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Advogado __________________________________________

Exmº/ª Sr.(a) Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de João


Pessoa, PB,

SEVERINO DOS RAMOS DA SILVA, casado, pedreiro, portador da cédula de


identidade n. 125.665 - SSP/PB e de CPF n° 312.121.121-15, filho de Maria
José Ramos da Silva e Sebastião dos Ramos da Silva, vem à presença de Vossa
Excelência requerer a concessão de pedido de LIBERDADE PROVISÓRIA
SEM FIANÇA, nos termos do art. 310, incs. II e III do Código de Processo Penal
c/c art. 5º, inciso LXVI, da Constituição da República Federativa do Brasilj, pelos
fatos e argumentos que passa a expor:

No dia 22 de maio do corrente mês e ano, por volta das 22h


horas, o requerente foi surpreendido e abordado por uma guarnição da PM/PB, de
frente à Lanchonete Hamburgão da Thereza, próxima a Lojas Maia, Centro, João
Pessoa, PB, tendo sido autuado em flagrante delito, pelo art. 302, § 4º do CPP,
como incurso nas penas do art. 155, caput, do Código Penal , e estando encarcerado
até o dia de hoje na 9ª Delegacia de Polícia da Capital.
Advogado __________________________________________

Apesar de negar peremptoriamente a autoria do delito que lhe é


imputado [conforme depoimento, o objeto encontrado -um dvd automotivo usado-
foi comprado a um amigo pela quantia de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) –
valor condizente com o valor de mercado -], pretende, através do presente pedido, a
concessão da liberdade provisória como contracautela à prisão em flagrante, tendo
em vista que não estão presentes nem os requisitos para a determinação de qualquer
medida cautelar, tampouco qualquer fundamento para a manutenção da prisão
preventiva.

É que, analisando os documentos que seguem anexos a esta petição,


verifica-se, claramente, que o requerente é pessoa primária de bons antecedentes,
tem residência fixa nesta cidade e comarca, bem como possui vínculos
empregatício e familiar, que permitem a conclusão no sentido de que não há risco
para a ordem pública ou inconveniente para a persecução penal a sua soltura.

Verifica-se, também, que não há sequer a menor intenção do


requerente se furtar à aplicação da lei penal, até porque possui meios de provar sua
inocência, comprometendo-se a comparecer a todos os atos da instrução criminal e
dando ciência a V. Exª de qualquer alteração de endereço, bem como de qualquer
viagem que tiver a intenção de fazer.

Conforme narrado acima, aplicam-se ao presente caso os ditames do


art. 310, incs. II e III do CPP, tendo em vista que não estão presentes os requisitos
da prisão preventiva, fazendo jus o requerente à concessão da liberdade provisória
sem fiança. 

Registre-se que “o princípio constitucional de inocência impede a


prisão cautelar quando não se encontrarem presentes os seus requisitos, fundados
em fatores concretos” (HC 124123 / TO, SEXTA TURMA, STJ). 
Advogado __________________________________________

Isso posto, requer a Vossa Excelência, nos termos do art. 310, inc. III
do Código de Processo Penal a concessão da liberdade provisória, depois de
ouvido o representante do Ministério Público, mediante termo de comparecimento
a todos os atos do processo para quais for intimado.

Requer, outrossim, a expedição do competente alvará de soltura para


o cumprimento imediato pela autoridade policial que mantém sua custódia. 

Nestes termos,
Pede deferimento.

João Pessoa, 04 de outubro de 2011.

advogado
OAB/PB 10.1010

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