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MANUAL DE FORMAÇÃ O

UNIDADE DE FORMAÇÃO DE CURTA DURAÇÃO – 7245


ATIVIDADE FÍSICA EM POPULAÇÕES ESPECIAIS.

Área de Formação: 813 - Desporto

Entidade Formadora: Formella – Formação e Consultoria, Lda.

Conceção/Autoria: Nome do/a formador/a

Validação: Formella, Lda.

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Índice
Introdução....................................................................................................................................3
Exercício e saúde..........................................................................................................................4
1.1 Atividade física formal............................................................................................................4
1.2 Atividade Física informal........................................................................................................4
1.3 Exercício Físico como estimulo metabólico............................................................................5
2. Evidências cientificas sobre a relação entre o exercício e a saúde em populações em fases
especiais da vida e populações com determinado problema de saúde.......................................6
2.1 Acidentes cerebrovasculares..................................................................................................6
2.2 Diabetes tipo 2.......................................................................................................................7
2.3 Câncro....................................................................................................................................8
2.4 Doenças mentais....................................................................................................................8
2.5 Osteoporose...........................................................................................................................9
2.4 Hipertensão-arterial...............................................................................................................9
2.6 Dor Lombar............................................................................................................................9
3. Tipo de instrumentos e técnicas de avaliação da condição física...........................................11
3.1 Exemplos de Instrumentos de Avaliação..............................................................................11
4. Exercício desenvolvimento e envelhecimento.......................................................................11
4.1 O Exercício Físico Aconselhado aos Idosos...........................................................................12
5. Exercícios Físicos para Idosos.................................................................................................13
5.1 Exercício, como fator de intervenção primária e secundaria...............................................15
5.2 Principais causas, fatores de risco e caraterísticas da hipertensão, diabetes, obesidade e
osteoporose...............................................................................................................................16
6.3 ALIMENTAÇÃO E EXERCÍCIO FÍSICO NA PESSOA COM DIABETES..........................................24
6.4A IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO.................................................................................25

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Introdução

A atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos
esqueléticos que requer gasto de energia.

A “atividade física” não deve ser confundida com “exercício”.


Exercício é uma subcategoria da atividade física que é estruturada, repetitiva e proposital no
sentido de que a melhoria ou manutenção de um ou mais componentes da aptidão física é o
objetivo.

Segundo COLBERG (2003), a Atividade Física ajuda a ganhar músculos e a perder gordura, diminui o
apetite, faz com que coma mais sem ganhar gordura, melhora o humor, reduz o stresse e a
ansiedade, aumenta o nível de energia, melhora a imunidade, torna as articulações mais flexíveis e
melhora a qualidade de vida.

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Exercício e saúde

1.1 Atividade física formal


As práticas desportivas do desporto formal têm a sua expressão máxima no desporto federado
que, por sua vez, reproduzas suas práticas a nível nacional, nos campeonatos nacionais e a nível
internacional, nos campeonatos da Europa, nos do Mundo, e nos próprios Jogos Olímpicos.

Mas, o desporto formal não se realiza exclusivamente no sector federado. O que acontece é que
existem também os sectores: escolar, militar, e do trabalho, que podem organizar e reproduzir
práticas desportivas regendo-se pelo modelo consubstanciado pela área de prática desportiva
formal e burocrática. O que caracteriza, fundamentalmente, as práticas desportivas da área formal,
é o tipo de gestão utilizado.

1.2 Atividade Física informal

Aquecimento e Alongamento

Caminhar

O ideal é que a refeição seja realizada de duas a três horas antes da atividade dar preferência a
uma refeição leve e rica em carboidratos;

Não comer e beber nada que não esteja acostumado para evitar qualquer desconforto
gastrintestinal.

Evitar alimentos gordurosos.

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Evitar alimentos ricos em açúcar pois provocam sensação de fraqueza durante o treino

Tomar água suficiente para manter a hidratação, 300 a 600 mls de água duas horar antes do treino

Nunca inicie qualquer atividade física em jejum.

1.3 Exercício Físico como estimulo metabólico

O exercício físico define-se como qualquer movimento corporal planeado, estruturado e


repetido com o objetivo de desenvolver ou manter um ou mais componentes de Aptidão Física.

Benefícios do exercício físico na obesidade:

Melhorar estabilidade articular;

Aumento da massa óssea;

Melhor utilização de insulina;

Diminuição do risco de lombalgias;

Aumento da Força;

Aumento da flexibilidade;

Facilitação da mecânica respiratória;

Favorecimento do controle da osteoporose;

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2. Evidências cientificas sobre a relação entre o
exercício e a saúde em populações em fases
especiais da vida e populações com determinado
problema de saúde.

Hoje em dia já é mais que sabido que a prática esportiva é um aliado importante para melhorar a
qualidade de vida das pessoas. Em contraponto, o crescimento do sedentarismo na sociedade tem
agravado a condição de vida dos indivíduos. No ano passado, a OMS divulgou um estudo que um
em quatro adultos é sedentário e o número entre adolescentes é ainda maior quatro em cada 5.

Esses dados estão muito atrelados ao perfil da sociedade atual. Que com o crescimento da
tecnologia, videogames e serviços de Streaming, tendem a estar cada vez mais conectados com o
mundo virtual e menos com o mundo real.

De acordo com a OMS, para uma pessoa ser considerada ativa, ela precisa realizar pelo menos 150
minutos de atividade física por semana. Fazer exercício não melhora apenas nossa forma física,
mas também a saúde. A prática reduz o risco de sofrer com várias doenças. Isso se dá porque uma
vida ativa reduz os casos de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, obesidade, depressão
e osteoporose.

Se você tem algum tipo de resistência a iniciar uma atividade física, que tal começar aos poucos?
150 minutos por semana equivalem a menos de 25 min de atividade por dia.

2.1 Acidentes cerebrovasculares

É um tipo de acidente que acontece quando nosso fluxo de sangue fica retida em uma parte do
cérebro. Pode acontecer após o rompimento de um vaso sanguíneo ou mesmo porque um coágulo
obstrui algum dos nossos vasos sanguíneos.

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É importante salientar que os acidentes cerebrovasculares são uma das causas de morte mais
frequentes. Os índices desse tipo de acidente vêm crescendo, seja pelo envelhecimento da
população ou mesmo pelo aumento de descaso com esses acidentes.

Mesmo quando não é fatal um acidente cerebrovascular pode deixar sequelas que exigirão uma
reabilitação e uma atenção médica de forma prolongada.

Pessoas que praticam exercícios cotidianamente reduzem em quase um terço esse risco.

A atividade física é importante para evitar, mas também para tratar os acidentes
cardiovasculares. A recomendação geral é que  além da reabilitação os pacientes que sofreram
acidentes cardiovasculares façam exercícios pelo menos três dias na semanas entre 20 minutos e
uma hora.

2.2 Diabetes tipo 2

A diabetes do tipo 2 é uma das formas mais comuns da diabete. Nesses casos o corpo não produz
insulina suficiente. Também podemos entendê-la como resistência a insulina.

Os sintomas incluem fome, sede, cansaço e visão turva, mas em alguns casos podem nem haver
sintomas. Por isso, é importante sempre consultar um médico.

O exercício físico praticado de forma correta diminui a quantidade de glicose no sangue. Seja pelo
aumento da sensibilidade a insulina, já que as células podem aproveitá-las para usar a glicose
durante a atividade física, ou mesmo depois. Ou mesmo quando os músculos se contraem durante
a atividade. Nesse caso estimula-se um mecanismo separado ao da insulina, mas que permite que
as células utilizem a glicose como fonte de energia.

Por isso, a diabetes está diretamente ligada a alimentação e também a falta de exercício. Além de
prevenir, a prática de exercícios físicos também é um aliado importante para tratar essa doença.
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2.3 Câncro
Além da diabetes, dos acidentes cerebrovasculares e de algumas doenças cardíacas, quem separa
um tempo na sua rotina para praticar exercício físico tem menos risco também de sofrer de câncer.

Estudos realizados na última década apontam para a redução de quase 30% na incidência de
câncer no intestino.

Em grupos de pessoas que tem a atividade física como prática ativa a redução do câncer de mama
pode chegar de 20 a 40%. Ou seja: no caso das mulheres quem pratica atividade física pode chegar
a ter quase metade de riscos do que as que levam uma vida sedentária.

Esses estudos divulgados por sociedades de pesquisas internacionais em oncologia demonstram


que quanto mais alto for o nível de atividade, menores serão os riscos. Mas é importante dizer que
não se sabe com certeza qual é esse nível ideal de exercícios e que ele pode variar de acordo com
cada pessoa. Por isso, é fundamental que ela seja realizada com o acompanhamento de um
profissional.

2.4 Doenças mentais


A atividade física é aconselhável para todas as pessoas e em todas as idades. No caso dos idosos, é
fundamental para manter o organismo ativo e funcionando de forma correta. Nas crianças e jovens
ela auxilia no crescimento e na fase adulta garante a manutenção da forma física e da saúde.

Ainda que cada contexto do amplo universo das doenças mentais sejam muito específicos, não há
contraindicações para a prática de atividade física por nenhum desses grupos.

A atividade física evita o sobrepeso que pode ser causado pelas medicações utilizadas, melhorando
frequência cardíaca e consumo de oxigênio. Além disso, ajuda na criação de uma consciência
corporal e aprimora as habilidades motoras.

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Praticar exercícios baixa o risco do desenvolvimento de algumas complicações cognitivas
principalmente em pessoas com mais de 65 anos e vale lembrar que todo tipo de atividade física
diária reduz quase que pela metade os riscos de sofrermos transtornos psicológicos como a
depressão, ansiedade e estresse.

2.5 Osteoporose
A osteoporose é uma doença que diminui o tecido que forma nossos ossos, tornando-os mais
frágeis e aumentando o risco de fratura. Ao praticar atividade física, o sistema esquelético se
fortalece porque, que trabalha ele de forma coordenada com o sistema muscular e o sistema
nervoso.

Por isso é possível garantir que a prática de atividades físicas de intensidade moderada reduzem de
forma significativa as oportunidades de termos osteoporose. Além de reduzir a dor e a
incapacidade derivadas da artrose, principalmente no caso dos joelhos.

2.4 Hipertensão-arterial
Desde 1989 a Organização Mundial da Saúde e a Sociedade Internacional de Hipertensão Arterial
incluem a recomendação de realizar atividades físicas como uma das medidas médicas destinadas a
melhorar a hipertensão arterial. Para esses casos são indicados exercícios que incluem caminhar,
dançar, nadar, correr e andar de bicicleta. Essas atividades devem ser realizadas pelo menos três
vezes na semana.

No caso de da prevenção a atividade física é fundamental, pois atua diretamente no sistema


nervoso central. Quem pratica atividade física geralmente tem melhores condições cardíacas para
as atividades quotidianas.

2.6 Dor Lombar


O sedentarismo aumenta o risco do aparecimento de dores lombares que podem se tornar cada
vez mais crônicas. De maneira inversa quem está fisicamente ativo pode diminuir o risco de sofrer
com elas.

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Quando uma dor lombar aparece, na maioria das vezes em que mantemos a constância da
atividade física ela tende a desaparecer. Por isso é recomendado não parar a atividade assim que a
dor lombar apareça.

Ao mesmo tempo, como cada uma tem suas especificidades, é importante consultar e contar com
o acompanhamento de um profissional.

Dicas de como começar

Se você está pensando em começar uma atividade física é importante saber algumas dicas.

O exercício por si só não garante uma vida totalmente saudável. É importante que essa prática seja
combinada com uma alimentação e que as atividades sejam incorporadas a nossa rotina.

O ideal é praticar atividades físicas três vezes por semana e contar com o acompanhamento de um
profissional qualificado. Além de trazer motivação essa escolha irá impedir que você sofra lesões.

Antes de começar qualquer plano de atividade física e saúde você deve consultar um profissional
da área, que indicará qual a rotina mais apropriada de acordo com sua idade, estado de saúde e
possibilidades de alcançar seus objetivos.

A hidratação é outro ponto fundamental. Uma vida saudável exige também a preocupação com a
ingestão de água durante o dia.

Abandonar o elevador e optar pelas escadas, trocar o carro por bicicleta, caminhar pelo escritório a
cada meia hora são dicas simples que podemos incorporar no nosso dia-a-dia para manter uma
rotina mais saudável.

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3. Tipo de instrumentos e técnicas de avaliação da
condição física.

3.1 Exemplos de Instrumentos de Avaliação.

O fitnessgram Ginástica 1.docx

Fitnessgram é uma bateria completa de testes de aptidão física relacionados com a saúde (aptidão
cardiovascular, força, resistência, flexibilidade e composição corporal), que são pontuados segundo
referências standard. Por outro lado, o EUROFIT foi o esforço europeu para estabelecer uma forma
de avaliação em vários países, em conjunto com o Council of Europe, de modo a construir, avaliar e
promover em grande escala uma bateria de testes de aptidão física para crianças com idade escolar
(Kempler & Mechelen, 1996).

4. Exercício desenvolvimento e envelhecimento

O envelhecimento é um fenômeno mundial que resulta no crescimento da população idosa, sendo


reflexa a longevidade. Desta forma, a qualidade de vida dos idosos tem sido motivo de discussões
pelos aspetos que ela envolve e interfere. Os estudos relacionados ao processo natural de
envelhecimento e o aumento da população de idosos estão voltados para uma relação entre saúde
e envelhecimento, a para prática regular de exercícios físicos, a capacidade funcional e qualidade
de vida.

Segundo Fraiman (1991), o envelhecer é então, não somente um “momento” na vida de um


indivíduo, mas, um “processo” extremamente complexo, que tem implicações tanto para a pessoa
que vivencia, como para a sociedade que o assiste, suporta ou promove.

Para Tribess e Virtuoso (2005), o declínio nos níveis de atividade física habitual para o idoso
contribui de maneira significativa para a redução da aptidão funcional e a manifestação de diversas

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doenças relacionadas a este processo, trazendo como consequência a perda da capacidade
funcional. Neste sentido, tem sido enfatizada a prática de exercícios físicos como estratégia de
prevenir as perdas nos componentes da aptidão física funcional e da saúde desta população

O envelhecimento é um processo caracterizado por alterações morfológicas, fisiológicas,


bioquímicas e psicológicas que levam a uma diminuição da capacidade de adaptação do indivíduo
ao meio ambiente, que terminam por levá-lo a morte (MORIGUTI e FERRIOLLI, 1998.

4.1 O Exercício Físico Aconselhado aos Idosos

O esforço causado pelo exercício físico pode ser dividido em dois setores: esforço estático e esforço
dinâmico. O estático, é, por exemplo, a atividade típica de halterofilismo. Nume observou que há
uma grande variação da pressão arterial nesse tipo de exercício. “Inicialmente, em resultado de
fenómenos vasomotores antes da alteração do débito cardíaco, há durante alguns segundos um
período de grandes oscilações, depois a pressão sobe rapidamente até atingir um limite, e desce
bruscamente abaixo do seu valor normal (…) a razão está na desblocagem brusca do tórax no fim
do esforço, que produz a diminuição súbita de pressão”. O esforço dinâmico decorre de atividades
com longas repetições, aeróbicas e com longa duração. Ocorre, por exemplo, nos exercícios de
marcha, corrida, ciclismo, natação, entre outros. Estes exercícios provocam alterações na pressão
arterial, mas segundo Nunes (1995, pag: 30) “após a paragem do esforço [dinâmico], estas pressões
descem progressivamente” e “o débito sanguíneo cerebral não varia no decurso da atividade
física”. Os melhores tipos de exercício físico para a pessoa idosa são aqueles que estão
relacionados com as atividades aeróbias e que se adaptam às capacidades físicas. Entre os
exercícios aeróbios o mais aconselhável é a marcha livre.

Ermida (2000, p:100) defende que “para conseguir os melhores resultados [nos idosos] o plano de
exercício deve incluir não só exercícios aeróbicos mas também exercício de força e resistência,
procurando assim conseguir a manutenção ou a melhoria do estado cardiovascular mas também o
aumento da massa e da força musculares”. Os idosos antes de iniciarem o exercício físico devem
ter a prudência de serem observados por um médico para a avaliação, tanto do aparelho
locomotor, como do aparelho cardiovascular. Contudo, não é aconselhável para os idosos a

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competitividade durante os exercícios físicos. Ermida (2000, p:101) postula que “o amor-próprio, a
ignorância das capacidades reais ou a minimização dos défices existentes, podem levar o idoso a
exceder A Importância do Exercício Físico na Vida do Idoso a sua reserva funcional comprometendo
todo o benefício que pode retirar de uma prática física regular e adequada às suas capacidades”.

5. Exercícios Físicos para Idosos


Com a proposta da União Europeia, como o ano do envelhecimento ativo, apareceu uma avalanche
de propostas de exercícios e atividades físicas para idosos, nascendo “como cogumelos” por todos
os lados. Propor exercício físico para idosos tornou-se um negócio rentável para muitas revistas de
saúde e desporto. É necessário grande cautela na escolha das melhores propostas. Muitos
investigadores são unânimes em informar que o exercício diário, embora deva fazer parte da rotina
semanal do idoso, não deve entretanto ultrapassar a duração de 30 a 50 minutos por treino,
dependendo da idade e da condição física. A frequência dos exercícios deverá ser praticada no
mínimo três vezes por semana para que os resultados sejam satisfatórios. De todos os exercícios
encontrados, os que foram propostos por Llano, Manz e Oliveira (2004, p:52 a 56) são os mais
aconselháveis pelo facto de conjugar exercício físico com atividade recreativa, tornando assim o
exercício como um momento de prazer:

As Práticas de Exercícios Físicos para Idosos Com a proposta da União Europeia, como o ano do
envelhecimento ativo, apareceu uma avalanche de propostas de exercícios e atividades físicas para
idosos, nascendo “como cogumelos” por todos os lados. Propor exercício físico para idosos tornou-
se um negócio rentável para muitas revistas de saúde e desporto. É necessário grande cautela na
escolha das melhores propostas. Muitos investigadores são unânimes em informar que o exercício
diário, embora deva fazer parte da rotina semanal do idoso, não deve entretanto ultrapassar a
duração de 30 a 50 minutos por treino, dependendo da idade e da condição física. A frequência dos
exercícios deverá ser praticada no mínimo três vezes por semana para que os resultados sejam
satisfatórios. De todos os exercícios encontrados, os que foram propostos por Llano, Manz e
Oliveira (2004, p:52 a 56) são os mais aconselháveis pelo facto de conjugar exercício físico com
atividade recreativa, tornando assim o exercício como um momento de prazer:

Exercício 1

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Objetivo: Desenvolvimento da resistência cardiovascular Organização: individual / pares Material: 1
A4 dobrada ao meio, música alegre.

Descrição: Ao som de uma música alegre os alunos deslocam-se livremente pela sala, com a folha
em equilíbrio numa das mãos elevada ao nível do ombro. À voz do monitor o aluno: troca a folha
da mão; estica o braço; anda com os joelhos fletidos; coloca a folha em cima da cabeça sem deixar
cair; muda o sentido da marcha, troca de folha com o companheiro sem deixar cair, tenta roubar a
folha ao companheiro sem que lhe façam o mesmo.

Variantes: fazer uma bolinha com a folha de papel e continuar o exercício com lançamentos,
palmas, trocas com companheiros, etc.

Exercício 2

Objetivo: Desenvolvimento da resistência cardiovascular Organização: a pares e em grupo Material:


música popular portuguesa para dançar. Discrição: o grupo forma pares e vai dançando ao som da
música. À voz do instrutor, os participantes realizam as tarefas solicitadas voltando a formar pares
ou grupo e continuando a dançar: Ex: 3 joelhos – grupo de 3 pessoas juntando 3 joelhos. 3
cotovelos – grupo de 2 ou quatro pessoas juntando 4 cotovelos. 4 cabeças…, 2 ombros…, 6
pernas…, 3 mãos; etc.

Exercício 3

Objetivo: Desenvolvimento da resistência cardiovascular Organização: individual. Material: cadeira


para os participantes e música “Estou na Lua”. Discrição: Cada um sentado na sua cadeira,
dispostos em círculo, ao som da música, vão marchando (movimento de marcha, sentados) e
executando exercícios de mobilidade articular para ombros superiores e inferiores em séries de 4
repetições quando é chegado o refrão: Mão direita toca 2x no joelho esquerdo, mão esquerda toca
2x no joelho direito. Mão direita toca 2x no ombro esquerdo, mão esquerda toca 2x no ombro
esquerdo.

Mão direita atrás da cabeça 2 tempos, mão esquerda atrás da cabeça 2 tempos. Estende o braço
direito para cima da cabeça, e estende o braço esquerdo acima da cabeça. 2 semi flexões dos

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cotovelos acima da cabeça. Enrola um braço ao outro para frente 4x e para trás 4x. 3 palmas 3
palmas E volta tudo ao princípio.

Exercício 4

Objetivo: Desenvolvimento da resistência cardiovascular

Organização: jogo em grupo. Material: 2 molas de roupa para cada participante.

Discrição: Os elementos vão-se deslocando ao longo da sala; quando a música pára, os


participantes tentam colocar as molas na roupa dos outros não deixando que lhe façam o mesmo.
Vão ficando de fora, a dançar, aqueles que tiverem ficado com mais molas.

Exercício 5

Objetivo: Fortalecimento do quadríceps e do bíceps femoral Organização: individual. Material:


cadeira e bola. Discrição: 1 Sentados numa cadeira, com as costas direitas e os pés apoiados no
chão. Segura-se a bola entre os pés e executa uma flexão/extensão dos joelhos para a frente,
subindo e descendo a bola no limite confortável. Executar várias repetições. Descansar.

5.1 Exercício, como fator de intervenção primária e


secundaria
 Prevenção de doenças tem como objetivo a redução do risco de se adquirir uma doença específica
por reduzir a probabilidade de que uma doença ou desordem venha a afetar um indivíduo
(CZERESNIA, 2003). A prevenção está classificada como primária, secundária.

Prevenção primária é a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema de
saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica. Inclui
promoção da saúde e proteção específica (ex.: imunização, orientação de atividade física para
diminuir chance de desenvolvimento de obesidade).

Prevenção secundária é a ação realizada para detetar um problema de saúde em estágio inicial,
muitas vezes em estágio subclínico, no indivíduo ou na população, facilitando o diagnostico
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definitivo, o tratamento e reduzindo ou prevenindo sua disseminação e os efeitos de longo prazo
(ex.: rastreamento, diagnóstico precoce).

5.2 Principais causas, fatores de risco e caraterísticas


da hipertensão, diabetes, obesidade e osteoporose.
Apesar dos vários malefícios causados pela Hipertensão Arterial, esta doença enquanto problema
de Saúde Pública ainda é pouco valorizada pelas pessoas que convivem diariamente com seus
efeitos. O que leva a esse descaso é o fato da Hipertensão quase sempre não apresentar sintomas,
o que muitas vezes dificultar o tratamento. A maioria das pessoas que tem Hipertensão Arterial
herda a doença dos pais, pois se sabe que quem tem pai e mãe com hipertensão tem maior chance
de apresentar a doença.A história e o exame físico do paciente hipertenso, segundo Bolner (2006),
devem ser obtidos de forma completa, dando relevante importância aos fatores de risco tais como:

Obesidade: o excesso de peso tem relação com o aumento da pressão arterial, portanto se o peso
está acima do normal, deve-se iniciar um programa de reeducação alimentar.

Como se origina a obesidade?

A obesidade origina-se primeiramente de um excesso de calorias ingeridas em relação à


quantidade de calorias gastas.
Além disto, sabe-se que há também uma contribuição importante da capacidade de formar e de
oxidar gorduras.
Quanto maior a formação e menor a oxidação de gorduras, maior a propensão para a obesidade.
Fatores que contribuem para a obesidade.

Os fatores de risco para obesidade diversificam e não adianta rotular aqueles que engordam de
preguiçosos ou compulsivos. A ciência, cada vez mais, descobre que os ganhos de peso são
influenciados por questões bem além dos hábitos alimentares e da falta de exercícios físicos. Os
fatores podem ser:

 Sociais;

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 Inatividade física;

 Alimentação;

 Genéticos;

 Perda de um familiar;

 Gravidez;

A partir da idade adulta, quando a dieta e o exercício físico não resolvem, as influências mais
prováveis no problema são as alterações hormonais. E é possível com uma correcção hormonal,
melhorar o bem-estar e a autoestima dos clientes, utentes

O que é a Diabetes?

A Diabetes é uma doença metabólica crónica, que pode ter várias causas e que se caracteriza pelo
aumento dos níveis de açúcar no sangue (glicémia). Esta alteração é acompanhada por outras
alterações do metabolismo.

O açúcar é necessário para o metabolismo de todas as células. Para que ele seja transportado para
dentro das células o nosso pâncreas produz insulina, hormona que vai captar a glicose da corrente
sanguínea e levá-la para as células de todo o corpo onde será utilizada como energia.

Qualquer pessoa pode sofrer de Diabetes, no entanto a exposição a fatores de risco pode
aumentar a probabilidade do seu aparecimento.

As crianças e adolescentes sofrem essencialmente de Diabetes tipo 1. Geralmente o diagnóstico é


precoce, quer pelos sintomas, quer pelas análises de rotina. Atualmente começam a surgir
adolescentes obesos com Diabetes tipo 2, facto que ainda não é muito frequente no nosso país.

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Como se manifesta a Diabetes?

Os sintomas da Diabetes são causados pelas quantidades de açúcar no sangue. Por isso, podemos
ter sintomas associados ao aumento dos níveis de açúcar (hiperglicemia) ou à diminuição dos níveis
de açúcar (hipoglicemia).

Sintomas de Hipoglicemia

A hipoglicemia geralmente ocorre em diabéticos que utilizam fármacos para controlar a Diabetes,
sejam eles insulina ou antidiabéticos orais. Esta condição pode resultar da toma excessiva ou
incorreta da medicação, jejum prolongado ou exercício físico inadequado.

Os níveis de açúcar no sangue não devem ser inferiores a 70mg/dl. Quando se tomam
medicamentos para controlar a Diabetes é necessário ter muita atenção com a alimentação para
que os níveis de açúcar não desçam demasiado. O cansaço inexplicável, as tonturas, a visão turva e
a dificuldade em raciocinar são os principais sintomas da hipoglicemia.

Sintomas de Hiperglicemia

A hiperglicemia pode acontecer nos diabéticos mal controlados ou quando existe ingestão de uma
grande quantidade de açúcar. Esta condição pode causar sintomas como visão turva, sensação de
boca seca, transpiração excessiva, cansaço.

Quais os fatores de risco para a Diabetes?

A Diabetes é um problema de Saúde Pública que resulta, muitas vezes, da forma como as pessoas
vivem e dos hábitos que têm. A incidência da Diabetes tem vindo a aumentar. Em 2010, cerca de
34,9% da população portuguesa entre os 20 e os 79 anos apresentava Diabetes ou pré-Diabetes e
cerca de 43,6% dos casos não estavam diagnosticados.

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A Diabetes é responsável por várias complicações que diminuem a qualidade de vida, podendo
provocar a morte precoce. É uma doença que não tem cura. No entanto, o avanço nos tratamentos
e a compreensão da doença permitem aos diabéticos levar uma vida praticamente normal. Muitas
vezes, o cuidado com a alimentação e a prática regular de exercício são suficientes para evitar a
doença ou para a manter controlada.

Alguns fatores de risco são possíveis de controlar (fatores de risco modificáveis); outros, não
podemos controlar (fatores de risco não modificáveis).

Fatores de risco modificáveis

 Hipertensão Arterial
 Obesidade

 Privação de sono

 Sedentarismo

 Tabagismo

Fatores de risco não modificáveis

 Doenças do pâncreas ou doenças endócrinas


 Historia Familiar

 Recém-nascido com peso superior a 4kg

 Sexo e idade: As mulheres acima dos 45 anos são as mais afetadas pela Diabetes

Como se diagnostica a Diabetes?

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Um dos principais problemas no diagnóstico de Diabetes resulta dos sintomas passarem muitas
vezes despercebidos, levando a um diagnóstico tardio. Para diagnosticar a Diabetes é necessária
uma análise dos sintomas e dos fatores de risco. Geralmente é utilizado apenas um parâmetro para
fazer o diagnóstico de Diabetes. Se forem utilizados dois, deverão ser concordantes e, caso não
sejam, dever-se-á repetir a análise. Se não existirem sintomas é natural que o médico peça uma
segunda análise duas semanas após a primeira.

Como se previne a Diabetes?

Embora a Diabetes não tenha cura, um bom controlo da glicemia pode prolongar a vida e evitar
complicações nos diabéticos. A prevenção da Diabetes envolve três pontos importantes para o
controlo da doença e essencialmente das suas complicações:

1 - Conhecer a Diabetes

É importante que o diabético conheça bem o seu tipo de Diabetes, só dessa forma poderá
cumprir e melhorar o tratamento. A forma como lida com a sua doença será o principal
fator de sucesso no seu tratamento.

2 - Controlo da Glicemia

O objetivo principal do tratamento da Diabetes é controlar os níveis de glicemia. Se os


mantiver dentro de valores normais tem muito menor probabilidade de sofrer de
complicações da Diabetes.

3 - Alimentação

Uma das prioridades no diabético tipo 2 é melhorar hábitos alimentares e perder peso.
Sendo este um dos fatores de risco que mais contribui para o desenvolvimento da doença e
para o aparecimento de complicações, é também um dos fatores mais importantes a
controlar. A medicação não será eficaz se não se melhorarem os hábitos alimentares.

Como se trata a Diabetes?

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Os diabéticos tipo 1 fazem tratamento com insulina (insulinoterapia), que é administrada por via
subcutânea (por baixo da pele). A administração de insulina deve ser feita a par de uma vigilância
correta da glicemia e de uma alimentação saudável e prática de exercício regular. As
administrações de insulina nos Diabéticos Tipo 1 são sempre adaptadas a cada caso.

Os diabéticos tipo 2 controlam a glicemia com antidiabéticos orais. Por vezes não é necessária
qualquer medicação já que, neste tipo de Diabetes, é possível controlar a glicemia controlando
apenas o peso, alterando os hábitos alimentares e praticando exercício. Também pode ser prescrita
Insulina nos diabéticos tipo 2, se o tratamento com antidiabéticos orais não for capaz de atingir os
objetivos esperados.

3.3 Principais características, capacidades e necessidades das populações com determinados


problemas de saúde: hipertensão, diabetes, obesidade e osteoporose.

A doença cardiovascular representa a maior causa de mortes no Brasil. Estima-se que o número de
portadores de diabetes e de hipertensão é de 23 milhões. Aproximadamente 1.700.000 pessoas
têm doença renal crônica (DRC), sendo o diabetes e a hipertensão arterial responsáveis por 62,1%
dos diagnósticos primários dos indivíduos submetidos à diálise. Além disso, as doenças circulatórias
expressam um alto impacto na mortalidade da população brasileira, correspondendo a 32% dos
óbitos em 2002, o equivalente a 267.496 mortes.

   Fundamentalmente, prevenção primária é a prevenção propriamente dita, ou seja, tomar


medidas antes que a doença ocorra – enquanto prevenção secundária se refere ao tratamento da
doença, a fim de evitar maiores complicações.
Leavell e Clark, em 1965, definiram três conceções de prevenção: primária, secundária e terciária,
sendo redefinidas em: prevenção (prevenção primária ou proteção específica), tratamento
(prevenção secundária), e a reabilitação (prevenção terciária), a qual envolve medidas destinadas a
pessoas com deficiência, a fim de restabelecer ou melhorar o uso das suas capacidades
remanescentes.
         Com o passar dos anos, os conceitos de atenção primária e secundária tiveram seu sentido
ampliado, abordando a terminologia “fator de risco”, sendo este não apenas uma forma de pré-

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doença, mas também um fator que, uma vez estabelecido, deve-se tentar deter o seu progresso e
reduzir as suas consequências.
         A prevenção pode ser abordada de duas formas: uma de base individual e outra de base
populacional. Na primeira, busca-se oferecer uma proteção individual a pessoas de alto risco. Em
contrapartida, a abordagem populacional busca controlar fatores determinantes numa população
como um todo.
         Na prevenção primária, não há· nem enfermidade, nem doença. Estritamente falando, “o
paciente não é um paciente”. As medidas de prevenção seriam abordar estilo de vida saudável e
fazer vacinações, por exemplo. Na prevenção secundária, há condições presentes na forma de
rótulos designados como doenças. A maioria deles serão fatores de risco e, dessa forma, é
discutível se eles deveriam ser entidades de doença por si só. 5Sendo assim, a prevenção
cardiovascular primária envolve abordar os fatores de risco existentes ou não em pessoas sem a
doença cardiovascular, como: sedentarismo, níveis de pressão arterial e de colesterol, entre outros.
E a prevenção secundária é a abordagem dos cuidados para evitar uma piora do quadro da doença.
Portanto, o objetivo da prevenção secundária é reduzir o risco de estágios mais avançados destas
condições, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Logo, o tratamento da
hipertensão, por exemplo, é prevenção e não terapêutico, já que não há enfermidade presente. 5
         Segundo Alwan, a prevenção primordial, que é um conceito complementar ao da promoção
da saúde, tem o objetivo de evitar a emergência e o estabelecimento de padrões de vida que
aumentem o risco de desenvolver doenças. A prevenção primária deve ser pensada em todos os
indivíduos e, principalmente, sob a forma de grupo, comunidade ou populacional. As intervenções
que promovam subsequentes alterações de comportamento são mais eficazes quando
desencadeadas sob forma de leis, decretos que abranjam um grande grupo. A prevenção primária
apresenta maiores impactos quando direcionada a grandes públicos (população em geral e/ou
grupos saudáveis selecionados), como exemplo, as políticas antitabágicas, a legislação sobre o
álcool e os programas de promoção de exercício.

3.4 Objetivos e benefícios do exercício para prevenção e controlo de hipertensão, diabetes,


obesidade e osteoporose.

HIPERTENSAO

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A hipertensão é uma doença com sintomas silenciosos que ataca principalmente a terceira idade e
sedentários, porém a hipertensão tem grande relevância em pessoas que já tem um passado
familiar da doença, essas pessoas estão mais suscetíveis à hipertensão, porém qualquer pessoa que
num cuide da saúde sendo obeso e fumante, entre outros podem adquirir hipertensão ao longo de
seu sedentarismo.

O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida
e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo.

Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada
pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo.
A pressão arterial é considerada normal quando a pressão sistólica (máxima) não ultrapassar a 130
e a diastólica (mínima) for inferior a 85 mmHg (milímetros de mercúrio).

A hipertensão ou pressão alta é um fator de risco para doenças coronárias, infarto, acidente
vascular cerebral, entre outras. Define-se pressão arterial alta quando esta é igual ou maior que
140 por 90 mmHg.

Fatores que levam a hipertensão:

Existem vários fatores que podem levar a hipertensão e até agravar o estado de pessoas que
sofrem de hipertensão, entre eles estão: a hereditariedade, a obesidade ou excesso de peso,
excesso de sal, o consumo de bebidas alcoólicas, sedentarismo, entre outros. Estes são alguns dos
fatores que se controlados podem prevenir e controlar doenças cardiovasculares como
hipertensão.

Atividade física:

A hipertensão pode ser tratada de duas formas, tratamento farmacológico que é com
medicamentos que controlam a pressão alta, e a não farmacológica que além de medicamentos a
atividade física, que dependendo do grau da hipertensão pode ser controlada apenas com
exercícios físicos, devidamente prescritos por um profissional da área.

Os exercícios físicos diminuem os níveis pressóricos e leva a uma melhora do condicionamento


físico, com isso prevenindo doenças cardiovasculares. Com base nesses benefícios da atividade
física à saúde e em principal a hipertensão, abaixo será prescritas atividades físicas que podem ser
praticados por hipertensos.
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Os exercícios devem ser dinâmicos (aeróbicos) como, caminhar, correr, nadar, pedalar e dançar,
com intensidade de leve a moderada e entre 40 a 60% da captação máxima de oxigênio (Vo ₂), com
freqüência cardíaca entre 60 a 80% da máxima, com duração de 30 a 60 minutos por dia e no
mínimo três vezes por semana. Se seguidos esses exercícios há uma diminuição de 10 a 20 mmHg
(milímetros de mercúrio) na pressão arterial sistólica e entre 5 a 15 mmHg para a pressão diastólica
e pode até levar a uma normalização da pressão aos hipertensos leves e moderados, diz MANDINI
(2001, p. 13). Para casos de hipertensão severa deve se fazer um tratamento farmacológico antes
de qualquer atividade física.

Referente aos exercícios físicos resistidos ou contra resistência, ex: musculação, não é muito
recomendável a hipertensos, devido o envolvimento de grandes grupos musculares que
consequentemente leva a um aumento drástico da pressão, entretanto para FERREIRA et alli (2005)
os exercícios aeróbicos podem ser complementados com exercícios resistidos com pouco peso no
tratamento em hipertensos, mais não recomenda exercícios de alta intensidade.

O tratamento da hipertensão através de exercícios físicos pode reduzir ou mesmo abolir o uso de
tratamento farmacológico em casos de hipertensos ROLIM et alli (2005).

Com a pratica regular de exercícios causam adaptações fisiológicas no sistema cardiovascular,


como: aumento na espessura do miocárdio; aumento das câmaras cardíacas; aumento no peso
cardíaco; aumento na força de contração; aumento no volume sistólico (volume de ejeção);
diminuição da freqüência cardíaca (F.C.) de repouso; aumento na vascularização do coração
(aumenta vasos sanguíneos); aumento na percentagem de hemáceas (hematócrito - célula
transportadora de oxigênio); aumento na concentração de hemoglobina (transporta o oxigênio
dentro da hemácia). Essas adaptações fisiológicas levam ao aumento do volume de oxigênio
máximo (Vo2) e consequentemente a diminuição da pressão arterial e consequentemente chegar a
um controle da pressão, alem de trazer vários benefícios à saúde e o bem estar.

Diabetes

6.3 ALIMENTAÇÃO E EXERCÍCIO FÍSICO NA


PESSOA COM DIABETES
Uma alimentação saudável e equilibrada, em combinação com a prática regular de exercício físico
e, em alguns casos, conjugadas com medicação (insulinoterapia e/ou antidiabéticos orais) são parte
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integrante do tratamento da pessoa com diabetes. Os objetivos primários da terapêutica da
diabetes, passam por:

 Alcançar ou manter um peso adequado;


 Manter valores desejáveis de glicémia, pressão arterial e um perfil lipídico (colesterol LDL)
adequado;

 Prevenir o desenvolvimento ou evitar a progressão de complicações da diabetes (micro e


macrovasculares – retinopatia, neuropatia e nefropatia, doença coronária, doença
cerebral, doença arterial dos membros inferiores e hipertensão arterial).

6.4A IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO


A par da alimentação, a prática regular de exercício físico é crucial no tratamento da diabetes. De
modo a garantir uma prática segura, evitando a ocorrência de hipo/hiperglicémias, o exercício deve
ser programado e adaptado à condição física e clínica do indivíduo, incluindo, sempre que possível,
diferentes tipos de estímulos. Importa considerar:

1)      Avaliar a glicemia – antes e depois da atividade física. Em determinadas situações poderá


ainda ser necessário monitorizar a glicemia durante o exercício.

2)      Planear os momentos de refeição – O tipo e quantidades de alimentos, assim como o tempo


que antecede o exercício são os principais fatores a ter em conta. É fundamental garantir uma
refeição equilibrada e ajustada antes e após a prática de exercício físico. Consoante a
duração/intensidade do mesmo, poderá ser necessário incluir uma refeição peri-treino. Este aspeto
é especialmente relevante, em caso de terapêutica com insulina ou antidiabéticos orais,
especialmente sulfonilureias e/ou que façam exercício de elevada intensidade ou muito
prolongado.

3)      O timing e a administração da insulina - A insulina deve ser administrada com a antecedência
recomendada pelo médico que acompanha a pessoa com diabetes, podendo ainda haver a
necessidade de ajuste da dose a administrar, de modo a precaver possíveis hipoglicemias. Importa
ainda evitar que a insulina seja administrada nas partes do corpo que serão mais recrutadas
durante o exercício físico. 
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4)      Prevenir a desidratação – É necessário garantir uma boa hidratação, através de uma
adequada ingestão de água antes, durante e após o exercício. Além disso, devem evitar-se
ambientes com temperaturas elevadas que intensificam os mecanismos de sudorese, podendo
levar a desidratação. Da mesma forma, em caso de febre, a prática de exercício está
contraindicada.

5)       Calçado adequado - Uma vez que as alterações vasculares são comuns na pessoa com
diabetes, é ainda crucial garantir o uso de calçado adequado à prática de exercício físico e meias
confortáveis (preferencialmente brancas e sem costuras), de modo a permitir detetar possíveis
lesões no pé. Esta verificação deverá ser feita cuidadosamente antes e após o exercício

A obesidade é uma doença crônica, que precisa ser tratada de forma multidisciplinar. E uma das
melhores formas é usando o seu plano de saúde para integrar diversos especialistas ao seu
tratamento, abrangendo, inclusive, exercícios físicos. Para isso, nutricionista, cardiologista,
fisioterapeuta e clínico geral devem estar bem alinhados, sendo responsáveis, também, pela
supervisão para que a sua atividade física seja adequada, própria para o seu estágio de sobrepeso e
com exercícios assertivos, que colaborem para a perda de peso sem estressar o corpo e ao mesmo
tempo para levar a mais nutrientes e oxigênio para as células, ao melhorar a circulação sanguínea.
Agora, nós separamos para você alguns dos exercícios mais indicados para quem é obeso, mas
atenção: antes de fazê-los, marque uma consulta com seus médicos do plano de saúde e peça a
sua opinião, até porque a indicação de intensidade e frequência muda de pessoa para pessoa. O
acompanhamento médico adequado é fundamental para potencializar resultados.

A prática de exercícios físicos melhora a autoestima  e o nível de concentração, além de fazer com
que os reflexos se tornem mais rápidos e a memória fique mais apurada.

As atividades físicas ainda ajudam a regular a taxa de açúcar no sangue, o que reduz o risco de
diabetes, retardam o processo de envelhecimento e auxiliam na construção e na manutenção da
massa óssea.

Além disso, os benefícios da atividade física para obesos podem incluir queima de calorias e perda
de peso, manutenção da tonificação dos músculos, melhora do metabolismo e da circulação,
diminuição do apetite e do estresse etc.

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A prática física, na rotina de indivíduos obesos, também confere melhorias na qualidade do sono e
na prevenção de problemas de pressão sanguínea e de colesterol alto.

Exercícios físicos para obesos

Para prevenir um aumento de peso maior que 3%, qualquer indivíduo deveria realizar de 150 a 250
minutos de exercícios por semana, o que equivale a um gasto calórico entre 1200 e 2000 calorias.

Segundo a nutricionista Renata Rodrigues de Oliveira, a realização semanal de 150 minutos de


exercício promove um mínimo de redução de peso. “Praticar mais do que 150 minutos por
semana promove uma redução de peso modesta. Já a realização de atividade física entre 225 a
420 minutos semanais resulta numa perda de peso média de cinco a sete quilos e meio”, explica.

A principal recomendação de exercícios físicos para obesos engloba exercícios aeróbicos,


resistidos, como a musculação e alongamento.

Por meio das atividades aeróbicas, que incluem caminhada, corrida, ciclismo e natação, ocorre um
aumento da utilização de lipídios como fonte de energia, que auxilia na redução dos depósitos de
gordura e, consequentemente, na redução do peso corporal.

As atividades que exigem força e resistência muscular, como a musculação, favorecem, de forma
significativa, o aumento do metabolismo basal.

Acompanhadas de algumas restrições alimentares, contribuem ainda mais na redução da gordura


corporal. No entanto, vale ressaltar que somente um profissional especializado poderá orientar e
descobrir o que mais se adequa a cada indivíduo.

 Ações que podem ajudar na saúde de obesos

Para se obter sucesso com qualquer que seja a atividade, é necessário que a prática seja de
forma regular e de intensidade moderada, para não gerar danos à saúde.

Mas além da atividade física regular, é importante adotar um comportamento mais ativo diante de
algumas situações do dia a dia.

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Alternativas como utilizar as escadas com mais frequência, andar a pé e cuidar do jardim, por
exemplo, contribuem muito para aumentar a demanda energética, sendo esta uma mudança de
comportamento preponderante para o tratamento de obesos.

A osteoporose

    O número de pessoas que chegam à terceira idade tem aumentado nas últimas décadas. Umas
das razões que contribuiu para este aumento foi o controle de doenças infecto-contagiosas.
Paralelamente, com o aumento da expectativa de vida, houve também um aumento significativo
em relação às doenças crônico-degenerativas, entre elas a osteoporose.

    A osteoporose é uma doença cada vez mais comum, tornando-se um dos maiores problemas de
saúde pública. Conforme Dantas e Oliveira (2003) “É uma doença do tipo incapacitante, crônica e
não contagiosa que se caracteriza pela perda dos níveis ótimos de cálcio dos ossos”.

    A osteoporose pode ser classificada em primária e secundária. A osteoporose primária é aquela
relacionada ao envelhecimento, podendo ser do tipo senil, aonde predomina a redução da
formação óssea ou pós-menopáusica, aonde ocorre o aumento na reabsorção óssea. A
osteoporose secundária é causada por doenças crônicas e/ou pelo o uso de medicamentos, que
alteram o metabolismo ósseo, acarretando perda da massa óssea (ZALLI et al., 2012).

    Segundo Balsamo e Simão (2005) “A massa óssea aumenta durante a infância e adolescência,
atingindo seu pico entre 18 e 20 anos, quando se estabiliza e, posteriormente, diminui
progressivamente, em ambos os sexos, entre 35 e 40 anos, com um declínio maior na mulher após
a menopausa”.

    “O decréscimo da DMO está relacionado não somente ao envelhecimento, mas também à
genética, aos níveis hormonais, ao estado nutricional, hábitos e estilo de vida e ao nível de
atividade física do individuo [...]”. (BALSAMO e SIMÃO, 2005).

    Segundo Barbanti (1990), os ossos, assim como os músculos, tendem a se tornar mais fortes e
resistentes quanto mais forem usados e exercitados.

A osteoporose e o exercício físico


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    Estudos mostram que o exercício físico é um importante fator na manutenção da massa óssea. A
força mecânica proporcionada pelo exercício físico regular estimula a atividade osteoblástica
(atividade da célula responsável pela formação da matriz óssea e da mineralização ósseo), por meio
do efeito piezoelétrico, que pode ser inicialmente, explicado pela Lei de Wolff. Que segundo
Balsamo e Simão (2005):

    É um fenômeno que mostra a relação entre função e forma do osso, demonstrando que os ossos
formam-se e remodelam-se de acordo com a resposta as forças mecânicas aplicadas. Com isso
estabelece-se uma ligação entre o nível de atividade física e o volume de massa óssea. Além disso,
verificou-se que a atividade e o estresse mecânico dos ossos são resultantes da tensão muscular e,
como consequência pode acarretar o aumento da DMO.

Atividade física pode prevenir a osteoporose

Cerca de 15% do nosso corpo é formado por ossos, que consequentemente formam o esqueleto
humano. A massa óssea chega ao auge entre os 20 e os 25 anos, em ambos os sexos e se mantém
estável até por volta dos 35 anos. Mas depois disso, homens e mulheres começam a perdê-la.

Quando falamos em osso, lembramos de uma doença de evolução silenciosa: a osteoporose,


que quando instalada pode ser incapacitante para o indivíduo. A osteoporose aparece quando
o corpo não possui mais cálcio suficiente para manter a estrutura dos ossos de forma perfeita,
com isso os ossos se tornam quebradiços e as fraturas passam a ser uma ameaça real para a
vida das pessoas.

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A atividade física é importante e contribui muito, pois aumenta a força do músculo exercitado
e também do osso. Como o músculo está ligado a um osso através de tendões, os tendões
farão uma pressão maior no osso na hora da atividade. Para que esse osso agüente a pressão,
ele também irá se adaptar e se fortalece aumentando a sua massa óssea com maior absorção
de minerais (cálcio e fósforo).

A musculação, como treinamento de força, desenvolve e mantém a estrutura muscular e


óssea, sendo o mais eficiente estímulo conhecido para tal objetivo. Além de proporcionar um
aperfeiçoamento no equilíbrio, por trabalhar o corpo de forma simétrica, é uma atividade de
fácil controle de intensidade, com uma boa margem de segurança cardiológica,
proporcionando uma melhora da coordenação motora e auxiliando na prevenção de fraturas,
que é uma consequência mais grave de osteoporose.

Além disso, o que liga um osso no outro e faz um sistema harmonioso de locomoção são as
articulações. Elas, junto com os músculos, dão amplitude aos movimentos. Nas articulações
temos o líquido sinovial, substância viscosa, formada por água e proteína, que lubrifica as
articulações.

Sem atividade física, esse líquido vai secando, surgindo graves problemas articulares. A
cartilagem que protege o osso acaba se desgastando e pode surgir a artrite e depois disso, a
artrose que é quando os ossos ficam em contato uns com os outros.

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Com atividade física regular, você mantém as articulações lubrificadas e em bom
funcionamento, com isso você fica com autonomia para poder fazer as coisas por si próprio,
como, por exemplo, vestir uma roupa, calçar um sapato ou alcançar um objeto que está no
alto de uma estante.

Mais prevenção
É importante fazer periodicamente exames de rotina, como sangue, eletrocardiograma,
ergométrico para a execução das atividades. Mas acredito que você deve incluir também o
exame de Densitometria de Corpo Total, que além de detetar o grau de Osteoporose, é
também capaz de determinar a composição corpórea (gorduras, minerais, músculos)
detalhadamente por região do corpo.

É interessante que a Densitometria de Corpo Total seja realizada no início do programa de


condicionamento físico, a fim de determinar a quantidade de massa gorda e massa magra do
paciente, e repetida periodicamente para saber como está a sua grande transformação.

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