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PLANEJAMENTO:
O planejamento é responsável pela definição dos objetivos da empresa, assim como os planos para
alcançá-los, ou seja, define “o que deve ser feito – objetivos – e como deve ser feito – planos.”
O planejamento é a base de todas as outras funções da administração – não haveria como organizar
recursos se não houvessem objetivos e planos; não seria possível dirigir os membros se o objetivo não
estivesse claro; não haveria como controlar as atividades se não soubéssemos o desempenho esperado
definido pelos objetivos.
Tipos de planos
Os planos indicam como algo irá ser feito, indicando os recursos que devem ser utilizados, as atividades
que devem ser realizadas, etc.
Os planos podem ser caracterizados de acordo com sua abrangência, horizonte temporal, grau de
especificidade e permanência.
‣ ABRANGÊNCIA:
1. Planos estratégicos: se referem à organização como um todo, posicionam a organização em relação ao
seu ambiente externo, servindo de base aos planos táticos e operacionais.
2. Planos táticos: traduzem os objetivos gerais em objetivos específicos, identificando os principais
objetivos e as ações para realizar sua parte. Trabalham em unidades da organização e geralmente tem um
horizonte temporal de um ano.
3. Planos operacionais: identificam processos específicos necessários nos níveis operacionais da
organização, sustentando as atividades dos planos táticos e estratégicos. Têm orientação de curto prazo,
sendo adaptados constantemente.
‣ HORIZONTE TEMPORAL:
1. Longo prazo: três ou mais anos (planos estratégicos).
2. Médio prazo: geralmente um ano (planos táticos).
3. Curto prazo: períodos curtos, dias, semanas ou meses (planos operacionais).
‣ ESPECIFICIDADE
1. Gerais: o que importa é o objetivo final, e não como será alcançado
2. Específicos: focam no processo, “como, o quê e quando”. Quando mais se desce na hierarquia, mais os
planos são específicos.
‣ PERMANÊNCIA:
1. Permanentes: situações predefinidas, tarefas rotineiras (politicas, diretrizes, normas, etc.)
2. Temporários: extinguem-se quando seus objetivos são alcançados.
‣ Análise SWOT
SWOT = strenghts (pontos fortes), weaknesses (pontos fracos), opportunities (oportunidades) e threats
(ameaças)
É a leitura do ambiente externo e interno da organização para fazer o levantamento da situação e formular
uma estratégia.
↳ Pontos fracos e fortes da organização.
↳ Oportunidades e ameaças ambientais.
Permite identificar um conjunto de medidas que possibilitam explorar as oportunidades ou diminuir o
impacto das ameaças. A análise deve ser dinâmica como o ambiente.
A estratégia de diversificação ocorre com a entrada em novos negócios e ela pode ser relacionada
(relacionada ao negócio original) ou não relacionada (sem semelhanças ao negócio original)
2. ESTRATÉGIAS DE ESTABILIDADE: serve para empresas que querem crescer de maneira controlada
ou manter o mesmo tamanho, assim não possui mudanças significativas nas estratégias da organização. É
típica de organizações que apresentam desempenho satisfatório e que operam em um ambiente estável.
3. ESTRATÉGIAS DE RETRAÇÃO: redução do nível de operações de uma empresa que ocorre quando
a mesma está passando por dificuldades, sejam externas ou internas.
A estratégia de saneamento é a tentativa de recuperação da rentabilidade de um negócio que apresenta
desempenho abaixo do esperado. Alguns exemplos são:
3.1 Reestruturação: reduzir os custos de uma unidade com a eliminação de linhas de produtos, venda de
ativos, substituição dos administradores ou mudanças na estrutura organizacional.
3.2 Reengenharia: mapeamento dos processos produtivos de forma a identificar redundâncias e
desperdícios.
3.3 Downsizing: redução do número de trabalhadores.
A estratégia de saída ocorre quando não há razões para recuperar um negócio, e pode ser feita por:
3.4 Desinvestimento: venda de unidade de negócios que não parecem ser centrais para a organização.
3.5 Liquidação: encerramento das operações e venda de seus ativos.
‣ Abordagem de portfólio
É a avaliação das unidades de uma organização diversificada com a finalidade de apoiar gestores na
criação de estratégias de melhoria de desempenho. Os dois modelos mais utilizados são a mat5riz BCG e
a matriz GE/McKinsey.
1. MATRIZ BCG: estratégia para avaliar os negócios mais lucrativos, fazendo a leitura da carteira de
negócios.
As unidades de negócio são classificadas como vaca leiteira, estrela, ponto de interrogação ou cachorro.
1.1 Vaca leiteira: negócio com participação dominante em uma indústria madura, com baixa taxa de
crescimento. Não há grandes investimentos por parte da organização, devido ao crescimento lento do
mercado.
1.2 Estrela: negócio com grande participação no mercado e que necessita de grandes investimentos por
atuar em um mercado em crescimento
1.3 Ponto de interrogação: negócio com pequena participação em um mercado em rápido crescimento, é
arriscado pois pode se tornar estrela ou fracassar.
1.4 Cachorro: negócio com pouco retorno em um mercado estagnado.
A matriz BCG ajuda a estabelecer prioridades na distribuição de recursos, e foi muito usada nas décadas
de 1970 e 1980, mas hoje é criticada pelo seu olhar rígido e simplista.
2. MATRIZ GE/MCKINSEY: Assim como a matriz BCG, ajuda a gerir uma carteira de diferentes
negócios e mostrar as prioridades de recursos em uma empresa diversificada. Seus critérios de
classificação de negócios são:
2.1 Atratividade da indústria (conjunto de indicadores como dimensão do mercado, taxa de crescimento do
mercado, política de preços, oportunidades e ameaças ambientais, etc.)
2.2 Posição concorrencial da organização (posição da empresa perante seus concorrentes)
A seguir, as variáveis devem ser classificadas de acordo com sua importância em uma escala que varia de
1 a 9, indicando se deve investir, investir seletivamente ou desinvestir.
Esse modelo é mais complexo que a matriz BCG por possuir maiores dimensões de análise.
‣ Cadeia de comando
O segundo elemento é a cadeia de comando. Ela especifica a hierarquia da organização, quem tem
autoridade e quem deve responder a quem, a quem os indivíduos devem se reportar.
A partir disso, temos o conceito de “Responsabilidade vs. Autoridade”:
↳ A responsabilidade é a obrigação e dever que uma pessoa tem de executar um conjunto de tarefas ou
atividades;
↳ A autoridade é o direito de tomar decisões e dirigir pessoas e recursos, ou seja, o direito de
organizar e dirigir.
Se um administrador possui muita responsabilidade e pouca autoridade, seu trabalho fica difícil, e ao ter
muita autoridade em relação à responsabilidade, o gestor pode se tornar muito autocrático.
‣ Amplitude de controle
A amplitude de controle é o terceiro elemento, que diz a respeito sobre a quantidade de subordinados que
um gestor tem sob sua responsabilidade.
Se o gestor tem muitos subordinados, sua amplitude de controle é grande. Se tem poucos subordinados,
sua amplitude de controle é pequena. A amplitude de controle ideal é o número máximo de subordinados
que um gestor pode controlar de modo eficaz e eficiente.
- Estrutura vertical ou aguda: pequena amplitude de controle, ou seja, pequeno número de
subordinados por gestor e elevado número de administradores.
- Estrutura horizontal ou achatada: grande amplitude de controle, ou seja, elevado número de
subordinados por gestor e reduzido número de administradores.
‣ Departamentalização
É o quarto elemento e consiste em agregar tarefas e atividades semelhantes entre si, sob a direção de um
gestor. Seu objetivo é simplificar o trabalho do gestor, além de aumentar a eficiência e a eficácia da
organização, contribuindo para um uso mais racional dos recursos organizacionais. Ela define uma base
para o agrupamento de tarefas.
Os tipos de departamentalização mais frequentes são:
1. DEPARTAMENTALIZAÇÃO FUNCIONAL: funciona de acordo com a função desempenhada,
agrupamento baseado na similaridade e proximidade das tarefas, habilidades, uso de recursos e
conhecimentos sobre certa função. Os departamentos de marketing, finanças, recursos humanos,
operações, pesquisa e desenvolvimento são um exemplo dessa departamentalização.
‣ Formalização
O grau de formalização de uma empresa é definido pelas suas normas e procedimentos. São eles:
manuais, códigos de conduta, horários fixos de trabalho, aplicação de penalidades formais, etc. Ou seja, a
formalização “impõe” quanto controle a organização deve ter sobre o indivíduo.
Todas as organizações apresentam algum grau de formalização e quando a organização é muito
formalizada, o indivíduo possui pouca liberdade para execução de tarefas, e esse alto grau de
formalização é associado às desvantagens da burocracia, fazendo com que os membros foquem mais em
obedecer às regras do que alcançar as metas organizacionais em si.
Alguns fatores que podemos citar que influenciam o grau de formalização das organizações são:
1. Tecnologia, já que empresas que possuem tarefas mais rotineiras geralmente apresentam maior
grau de formalização;
2. E a tradição, pois, para empresas que historicamente possuem certo grau de formalização,
raramente essa tradição é mudada;
AUTORIDADE X PODER
‣ Autoridade
A autoridade é um dos tipos de manifestação de poder e está relacionada com a estrutura organizacional.
São nas estruturas que são estabelecidas quais posições tem autoridade sobre outra.
É importante sabermos que existem dois tipos de autoridade:
1. Autoridade de Linha: responsáveis diretamente pelos objetivos finais da organização. As tarefas
desempenhadas por esses gestores refletem a meta principal.
‣ Poder
A definição clássica de poder é “a capacidade de exercer influência sobre uma pessoa ou grupo, de forma
a alterar seu comportamento”. Assim, podemos ressaltar que o conceito de poder é mais amplo que o de
autoridade, nem sempre quem tem poder tem autoridade. Quem tem autoridade tem poder, porém, nem
todo poder deriva da autoridade.
É possível destacar 5 tipos de poder: poder coercitivo (penalizar), poder de recompensa, poder legítimo
(deriva da autoridade formal), poder referente (carisma) ou poder de competência (alguém que é
referência no que se faz).
Estruturas em rede
Devido as mudanças causadas pelo capitalismo, novas formas organizacionais começaram a surgir,
baseadas na flexibilidade e na capacidade de inovação. Quatro fatores destacados que impulsionaram o
surgimento das estruturas contemporâneas são:
1. Características ambientais (a estrutura organizacional deve se adaptar ao ambiente dinâmico da
modernidade)
2. Globalização (aumentou a competitividade, trazendo um ambiente com alto grau de incertezas)
3. Necessidade de inovação
4. Natureza da tarefa da organização
As estruturas em rede são formas organizacionais alternativas às estruturas burocráticas tradicionais
citadas anteriormente. Nelas, a divisão de trabalho é construída por meio do conhecimento que aquele
departamento oferece à organização. Encontra-se uma estrutura mais achatada, horizontal e com menos
níveis hierárquicos. Ela supera as fronteiras tradicionais, não se limitando apenas ao ambiente interno e
estabelecendo parcerias com clientes e fornecedores. A maior vantagem das estruturas em rede é sua
maior adaptabilidade.
Modelos organizacionais
‣ Modelo mecanicista
É o mais próximo do tipo ideal burocrático de Weber, há a predominância da rotina e o foco na hierarquia
e na cadeia de comando. As pessoas têm pouca liberdade, com relações mais formais e mais rigidez na
organização.
‣ Modelo orgânico
Se encontra em organizações ágeis e leves, com espaço para criatividade nas respostas aos desafios
ambientais. A fonte de autoridade é a competência e não a posição hierárquica. Enfatiza critérios de
adaptabilidade e capacidade de identificar mudanças necessárias.
DIREÇÃO
É a função administrativa responsável pelas questões humanas do trabalho. Envolve motivação, liderança
e gestão dos funcionários, na busca dos objetivos organizacionais, já que tais objetivos dependem das
pessoas para serem realizados.
‣ Teoria X vs Teoria Y
Douglas McGregor foi um dos responsáveis pela teoria comportamental, que se dedicou ao entendimento
do comportamento das pessoas nas organizações. Com base nisso, desenvolveu duas teorias:
1. Teoria X: visão em que as pessoas são preguiçosas, não gostam de assumir responsabilidades.
Administradores que se baseiam nessa teoria dirigirem de forma rígida e autocrática.
2. Teoria Y: visão em que as pessoas são motivadas para trabalhar, obtêm satisfação em suas
atividades. Administradores que compactam com essa teoria tendem a dirigir de forma
participativa, oferecendo responsabilidades e desafios.
Tais teorias não possuem validação empírica, não possuindo também a resposta de qual é a forma mais
adequada de se dirigir.
‣ Comportamento organizacional
O comportamento organizacional é uma área que busca analisar o comportamento humano dentro das
organizações. É sustentada pela sociologia e psicologia.
Seus principais focos são o comportamento individual e o comportamento em grupo.
‣ Personalidade
São características de um indivíduo que diferencia ele dos demais, refletindo no seu comportamento.
Há modelos de personalidades com o objetivo de identificar os traços mais influentes no desempenho
organizacional, alguns deles são:
1. MODELO DOS CINCO FATORES (Big Five): descreve a personalidade humana com base em cinco
dimensões: extroversão, agradabilidade, senso de responsabilidade, estabilidade emocional e abertura a
novas experiências. Cada uma pode conter vários traços de personalidades específicos. Os testes de
contratação baseados nesse modelo buscam um candidato com a personalidade adequada ao cargo.
2. INTELIÊNCIA EMOCIONAL: habilidade da pessoa para identificar, compreender e regular as
emoções próprias e dos outros. Há duas dimensões:
2.1. Dimensão intrapessoal: autoconhecimento e autocontrole das emoções, controlando-os em seu
benefício.
2.2. Dimensão interpessoal: capacidade de compreender a natureza e as motivações das emoções dos
outros.
3. PERSONALIDADE E COMPORTAMENTO:
3.1. Lócus de controle: percepção que os indivíduos têm sobre o controle dos acontecimentos de sua
vida.
3.2. Maquiavelismo: direciona o comportamento para obter poder e manipulação sobre os outros,
tende a ser egoísta e hostil.
3.3. Automonitoramento: habilidade de ajustar os comportamentos aos fatores externos e situacionais.
‣ Percepção
Processo em que as pessoas interpretam estímulos e lhe atribuem um significado. Pode ser influenciado
pelo observador, pelo objeto ou pela situação, e são divididas em quatro distorções perceptuais:
1. Percepção seletiva: interpretar seletivamente o que veem, com base em interesses próprios.
2. Projeção: tendência para reconhecer sentimentos e características dos outros.
3. Efeito de halo: formar uma opinião baseada em apenas uma característica, podendo ser aparência,
agressividade, timidez, etc.
4. Estereótipos: formar uma opinião ou julgar com base das características do grupo que tal pessoa
pertence.
‣ Aprendizagem
Quando competências, habilidades, conhecimentos ou valores são obtidos por estudo, experiência,
raciocínio e observação. Duas teorias que explicam o processo de aprendizagem individual são:
1. Teoria do condicionamento operante: pessoas aprendem a se comportar visando algo que desejam
ou evitar punições.
2. Teoria de aprendizagem social: aprendizagem através da interação social, observando o que
acontece aos outros ou pela experiência direta.
Motivação
A motivação se trata dos esforços realizados para ao alcance de metas organizacionais esperando-se a
satisfação de alguma necessidade individual. Três elementos podem ser destacados na definição de
motivação: esforço, metas organizacionais e necessidades.
A motivação se trata de um esforço individual, que é canalizado pelo administrador para o alcance das
metas organizacionais, na busca de satisfazer uma necessidade pessoal.
2. TEORIA ERC: nessa teoria, o psicólogo Clayton Alderfer modificou um pouco a teoria de Maslow,
trazendo a ela uma validação empírica. Com isso, Alderfer propôs três categorias de necessidades:
2.1. Necessidades existenciais (bem-estar físico, os níveis mais baixos da hierarquia de Maslow).
2.2 Necessidades relacionais (relações interpessoais satisfatórias).
2.3 Necessidades de crescimento (crescimento individual, melhoria da competência).
Alderfer então concluiu que, quando as necessidades de níveis mais altos não eram alcançadas, as
necessidades de níveis baixos retornavam. Enquanto Maslow via o crescimento na hierarquia de
necessidades como algo que apenas subia, Alderfer trouxe o pensamento de que essas necessidades
sobem e descem.
3. TEORIA DOS DOIS FATORES: Frederick Herzberg foi o responsável por essa teoria. Nela, se
determina que existem dois fatores no processo de motivação individual: os fatores higiênicos
(insatisfação – salário, condições de trabalho, etc.) e os fatores motivacionais (satisfação – realização,
reconhecimento, etc.)
4. TEORIA DAS TRÊS NECESSIDADES: nessa teoria, David McClelland relaciona o comportamento a
três impulsos básicos:
4.1. Necessidades de realização (desejo de alcançar metas difíceis, superar os outros).
4.2. Necessidades de poder.
4.3. Necessidades de afiliação (ter amigos, evitar conflitos).
Aqui, as necessidades não possuem nível hierárquico como sugerido por Maslow, e estão presentes em
todas as pessoas em intensidades diferentes. Pessoas com necessidade de realização irão se encarregar de
trabalhos difíceis, enquanto pessoas com baixa necessidade de realização vão buscar cargos mais fáceis.
Liderança
Na administração, liderança é o processo de dirigir membros da organização, influenciando seus
comportamentos e levando-os a realizar os objetivos organizacionais. Três elementos podem ser
destacados nesse conceito: pessoas, poder e influência. A liderança envolve dirigir pessoas, através da
utilização de seu poder, podendo influenciar o comportamento de seus subordinados.
‣ Traços de liderança
É uma antiga compreensão de liderança e busca identificar os traços de um líder, afirmando que um líder
não pode ser formado ou treinado, ele nasce um líder.
Pesquisas realizadas entre 1904 e 1948 não confirmam essa afirmação, tendo em vista que não foi
encontrado nenhum traço que pudesse distinguir líderes dos não líderes. Além disso, pessoas com
personalidades semelhantes à dos líderes – determinação, autoconfiança, inteligência – não são
necessariamente líderes.
‣ Liderança comportamental
Aqui, buscou-se isolar as características comportamentais de líderes eficazes. Ao contrário dos traços de
liderança, na liderança comportamental se entendia que o comportamento de um líder poderia ser
aprendido, podendo treinar pessoas para liderar.
Temos, então, o surgimento do estilo de liderança, que se relaciona a como o líder irá dirigir, se será
mais concentrado na supervisão do trabalho ou na satisfação e crescimento de seus subordinados.
OS ESTUDOS DA UNIVERSIDADE DE IOWA: pesquisas realizadas determinaram três estilos de
liderança:
1. Estilo autocrático: centralização de poder e da tomada de decisões.
2. Estilo democrático: participação dos funcionários nas tomadas de decisões, delegação – é o
modelo mais eficaz pela maior qualidade e satisfação no trabalho.
3. Estilo laissez-faire: total liberdade aos funcionários, o líder apenas aconselha e disponibiliza
recursos – modelo ineficaz.
OS ESTUDOS DA UNIVERSIDADE DE OHIO: consistia em compreender a eficácia dos
comportamentos de liderança orientados para tarefa e para pessoas. A partir disso temos a estrutura de
iniciação (grau em que um líder define o próprio papel e o de seus funcionários para alcançar objetivos) e
a consideração (grau em que o líder mantem os relacionamentos do trabalho, se é amigável e sensível aos
problemas dos funcionários).
A conclusão da pesquisa diz que lideres com alta estrutura de iniciação e alta consideração mostram
maior desempenho e maior satisfação.
OS ESTUDOS DA UNIVERSIDADE DE MICHIGAN: definiu o comportamento de liderança em duas
dimensões: orientado para as pessoas, se tratando de líderes que enfocam os relacionamentos
interpessoais, e orientado para a produção, com líderes que consideram funcionários apenas como um
meio para realização de tarefas.
A GARDE GERENCIAL DE BLAKE E MOUNTON: todas as pesquisas anteriores afirmavam que o
líder ou era orientado para a tarefa ou para as pessoas. Com isso, surge a grade gerencial, que busca
posicionar os lideres nessas duas dimensões: preocupação com as pessoas e produção.
‣ Liderança contingencial
Até agora, conclui-se que a relação de liderança com eficácia é muito mais complexa do que apenas a
identificação de traços e de comportamentos. Com isso, surgem novas teorias buscando as circunstâncias
situacionais que influenciam na eficácia do líder.
TEORIA DE CONTINGÊNCIA DE LIDERANÇA: segundo ela, o desempenho de um grupo depende
da combinação de estilo de seu líder, que deve se adequar ao contexto: ou se muda o líder para ele se
encaixar na situação ou se muda a situação para ela estar adequada ao líder.
Em relação aos favores contingenciais, Fred Fiedler, o responsável pela teoria, considera as relações líder-
subordinado, a estrutura da tarefa (o seu grau) e o poder da posição (quanto mais autoridade, mais a
situação é favorável ao administrador)
TEORIA DA LIDERANÇA SITUACIONAL: afirma que os estilos de liderança devem se ajustar aos
subordinados. Com isso, temos o nível de prontidão do subordinado, a principal variável situacional que
todo líder enfrenta. Se uma pessoa apresenta um baixo nível de prontidão, ela não possui habilidades ou
disposição para realizar suas funções, e se ela apresenta alta prontidão, possui a capacidade para a tarefa.
TEORIA CAMINHO-META: faz o uso das dimensões dos estudos da Universidade de Ohio (estrutura
de iniciação e consideração) e da teoria da expectativa, definindo que o papel do líder consiste em ajudar
os funcionários a obter recompensas individuais, aconselhando-os sobre o caminho que deverão
percorrer, de modo a atingir metas organizacionais e ganharem recompensas individuais.
Essa teoria trabalha nos estilos de liderança diretivo (especificar tarefas e metas), compreensivo
(amigável e preocupado com necessidades dos membros), participativo (democrático) e realizador
(propor desafios).
‣ Visão contemporânea da liderança
SUBSTITUTOS DE LIDERANÇA: atributos que podem substituir a liderança, com o objetivo de
ajudar os gestores a definir quais são os comportamentos de liderança mais eficazes em casa situação.
TEORIA DA LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL: aqui, temos dois tipos de líderes: o líder
transacional, que motiva seus subordinados através de recompensas individuais e demonstra
preocupação com as necessidades dos funcionários, e o líder transformacional, que inspira seus
subordinados a realizarem inovações e mudanças, transcendendo seus interesses. Além disso, os líderes
transformacionais não dependem apenas de recompensas materiais, ao contrário dos transacionais.
TEORIA DA LIDERANÇA CARISMÁTICA: parte do pressuposto de líderes que possuem carisma
levam os subordinados a atribuírem características heroicas a eles, os inspirando e estabelecendo um
modelo comportamental que seus seguidores irão querer seguir. Eles geralmente são caracterizados por
autoconfiança, carisma e domínio.
CONTROLE
É a última função administrativa, se tratando do controle de informações organizacionais, de modo a
atingir os objetivos da organização de maneira eficaz e eficiente. Portanto, deve-se monitorar as
atividades e corrigir os desvios significativos da empresa.
Esse processo possui uma significativa importância atualmente devido ao dinamismo do mercado, que
sempre deve ser monitorado para lidar com as incertezas geradas.
‣ Orientação do controle
1. CONTROLE DE MERCADO: utilização de critérios como preços e participação de mercado para
controlar as atividades organizacionais.
2. CONTROLE BUROCRÁTICO: utilização de critérios como normas, regras e políticas para avaliar o
desempenho da organização.
3. CONTROLE DE CLÃ: se certifica de que os valores internos da organização, como valores e
tradições, estejam sendo compartilhados.
Tipos de controle
1. CONTROLE PREVENTIVO: antecipa os possíveis problemas, como os testes de seleção de recursos
ou inspeções de matérias-primas
2. CONTROLE SIMULTÂNEO: correção dos problemas ao mesmo tempo em que eles ocorrem, como a
supervisão direta.
3. CONTROLE POSTERIOR: avaliação do desempenho após ser realizado, identificando causas de
desvios caso haja algum.
Processo de controle
Se trata de uma “série de etapas que buscam assegurar que a organização alcance seus objetivos”, sendo
dividido em quatro etapas:
‣ Estabelecimento de parâmetros de desempenho
É o nível de desempenho que se espera que a organização atinja, além de possibilitar a correção de
desvios.
Por exemplo, quando se define uma meta diária, como certo número da produção de um produto, essa
meta se torna um parâmetro a ser avaliado.
Sistema de controle
É responsável por coletar informações importantes ao processo de controle, e ele deve apresentar as
seguintes características:
1. Precisão: as informações devem ser precisas.
2. Rapidez: deve oferecer informações rapidamente.
3. Economia: deve ser economicamente viável, benefícios que compensam os custos.
4. Flexibilidade: capaz de se ajustar ao dinamismo do ambiente.
5. Inteligibilidade: de fácil entendimento.
6. Aceitação: deve ser aceito pelos membros.
7. Critérios múltiplos e razoáveis: se basear em critérios desafiadores, mas possíveis.
8. Foco estratégico: quais operações terão mais foco.
9. Ênfase nas exceções: garantir que não haja perca de tempo em coisas pouco significativas.
10. Adoção de medidas corretivas: dar soluções aos problemas.
‣ Auditoria
Tem o objetivo de analisar a eficácia e a eficiência dos sistemas da organização, auxiliando a tomada de
decisões ao avaliar os processos organizacionais. Pode examinar, por exemplo, a qualidade de um
produto, a eficiência dos processos, o desempenho socioambiental, etc.
Diante disso, temos a auditoria interna, realizada dentro da própria organização, e a auditoria externa,
realizada por contatos externos à organização e possuindo um grau maior de confiabilidade.
‣ Benchmarking
Processo baseado na comparação de práticas e métodos de outras organizações, visando o aprendizado, e
não a cópia. Nem sempre é realizado com seus concorrentes, sendo comum uma comparação com setores
completamente diferentes.