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Belém-Pará
2019
1Texto elaborado por Ivanilde Apoluceno de Oliveira para fins didáticos no PPGED/UEPA, em
2019.
2
Sumário
1. Introdução 04
2. A problemática gnosiológica da separação entre a doxa e a episteme 05
na história do pensamento ocidental.
3. A contribuição de Paulo Freire na superação da problemática 09
gnosiológica da separação entre a doxa e a episteme no contexto
educacional
3.1. A educação como situação gnosiológica 09
3.2.O debate epistemológico na educação freireana 12
3.2.1. A relação entre os saberes 12
3.2.2.A relativização do conhecimento 14
3.2.3.O reconhecimento do saber popular e do saber da experiência 14
3.2.4.A relação entre a teoria e a prática (práxis). 17
4. Considerações Finais 19
Referências 20
4
1. Introdução
Freire (1993a, p. 87) explica que “o regional emerge do local tal qual o
nacional surge do regional e o continental do nacional como o mundial emerge
do continental”.
Desta forma, conforme Oliveira (2015), Paulo Freire apresenta no debate
da interculturalidade a questão epistemológica da relação entre o uno e o
múltiplo, constituindo a diversidade cultural a referência epistemológica.
Fleuri (2001; 2006) destaca a complexidade desta dimensão
epistemológica no debate da interculturalidade. Compreende a necessidade
das conexões entre as singularidades e a universalidade sem perder a visão
totalizadora e complexa do contexto sociocultural, bem como coloca em
questão as verdades únicas e absolutas. E Oliveira (2015, p. 66) refere-se à
necessidade de superar “a clássica dicotomia entre os saberes, levando-nos a
pensar a educação como prática social de formação cultural e humana na qual
se valorizam os saberes da experiência e os valores dos grupos socialmente
excluídos”.
Para Freire (1993a, p. 151 e 154) responde dialeticamente à questão da
relação entre o uno e o múltiplo ao afirmar que:
a unidade na diversidade tem de ser a eficaz resposta dos
interditados e das interditadas, proibidos de ser, à velha regra dos
poderosos: dividir para reinar [...] As chamadas minorias, [...]
precisam reconhecer que, no fundo, elas são a maioria. O caminho
para assumir-se como maioria está trabalhar as semelhanças entre si
e não só as diferenças e assim, criar a unidade na diversidade, fora
da qual não vejo como aperfeiçoar-se e até como construir-se uma
democracia substantiva, radical (grifos do autor).
4. Considerações finais
Referências
DUSSEL, Enrique. El Encubrimiento del Indio: 1492. Hacia el origen del mito
de la modernidad. México: Cambio XXI, 1994.
____. Professora sim tia não: cartas a quem ousa ensinar. 2e. São Paulo:
Olho D´Água, 1993b.