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Psicofarmacologia

Prof.
Psicofarmacologia
Estudo de como as drogas afetam o cérebro e o comportamento
Psicofarmacologia

• Tanto a psicoterapia quanto os medicamentos são eficazes no


tratamento de uma ampla variedade de transtornos
psiquiátricos, sendo frequentemente associados.

• Nenhum deles é uma panaceia, mas cada um tem suas


utilidades, e sua associação é, com frequência, melhor do que
qualquer um deles usado isoladamente.
Psicofarmacologia
• História (psicofarmacologia moderna): final da década de 40,
com a introdução dos primeiros fármacos com a finalidade
específica de tratar os transtornos psiquiátricos.

• Em 1949 o 1º relato de tratamento da mania com lítio, realizado


por Cade, seguido pela descrição dos efeitos antipsicóticos da
clorpromazina em 1952, por Delay e Deniker.

• Os primeiros ansiolíticos foram o meprobamato (1954) e o


clordiazepóxido (1957), seguido por uma ampla gama de
benzodiazepínicos.
Aspectos gerais da Farmacologia
• Umas das principais ferramentas para profissionais que lidam
diretamente e indiretamente com fármacos e medicamentos.

• Necessita da compreensão de: físico-química, bioquímica,


fisiologia, biologia molecular, genética entre outras áreas do
conhecimento.

• A farmacologia pode ser dividida em: Farmacocinética


Farmacodinâmica.
Introdução
Farmacocinética

• Estuda a interação do organismo com o fármaco

• Em qual ponto ocorre a absorção, como é distribuído, além das


rotas de biotransformação e excreção.

• Utilizada na determinação da posologia, ajuste posológico,


interpretação de resposta inesperada ou ausência de efeito e
melhor compreensão da ação e do uso racional dos fármacos.
Farmacocinética
Absorção

Distribuição
Biotransformação

Excreção
Introdução
Farmacodinâmica

• Estuda a interação do fármaco com o organismo, quais


processos fisiológicos são afetados pelos fármacos.

• Explica o mecanismo de ação, relação entre concentração e


magnitude do efeito, variação de efeitos e respostas.
Farmacodinâmica
Conceitos básicos
Conceitos básicos
• Droga: substância que provoca alterações (boas ou ruins) em
sistemas fisiológicos.

• Fármaco: substancia química capaz de provocar algum efeito


terapêutico no organismo.

• Medicamento: produto tecnicamente elaborado contendo um


ou mais fármacos (outros componentes são os excipientes).

• Remédio: qualquer tratamento que faça bem a saúde do


paciente (conceito de remédio é bem mais amplo).

• Dose: quantidade de fármaco que provocar alterações no


organismo. Pode ser de eficaz, letal, ataque ou de manutenção.
Conceitos básicos

• Posologia: estudo da dosagem, de como a dose deve ser


empregada.

• Forma farmacêutica: forma de apresentação do medicamento:


comprimidos, capsulas, xaropes.

• Interação medicamentosa: efeito resultante da infeção entre


dois fármacos (aumento ou redução do efeito farmacológico).
Conceitos básicos
Evento adverso: é um evento desfavorável que ocorre durante ou
após o uso de medicamento.

O medicamento não necessariamente tem relação causal com o


evento.

Exemplos: desvios da qualidade de medicamentos; eventos


adversos decorrentes do uso não aprovado de medicamentos
(uso off label);
Conceitos básicos
• Efeito adverso: efeito prejudicial ou indesejável que ocorre
durante ou após o uso de um medicamento, em que há
possibilidade de relação causal entre o tratamento e o efeito.

• Reação adversa ao medicamento (RAM): qualquer resposta


prejudicial ou indesejável, não intencional, a um medicamento,
que ocorre nas doses usualmente empregadas para profilaxia,
diagnóstico, terapia da doença ou para a modificação de
funções fisiológicas.
Conceitos básicos

Efeito colateral: é um efeito não pretendido (adverso ou


benéfico) causado por medicamento utilizado em doses
terapêuticas.

A palavra “colateral” denota algo de importância secundária.


Medicamentos
Medicamentos
• Magistrais - aquelas cuja fórmula é da autoria do médico/denti
sta e que o farmacêutico prepara segundo as suas indicações.

• Oficinais - aquelas cuja fórmula e técnica se encontram inscrita


s e descritas nas Farmacopeias.

• Especialidades Farmacêuticas – aquelas preparadas por labora


tórios farmacêuticos.
Medicamentos Manipulados
1. Nome do paciente e do prescritor.

2. Número de registro, datas de manipulação e validade.

3. Fórmula discriminada com os nomes dos fármacos ativos com


respectivas dosagens.

4. Modo de usar.

5. Quantidade, da unidade posológica solicitada.

6. Posologia, a maneira de tomar o produto.

7. Nome, Endereço, CNPJ e Farmacêutico Responsável.


Medicamentos Manipulados
Medicamentos oficinais
Especialidades Farmacêuticas
Medicamentos com marca / nome comercial
Inovador / Referência
Similar

Medicamentos Genéricos
Identificados na embalagem apenas pelo nome
genérico do fármaco, "Medicamento genérico de
acordo com a Lei nº 9.787/99” e tarja amarela com
uma letra G, em azul escuro.
Nomes dos Medicamentos

Nome Químico = nome científico que descreve com precisão sua


estrutura. 4-hidroxiacetanilida, p-acetilaminofenol, N-acetil-p-
aminofenol

Nome Genérico = abreviatura do nome químico. Paracetamol

Nome comercial ou marca = Escolhido pela indústria farmacêutica


(Protegidos por patente - Tylenol®)
Ação dos Medicamentos
Ação Local
Diz-se que um medicamento tem ação local quando age no
próprio local onde é aplicado (na pele ou mucosa), sem passar
pela corrente sanguínea (não é absorvido), ou quando age
diretamente no sistema digestório.
Exemplos :
•Pomadas e loções - aplicadas na pele
•Colírios - aplicados na mucosa
•Antiácidos - neutralizam a ação do suco gástrico e são
eliminados sem ser absorvidos
Ação dos Medicamentos
Ação Sistêmica
Diz-se que um medicamento tem ação sistêmica quando a ação
do medicamento não se dá no local de aplicação : o fármaco tem
que ser transportado pela corrente circulatória até o local onde
vai agir. Exemplos :

•Comprimidos
•Cápsulas
•Injetáveis
Ação dos Medicamentos
Medicamentos
Finalidade de um medicamento

•EFICAZ
•SEGURO
Eficácia e Segurança
• Antigamente a EFICÁCIA do medicamento estava relacionada
exclusivamente às propriedades intrínsecas do fármaco.

• Hoje atribuímos a EFICÁCIA ao Medicamento = princípio ativo


+ excipientes + processo de fabricação + embalagem e todos
esses fatores contribuem para a eficácia e segurança do
medicamento
Eficácia e Segurança

• Quando o solvente penetra na FF, o polímero é hidratado e intumesce,


impulsionando o fármaco para fora, através do orifício no revestimento.

• Esses sistemas são chamados de "push-pull"


Destino de um
fármaco no organismo
Fase I – Biofarmacotécnica (ou Biofarmacêutica) :
◼Liberação (a partir da forma farmacêutica),
◼Dissolução (dissolvido para ser absorvido),
◼Interação (meio fisiológico - pH estômago)
◼Forma farmacêutica pode interferir no efeito do medicamento

Fase II - Farmacocinética : Estudo quantitativo dos processos de:


Absorção, Distribuição Metabolismo e Excreção

Fase III - Farmacodinâmica : mecanismos envolvidos na interação


das moléculas do fármaco com os receptores na biofase, a qual
desencadeia o efeito farmacológico.
Fármaco na Forma
Farmacêutica

Fase I Fase II Fase III


Biofarmacotécnica Farmacocinética Farmacodinâmica

L-D-I A-D-M-E I - F/R


Efeito farmacológico
Faixa Toxicidade
CMT
CONCETRAÇÃO PLASMÁTICA

Faixa Terapêutica

intensidade
CME

duração

t1 t2
TEMPO (h)
Exemplo...
Para ilustrar, usaremos como exemplo um paciente que toma um
comprimido de diclofenaco (Cataflan®).

Fase Biofarmacotécnica: O comprimido é desintegrado, o fármaco


é liberado e dissolvido.

Farmacocinética: O diclofenaco é absorvido no intestino, vai para a


corrente sanguínea onde é transportado (distribuição) até o local
da inflamação.
Exemplo...

Fase Farmacodinâmica: Lá o diclofenaco atua inibindo a atividade


da cicloxigenase e consequentemente diminui a produção de
prostaglandinas as quais, por serem vasodilatadores potentes,
aumentam a permeabilidade vascular e causam as reações
inflamatórias, ou seja, o diclofenaco diminui a produção de
prostaglandinas e a inflamação.

Fase Farmacocinética: Depois de exercer sua função o diclofenaco é


metabolizado pelo fígado e depois eliminado pelos rins.

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