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Modelo linear (Chandler, Drucker) – a determinação dos objetivos básicos de longo prazo da
empresa e a adoção de vias de ação e de “afetação” de recursos necessários para atingir
aqueles objetivos. (ênfase no planeamento formal)
Estratégia: não é um detalhado plano ou programa de ação, é sim um tema unificador que dá
coerência e direção às decisões e ações de uma organização. A estratégia pode não existir
como um plano; pode não ser explícita, mas haverá sempre consistência na direção. A
estratégia também serve como veículo de comunicação e de coordenação numa organização.
Senso crítico
Conflito
Iniciativa
Criatividade
Risco
Incerteza
Interdependência sistémica
A organização: Ambiente:
- Objetivos e valores - Concorrentes
- Recursos/capacidades Estratégia - Clientes
- Estruturas e sistemas - Fornecedores
O fit estratégico: uma estratégia para era bem sucedida tem de ser consistente com os
objetivos e valores da organização, com o ambiente externo, com os seus recursos e
capacidades e com a sua estrutura e sistemas.
O paradigma
Estratégia
Desempenho
Político: a estratégia surge na sequência de um processo de negociações e equilíbrios
entre diferentes interesses e poderes na organização (stakeholders)
Visionário:
Visão = capacidade (“feeling”) dos gestores visionarem, mais do que planearam, o
futuro das organizações
A estratégia pode então resultar da visão do(s) seu(s) gestor(es), sobretudo em
organizações dominadas por um líder carismático (ex.: o fundador, ou em situações de
crise)
Anos 60:
Anos 60:
Anos 70:
Estratégia de negócio: como competir numa indústria ou mercado particular, isto é, como
obter uma vantagem competitiva
Outros benefícios
Gestão estratégica
A estratégia fundamenta-se:
Planeamento estratégico
Definição da missão
Objetivos
Estratégia
Níveis de planeamento
Nível institucional
Planeamento
estratégico Aptidão
Conteúdo
Planeamento
Nível intermédio Prazo
tático
Grau de incerteza
Nível Planeamento
operacional operacional
Vantagens do planeamento
Estratégia/Planeamento estratégico
Razões do fracasso do planeamento estratégico:
Catalisadores
Estratégia/Planeamento estratégico
Planeamento pode contribuir para:
Formulação da estratégia (antes)
Formação da estratégia (durante)
Implementação da estratégia (depois)
Mais importante que o plano formal é o processo de planeamento (plans are nothing, planning
is everything)
Aprendizagem
Estratégias emergentes
Aprendizagem
Controlo
Estratégias planeadas
Estratégia intencionada: a que é concebida pela equipa de gestão num processo de negociação
e compromisso envolvendo diferentes grupos no interior da organização
Sustentabilidade
Económica:
Resultados positivos
Remunerações justas
Atualização tecnológica
Novos produtos
Gestão do risco
Ambiental:
Social:
Governativa:
Etapa 1: risco Cumpre a legislação e normas de sustentabilidade para lidar com o risco
----x----
Conclusão – (Mintzberg): estratégia (e o seu processo) é o desenho raciocinado, visão intuitiva
e aprendizagem emergente; tem um tanto de transformação como de perpetuação; deve
envolver conhecimento individual e interação social, cooperação e conflito; tem de incluir
análise prévia e programação posterior bem como negociação durante; e tudo isto deve ser
feito em resposta ao que pode ser um ambiente exigente
Em muitas situações o maior contributo das técnicas de análise é o de nos ajudar a “pegar”
num problema, guiando-nos na colocação das questões que necessitam de resposta e
fornecendo-nos um esquema para organizar a informação recolhida.
NOTA: A missão e a visão devem tentar diferenciar a empresa dos rivais. Devem ser distintivas
e realistas.
O ambiente (externo) é constituído por todas as influências externas com impacto nas decisões
da organização e do seu desempenho.
Com as variáveis são muitas, importa distinguir o que é essencial daquilo que é apenas
importante, sendo habitual classificá-las segundo a fonte e proximidade.
Análise PESTEL:
Clientes: para ter lucros é necessário criar valor para os clientes, logo temos de os
compreender – quem? Natureza dos compradores; o quê? Produtos comprados; para
quem? Natureza dos utilizadores; onde? Local compra; porquê? Razão compra; como?
Modo compra
Fornecedores: para criar valor transformam-se inputs – que se adquirem aos
fornecedores – em outputs, logo temos de os conhecer
Concorrentes: a capacidade para gerar lucros a partir da criação de valor depende da
intensidade da concorrência entre os criadores do mesmo tipo de valor – comparação
sistemática dos principais indicadores de desempenho; aumentar o grau de fiabilidade
das previsões sobre comportamentos futuros; devem ser analisados os produtos
substitutos; diferentes segmentos tender a ter níveis concorrenciais distintos
Saber qual a indústria relevante para a organização é o mesmo que identificar qual o seu
mercado relevante.
Posicionamentos inviáveis
Posicionamentos inexplorados
Fatores críticos de sucesso
Criação de valor: requer que o preço que o cliente está disposto a pagar por um bem ou serviço
seja superior aos custos incorridos para o produzir. Contudo, a criação de valor não se
transforma diretamente em lucros, porque o excesso do preço sobre os custos é distribuído
pelas forças da concorrência entre clientes e produtores
Quanto maior a concorrência entre produtores, menor será o preço pago pelos clientes
(maior a diferença entre o preço pago e aquele que estariam dispostos a pagar)
A parte do valor que fica para os produtores é ainda repartida com os fornecedores ao
longo da cadeia de produção de acordo com a força relativa destes
Estes 3 fatores juntam-se habitualmente num único esquema de análise, o modelo das 5 forças
competitivas de Porter.
Rivalidade na indústria
Determinantes:
o taxa de crescimento da indústria
o nº concorrentes, equilíbrio/desequilíbrio de forças
o elevados custos fixos (redução de preços)
o inexistência ou reduzida diferenciação
o custos de mudança
o excesso de capacidade intermitente
o diversidade de concorrentes (comportamento)
o importância estratégica do negócio
o barreiras à saída:
ativos específicos
custos fixos de saída (indemnizações)
relações estratégicas
barreiras emocionais
restrições de ordem social ou governamental
Ameaça de novos concorrentes
Determinantes (barreiras à entrada):
o economias de escala
o diferenciação do produto/imagem de marca
o necessidades de fundos (elevados)
o custos de mudança (de fornecedores, etc)
o acesso aos canais de distribuição
o know-how (patentes, etc)
o acesso favorável a matérias-primas
o curva da experiência
o política do governo
o retaliação esperada
Barreiras à saída
Altas Baixas
Barreiras à entrada Altas Rentabilidade elevada Rentabilidade elevada
Risco elevado Risco reduzido
Baixas Rentabilidade reduzida Rentabilidade reduzida
Risco elevado Risco reduzido
Quanto + elevada for a intensidade destas forças menor será a rendibilidade potencial da
atividade nessa indústria.
Como são estas forças que determinam a extensão e a natureza da concorrência, torna-se
necessário compreender como elas afetam o ambiente competitivo da organização.
Tender-se-á para a procura de oportunidades nos setores com fracas forças competitivas:
existem poucos rivais, é reduzida a presença de produtos de substituição, há fortes entraves à
entrada e os fornecedores e clientes têm fraco poder de negociação.
Por sua vez, cada uma destas forças é considerada como a resultante de um conjunto de
fatores e produz efeitos que se impõe analisar.
Aplicação da análise da indústria: uma vez compreendida como é que a estrutura da indústria
influencia a competição, utilizamos a análise para:
No essencial, trata-se de investigar como é que as tendências atuais terão impacto nas
5 forças de Porter.
Análise da indústria
A teoria do ciclo da vida do produto (indústria): é costume admitir que os produtos (mercados,
indústrias) evoluem segundo um modelo conceptual que estabelece as fases de introdução,
crescimento, maturidade e declínio.
Indústria fragmentada: o setor está estabelecido, poucas empresas detêm uma quota de
mercado significativa e nenhuma pode influenciar a evolução na indústria
A teoria do ciclo de vida dos produtos é útil para a organização, uma vez que:
Mas tem limitações: nem todos os produtos têm o mesmo ciclo de vida (a teoria não tem uma
capacidade preditiva), a identificação das fases não é fácil, a sequência das fases pode ser
interrompida por alterações do produto (rejuvenescimento).
O conceito de ciclo de vida apesar da sua simplicidade e riqueza tem uma natureza incompleta,
a sua correta exploração vai necessitar da introdução do meio concorrencial, do ambiente geral
e das características da empresa, considerações que estão na origem dos primeiros modelos de
planificação estratégica.
A teoria do ciclo de vida pode ser usada na análise do ambiente competitivo, no diagnóstico
interno e na formulação de estratégias (estas são diferentes em cada fase do ciclo).
Análise do mercado
NOTA: saber qual é a indústria relevante para a organização é o mesmo que identificar qual o
seu mercado relevante.
Clientes e a concorrência:
Estudo de mercado: pesquisa, registo e análise de dados sobre questões relativas à venda
e à distribuição de bens e/ou serviços.
Análise da empresa
Se por um lado, a estratégia de uma organização se deve enquadrar no ambiente em que esta
opera, por outro, uma organização só deve prosseguir estratégias que seja capaz de sustentar,
ou seja, para as quais tenha capacidade estratégica.
Recursos (ou ativos): são inputs utilizados no processo de produção de uma organização.
A qualidade/quantidade de recursos:
Ativos tangíveis: são os mais fáceis de avaliar e os únicos que normalmente aparecem
no balanço da organização. (ex.: edifícios, instalações e equipamentos de produção,
matérias-primas).
Embora possam ser essenciais para a estratégia da empresa, dada a sua natureza
standard raramente são fontes de vantagem competitiva
Competências centrais: aquilo que a empresa faz de diferente ou de melhor, são pontos fortes
que a distinguem na competição para a satisfação das necessidades dos clientes.
Da dificuldade de imitação (ou substituição) pelos outros concorrentes resulta uma sustentada
vantagem competitiva, na condição dos custos associados à sua implementação não
excederem os resultados benefícios.
Competências acessórias: aquelas que, embora centrais para a atividade da organização, não a
diferenciam das organizações similares.
Uma competência acessória pode transformar-se numa competência central por meio de
investimento em equipamento e treino.
Um processo realizado por trabalhadores com uma formação básica e que use componentes
standard não pode ser visto como uma competência central.
Valor: o montante que os clientes estão dispostos a pagar por aquilo que as organizações lhes
proporcionam (necessidades que satisfazem)
A identificação dos pontos fortes e dos pontos fracos é, assim, precedida da divisão da
organização num conjunto de atividades interligadas.
Atividades primárias:
Atividades de suporte:
A relação entre as cadeias de valor da empresa, dos fornecedores e dos clientes (sistemas de
valor) pode ser uma base para a decisão de redução de custos ou diferenciação
(nomeadamente aumentando os custos de mudança por parte do cliente)
Atividades primárias
Atividades de suporte:
Infraestruturas (gestão geral, finanças, contabilidade, sistemas de informação):
qualidade do planeamento estratégico; capacidade para obter fundos em boas
condições; relacionamento com os poderes políticos e grupos de interesse
enfase na eficiência e redução de custos
Gestão de recursos humanos: eficácia no recrutamento, formação e promoção;
adequado sistema de recompensas/ambiente de trabalho; relacionamento com
associação de trabalhadores; níveis de motivação do pessoal formação para
reduzir custos
Desenvolvimento tecnológico: desenvolvimento de novos produtos,
melhoramento qualidade dos produtos e serviço ao cliente redução custos de
produção e elevação da eficiência
Compras: desenvolvimento de fontes de fornecimento alternativas;
aprovisionamento de MP nas melhores condições de tempo/custo/qualidade;
Relações com os fornecedores (boas e de longo prazo) aquisição de recursos e
materiais a baixos custos
O modo como as atividades de cadeia são desempenhadas determina os custos e afeta o lucro.
Na medida em que cada parte do negócio produz valor, a organização deve ser capaz de
debitar mais e/ou incorrer em menos custos, sendo que em qualquer dos casos está a
contribuir para elevar a margem de lucro
Para uma organização ter sucesso num determinado mercado não lhe basta a capacidade de
satisfazer as necessidades dos clientes, precisa também de ter em consideração a situação
competitiva nesse mercado.
Adequação: considera uma estratégia “boa” (adequada) como “uma estratégia que neutraliza
as ameaças e explora as oportunidades, enquanto capitaliza as forças e elimina ou minimiza as
fraquezas”.
Parte-se da premissa que a adequação estratégica (strategic fit), que implica consistência entre
todos os estruturais e macro ambientais, bem como os elementos que constituem a estratégia
propriamente dita, é fundamental pra a efetividade desta.
Adequação estratégica
Nestes casos, as empresas devem valorizar comercialmente as áreas onde a sua adequação
estratégica já é pronunciada e reforçar com o tempo as competências necessárias à satisfação
dos fatores críticos de sucesso ainda mal servidos.
Análise SWOT
A análise SWOT tem como pré-requisitos a analise dos ambientes externo e interno, analise de
onde devem ter resultados listas de oportunidades e ameaças e de pontos fortes (forças) e
pontos fracos (fraquezas).
Estas listas devem ser discutidas (brainstorming com os participantes corretos), a sim de as
depurar, priorizar e classificar as oportunidades/ameaças de acordo com as suas
probabilidades de ocorrência/atratividade/perigosidade e as forças/fraquezas de acordo com a
importância da sua contribuição para a performance
Força (S): aplicação bem sucedida de uma competência ou a correta exploração de um fator
critico para o desenvolvimento da competitividade da organização (ex.: competência distintiva,
adequados recursos financeiros, elevada aptidão para concorrer nesse mercado, líder do
mercado, vantagem de custos)
Oportunidades (O): condições externas que podem ter impacto positivo nos parâmetros
críticos da performance da organização e melhorar a vantagem competitiva, desde que se
tomem ações positivas e em tempo oportuno (ex.: entrada em novos mercados – segmentos;
alargar a atual linha de produtos; diversificar em produtos relacionados; aceleração do
crescimento de mercado)
Ameaças (T): condições externas que podem ter impacto negativo nos parâmetros críticos da
performance da organização e reduzir a vantagem competitiva, desde que se não tomem ações
positivas e em tempo oportuno (ex.: facilidade de entrada de novos concorrentes; políticas
governamentais adversas; crescimento da agressividade da concorrência
SO (maxi-maxi): tirar o máximo partido dos pontos fortes para aproveitar ao máximo as
oportunidades detetadas
St (maxi-mini): tirar o máximo partido dos pontos fortes para minimizar o efeito das ameaças
detetadas
wt (mini-mini): minimizar ou ultrapassar os pontos fracos e, tanto quanto possível, fazer face às
ameaças
Após uma completa revisão de toda a análise SWOT, deve começar a tornar-se aparente a
estratégia futura, ou, como é mais frequente, auto sugerem-se uma série de alternativas
estratégicas ou combinações táticas.
Alem da análise da situação atual é importante confrontá-la com o passado e com a sua
previsível evolução.