clínicos
Variados (medular X encefálico)
Sangramento nasal e auricular
Avaliar narina e orelha
Edema de papila óptica
Ver se ta simétrica e regular
117
Disfunção na locomoção
Paresia flácida
Diagnóstico
Anamnese
Cuidado porque muitas vezes a informação que chega é errada
proprietário não vê, mas deduz o que aconteceu e pode não
ser o que realmente aconteceu
LCR
Triagem
Casos de trauma geralmente ta hemorrágico
Imagem
Muito importante
Tratamento
Redução do edema
Manitol X Furosemida
Antinflamatórios
DMSO
Suporte
o Abscessos:
Incidência
Maior em casos de deficiência de transferência de imunidade passiva,
infecção ascendente de umbigo
Etiologia
Actinomyces pyogenes, Staphylococus aureus, E. coli, Streptococcus
spp. e F. nechophorum
Abscesso parahipofisário: uso de tabuletas e argola nasal
Vias de infecção
Migração pelos nervos periféricos
Listeria
Inoculação direta (trauma, cirurgia, lesões adjacentes)
Via hematógena
Uma das mais comuns
Onfalites
Sinais Clínicos
Depende da área e extensão da lesão
Em bezerros é mais comum região toracolombar (predileção das
bactérias) alterações só de membro pélvico
Diagnóstico
LCR
Isolamento de bactérias no sangue (bem difícil de conseguir fazer)
Necropsia
118
Tratamento
Por muitas vezes não consegue desfazer a compressão medular
eutanásia
Drenagem do abscesso e entra com antibiótico se for fora do canal
medular
Se tiver dentro do canal medular o prognóstico é desfavorável
Antibiótico com boa penetração em abscesso florfenicol e associa
com DMSO.