Você está na página 1de 3

ANALISTA ADMINISTRATIVO DE TRIBUNAIS

Administração Geral e Pública


Elisabete Moreira
Aula 7

 Estado do Bem-estar Social, Intervencionista e Desenvolvimentista – Era JK

 Criou COSB - Comissão de Simplificação Burocrática – promover estudos visando à


descentralização dos serviços, por meio da avaliação das atribuições de cada órgão ou instituição
e da delegação de competências, com a fixação de sua esfera de responsabilidade e da
prestação de contas das autoridades.
 Criou a CEPA – Comissão de Estudos e Projetos Administrativos – assessorar a presidência da
República em tudo que se referisse aos projetos de reforma administrativa.
 Grupos executivos ad hoc – criou estruturas flexíveis, paralelas de governo - híbrido
administrativo de estatutários e não estatutários (burocracia gerencial);
 Plano de Metas – crescer 50 anos em 5, ampla expansão industrial, desenvolvimentista.

 Estado do Bem-estar Social, Intervencionista e Desenvolvimentista – Era Goulart

Governo Parlamentarista
• Comissão Amaral Peixoto: objetivo era promover “uma ampla descentralização administrativa
até o nível do guichê, além de ampla delegação de competência”.
• reorganização das estruturas e atividades;
• expansão e fortalecimento do sistema de mérito;
• normas de aquisição e fornecimento de materiais;
• organização administrativa do Distrito Federal.

A Reforma Desenvolvimentista Militar


• Comestra - Comissão Especial de Estudos da Reforma Administrativa - com o objetivo de
proceder ao “exame dos projetos elaborados e o preparo de outros considerados essenciais
à obtenção de rendimento e produtividade da administração federal”.

• DL 200/67: primeiro momento da administração gerencial na tentativa de superação da


rigidez burocrática – descentralização funcional (criação da administração direta e indireta –
autarquias, fundações, EP, SEM).

Decreto-Lei 200/67: sistemático e ambicioso empreendimento para a reforma – Diretrizes.


• Definia os princípios do planejamento, da coordenação, da descentralização, da
delegação de competência e do controle, para as atividades da administração federal;.
• Definia as bases do controle externo e interno.
• Indicava diretrizes gerais para um novo plano de classificação de cargos.
• Apontava necessidade de fortalecimento e expansão do sistema do mérito;
• Estatuía normas de aquisição e contratação de bens e serviços.
• Fixava a estrutura do Poder Executivo federal, indicando os órgãos de assistência imediata
do presidente da República e distribuindo os ministérios entre os setores político, econômico,
social, militar e de planejamento, além de apontar os órgãos essenciais comuns aos diversos
ministérios.
• Desenhava os sistemas de atividades auxiliares - pessoal, orçamento, estatística,
administração financeira, contabilidade e auditoria e serviços gerais.

www.cers.com.br
59
ANALISTA ADMINISTRATIVO DE TRIBUNAIS
Administração Geral e Pública
Elisabete Moreira
Aula 7

Características do modelo Autoritário desenvolvimentista

“Apesar de representar a primeira tentativa de reforma gerencial da administração pública pela


intenção de mexer na rigidez burocrática, o Decreto-Lei 200/67 deixou sequelas negativas”.

• Dicotomia: Estado Tecnocrático X Burocrático.


• Distanciamento entre a AD e AI, criando um fosso.
• Não garantiu a profissionalização do serviço público: não institucionalizou uma administração
do tipo weberiano; utilização da administração indireta como fonte de recrutamento,
prescindindo-se, em geral, do concurso público;
• Programa de Desburocratização (79): combate a burocratização dos procedimentos,
revitalização e agilização das organizações do Estado, descentralização de autoridade,
melhoria e simplificação dos processos administrativos e promoção da eficiência. Reforma
social e política (caminho rumo à administração gerencial).
• Programa de Desestatização: para conter os excessos da administração descentralizada.

Crise do Modelo Nacional – Desenvolvimentista

• Crise do petróleo de 73 e 79;


• Crise fiscal (crise da dívida externa e interrupção do ciclo de crescimento econômico);
• Esgotamento da estratégia estatizante de intervenção do Estado e do modelo de substituição
de importação;
• Globalização;
• Tendência ao Modelo Neoliberal, diminuição do tamanho do Estado;
• Reestruturação produtiva;
• Crise de Estado e Crise de governabilidade (década de 70/80).

“As tentativas de reforma até 1985 careceram de planejamento governamental e de meios mais eficazes
de implementação. Havia uma relativa distância entre planejamento, modernização e recursos humanos,
além da falta de integração entre os órgãos responsáveis pela coordenação das reformas. Os resultados
dessa experiência foram relativamente nefastos e se traduziram na multiplicação de entidades, na
marginalização do funcionalismo, na descontinuidade administrativa e no enfraquecimento do
DASP”.

 A Nova República – Governo Sarney

 Instituiu uma numerosa comissão, com objetivos extremamente ambiciosos, mas nada fez;
 Extinguiu o BNH e pouco avançou na implementação do SUS;
 Não conseguiu instituir um sistema de carreiras de RH;
 CF 88: democratização da esfera pública X volta aos ideais burocráticos dos anos 30;
 Mudanças apenas de cunho incremental.

O Retrocesso de 1988
“As ações rumo a uma administração pública gerencial são, entretanto, paralisadas na transição democrática
de 1985 que, embora representasse uma grande vitória democrática, teve como um de seus custos mais
surpreendentes o loteamento dos cargos públicos da administração indireta e das delegacias dos ministérios
nos Estados para os políticos dos partidos vitoriosos. “Um novo populismo patrimonialista surgia no país.
De outra parte, a alta burocracia passava a ser acusada, principalmente pelas forças conservadoras, de ser
a culpada da crise do Estado, na medida em que favorecera seu crescimento excessivo. A conjunção desses
dois fatores leva, na Constituição de 1988, a um retrocesso burocrático sem precedentes. Sem que

www.cers.com.br
60
ANALISTA ADMINISTRATIVO DE TRIBUNAIS
Administração Geral e Pública
Elisabete Moreira
Aula 7

houvesse maior debate público, o Congresso Constituinte promoveu um surpreendente engessamento do


aparelho estatal... que “geraram-se dois resultados: de um lado, o abandono do caminho rumo a uma
administração pública gerencial e a reafirmação dos ideais da administração pública burocrática clássica;
de outro lado, dada a ingerência patrimonialista no processo, a instituição de uma série de privilégios, que
não se coadunam com a própria administração pública burocrática”.
Bresser Pereira, PDRAE, 1995.
Pacto social-liberal: reformas a partir de 85
 Governo Collor: criação da Secretaria Administração Federal (SAF) e do Programa Brasileiro de
Qualidade e Produtividade;
 Governo Itamar: Secretaria Federal de Controle, Lei 8.666, Plano Real;
 Governo FHC: MARE e MPOG, administração pública gerencial: controle de resultados,
participação, controle social, competição administrada.

www.cers.com.br
61

Você também pode gostar